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MANUAL DE SEGURANCA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA


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Manual de Segurança e Qualidade
para a Cultura da Cenoura
Série Qualidade e
Segurança dos Alimentos
Manual de Segurança e Qualidade
para a Cultura da Cenoura
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI
CONSELHO NACIONAL DO SENAI
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Diretor-Presidente
CONSELHO NACIONAL DO SESI
Jair Antonio Meneguelli
Presidente
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA -
ANVISA
Cláudio Maierovitch P. Henriques
Diretor-Presidente
Ricardo Oliva
Diretor de Alimentos e Toxicologia
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO - CNC
CONSELHO NACIONAL DO SENAC
CONSELHO NACIONAL DO SESC
Antônio Oliveira Santos
Presidente
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNA
CONSELHO NACIONAL DO SENAR
Antônio Ernesto Werna de Salvo
Presidente
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA
Clayton Campanhola
Diretor-Presidente
Mariza Marilena T. Luz Barbosa
Diretora-Executiva
Herbert Cavalcante de Lima
Diretor-Executivo
Gustavo Kauark Chianca
Diretor-Executivo
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor Geral
Regina Torres
Diretora de Operações
SEBRAE – NACIONAL
Silvano Gianni
Diretor-Presidente
Luiz Carlos Barboza
Diretor Técnico
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor de Administração e Finanças
SESI - DEPARTAMENTO NACIONAL
Armando Queiroz Monteiro
Diretor-Nacional
Rui Lima do Nascimento
Diretor-Superintendente
José Treigger
Diretor de Operações
SENAC - DEPARTAMENTO NACIONAL
Sidney da Silva Cunha
Diretor Geral
SESC - DEPARTAMENTO NACIONAL
Marom Emile Abi-Abib
Diretor Geral
Álvaro de Mello Salmito
Diretor de Programas Sociais
Fernando Dysarz
Gerente de Esportes e Saúde
SENAR - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
RURAL
Antônio Ernesto Werna de Salvo
Presidente do Conselho Deliberativo
Geraldo Gontijo Ribeiro
Secretário-Executivo
2 0 0 4
Série Qualidade e Segurança dos Alimentos
Manual de Segurança e Qualidade
para a Cultura da Cenoura
© 2004. Embrapa Informação Tecnológica
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
FICHA CATALOGRÁFICA
Manual de Segurança e Qualidade para a Cultura da Cenoura.
Brasilia: EMBRAPA/SEDE, 2004. 61 p. (Qualidade e Segurança dos Alimentos).
Projeto PAS Campo. Convênio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA
ISBN:
CULTIVARES; CLIMA; NUTRIÇÃO; CORREÇÃO DO SOLO; ADUBAÇÃO; SEMEADURA;
IRRIGAÇÃO; DESBASTE; CONTROLE; PLANTA DANINHA; CONTROLE DE PRAGAS;
PRINCIPAIS DOENÇAS; COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO; FLUXOGRAMA DE
PRODUÇÃO, PERIGOS NA PRODUÇÃO DA CENOURA.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Parque Estação Biológica - PqEB s/nº Caixa Postal: 040315
Edifício Sede CEP. 70770-900 Brasília-DF
Tel.: (61) 448 4433 Fax: (61) 347 1041
Internet: www.pas.senai.br
e-mail: valois@sede.embrapa.br
SETOR CAMPO 5
SU
M
ÁRIO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
PREFÁCIO ................................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 9
1- INTRODUÇÃO ......................................................................................... 11
2- SISTEMA DE PRODUÇÃO ........................................................................... 13
2.1- Clima ........................................................................................... 13
2.2- Cultivares ...................................................................................... 14
2.2.1- Grupos de Cultivares e suas Principais Características................ 14
2.3- Nutrição ....................................................................................... 16
2.4- Correção do Solo ............................................................................ 16
2.5- Adubação...................................................................................... 17
2.5.1- Adubação Orgânica ............................................................. 17
2.5.2- Adubação Química .............................................................. 17
2.5.3- Deficiências Minerais .......................................................... 17
2.6- Semeadura .................................................................................... 18
2.7- Irrigação ...................................................................................... 19
2.8- Desbaste ....................................................................................... 20
2.9- Controle de Plantas Daninhas............................................................ 20
2.10- Controle de Pragas ........................................................................ 22
2.11- Principais Doenças e Controle ......................................................... 24
SUMÁRIO
SETOR CAMPO6
SU
M
ÁR
IO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
2.12- Colheita e Comercialização ............................................................. 26
2.13- Coeficientes Técnicos .................................................................... 28
3- FLUXOGRAMAS DE PRODUÇÃO .................................................................. 31
3.1- Etapa de Pré-Colheita ...................................................................... 32
3.2- Etapa de Pós-Colheita ...................................................................... 33
4- PERIGOS NA PRODUÇÃO .......................................................................... 35
4.1- Perigos Biológicos .......................................................................... 35
4.2- Perigos Químicos ............................................................................ 37
4.3- Perigos Físicos ............................................................................... 37
5- APLICAÇÃO DO SISTEMA APPCC ................................................................ 39
5.1- Formulários para Caracterização da Empresa/Produto............................ 40
Formulário A............................................................................... 40
Formulário B............................................................................... 41
Formulário C ............................................................................... 42
Formulário D............................................................................... 43
Formulário E ............................................................................... 44
5.2- Análise de Perigos (Formulário G) ..................................................... 45
5.2.1- Etapa de Pré-Colheita .......................................................... 45
5.2.2- Etapa de Pós-Colheita .......................................................... 47
5.3- Determinação dos PC/PCC (Formulário H) ........................................... 49
5.3.1- Etapa de Pré-Colheita .......................................................... 49
5.3.2- Etapa de Pós-Colheita .......................................................... 50
5.4- Resumo do Plano APPCC (Formulário I) .............................................. 51
5.4.1- Etapa de Pré-Colheita .......................................................... 51
5.4.2- Etapa de Pós-Colheita .......................................................... 53
6- GLOSSÁRIO ............................................................................................ 55
7- ANEXO .................................................................................................. 57
8- BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 59
SETOR CAMPO 7
PREFÁCIO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
PREFÁCIO
-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO
O Programa de Alimentos Seguros (PAS) foi criado em 6 de agosto de 2002, tendo sido
originado do Projeto APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), iniciado em abril
de 1998 através de uma parceria entre CNI/SENAI e o SEBRAE. O PAS tem como objetivo princi-
pal, garantir a produção de alimentos seguros à saúde e satisfaçãodos consumidores, como um
dos fulcros para o sucesso da agricultura e pecuária do campo à mesa, para fortalecer a agrega-
ção de valores no processo da geração de empregos, serviços, renda e outras oportunidades em
benefícios da sociedade. Esse programa está constituído pelos setores da Indústria, Mesa, Trans-
porte, Distribuição, Ações Especiais e Campo, em projetos articulados.
