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CAPÍTULO 7 – DECISÕES SOBRE TRANSPORTE INTRODUÇÃO Quais as principais decisões sobre transporte? • Embora as decisões sobre transportes se manifestem automaticamente em uma variedade de formatos, as principais são: 1) Seleção do modal; 2) Roteirização dos embarques; 3) Programação dos veículos; e 4) Consolidação dos fretes. A ESCOLHA DO SERVIÇO DE TRANSPORTE Quais as variáveis fundamentais na escolha do serviço de transporte? Requisitos por demais importantes na escolha do serviço de transporte? Quais os principais fatores na escolha de um serviço de transporte? Qual a melhor opção para se compensar o custo da utilização de um serviço de transporte desvantajoso? Qual o único atributo exclusivo do comprador? • McGinnis constatou que seis variáveis são fundamentais na escolha do serviço de transporte: 1) Tarifas dos fretes; 2) Confiabilidade; 3) Tempo em trânsito; 4) Perdas, danos, processamento das respectivas reclamações – e rastreabilidade; 5) Considerações de mercado do embarcador; e 6) Considerações relativas aos transportadores. • Como destacam Evers et al., a pontualidade e a disponibilidade são por demais importantes para cada um dos modais, enquanto os contatos, a adaptabilidade, a devolução e os custos têm importância relativamente menor”. • Levando em conta que não se pode escolher um serviço que não esteja disponível, ficam necessariamente o tempo em trânsito (agilidade) e a variabilidade do tempo em trânsito (confiabilidade) como os fatores principais na escolha de um serviço, seguidos pelo custo. Compensações Básicas de Custos • Quando o serviço de transporte não é utilizado de maneira proporcionar vantagem competitiva, a melhor opção é aquela obtida mediante a compensação do custo da utilização de um serviço de transporte com o custo indireto do estoque ligado ao desempenho do modal selecionado. Considerações sobre Competitividade • A fim de incentivar a escolha do mais desejável serviço de transporte, e com isso diminuir seus custos, o comprador oferece ao fornecedor o único atributo que é exclusividade sua – a preferência. • A vantagem decorrente deste aumento de negócios pode compensar os custos decorrentes de um melhor serviço de transporte e incentivar o fornecedor a optar pelo transporte mais Avaliação dos efeitos indiretos na escolha de um serviço de transporte mais qualificado que outro: conveniente para o comprador, em lugar de simplesmente procurar aquele com o menor custo. Avaliação dos Métodos de Seleção • Se um fornecedor precisar oferecer um serviço de transporte mais qualificado que o da concorrência, ele pode inclinar-se a aumentar o preço dos produtos como forma de compensação, ainda que mínima, do custo adicional. Já o comprador deveria levar sempre em conta tanto preço quando desempenho do transporte na determinação de sua preferência. ROTEIRIZAÇÃO DOS VEÍCULOS Exemplos de problemas de roteirização: Qual o método utilizado para encontrar uma rota ao longo de uma rede em que o ponto de origem seja diferente do ponto de destino? Como é conhecida a verificação das rotas mais curtas inspiradas no comportamento das formigas? Exemplos de aplicação da “inteligência agregada”? Qual o método utilizado para encontrar uma rota ao longo de uma rede em que haja diversos pontos de origem e destino múltiplos? • Reduzir os custos do transporte e melhorar os serviços ao cliente, descobrir os melhores roteiros para os veículos ao longo de uma rede de rodovias, ferrovias, hidrovias ou rotas de navegação aérea a fim de minimizar os tempos e as distâncias constituem problemas muito frequentes de tomada de decisão. Um Ponto de Origem e um Ponto de Destino • O método do caminho mais curto talvez seja a técnica mais simples e direta. Essa abordagem pode ser exemplificada da seguinte forma: uma rede representada por ligações e nós, sendo os nós os pontos de conexão entre as ligações. Aplicação • Uma nova modalidade de verificar as rotas mais curtas é a que se inspira no comportamento coletivo das formigas. Batizada de “inteligência agregada”, é a observação da auto-organização, ambiente de trabalho sem supervisão específica e interação entre as formigas num formigueiro que leva a soluções eficazes para complicados problemas