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Tanatologia Forense

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É a parte da Medicina Legal que estuda a morte, o morto e as suas 
repercussões na esfera jurídica. Não se deve pensar na morte 
associada pela parada ou falência de um só órgão, mas sim um 
conjunto que se associava para a integração da vida. Por isso 
existem transformações em diversas partes do corpo que se 
alteram após a morte. 
Com o término da vida, cessam todos os direitos e abrem-se novos 
direitos: 
 Confirmar oficialmente a morte; 
 Confirmar a causa mortis; 
 Estudos estatísticos e epidemiológicos; 
 Esclarecer a causa jurídica de morte; 
 Ajudar na investigação criminal. 
 
 Morte natural: consecutiva a doença ou velhice. Tem origem 
interna e é um fenômeno natural. 
 Morte súbita: ocorre de maneira +/- rápida em pessoa 
aparentemente com bom estado de saúde. É inesperado. 
 Morte violenta: consecutiva a uma energia externa que se 
origina sempre de uma dessas 3 fontes: homicídio, suicídio ou 
acidente. Nesses casos, a necropsia é obrigatória por lei. 
 Morte suspeita: aquela que não se sabe, inicialmente, se foi 
natural ou violenta. Para esclarecer, é obrigatório a realização 
de necropsia → somente o legista pode fazer a declaração de 
óbito. 
 Morte indeterminada /sem identificação: aquela que, após a 
necropsia e realização de exames subsidiários, não se 
encontra uma causa que justifique a morte. 
 Morte agônica: aquele que ocorre de maneira lenta 
estendendo-se por dias, semanas ou meses. É própria de 
moléstias crônicas ou asfixia. 
 Morte aparente: falso diagnóstico de morte. 
 
É um conjunto de operações que tem como meta fundamental 
evidenciar a causa mortis, quer sob o ponto de vista médico, quer 
jurídico. Comumente, os hospitais solicitam dos familiares ou 
responsáveis um termo de permissão para que possam realizar a 
necropsia clínica. Na morte natural (ou morte por antecedentes 
patológicos) só se é obrigado a realizar necropsia quando no 
âmbito dos SVO e casos de falecimento sem assistência médica. A 
necropsia clínica estará indicada nas mortes: 
 Seguidas de complicações médicas; 
 Com dgx clínico não confiável e diante de enfermidades raras 
 Sem devida explicação durante a internação 
 
 Mortes perinatais e infantis precoces 
 Por doença ambiental ou do trabalho 
 Morte com menos de 24h da entrada no hospital 
Importância da necropsia: se pode formular um dgx seguro e 
definitivo do óbito; possibilita obter informações epidemiológicas e 
estudar os processos associados a enfermidade; permite avaliar o 
tratamento clínico ou cirúrgico efetuado 
 
 Inumação: enterrar; 
 Exumação: desenterrar o cadáver com a finalidade de atender 
aos recursos da justiça na averiguação da causa da morte; 
 Cremação: destruição do cadáver; 
 Embalsamento: método para conservação; 
 Formolização: conservar em tanques com formaldeído. 
 
 Inumação simples: 
Destino + comum. Verificado o óbito + apresentação do atestado de 
óbito no cartório → cadáver é levado ao cemitério. Recomenda-se 
que o sepultamento ocorra após 24h da morte e antes de 36h. Não 
se faz inumação sem certidão oficial de registro do falecimento. 
 Inumação após necropsia; 
 Inumação após embalsamento; 
 Utilização no estudo e na pesquisa científica; 
 Destruição: colocar o cadáver, por ex., à destruição dos 
abutres; 
 Ossuários; 
 Cremação: para o CFM, apenas os cadáveres daqueles que em 
vida manifestarem expressamente tal desejo através do 
instrumento público ou particular, após necropsia ou 
competente autorização, podem ser cremados. Nesse 
processo, o cadáver torna-se cinzas em fornos elétricos 
especiais. Por fim, o procedimento leva de 1-2horas. 
 Imersão: método muito usado antigamente quando os corpos 
faleciam e eram submersos em água (situação em alto-mar). 
Tinha finalidade de evitar a putrefação 
 
As peças anatômicas ou membros amputados em cirurgias não 
necessitam de preenchimento de um atestado ou declaração de 
óbito, mesmo que o destino da peça seja o sepultamento. Nesses 
casos, o hospital deve fazer um breve relatório para a 
administração do cemitério. Quando existem peças ou partes de 
cadáver, como no esquartejamento, despostejamento ou nas 
explosões, não há porque não expedir o atestado. 
Código de processo penal | Art. 159: o exame de corpo de delito e as 
outras perícias serão realizadas por perito oficial portador de 
diploma de curso superior. Não havendo peritos oficiais, o exame 
será realizado por 2 pessoas idôneas, portadores de diploma de 
curso superior. 
Art. 160: os peritos elaborarão o laudo perícia onde descreverão 
minuciosamente o que examinarem e responderão aos quesitos. 
Além disso, o laudo pericial será elaborado no prazo máx. de 10 d. 
Art. 161: o exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer 
dia e hora. 
Art. 162: a autópsia será feita pelo menos 6h após óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser 
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
Técnica da necropsia: 
1. Inspeção externa: 
 Descrição das vestes 
 Sinais de morte 
 Descrição dos objetos 
 Tempo de morte 
 Elementos de identificação 
 Inspeção das lesões 
 Compleição física 
 Inspeção das cavidades 
 
2. Inspeção interna: 
 Exame da cavidade craniana 
 Exames das cavidades torácica e abdominal 
 Exame da cavidade vertebral 
 Exame dos órgãos do pescoço 
 Exame das cavidades acessórias da cabeça. 
 
Erros mais comuns nas necropsias médico-legais: 
 Exame externo sumário ou omisso; 
 Interpretação por intuição; 
 Falta de ilustração; 
 Entendimento errado dos fenômenos post mortem; 
 Necropsias incompletas; 
 Exames à noite; 
 Falta de exames subsidiários; 
 Imprecisão e dubiedade da causa mortis e das respostas 
 Incisões desnecessárias; 
 Obscuridade descritiva.

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