O PAS – Setor Campo foi concebido através de convênio de cooperação técnica e financeira entre
o SENAI, SEBRAE e EMBRAPA, para instruir os produtores, técnicos e empresários da produção
primária na adoção de Boas Práticas Agrícolas/Agropecuárias (BPA), usando os princípios da
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), para mitigar ou evitar os perigos físi-
cos, químicos e biológicos, visando a segurança alimentar dos consumidores. Tem como focos a
segurança dos alimentos e do ambiente e a orientação aos agricultores de produção familiar em
especial, além de atuar como ferramenta de base integradora aos demais projetos do PAS.
O Sistema APPCC, versão nacional do Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP) criado
nos Estados Unidos em 1959, no Brasil tem sido reconhecido por instituições oficiais como o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência
e Tecnologia, com visão no cumprimento da legislação brasileira.
SETOR CAMPO8
PR
EF
ÁC
IO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
No âmbito internacional, o HACCP é recomendado pela Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Mundial do
Comércio (OMC) e Codex Alimentarius.
Esse reconhecimento e conjugação de esforços entre o Programa e Sistemas asseguram a coloca-
ção de produtos agrícolas de qualidade no mercado interno, além de possibilitar maior
competitividade no mercado internacional, suplantando possíveis barreiras não tarifárias.
Esta publicação faz parte de um conjunto de documentos orientados para a disponibilização aos
produtores, técnicos, empresários rurais e demais interessados no uso de BPA, para a consistente
aplicação de sistemas de gestão no controle adequado de riscos e perigos nos alimentos.
SETOR CAMPO 9
APRESEN
TAÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
APRESENTAÇÃO
-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO
A agricultura e pecuária brasileiras vêm experimentando um grande avanço especialmente em
produtividade, ultrapassando a barreira dos 100 milhões de toneladas de grãos, por exemplo.
No entanto, a produção primária tem apresentado limitações quanto ao controle de perigos
físicos, químicos e biológicos, principalmente por necessitar de maiores cuidados nos processos
de pré-colheita e pós-colheita, o que pode conduzir a doenças transmitidas por alimentos, tanto
no consumo interno como no externo.
Em tempos de economia e mercados globalizados e no âmbito interno é patente a maior exigên-
cia dos consumidores por alimentos seguros e sustentabilidade ambiental, daí os vários exem-
plos já ocorridos no Brasil quanto à imposição de barreiras não tarifárias.
No sentido de conduzir a fase atual para uma situação mais confortável e competitiva urge a
grande necessidade de instruir produtores rurais para uma mudança de hábito, costume, postura
e atitude no trato dos produtos alimentícios, que será de grande valia inclusive para seu próprio
benefício.
A real concepção e adoção do Programa de Alimentos Seguros (PAS), tendo como base as Boas
Práticas Agrícolas/Agropecuárias (BPA) e com o foco dos princípios da Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle (APPCC), para ascender à Produção Integrada (PI), tem o objetivo
geral de se constituir em medida antecipadora para a segurança dos alimentos, com a função
indicadora de lacunas na cadeia produtiva para futuro preenchimento.
SETOR CAMPO10
AP
RE
SE
N
TA
ÇÃ
O
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Com isso, será possível garantir a segurança e qualidade dos produtos, incrementar a produção,
produtividade e competitividade, além de atender às exigências dos mercados internacionais e à
legislação brasileira.
No contexto da saudável cooperação e parceria entre o SENAI, SEBRAE e EMBRAPA este Manual,
agora colocado à disposição dos usuários, foi elaborado à luz dos conhecimentos e tecnologias
disponíveis, com base no desenvolvimento de pesquisas empíricas apropriadas e validadas,
além de consistente revisão bibliográfica.
SETOR CAMPO 11
IN
TRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
1INTRODUÇÃO
A inocuidade dos alimentos consumidos tem sido uma preocupação diária da população
mundial. Oferecer alimentos seguros, livres de contaminação química, física ou biológica é um
desafio que (os diversos atores envolvidos nas diferentes cadeias produtivas tem enfrentado).
A fim de sobrepujá-los, a segurança dos alimentos deve ser garantida pela aplicação de medidas
preventivas no campo como boas práticas agrícolas e na manipulação de frutas e hortaliças na
fase de pós-colheita, bem como na implantação de sistemas de garantia de qualidade, como o
APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).
Tais ferramentas são extremamente importantes na prevenção de perigos potencias ao consumi-
dor, como a presença de microrganismos ou suas toxinas, resíduos químicos e corpos estranhos,
que podem aparecer devido às condições normais inerentes ao processamento ou mesmo, aci-
dentalmente.
No sistema de produção de cenoura, várias etapas levadas a cabo podem oferecer algum risco à
saúde do consumidor, quer seja pela introdução de microrganismos ou suas respectivas toxinas,
ou pela contaminação com resíduos de agrotóxicos.
O presente documento tem o objetivo de descrever o sistema de produção de cenoura comumente
utilizado no país, apresentando o fluxograma das etapas de pré e pós-colheita, descrevendo os
principais perigos na produção e, finalmente, realizar a análise de perigos relacionados com a
produção de cenoura mostrando onde e como controlá-los.
SETOR CAMPO 13
SISTEM
A DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
2SISTEMA DEPRODUÇÃO
A cenoura é uma hortaliça da família Apiacea, do grupo das raízes tuberosas, cultivada em
larga escala nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. A estimativa de área plantada no Brasil em 2001
foi da ordem de 28 mil hectares com produção de 750 mil toneladas de raízes. Os municípios com
maior produção são: Carandaí, Maria da Fé e São Gotardo (Minas Gerais); Piedade, Ibiúna e Mogi
das Cruzes (São Paulo); Ponta Grossa e Marilândia (Paraná) e Irecê (Bahia). Embora melhor
produzida em áreas de clima ameno, nos últimos anos face ao desenvolvimento de cultivares
tolerantes ao calor e com resistência às principais doenças de folhagem da cultura, o cultivo de
cenoura vem expandindo-se também nos Estados da Bahia, Pernambuco, e no Distrito Federal.