de roteirização. • As ideias de roteirização da inteligência agregada vêm sendo eficazmente aplicadas aos problemas de roteirização nas: 1) Telecomunicações; 2) Transporte de cargas aéreas; e 3) Encaminhamento de cargas rodoviárias. Pontos de Origem e Destino Múltiplos • Este problema normalmente ocorre quando há mais de um vendedor, fábrica ou armazém para servir a mais de um cliente com o mesmo produto. • Um tipo especial do algoritmo de programação linear do método do transporte é frequentemente aplicado a este tipo de problema. Qual o objetivo do problema do “caixeiro viajante”? Diferença entre um bom e mau roteiro? Pontos de Origem e Destino Coincidentes • Normalmente ocorre com veículos de propriedade das empresas. Exemplo: entrega de bebidas em bares, suprimento e transporte dinâmico de combustíveis, transporte escolar, etc. • O objetivo é achar a sequência na qual os pontos visitados minimizam a distância ou o tempo total de viagem. • O problema da roteirização com origem e destino coincidentes é conhecido como o problema de “caixeiro viajante”. Pontos Relacionados Espacialmente • Sabemos que boas sequências de escalas são formadas quando os rumos desse itinerário não se cruzam. Pontos Não-Relacionados Espacialmente • Quando não é fácil estabelecer o relacionamento espacial entre as paradas do roteiro é preciso recorrer a um dos muitos procedimentos matemáticos sugeridos ao longo dos anos para encarar este problema. ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE VEÍCULOS Cite três restrições na roteirização e programação de veículos: Cite três diretrizes para boas rotas de veículos: • A roteirização e programação de veículos (RPV) é uma extensão do problema básico de roteirização (“problema do caixeiro viajante”). Restrições realistas são agora incluídas. Entre elas: 1) Cada escala pode ter tanto coleta quanto entrega de volumes; 2) Múltiplos veículos com capacidade limitada tanto de peso quanto de volume podem ser usados; 3) Há um tempo máximo de tráfego em cada rota antes de um período mínimo de repouso de dez horas (restrição de segurança do Departa- mento dos Transportes dos EUA); 4) As escalas permitem coleta e entrega apenas em determinados períodos do dia (as chamadas janelas de tempo); 5) As coletas são permitidas num roteiro apenas depois da efetivação das entregas; e 6) Os motoristas têm direito a breves intervalos de descanso ou refeição em determinados períodos do dia. Princípios para uma Boa Roteirização e Programação • Encarregados de decisões, entre eles expedidores de caminhões, conseguem avanços significativos no desenvolvimento de boas rotas e cronogramas aplicando oito princípios como diretriz, assim resumidos: 1) Carregar caminhões com volumes destinados a paradas que estejam mais próximas entre si; 2) Paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos concentrados; Cite um exemplo de método simples e outro complexo para enfrentar problemas complexos de roteirização e programação de veículos: Qual a desvantagem do método da “Varredura”? Qual o objetivo do método das “Economias”? 3) Comece os roteiros a partir da parada mais distante do depósito; 4) O sequenciamento das paradas num roteiro de caminhões deve ter forma de lágrima; 5) Os roteiros mais eficientes são aqueles que fazem uso dos maiores veículos disponíveis; 6) Acoleta deve ser combinada nas rotas de entrega em vez de reservada para o final dos roteiros; 7) Uma parada removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata a um meio alternativo de entrega; e 8) As pequenas janelas de tempo de paradas devem ser evitadas. Métodos de Roteirização e Programação • Algumas das inúmeras considerações práticas que acabam pesando sobre o projeto do roteiro: 1) Janelas de tempo; 2) Caminhões múltiplos com diferentes capacidades de peso e cubagem; 3) Tempo máximo de permanência ao volante em cada roteiro; 4) Velocidades máximas diferentes em diferentes zonas, barreiras ao tráfego (lagos, desvios, montanhas); e 5) Os intervalos para o motorista. • Dentre as inúmeras abordagens já́ sugeridas para enfrentar problemas dessa complexidade, examinaremos aqui dois métodos. Um deles é simples (o método da “varredura”), e o outro, mais complexo, enfrentando elementos mais práticos e produzindo