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FICHAMENTO DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO E DISTÚRBIO HIPERTENSIVO ESPECÍFICO NA GESTAÇÃO

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL 
 
 
 
 
 
DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO E DISTÚRBIO HIPERTENSIVO 
ESPECÍFICO NA GESTAÇÃO 
 
 
 
Aluna: Ana Maria Cardoso de Souza 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
2021 
 
 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 
MAGANHA, Carlos Alberto. Tratamento Do Diabetes Melito Gestacional.. Rev Assoc Med 
Bras , São Paulo, 49(3): 330-4, 2003. 
Diabetes mellitus gestacional: diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-gestação. 
Diretrizes SBD 2014-2015. 
 O diabetes mellitus gestacional (DMG) é caracterizado como uma intolerância à glicose de 
graus variáveis com início ou primeiro diagnóstico durante o segundo ou terceiro trimestres 
da gestação. A reclassificação pode ser feita após o parto, utilizando critérios padronizados 
para a população não-gestante. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios 
contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores 
predeterminantes (genéticos ou ambientais). 
O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o 
hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios 
hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão 
envolvidos. O diagnóstico de DMG pode ser realizado na primeira da consulta do pré-natal, 
sendo solicitada uma glicemia de jejum. Caso o valor encontrado seja ≥ 126 mg/dl, é feito o 
diagnóstico de diabetes mellitus pré-gestacional. Caso glicemia plasmática em jejum ≥ 92 
mg/dl e < 126 mg/dl, é feito o diagnóstico de DMG. Atualmente há um diagnóstico 
preconizado pela Organização Mundial da Saúde e também pela Associação Americana de 
Diabetes, é o teste de tolerância com sobrecarga oral de 75g de glicose. Para minimizar a 
variabilidade desse teste, ele deve ser aplicado de forma padronizada , de acordo com a 
normalização da Organização Mundial da Saúde, entre 24 e 28 semanas de gestação. Se o 
rastreamento for positivo no primeiro trimestre, ou a gestante apresentar vários fatores de 
risco, o teste diagnóstico é realizado mais precocemente, em geral a partir da semana 20. 
A obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez é um dos grandes fatores de risco para 
DMG, assim como idade superior a 25 anos, deposição central excessiva de gordura corporal, 
história familiar de diabetes em parentes de 1o grau, baixa estatura, crescimento fetal 
excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual, antecedentes 
obstétricos de morte fetal ou neonatal, macrossomia ou diabetes gestacional. 
O comprometimento fetal decorre primordialmente da hiperglicemia materna, que por difusão 
facilitada chega ao feto. A hiperglicemia fetal, por sua vez, estimula a produção exagerada de 
insulina que interfere na homeostase fetal, desencadeando: macrossomia, fetos grandes para 
idade gestacional (GIG), e bebes muitos grandes, são mais suscetíveis a traumas de canal de 
parto, consequentemente há um aumento das taxas de cesárea, aumento de partos prematuros, 
distorcia de ombro, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia e policitemia fetais, 
distúrbios respiratórios neonatais e óbito fetal intrauterino. E aumenta a probabilidade da mãe 
ter diabetes gestacional novamente na próxima gravidez. 
O tratamento inicial do DMG consiste em orientação alimentar que permita ganho de peso 
adequado e controle metabólico. O cálculo do valor calórico total da dieta pode ser feito de 
acordo com o índice de massa corporal (IMC) e visa a permitir ganho de peso em torno de 
300 g a 400 g por semana, a partir do segundo trimestre de gravidez 
A atividade física deve fazer parte da estratégia de tratamento do diabetes gestacional. 
Pacientes sedentárias podem ser orientadas a iniciar um programa de caminhadas regulares 
e/ou de exercícios de flexão dos braços. Gestantes que já praticavam exercícios regularmente 
podem manter atividades físicas habituais, evitando exercícios de alto impacto. Recomenda-se 