Esta olerícola apresenta alto conteúdo de vitamina A (12000 UI/100 g), textura macia e paladar agradá-
vel. Além do consumo in natura, é utilizada como matéria prima por indústrias processadoras de alimen-
tos, que a comercializam na forma de seleta de legumes, alimentos infantis e sopas instantâneas.
2.1- Clima
A temperatura é o fator climático mais importante para a produção de raízes. Temperaturas de 10 a
15ºC favorecem o alongamento das raízes e o desenvolvimento de coloração característica, ao passo
que temperaturas superiores a 21ºC estimulam a formação de raízes curtas e de coloração deficiente.
Existem cultivares que formam boas raízes sob temperaturas de 18 a 25ºC. Acima de 30ºC, a planta
tem o ciclo vegetativo reduzido, o que afeta o desenvolvimento das raízes e a produtividade. Tempe-
raturas baixas associadas a dias longos induzem o florescimento precoce, principalmente daquelas
cultivares que foram desenvolvidas para plantio em épocas quentes do ano.
SETOR CAMPO14
SI
ST
EM
A 
DE
 P
RO
DU
ÇÃ
O
MANUALDE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
A germinação das sementes ocorre sob temperaturas de 8 a 35ºC, sendo que a velocidade e a
uniformidade de germinação variam com a temperatura dentro destes limites. A faixa ideal para
uma germinação rápida e uniforme é de 20 a 30 ºC, dando-se a emergência de 7 a 10 dias após
a semeadura.
A alta umidade relativa do ar associada a temperaturas elevadas favorece o desenvolvimento de
doenças nas folhas durante a fase vegetativa da cultura.
2.2- Cultivares
Normalmente, são encontradas no mercado sementes de várias cultivares de cenoura desenvolvi-
das tanto por instituições oficiais de pesquisa quanto por instituições privadas.
O consumidor brasileiro tem preferência por raízes de cenoura bem desenvolvidas, cilíndricas,
lisas, sem raízes laterais ou secundárias, uniformes e com comprimento e diâmetro variando
respectivamente de 15 a 20 cm e de 3 a 4 cm. A coloração deve ser alaranjada intensa, com
ausência de ombro, pigmentação verde ou roxa na parte superior das raízes.
Cada cultivar tem características próprias quanto ao formato das raízes, resistência às doenças e,
principalmente, quanto à época de plantio. Esta última característica permite que se produza
cenoura durante o ano todo na mesma região, desde que se plante a cultivar apropriada às
condições de clima predominante em cada época.
2.2.1- Grupos de Cultivares e suas Principais Características
Nantes: cultivar de origem francesa. As plantas têm folhagem verde escura e podem atingir até
30 cm de altura; as raízes apresentam formato cilíndrico com 15 a 18 cm de comprimento, 3 a 4
cm de diâmetro e coloração alaranjada escura. Esta cultivar é muito sensível às doenças de folha-
gem, não sendo recomendável o seu cultivo em estação chuvosa e quente. Por sua exigência em
temperaturas amenas é recomendada para plantio em época fria. Seu ciclo vegetativo é de 90 a
110 dias. Existem diversas cultivares deste grupo disponíveis no mercado.
Kuroda: as plantas apresentam folhagem vigorosa, com até 50 cm de altura. As raízes são cônicas,
de coloração vermelha-alaranjada e apresentam a película bastante delicada. O comprimento das
raízes varia entre 15 e 20 cm. Este grupo de cultivares apresenta tolerância a temperaturas mais
elevadas, e resiste bem às doenças de folhagem quando semeadas no verão de regiões quentes.
Não se recomenda a semeadura de cultivares deste grupo sob condições de clima ameno, pois
suas características não lhe permitem competir em qualidade de raiz com as cenouras do grupo
Nantes. Seu ciclo vegetativo é de aproximadamente 100 dias. Existem diversas cultivares deste
grupo disponíveis no mercado.
Brasília: é indicada para cultivo de verão e resultou de um programa conjunto de melhoramento
de cenoura entre a EMBRAPA HORTALIÇAS e a ESALQ. As plantas têm porte médio de 25 a 35 cm,
SETOR CAMPO 15
SISTEM
A DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
com folhagem vigorosa e coloração verde escura. As raízes são cilíndricas, com coloração alaranjada
clara e baixa incidência de ombro verde ou roxo. O comprimento varia de 15 a 20 cm, e o diâme-
tro de 3 a 4 cm. É resistente ao calor, apresentando baixos níveis de florescimento prematuro sob
condições de dias longos. Tem alta resistência de campo à queima-das-folhas, produzindo em
média 30-35 t/ha nas condições de verão. A colheita pode ser efetuada de 85 a 100 dias após a
semeadura. É recomendado para semeadura de outubro a fevereiro nas regiões Centro-Oeste,
Norte e Nordeste do Brasil, muito embora esteja sendo utilizada com sucesso em todo o país.
Existem diversas cultivares deste grupo disponíveis no mercado.
Kuronan: resultou também de um programa conjunto de melhoramento de cenoura entre a
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e a Embrapa Hortaliças visando ao
cultivo de verão. As plantas têm folhagem vigorosas, com coloração verde clara brilhante, com
35 a 45 cm de altura. As raízes são ligeiramente cônicas de coloração alaranjada escura e baixa
incidência de ombro verde ou roxo. O comprimento das raízes varia entre 15 e 20 cm e o
diâmetro entre 3 e 4 cm. Resiste bem ao calor, apresentando baixos níveis de florescimento
prematuro sob condições de dias longos. Apresenta boa resistência de campo à queima-das-
folhas, e produz em média 30 t/ha quando semeada em estação quente e chuvosa. A colheita
inicia-se 95 a 120 dias após a semeadura. É recomendada para semeaduras de novembro a
março na região Sudeste do Brasil.
Tropical: cultivar desenvolvida pela ESALQ. As plantas têm folhagem verde-escura e apresentam
mediana resistência de campo à queima-das-folhas. As raízes são ligeiramente cônicas. Esta cul-
tivar é muito sensível ao florescimento prematuro sob condições de dias longos, apresentando
pequena exigência em frio para diferenciação da gema floral. Por isto, a produção de raízes deve
ser programada para estação fria e/ou sob condições de dias curtos.
Prima: cultivar desenvolvida pela AGROFLORA para o plantio de primavera e outono (semeaduras
de meados de setembro até início de novembro). Apresenta ótimo vigor de folhagem, boa resis-
tência à queima-das-folhas e ao florescimento prematuro. As raízes têm formato cilíndrico, com
boa coloração externa e interna, e baixa incidência de ombro verde ou roxo. O ciclo normal desta
cultivar é de aproximadamente 100 dias.
