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Classificação Funcional da Paralisia Cerebral GMFCS MACS CFCS EDACS VFCS A classificação é utilizada para padronizar a linguagem entre os profissionais Discriminar as diferentes formas de manifestação clínica da PC de acordo com o desempenho da criança no seu contexto diário Auxilia no prognostico, planejamento de metas e intervenções GMFCS (SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA GROSSA) Fisioterapeuta classifica de acordo com relato familiar (traduzido) Há forma de auto relato (a partir dos 12 anos, no qual a própria criança responde os itens ainda sem tradução para população brasileira) Não é necessário treinamento formal para aplicação Primeira versão (1997): classificação das crianças até 12 anos Nova versão: classificação das crianças e adolescentes até 18 anos Baseado no movimento iniciado voluntariamente com ênfase, principalmente, na posição sentada, transferências (troca de posições) e mobilidade. Baseia-se nas limitações funcionais da criança em casa, na escola e na comunidade considera o desempenho de vida diária, e não capacidade Capacidade: melhor que a criança faz dentro de ambiente padronizado Desempenho: melhor que a criança faz no seu dia-a-dia (em casa, na escola, na comunidade) Considera o uso de tecnologia assistida (dispositivos de mobilidade e cadeira de rodas) Deve-se considerar a especificidade em cada faixa etária determinar o nível que melhor representa as habilidades nas atividades motoras de crianças com PC em cada faixa etária o GMFCS é separado por faixas etárias (utilizar a parte do questionário que se enquadre na faixa etária da criança) Classificar a atividade motora grossa presente no repertório da criança atualmente, não julgar potencias de mudanças considerar apenas o que a criança faz naquele momento, sem considerar o que acha que a criança pode vir a fazer dificilmente as crianças mudam de nível de classificação Apresenta estabilidade cronológica e maior valor preditivo (probabilidade de um indivíduo classificado em um determinado nível, realmente pertencer aquele nível) com o passar dos anos pode ser que nos 2 primeiros aos ocorram mudanças na classificação, mas após isso elas tornam-se menos frequentes Os fatores ambientais e pessoais começam a impactar ainda mais na mobilidade da criança a partir dos seus 6 anos de idade Não julgar a qualidade do movimento desconsidera se a criança faz o movimento de forma típica ou atípica preocupa-se apenas com o que a criança faz, sem considerar a qualidade do movimento (como faz) Importante para discutir prognóstico motor e para planejamento das intervenções a intervenção deve ser pensada de acordo com o nível em que a criança é classificada NÍVEL 1: Anda sem restrições Consegue andar em terrenos irregulares Sobe e desse escadas sem precisar de assistência Participam de atividades esportiva junto com seus pares típicos Corre, pulam, escalam (com algumas dificuldades, em relação aos pares típicos) Porém, tem limitações em atividade motoras globais mais elaboradas (correr, pular, escalar) pior desempenho em relação aos pares de mesma idade (desequilíbrio, menor velocidade, coordenação motora prejudicada) NÍVEL 2: Marcha independente (anda sem ajuda), porém apresentando algumas limitações limitações para andar longas distâncias e equilibrar-se Tem alguma dificuldade na locomoção fora de casa e na sua comunidade dificuldade em terrenos irregulares, dificuldade em subir e descer escadas (necessita de assistência, normalmente de um corrimão) Realiza transferências no chão (passa para de pé, para ajoelhado) Necessita de apoio para pegar objetos no chão (desequilíbrio) Não são capazes de correr e pular Realizam atividade esportivas com algumas adaptações São capaz de andar sem nenhum dispositivo de auxilio (após os 4 anos de idade) porém, podem preferir utilizar dispositivo de auxílio (Ex: muleta) para dar mais segurança na deambulação e reduzir o gasto energético NÍVEL 3: Anda utilizando um dispositivo de mobilidade (andador, cadeira de rodas de propulsão manual cadeira de rodas é mais usada para longas distâncias ou para pratica de atividades esportivas Dispositivo manual para ambientes internos, e mobilidade sobre rodas para fora de casa e na comunidade Além da assistência de um corrimão, necessita de assistência de outra pessoa para subir e descer escadas Arrastam-se com MMSS Sentam-se sozinhas ou requerem no máximo um apoio externo para sentar-se Quando sentados conseguem utilizar os MMSS para manipular objetos São mais independentes nas transferências para a postura em pé (COMPARADO AO NÍVEL 4) Dificuldade em fazer transferências para outras posições NÍVEL 4: Auto locomoção limitada são transportadas ou utilizam cadeiras de rodas manuais ou motorizadas (para longas distâncias) Não consegue se locomover utilizando apenas de dispositivos manuais de mobilidade, como andador. Conseguem rolar Sentam (geralmente apoiados) porém, quando sentados tem dificuldade em manipular objetos (utilizam MMSS para mais estabilidade) Arrastam-se de forma lenta Ficam de pé e deambulam com auxílio de tecnologia assistida avançada Necessário maior