o monitoramento das glicemias capilares quatro a sete vezes por dia pré e pós-prandiais, 
especialmente nas gestantes que usam insulina. Assim como, orientação de alimentos com 
baixo índice glicêmico na sua alimentação e retirada de açucares simples. 
Local: Banco de dados - Scielo 
DISTÚRBIO HIPERTENSIVO ESPECÍFICO DA GESTAÇÃO – DHEG 
MOURA,Marta David. Hipertensão Arterial na Gestação - importância do seguimento 
materno no desfecho neonatal. Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S113-S120, 2011. 
DUSSE, Luci Maria. Revisão sobre alterações hemostáticas na doença hipertensiva específica 
da gravidez (DHEG). Jornal Brasileiro de Patologia. Rio de Janeiro, v. 37, n. 4, p. 267-272, 
2001.1 
O primeiro artigo refere-se ao distúrbio hipertensivo específico da gestação como uma 
hipertensão arterial que surge pela primeira vez após a 20ª semana da gestação, não 
acompanhada com proteinúria. Com sintomas característico cefaléias, dores superior no 
abdome, distúrbios visuais , vômitos e edemas. A manifestação mais evidente da DHEG é 
uma vasoconstrição arteriolar acentuada, que acarreta um aumento da resistência vascular 
periférica e tem como consequência imediata o aparecimento da hipertensão. Mulheres 
primigesta, obesas e com mais de 30 anos são mais propensas a desenvolver DHEG. 
Um dos mecanismos compensatórios da hipertensão consiste na perda de plasma para o 
espaço extravascular, o que resulta no aparecimento de edema. O diagnóstico de hipertensão 
arterial na gravidez é feito quando os níveis pressóricos são iguais ou superiores a 140/90 
mmHg. 
A Síndrome Hipertensiva da Gestação pode ser classificada então em quatro formas distintas: 
1) hipertensão crônica de qualquer etiologia quando identificada antes da gestação ou antes de 
20 semanas de gestação; 
2- Pré-eclâmpsia: agravamento da DHEG, com presença de proteinúria (≥ 0,3g de proteína em 
urina de 24 horas ou ≥ 2 cruzes em uma amostra urinária); 
3) Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica a paciente previamente hipertensa 
desenvolveu proteinúria após 20 semanas de gestação; 
4) Eclampsia: “eclâmpsia convulsiva”, agravamento com crises convulsivas; “eclâmpsia 
comatosa”, quando o quadro de pré-eclampsia culmina com o coma, na ausência de 
convulsões. 
Dentro das síndromes hipertensivas gestacionais deve-se dar uma atenção especial a pré-
eclampsia, que ocorre como forma isolada ou associada à hipertensão arterial crônica e está 
associada aos piores resultados, maternos e perinatais. Suas manifestações clínicas podem ser 
definidas pelo desenvolvimento gradual de hipertensão, proteinúria e edema generalizado. 
Seus fatores de risco são gestação gemelar, obesidade, premigestação, Pa sistólica entre 13 e 
21 semanas, tabagismo, aborto prévio, diabetes mellitus, idade acima de 40 anos, histórico 
familiar com pré- eclampsia, entre outros. O surgimento de formas graves é dividido em: 
eclampsia quando surgem as convulsões tônico--clônicas generalizadas e/ou coma, em 
gestante, na ausência de doenças neurológicas que a justifiquem. A outra forma severa da pré-
eclampsia é a Síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, baixa contagem de 
plaquetas). 
O seguimento rigoroso desta gestante com um pré-natal atento é uma das formas de reduzir a 
mortalidade materna e perinatal. Assim como uma adequação na alimentação, sem restrição 
de sódio e uma dieta hiperproteica, quando há a presença de proteinúria. 
REFERÊNCIAS 
MAGANHA, Carlos Alberto. Tratamento Do Diabetes Melito Gestacional.. Rev Assoc Med 
Bras , São Paulo, 49(3): 330-4, 2003. 
Diabetes mellitus gestacional: diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-gestação. 
Diretrizes SBD, 2014-2015. 
MOURA,Marta David. Hipertensão Arterial na Gestação - importância do seguimento 
materno no desfecho neonatal. Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S113-S120,2011. 
DUSSE, Luci Maria. Revisão sobre alterações hemostáticas na doença hipertensiva específica 
da gravidez (DHEG). Jornal Brasileiro de Patologia. Rio de Janeiro, v. 37, n. 4, p. 267-272, 
2001.1 
Banco de dados - Scielo

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