Nova Carandaí: cultivar desenvolvida pela AGROCERES. Apresenta comprimento de folhagem de
40 a 50 cm, ciclo vegetativo de 80 a 90 dias, e resistência à queima-das-folhas. As raízes são de
cor alaranjada com formato cilíndrico, variando de 16 a 18 cm de comprimento. Apresenta tole-
rância ao calor.
Harumaki Kinko Gossum: cultivar de origem japonesa com ampla adaptação climática. Apresen-
ta baixos níveis de florescimento e relativa tolerância à queima-das-folhas, produzindo bem em
condições de alta e baixa temperatura. Possui plantas vigorosas de porte alto, com 40 a 50 cm de
altura, e coloração de folhagem verde clara. As raízes são cilíndricas com ombro largo, ponta
arredondada, comprimento variando de 16 a 18 cm, coloração laranja avermelhada. A colheita
começa aos 90 dias após a semeadura.
SETOR CAMPO16
SI
ST
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DE
 P
RO
DU
ÇÃ
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MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
2.3- Nutrição
As propriedades físicas, principalmente textura, estrutura e permeabilidade, e as propriedades
químicas e biológicas do solo afetam sensivelmente a produtividade e a qualidade das raízes de
cenoura. Deve ser dada preferência aos solos de textura média, com adequados níveis de nutri-
entes e matéria orgânica e pH em torno de 6,0.
O preparo do solo consta de aração, gradagem e levantamento dos canteiros. Deve ser evitado o
uso excessivo do encanteirador, por causar a destruição da estrutura do solo, facilitar a formação
de crosta e a compactação do subsolo, que deformam e prejudicam o crescimento das raízes.
Estes problemas podem ser reduzidos pela diminuição do tráfego de máquinas na área, pelo uso
do arado de aiveca de dois em dois anos e, principalmente, pela adoção da rotação de culturas
com adubos verdes.
Os canteiros devem ter 0,80 m a 1,00 m de largura, 15 a 20 cm de altura e devem estar distanci-
ados uns dos outros em aproximadamente 30 cm. Em solos argilosos, no período das chuvas, a
altura deve ser maior, para facilitar a drenagem. Na semeadura manual o sulcamento dos cantei-
ros pode ser feito transversal ou longitudinalmente ao comprimento dos mesmos. Sulcos trans-
versais permitem um maior número de plantas por unidade de área, em comparação ao uso de
sulcos longitudinais.
2.4- Correção do Solo
A calagem ou correção do solo deve ser feita, no mínimo, três meses antes do plantio. O pH do
solo para o cultivo da cenoura deve estar entre 6,0 e 6,5. A elevação exagerada do pH pode
causar reduções na produção, por diminuir a disponibilidade de micronutrientes, tais como:
Boro (B), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn) eZinco (Zn).
Com base na análise de solo, a necessidade de calcário pode ser calculada por um dos métodos abaixo:
a) Pelo método que considera teores de Alumínio (Al) e [Cálcio (Ca) + Magnésio (Mg)]
trocáveis, aplicando-se a fórmula
t/ha de calcário=2 x meq Al/100 cm3 +4-[meq(Ca+Mg)/100 cm3 ] x 100/PRNT
b) Pelo método da saturação de bases
t/ha de calcário = [ T(V2-V1)/PRNT ] , onde:
T = capacidade de troca de cátions: [Ca + Mg + K + (H + Al)] em meq/100 cm3;
V2 = saturação de base desejada (60%);
V1 = saturação de base atual do solo: [(S x 100) / T], sendo
S = K + Ca + Mg em meq/100 cm3
PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário.
Metade do calcário deve ser aplicada antes da aração e a outra metade antes da gradagem.
SETOR CAMPO 17
SISTEM
A DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
2.5- Adubação
2.5.1- Adubação Orgânica
A cenoura responde à adubação orgânica especialmente em solos de baixa fertilidade e/ou
compactados. É fundamental que o adubo orgânico esteja bem curtido. Tratando-se de esterco
de gado, em geral aplicam-se 30 toneladas ou 60 metros cúbicos por hectare, antes do plantio.
No caso de esterco de galinha, aplica-se um terço dessa quantidade. A distribuição é feita a lanço
sobre os canteiros, seguidos de incorporação, que é feita utilizando-se enxada rotativa.
2.5.2- Adubação Química
A quantidade de fertilizantes a ser utilizada é calculada com base na análise química do solo,
principalmente de acordo com seus níveis de fósforo e potássio.
Além do fósforo e do potássio, devem ser aplicados no plantio mais 40 kg/ha de nitrogênio, 12
kg/ha de bórax (17,5% B) e 12 kg/ha de sulfato de zinco monohidratado (35% Zn). A adubação
em cobertura deve ser feita com 40 kg/ha de nitrogênio (N). Nos plantios em épocas chuvosas,
recomenda-se a aplicação de 60 kg/ha de N e 60 kg/ha de K2O, aos 30 e 60 dias após a emergência.
Normalmente, quando se incorpora o esterco de galinha na dosagem recomendada, a adubação de
cobertura com nitrogênio pode ser dispensada, de acordo com o desenvolvimento das plantas.
2.5.3- Deficiências Minerais
Nitrogênio: a deficiência deste elemento reduz o crescimento da planta. As folhas mais velhas
ficam amareladas uniformemente e, com a evolução da deficiência, tornam-se avermelhadas. As
condições que predispõem à deficiência são: insuficiência de fertilizante nitrogenado, elevado
nível de material vegetal não decomposto no solo, compactação do solo, elevada intensidade de
precipitação e condições desfavoráveis a mineralização da matéria orgânica. A deficiência pode
ser prevenida pela aplicação em cobertura, de fertilizantes nitrogenados.
Fósforo: as folhas mais velhas apresentam coloração castanho-arroxeada. Com a evolução da
deficiência as folhas amarelecem e caem. As raízes apresentam desenvolvimento anormal. A dis-
ponibilidade de fósforo depende principalmente do nível de fósforo no solo, tipo e quantidade
de argila, época de aplicação do adubo fosfatado, aeração, compactação, umidade do solo e
temperatura ambiente. A deficiência pode ser evitada com a distribuição de um fertilizante
fosfatado solúvel distribuído a lanço e incorporado com gradagem. A dose usual é de 4 kg/ha
de P2O5 solúvel para cada 1% de argila constante da análise física do solo.