adaptação pra que possam participar de atividades esportivas NÍVEL 5: Graves limitações no controle da cabeça e tronco Transportados em cadeira de rodas (precisam ser propulsionados pelos cuidadores) Auto locomoção muito prejudicada mesmo com a tecnologia avançada requerem tecnologia assistida ampla e ajuda física A auto locomoção é conseguida apenas se a criança/jovem pode aprender como operar uma cadeira de rodas motorizada (raro) Não realizam transferências ou mudanças de posturas Necessitam de dispositivos auxiliares para sentar auxiliam no controle de tronco e de cabeça Equinoterapia recomendado par que a criança tenha contado com a atividade esportiva MACS (SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA HABILIDADE MANUAL) Avalia crianças de 4 – 18 anos de idade com PC Classifica como as crianças com PC utilizam suas mãos para manipular objetos nas atividade diárias A distinção entre os níveis baseia-se na habilidade da criança em manipular objetos e na necessidade para assistência ou adaptações para realizar as tarefas manuais diárias (vestir roupa, comer, brincar) Baseado nas habilidades manuais que a própria criança inicia Não é separado por faixa etárias, porém deve-se levar em consideração as especificidades de cada idade (habilidade, objetos que são manipulados) objetos relacionados à idade da criança Não devem ser avaliadas habilidades avançadas (como, tocar instrumento musical) Nível é definido por meio de perguntas aos cuidadores O foco é determinar qual o nível melhor representa o desempenho habitual da criança em casa, na escola e na comunidade. Não avalia capacidade (o melhor que a criança faz em ambiente clinico) Não tem a intenção de distinguir diferentes desempenhos entre as duas mãos representa o global das crianças (o que ela consegue fazer com as duas mãos em conjunto, independentemente de ter um comprometimento unilateral e um mão ter melhor desempenho que a outra) Não tem a intenção de explicar as razões das limitações no desempenho, nem classificar diferentes tipos de PC apenas classifica a criança com base nas habilidades manuais que ela desempenha ou não NÍVEL 1: Manipula todos os tipos de objetos facilmente e com sucesso Ex: conseguem manipular cartas de um baralho Dificuldades em tarefas manuais finas, que exijam maior precisão e coordenação limitações na realização de tarefas manuais que precisam de velocidadee acurácia. Limitações acontecem, principalmente, em situações novas ou não-familiares As limitações nas habilidades manuais são restringem independência nas atividade de vida diária a criança consegue realizar AVD’s, como comer, vestir, brincar NÍVEL 2: Manipula quase todos os objetos com certa redução da qualidade e/ou da velocidade desempenho tem menor qualidade e/ou mais lento (desempenha tarefas com menor velocidade, realiza compensações, tenta realizar a tarefa utilizando de outras partes do corpo Ex: apoiar o objeto no antebraço) Algumas atividades são limitadas ou podem ser realizadas com certa dificuldade. Meios alternativos de desempenho podem ser usados simplificação das tarefas (forma de torna-las mais fácil) As habilidades manuais, usualmente, não restringem a independência nas AVD As dificuldade podem surgir devido diferenças funcionais entre as mãos (Ex: hemiplegia) NÍVEL 3: Dificuldade para manipulação de objetos necessita de ajuda para preparar e/ou modificar atividades de forma que ela consiga fazer sozinha (Ex: para comer sozinha precisa de um engrossador de grafo, um acolher “tortinha”, precisa que alguém posicione o copo, precisa prender papel na mesa pra que consiga escrever) O desempenho é mais lento Consegue realizar as atividades independentemente, caso sejam preparadas ou adaptadas requer ajustes ambientais grau de independência é diretamente relacionado ao suporte do contexto ambiental (acesso à adaptações, à tecnologia assistiva) Pode ser classificada em nível 4 devido falta de oportunidades ambientais NÍVEL 4: Manipula uma seleção limitada de objetos simples (de fácil manipulação) em situações adaptadas. Realiza parte das atividades com esforço e com sucesso limitado. Não consegue realizar AVD’s Precisa de ajuda contínua durante atividades, e podem conseguir participar apenas de parte da tarefa NÍVEL 5: Não manuseia objetos e tem habilidade severamente limitada para realizar tarefas muito simples muitas vezes o máximo que conseguem fazer é apertar botões, segurar um objeto que é colocado na mão dela Participam da atividade manual quando esta requer apenas um movimento simples Requer total assistência MINI-MACS Para crianças com PC de 1 – 4 anos Ou com suspeita de PC Não tem tradução para população brasileira OBS: MACS e GMFCS são independentes e devem ser avaliados separadamente uma criança que é nível 1 no GMFCS não necessariamente é nível 1 no MACS, e assim sucessivamente CFCS (SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO) Traduzido para o Brasil A partir de 2 anos de idade Muito suado por fonoaudiólogos (porém outros profissionais podem utilizar) Classifica de acordo com o desempenho habitual no dia-a-dia Classificação realizada por meio de relato dos pais Adolescentes e adultos com PC podem