soluções de maior qualidade sob uma gama mais ampla de circunstâncias (o método das “economias”). O Método da “Varredura” • É um processo de dois estágios, em que em primeiro lugar se atribuem as paradas a cada veículo, para só depois estabelecer a sequência das paradas nas estradas. • A desvantagem do método: duração total da viagem e a atribuição de janelas de tempo, não são adequadamente tratadas. O Método das “Economias” • A lógica do método está em começar com um veículo fictício servindo a cada parada e voltando ao depósito. • O objetivo do método economias é minimizar a distância total percorrida por todos os veículos e indiretamente minimizar o número de veículos necessários para servir a todas as paradas. Como podemos minimizar o número de veículos necessários para os roteiros? Sequenciamento de Roteiros • O sequenciamento de roteiros minimiza o número de caminhões necessários. A Implementação dos Métodos de Roteirização e Programação de Veículos • Uma abordagem prática da implementação pela metodologia da solução quantitativa em um ambiente operacional é a técnica de três estágios da previsão-solução-revisão. Roteirização e Programação de Navios • Tal problema é caracterizado pela necessidade de reduzir o número de veículos necessários, em função dos seus altos custos fixos, para cumprir os prazos prometidos de coleta e entrega em vários portos. CONSOLIDAÇÃO DE FRETES Como podemos reduzir o custo do transporte? De quais formas podemos consolidar embarques de material? • Consolidar pequenos fretes em fretes maiores é uma maneira fundamental de conseguir custo menor de transporte por unidade de peso. • A consolidação dos embarques é normalmente conseguida de quatro maneiras: 1) Consolidação dos estoques; 2) Consolidação do veículo; 3) Consolidação de armazém; e 4) Consolidação temporal. COMENTÁRIOS FINAIS Pontos chaves do capítulo: • As decisões sobre transporte figuram entre as mais importantes do profissional de logística. • Neste capítulo, examinamos os problemas de transporte mais comuns, entre eles a escolha de modais, a roteirização dos transportes, roteirização e programação dos veículos e consolidação dos fretes. QUESTÕES Perguntas 1. Um produtor de artigos empregados em pesquisa médica entrega-os em hospitais e centros médicos de todo o país. Essas entregas podem ser feitas por caminhão LTL, frete aéreo, frete de frota privada e via UPS. Quais deveriam ser os fatores selecionados para decidir entre tais alternativas? Classifique-os em termos de importância. 2. Explique por que o desempenho de um serviço de transporte precisa ser um dos elementos desta seleção. Respostas 1. Primeiro fator a ser analisado é a urgência do pedido, caso seja urgente recomenda-se uso de transporte aéreo, transporte com rastreabilidade, recomenda-se via correio, e transporte visando menor custo é recomendado realizar por caminhão LTL. 2. Os preços que um operador logístico precisa pagar pelo transporte estão ligados às particularidades dos custos de cada tipo de serviço. As taxas justas e razoáveis em geral acompanham os custos da produção do serviço. Pelo fato de cada serviço possuir diferentes características de custos, em qualquer tipo de conjunto de circunstâncias sempre existirão serviços com vantagens tarifárias potenciais que outros não conseguirão cobrir com eficiência. Muitas empresas conseguem um diferencial competitivo no mercado mediante uma correta utilização dos modais de transporte; como elo entre o fabricante e o consumidor final, precisa ser visto e analisado cuidadosamente, tendo em vista o seu impacto na apuração final dos custos logísticos totais; portanto, as empresas devem sempre estar atentas ao gerenciamento dessa função, visto que sua eficiência está ligada à satisfação do cliente e à minimização dos custos. Os custos de transporte deveriam ser observados sob duas óticas: a do usuário (contratante) e a da empresa operadora (que possui frota própria). Na ótica do usuário (contratante), quando a empresa terceiriza as operações de transporte (ou parte dela), os custos de transporte são variáveis. Na ótica da empresa operadora (com frota própria), os custos de transportes têm uma parcela fixa e uma parcela varável.
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