Potássio: as folhas mais velhas apresentam as margens dos folíolos queimadas. Com o avanço da
deficiência, os pecíolos destas folhas coalescem, secam e morrem. Solos arenosos com elevada
lixiviação e elevados níveis de outros cátions, como magnésio e amônio, são as condições que
predispõem à deficiência de potássio. A correção pode ser feita com adubação, em cobertura, à
base de sulfato ou cloreto de potássio (60 Kg/ha de K2O) seguida de irrigação.
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Cálcio: a deficiência causa necrose dos pontos de crescimento das folhas novas. O pecíolo apre-
senta pequenas áreas murchas. Há morte das folhas ainda com a coloração verde. Na raiz, a
deficiência não é muito comum em condições de campo. Pode ser provocado pelo rápido cresci-
mento da planta em temperaturas elevadas, baixo teor de água no solo e antagonismo com
outros cátions como amônio, potássio e magnésio. Para prevenir a deficiência deve-se fazer a
neutralização da acidez do solo.
Magnésio: as folhas mais velhas ficam cloróticas nas bordas. Coloração levemente avermelhada
aparece nas margens e se expande em direção ao centro dos folíolos. Pode ser confundida com a
deficiência de nitrogênio ou virose. No caso de deficiência a sintomatologia é generalizada e não
em plantas distribuídas ao acaso, como acontece para as viroses.
Solos ácidos, arenosos, com alto índice de lixiviação, e a aplicação excessiva de nitrogênio
amoniacal ou potássio favorecem o aparecimento da deficiência. A correção é feita com pulveri-
zação de sulfato de magnésio a 0,5%. Quando é utilizada a cal hidratada para correção do solo,
devem ser aplicados 40 kg/ha de sulfato de magnésio (9,5% Mg) no plantio.
Boro: observa-se encrespamento das folhas, que se dobram para o solo e freqüentemente tomam
tonalidade vermelha ou amarela, podendo também ser confundida com viroses. As folhas novas
são pequenas e é comum a morte do broto com aparecimento de necrose progressiva. Na raiz,
ocorre o fendilhamento longitudinal com posterior cicatrização. Excessiva aplicação de calcário
em solos arenosos, excesso de N e elevado índice de precipitação pluviométrica predispõem à
deficiência deste elemento. A deficiência pode ser evitada aplicando-se 20 kg/ha de bórax.
2.6- Semeadura
O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. As sementes são distribuídas direta e uni-
formemente nos canteiros, em linha contínua, em sulcos com 1,0 a 2,0 cm de profundidade e
distanciados de 20 cm entre si. A distribuição das sementes pode ser feita manualmente ou com
o emprego de semeadeira manual ou mecânica. A semeadura manual é mais trabalhosa, menos
eficiente e implica em maior gasto de sementes (6 kg/ha). Ela pode ser feita com o auxílio de
uma pequena lata com um furo de 4 a 5 mm de diâmetro no fundo, ou com um vidro de boca
larga e com a tampa igualmente furada. Sacudindo-se a lata ou o vidro cheio de sementes na
linha do sulco, as sementes cairão através do furo no sulco de semeadura.
A semeadeira manual é uma variação da lata furada. Consta de uma lata cilíndrica com 15 a 20 cm
de diâmetro (tipo lata de leite em pó) na qual se adapta um cabo preso no fundo e na tampa. Faz-
se uma linha de furos de 4 a 5 mm de diâmetro distanciados uns dos outros de 2 a 3 cm,
circundando a lata. A linha de furos deverá ser no meio da distância entre o fundo e a tampa da
lata. Fazendo-se a lata rolar com a linha dos furos sobre a linha do sulco do canteiro, as sementes
cairão através dos furos. Para evitar que a lata role em contato com o solo, coloca-se um aro com
2 a 3 cm de altura nas bordas, formando uma espécie de carretel.
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Para semear mais de um sulco por vez, pode-se acoplar três a quatro latas, uma ao lado da outra,
de modo que as linhas de furos fiquem distanciadas de 20 cm. As latas podem ser substituídas
por um cilindro feito com folha de flandres, fazendo-se as linhas de furos distanciadas no
espaçamento que se vai usar no campo. Com a lata furada ou semeadeira manual tem-se uma
distribuição mais uniforme das sementes, o trabalho é mais rápido, e, gasta-se de 3 a 5 Kg de
sementes por hectare. Após a distribuição das sementes nos sulcos, estas devem ser cobertas
com uma camada de solo de 1 a 2 cm de altura.
Outra opção é a utilização de semeadeiras mecânicas que têm a vantagem de, simultaneamente,
abrir os sulcos, distribuir as sementes e cobrir os sulcos com grande eficiência. Gasta-se de 2 a 3
kg de sementes por hectare. A semeadura mecânica de precisão (máquinas pneumáticas) tem
sido utilizadacom frequência apenas por grandes produtores da região Sudeste e durante o
período de inverno. Isto em decorrência do alto custo do equipamento acrescido ao fato de que
durante o verão (alta temperatura e alta umidade de solo), há um aumento da incidência de
tombamento das plântulas, o que tem levado os agricultores a preferirem o semeio utilizando
semeadeiras mecânicas não pneumáticas para evitar redução do estande.
Qualquer que seja o método, atenção especial deve ser dada à profundidade de semeadura. As
sementes de cenoura são pequenas (840 sementes/grama), possuem pouca reserva e as plântulas
que emergem são tenras e delicadas. Se a semeadura for muito profunda (maior que 2,0 cm), as
plântulas podem não emergir. Se for muito superficial (menor que 1,0 cm), poderá haver falhas
de germinação devido ao secamento da camada superficial do solo ou arraste das sementes por
água de irrigação ou chuva forte. A proteção das sementes contra a incidência de patógenos do
solo geralmente é feita através de tratamento químico, utilizando-se 3 g de produto comercial à
base de Iprodione, Thiram, Carboxim, Captan ou Tiabendazol, por Kg de sementes.
2.7- Irrigação
A produtividade e a qualidade das raízes de cenoura são intensamente influenciadas pelas con-
dições de umidade do solo. Assim, para a obtenção de altos rendimentos, é necessário o controle
da umidade do solo durante todo o ciclo da cultura para, deste modo, determinar-se o momento
da irrigação e a quantidade de água a ser aplicada. O sistema de irrigação mais utilizado em
pequenas áreas é o de aspersão convencional, enquanto em grandes áreas utiliza-se o sistema de
pivô central. O uso de aspersor tipo canhão é inconveniente porque retira as sementes dos
sulcos de plantio e compacta o solo, prejudicando a germinação e emergência das plântulas.