classificar o seu próprio desempenho de comunicação Não é necessário nenhum teste fonodiologico para classificar (não é um teste padronizado) Comunicação ocorre quando um emissor transmite uma mensagem e o receptor entende a mensagem indivíduo deve conseguir emitir uma mensagem (emissor) e entender a mensagem de outra pessoas (receptor), de forma independente e em qualquer local (escola, em casa, na comunidade, trabalho) Pode utilizar de estratégias compensatórias: repetir, reformular frases, complementar (com gestos, escritas) ou simplificar (Ex: apontando o que precisa) Relacionado a todas as formas de comunicação: fala, gestos, olhar, expressões faciais, comunicação alternativa e aumentativa (CAA) CAA: sinais manuais, figuras pranchas e livros de comunicação e vocalizadores (aparelhos de emissão de voz ou geradores de fala) Há um item que avalia quais as formar de comunicação preferencialmente utilizadas pode-se marcar mais de uma opção NÍVEL 1: Emissor e receptor eficaz com parceiros desconhecidos e conhecidos emite e recebe mensagens de forma eficaz e independente, em vários locais e com a maioria das pessoas A comunicação ocorre facilmente e em um ritmo confortável Equívocos de comunicação são resolvidos rapidamente e não interferem na eficácia geral da comunicação NÍVEL 2: Emissor e receptor eficaz, mas mais lentos com parceiros desconhecidos ou conhecidos, na maioria dos ambientes O ritmo de conversação lento pode dificultar a interação na comunicação O indivíduo pode precisar de mais tempo para entender as mensagens, compor mensagens ou resolver mal-entendidos. Os equívocos de comunicação muitas vezes são resolvidos e não interferem com a eventual eficácia da comunicação NÍVEL 3: Emissor e receptor eficaz com parceiros conhecidos comunica de forma eficaz apenas com pessoas conhecidas, na maioria dos ambientes Pessoas habituadas com a criança conseguem entender sua comunicação, mas desconhecidos podem não compreender A comunicação não é consistente e eficaz com a maioria dos parceiros desconhecidos, mas é geralmente eficaz com os parceiros conhecidos. NÍVEL 4: Emissor e/ou receptor inconsistente com parceiros conhecidos tem dificuldades em emitir e/ou em compreender a mensagem mesmo com parceiros conhecidos O indivíduo não alterna consistentemente seu papel de emissor e receptor. Este tipo de inconsistência pode ser visto em diferentes tipos de comunicadores: a) um emissor e receptor ocasionalmente eficaz às vezes, a comunicação é eficaz com parceiros conhecidos; b) um emissor eficaz, mas receptor limitado; c) um emissor limitado, mas receptor eficaz. NÍVEL 5: Emissor e receptor raramente eficaz, mesmo com parceiros conhecidos dificuldade em emitir e compreender mensagens O indivíduo possui papel limitado tanto como emissor quanto receptor. A comunicação difícil para a maioria das pessoas entender. O indivíduo parece compreender pouco as mensagens emitidas pela maioria das pessoas. A comunicação ineficaz, mesmo com parceiros conhecidos EDACS Não traduzido para a população brasileira Avalia habilidade de alimentação comer, beber e deglutir Considera a segurança (risco de aspiração e asfixia) e eficiência (quantidade de comida é perdida durante processo de alimentação e o tempo necessário para comer) Crianças com PC a partir de 3 anos Também avalia o nível de assistência necessário para alimentação NÍVEL 1: Podem comer e beber de forma independente com segurança e eficiência, sem ser diferente de seus pares típicos de mesma idade. Uma tosse ou ânsia de vômito pode estar presente para texturas muito desafiadoras. NÍVEL 2: Come e bebe com segurança, mas pode ter algumas limitações na eficiência pode precisar de mais tempo para se alimentar Geralmente requer mais tempo para concluir uma refeição do que seus pares. Pode haver tosse com líquidos ou grandes quantidades de alimentos. NÍVEL 3: Come e bebe com alguma limitação na segurança e eficiência Pedaços de alimentos podem ser difíceis de lidar risco de engasgar pode ser necessário cortar os alimentos em tamanhos menores NÍVEL 4: Existem maiores limitações com a segurança, mas os riscos de aspiração podem ser gerenciados e alimentação oral é possível. Alimentam-se principalmente de alimentos amassados. NÍVEL 5: Incapazes de comer ou beber com segurança, mesmo com adaptações Alto risco de aspiração Indicação de gastrotomia VFCS Não adaptado para população brasileira Classificação da função visual Não avalia integridade das estruturas visuais avalia a funcionalidade da visão, como ela funciona NÍVEL I: Usa a função visual com facilidade e sucesso em atividades relacionadas à visão NÍVEL II: Usa a função visual comsucesso, mas precisa de estratégias compensatórias auto iniciadas (aproximação, inclinar, mudar posição corporal para visualizar melhor) NÍVEL III: Usa a função visual, mas precisa de algumas adaptações (contraste, claro e escuro) NÍVEL IV: Usa função visual em ambientes muito adaptados, mas realiza apenas parte das atividades relacionadas à visão (utiliza mais de outro sentidos, como o tato) NÍVEL V: Não usa a função visual, mesmo em ambientes muito adaptados
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