Para determinar a quantidade de água (lâmina) a ser aplicada por irrigação e a freqüência das
irrigações (turno de rega), deve-se levar em consideração as condições de clima, tipo de solo e
estádio de desenvolvimento das plantas.
De modo geral, a primeira irrigação após o plantio deve ser feita de tal modo que se molhe até
20 cm de profundidade. Do plantio até o desbaste, as irrigações devem ser leves e freqüentes (1
a 2 dias). Depois desta fase até a colheita, pode-se aumentar a lâmina de água e o turno de rega.
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Com os dados referentes ao tipo de solo, condições de clima, estádio de crescimento da planta,
profundidade das raízes e da evapotranspiração pode-se calcular a lâmina líquida de água a ser
aplicada por irrigação e o turno de rega.
2.8- Desbaste
O desbaste tem como objetivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e nutrientes por
planta. Na semeadura manual ou mecânica convencional, em que as plântulas são dispostas em
fileira contínua, o desbaste torna-se uma operação imprescindível para a obtenção de raízes de
maior tamanho e de melhor qualidade. Deve ser feito de uma só vez, aos 25-30 dias após a
semeadura, deixando-se um espaço de 4 a 5 cm entre plantas. Espaçamentos entre plantas mai-
ores do que o recomendado implicará em menor número de plantas por unidade de área com
conseqüente redução da produtividade. Vale salientar que o atraso na realização do desbaste,
também implica em redução da produção, em decorrência do aumento da competição entre plan-
tas. Na semeadura mecânica de precisão, em que se usam semeadeiras pneumáticas e sementes
peletizadas, o desbaste torna-se uma prática desnecessária no sistema de produção, o que con-
tribui para redução dos custos de mão-de-obra.
2.9- Controle de Plantas Daninhas
Com baixo índice de infestação de espécies pouco agressivas, a cultura da cenoura pode conviver
com as plantas daninhas até a terceira semana após a emergência das plantas sem sofrer danos.
O período crítico de concorrência da cenoura com as plantas daninhas por nutrientes, luz e água
é da terceira até a sexta semana após a emergência. Uma alternativa recomendada para reduzir
esta concorrência com plantas daninhas é evitar o plantio em áreas infestadas por espécies
perenes de plantas daninhas.
O controle das plantas daninhas pode ser feito por métodos culturais, manuais ou mecânicos, ou
ainda com o uso de herbicidas.
Os métodos culturais consistem de aração e gradagem da área, com antecedência em relação ao
plantio, de modo a favorecer a emergência das plantas daninhas e assim facilitar a sua elimina-
ção pela capina ou incorporação por ocasião do levantamento dos canteiros.
As plantas daninhas podem ser eliminadas manual ou mecanicamente por ocasião do desbaste,
com o emprego de sacho ou enxada estreita entre as linhas de plantas. Entretanto, o cultivo
mecânico apresenta o inconveniente de não eliminar as plantas daninhas entre plantas nas filei-
ras e, muitas vezes, danificar as raízes da cenoura.
Quanto ao emprego de herbicidas, vários produtos podem ser utilizados. A escolha deve ser feita
de acordo com as espécies de plantas daninhas infestantes e as características do produto (prin-
cípio ativo, seletividade, época de aplicação e efeito residual).
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O tipo de solo, arenoso ou argiloso, e o teor de matéria orgânica são fatores que devem ser levados
em consideração para a definição da dose do herbicida a ser aplicada. Em solos arenosos e com
baixos teores de matéria orgânica, recomenda-se usar a menor dose registrada na embalagem.
Os herbicidas de pré-plantio incorporado devem ser aplicados com o solo bem preparado, seco e
livre de plantas daninhas e imediatamente incorporados até 10 cm de profundidade. Os herbicidas
de pré-plantio ou pré-emergência devem ser aplicados com o solo bem preparado, livre de plan-
tas daninhas e com a umidade próxima da capacidade de campo. Os herbicidas de pós-plantio ou
pós-emergência devem ser aplicados quando as plantas daninhas estiverem ainda no início do
desenvolvimento e quando as folhas estiverem enxutas.
Para melhorar o controle, pode-se combinar vários herbicidas, desde que observada a suscetibilidade
das plantas daninhas. A eficiência do uso de herbicida é condicionada também à calibração do
equipamento; ou seja, à pressão, tipo e numeração de bicos e a velocidade da aplicação.
A seguir, listam-se e caracterizam-se os herbicidas autorizados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento para uso em cenoura. Estas informações devem ser consideradas con-
juntamente com as recomendações presentes nos rótulos dos produtos:
• Herbicidas de pré-plantio incorporado (PPI)
Trifluralina - Para incorporação à profundidade de 7 a 10 cm, no máximo até oito horas após a
aplicação, para evitar perdas por volatilização e fotodegradação do produto. Apresenta baixíssima
solubilidade em água e é fortemente adsorvido em solos com alto teor de matéria orgânica e
argila. A sua persistência no solo pode chegar até seis meses.
• Herbicidas de pré ou pós-emergência
Linuron - Para aplicação em pré ou pós-emergência da cenoura e das plantas daninhas. Em pós-
emergência, deve ser aplicado quando a cenoura apresentar de duas a quatro folhas definitivas,
e quando as plantas daninhas apresentarem-se com quatro folhas no máximo. Apresenta baixa
solubilidade em água, sendo por isso pouco lixiviado. A sua meia vida é de um a cinco meses,
dependendo do tipo de solo e da dose usada. É um inibidor de fotossíntese, que controla
seletivamente as plantas daninhas. É absorvido através do sistema radicular e secundariamente
pelas folhas. O intervalo de segurança de aplicação é de 60 dias, com tolerância de resíduos de 1
ppm. A dosagem varia de 2 a 4 Kg/ha do produto comercial. As doses maiores são normalmente
recomendadas para solos argilosos e/ou ricos em matéria orgânica.
Oxadiazon - Pode ser aplicado em pré ou pós-emergência precoce das plantas daninhas. Sua
principal açãoé de pré-emergência, quando aplicado em solo úmido. É pouco absorvido pelas
culturas e inibe o desenvolvimento dos caules das plântulas sensíveis quando atravessam a
camada do solo tratada com o produto. Apesar de apresentar alta solubilidade em água, é pouco
lixiviado e fortemente adsorvido pelos colóides do solo. Possui meia vida de dois a seis meses. A
dose recomendada é de 4 Kg/ha do produto comercial.
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• Herbicida de pós-emergência
Fluazifop-butyl - Para controle de gramíneas em geral, com estádios de desenvolvimento de
dois a quatro perfilhos. É rapidamente adsorvido pelas folhas, sendo pouco lixiviado. Em solos
úmidos, é rapidamente degradado por microrganismos; mas pode apresentar meia vida de três
semanas em solos com condições de umidade não excessivas. Espécies sensíveis (em geral
gramíneas) podem ser plantadas 60 dias após a aplicação do herbicida.
Em geral, a cenoura e as plantas daninhas de folhas largas são tolerantes a este herbicida. A dose
recomendada é 1,5 Kg/ha do produto comercial, adicionando-se surfactante, à razão de 0,2 %, à
solução.
Alguns dos produtos citados têm ação em ambos os grupos de plantas. É importante mencionar
que a inclusão ou exclusão de um produto nesta lista depende da validade de registro dele junto
ao MAPA / SDSV (Secretaria de Defesa Sanitária Vegetal) / DIPROF (Departamento de Inspeção de
Produtos Fitossanitários).
2.10- Controle de Pragas
As principais pragas da cultura da cenoura são lagartas e pulgões, que são controlados através
de práticas culturais, e pela ação de inimigos naturais como parasitóides e predadores. São
muito poucos, os inseticidas registrados para o controle de pragas da cenoura, o que torna o
controle químico uma prática pouco recomendável para a cultura.
Lagartas
Lagarta-rosca (Agrotis spp.); Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda); Lagarta-falsa-medideira
(Rachiplusia nu).
As larvas de algumas espécies de mariposas são conhecidas vulgarmente por “lagarta-rosca”,
pelo hábito típico que têm de se enroscarem quando tocadas. As espécies mais comuns perten-
cem ao gênero Agrotis, sendo que A. ipisilon é a mais frequente. Algumas espécies do gênero
Spodoptera, notadamente a S. frugiperda apresentam comportamento semelhante, principalmente
durante a época mais seca do ano. As mariposas do gênero Agrotis colocam os ovos no solo,
moitas de capim, restos de cultura, gramíneas emergentes ou nas folhas ou pecíolos das plantas
de cenoura. As larvas, após a eclosão, alimentam-se raspando as folhas, e à medida que aumen-
tam de tamanho, passam a cortar as plantas próximo à superfície do solo.
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Os danos de lagarta-rosca em cenoura são mais comuns até 30-40 dias após a semeadura. Geral-
mente a presença de lagarta-rosca só é detectada quando se verificam plantas cortadas. A colo-
cação de iscas envenenadas nos locais onde haja plantas daninhas, restos de culturas mal in-
corporados, ou entre as fileiras de cenoura recém semeadas permite localizar e combater os
focos de infecção.
O controle mais eficiente destas espécies é alcançado através de práticas culturais como o ade-
quado preparo de solo, incorporação dos restos culturais e eliminação das plantas daninhas,
especialmente gramíneas.
Para o controle químico, as pulverizações devem ser feitas preferencialmente no período da
tarde, e dirigidas à base das plantas porque as larvas se escondem no solo durante o dia e saem
a noite para se alimentar. Produtos à base de Trichlorfon e Carbaryl controlam a Agrotis, Spodoptera
e outras espécies que eventualmente se alimentam das folhas de cenoura, como a Rachiplusia nu,
esta conhecida vulgarmente como “falsa medideira”.
Pulgões
Dysaphis spp; Cavariella aegopodii
Os pulgões raramente chegam a causar dano econômico à cultura da cenoura, porque não ocor-
rem em grandes populações e são altamente parasitados por micro-himenópteros. Pulverizações
com produtos à base de Fenitrothion e Pirimicarb controlam eficientemente estes afídeos.
Larvas de Crisomelídeos
Diabrotica speciosa; Diabrotica bivittula; Cerotoma arcuata
Ocasionalmente, quando a cenoura é plantada após a cultura do milho ou pastagens, as raízes da
planta podem ser danificadas por larvas de crisomelídeos, cujos adultos são conhecidos por
vaquinhas ou brasileirinho, os quais pertencem aos gêneros Diabrotica e Cerotoma. Estas infestações
são esporádicas e provavelmente causadas por algum tipo de desequilíbrio ambiental temporá-
rio. A aplicação de Chlorpyrifos, em solo úmido ao ser constatada a presença das larvas ou de
raízes danificadas é eficiente, devendo ser observado um período mínimo de carência de 15 dias.
Como alternativa ao uso de inseticidas, sabe-se que adultos de crisomelídeos são atraídos por
raízes da cucurbitácea silvestre denominada Tayuyá ou frutos de Lagenaria sp, a cabaça-verde,
que podem ser utilizados como iscas. Tanto as raízes quanto os frutos, quando tratados com
inseticidas, mantêm a capacidade de atração dos adultos. Estes, ao se alimentarem, são envene-
nados, o que faz com que as populações destes insetos sejam reduzidas.
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2.11- Principais Doenças e Controle
Estão registradas no Brasil mais de quinze doenças de cenoura, causadas por fungos, vírus,
bactérias e nematóides. Destas, um número relativamente pequeno é responsável pela maior
parte dos danos ocorridos na cultura. O controle destas enfermidades tem sido feito através do
uso de cultivares resistentes e/ou agrotóxicos, bem como pelo emprego de corretas práticas
culturais.
Podridão de pré e pós-emergência
Dentre os vários patógenos envolvidos na ocorrência de podridões em cenoura tem-se: Alternaria
dauci, Alternaria radicina, Pythium spp., Rhizoctonia solani e Xanthomonas campestris pv. carotae.
A podridão de pré-emergência resulta em falhas no estande. Na podridão de pós-emergência,
também chamada de tombamento, as plântulas apresentam um encharcamento na região do
hipocótilo rente ao solo, provocando reboleiras de plantas tombadas ou mortas. O controle só é
eficiente quando se utilizam sementes de boa qualidade, rotação de cultura, adequada profundi-
dade de plantio e manejo adequado de água.
Queima-das-folhas
É a doença mais comum da cenoura. É causada por Alternaria dauci (mais comum), Cercospora
carotae e Xanthomonas campestris pv. carotae. Caracteriza-se principalmente por uma necrose das
folhas que, dependendo do nível de ataque pode causar a completa desfolha da planta e, conse-
qüentemente, resultar em raízes de tamanho pequeno. Os três patógenos que causam a queima-
das-folhas podem ser encontrados na mesma planta, e até em uma única lesão.
É difícil determinar o(s) agente(s) causal(is) envolvido(s) pelos sintomas nas folhas, principal-
mente porque as cultivares reagem de maneira diferenciada ao ataque. Alternaria dauci produz
lesões nas folhas mais velhas e é caracterizada por necrose da borda dos folíolos, enquanto
Cercospora carotae produz lesões individualizadas. Os sintomas produzidos por X. campestris pv.
carotae são indistinguíveis dos outros, embora, sob condições de alta umidade, seja comum
uma exudação sobre as lesões bacterianas.
As cultivares do grupo “Nantes” são as mais suscetíveis à queima-das-folhas, e por isso necessitam
da aplicação preventiva de fungicidas para o controle. As cultivares Brasília, Kuroda e Kuronan e
outras adaptadas ao plantio de verão têm um bom nível de resistência a esta doença, praticamente
dispensando o controle químico. As cultivares do grupo Kuroda (Kuroda Nacional, Shin Kuroda,
Nova Kuroda, Kuroda) apresentam diferenças entre si quanto à resistência. Portanto, a escolha de
uma cultivar deste grupo deve levar em conta a sua procedência. A cultivarBrasília, em certas
condições, pode apresentar alguma suscetibilidade à C. carotae, requerendo algumas pulverizações.
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O controle químico, quando os três patógenos estão presentes, deve ser feito com produtos à
base de cobre (mais eficientes contra Xanthomonas campestris pv. carotae), intercalados com
outros fungicidas ditiocarbamatos.
Podridão das raízes
Em geral é causada pelos fungos Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum ou pela bactéria Erwinia
carotovora. As plantas atacadas apresentam crescimento reduzido com as folhas superiores ama-
reladas, as quais tornam-se murchas no horário mais quente do dia. Os dois primeiros patógenos
produzem podridão-mole, acompanhada da formação de esclerócios e exagerado crescimento
micelial branco. Os escleródios de Sclerotinia sclerotiorum são de cor preta, irregulares, com até 1
cm de comprimento, e os de Sclerotium rolfsii são menores, redondos, assemelhando-se a semen-
tes de mostarda.
A bactéria Erwinia carotovora produz uma podridão mole em pequenas áreas das raízes, que se
expandem sob condições de altas temperatura e umidade. As podridões ocorrem no campo quan-
do a umidade do solo é excessiva. Portanto, é essencial que se cultive a cenoura em solos que
não acumulem muita água, que o plantio em época chuvosa seja feito em canteiros mais altos, e
que a irrigação seja adequada, evitando-se o excesso de água. O controle químico normalmente
não é econômico para nenhum dos três patógenos.
Após a colheita, ocorrem podridões secas e podridões moles, sendo essas últimas as mais impor-
tantes. O principal agente apodrecedor é a bactéria Erwinia carotovora, que causa grandes perdas
quando as raízes são colhidas em solos molhados e/ou quando após a lavação, as raízes não são
adequadamente secas antes de serem embaladas (encaixotadas).
Nematóides
Os nematóides Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Meloidogyne arenaria e Meloidogyne
hapla são os mais comuns em cultivos de cenoura no Brasil. As plantas infectadas mostram
crescimento reduzido e amarelecimento nas folhas, semelhante à deficiência de nutrientes. As
raízes são pequenas, deformadas e apresentam a formação de galhas.
A rotação de culturas é o principal e mais eficiente método de controle dos nematóides. O
plantio de Stylosanthes guyanensis, Crotalaria spectabilis ou Tagetes erecta, por um período de
100 a 110 dias, reduz a população de nematóides e melhora as propriedades físicas do solo.
Além da rotação, em áreas reconhecidamente infectadas, recomenda-se fazer arações profundas
em dias quentes e secos, para expor larvas e adultos à insolação. Após essa operação a área deve
ser deixada em pousio no mínimo por dois meses.
Não existem nematicidas registrados para a cultura da cenoura.
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2.12- Colheita e Comercialização
Dependendo da cultivar, das condições de clima e dos tratos culturais, a colheita da cenoura
pode ser feita no período de 80 a 120 dias decorrido da semeadura. O ponto de colheita e a
maneira de colher e de manusear as raízes influem na aparência final do produto. O
amarelecimento, secamento das folhas mais velhas e o arqueamento para baixo das folhas mais
novas são indicativos do ponto de colheita. O arrancamento das raízes pode ser feito de modo
manual ou semi-mecanizado, acoplando-se uma lâmina cortante no sistema hidráulico do trator.
Esta lâmina, passando por baixo das raízes, afofa a terra do canteiro e desprende as plantas.
Assim, após a passagem da lâmina, as raízes podem ser facilmente colhidas com a mão. Após o
arrancamento, a parte aérea das plantas de cenoura é destacada (quebrada) da raiz. Em seguida,
as raízes devem ser lavadas, selecionadas, classificadas e acondicionadas.
Com a seleção, descartam-se as raízes deformadas, florescidas, quebradas, rachadas, ramificadas,
com galhas, com ombros verdes ou roxos.
A classificação, segundo a portaria no 76, de 25/02/75, do Ministério da Agricultura e do Abas-
tecimento, é feita em classes (segundo o comprimento e diâmetro das raízes) e tipos (segundo a
qualidade), conforme a tabelas abaixo.
Tabela 1 - Classes de raízes de cenoura em função do comprimento e diâmetro.
Classes Comprimento Diâmetro
(cm) (cm)
Longa 17 - 25 < 5,0
Média 12 - 17 > 2,5
Curta 5 - 12 > 1,0
Fonte: Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Portaria no 76, de 25/02/75.
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Tipos
1 (Extra)
0
0
0
0
0
2
2
DEFEITOS
Raiz rachada
Raiz deteriorada
Raiz deformada
Raiz murcha
Raiz com danos mecânicos e/ou pragas
Raiz de cor verde e/ou arroxeada
Raiz com radícula
2 (Especial)
0
0
5
2
2
5
5
3
0
0
10
5
5
8
8
4
0
3
15
10
5
10
10
Em nenhum dos tipos: 1 – extra, 2 – especial, 3 e 4, a soma das tolerâncias dos defeitos pode exceder os percentuais
de 5, 15, 25 e 35%, respectivamente.
Fonte: Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº76, de 25/02/75.
Após a classificação, e quando as raízes estiverem enxutas, faz-se o acondicionamento em caixas
de madeira, que de acordo com portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
devem ter as seguintes dimensões internas: 495 mm de comprimento, 230 mm de largura e 355
mm de altura. Normalmente a capacidade de cada caixa é de 23 a 25 kg. As raízes devem estar
enxutas, pois se estiverem molhadas, pode ocorrer à proliferação de patógenos que causam o
apodrecimento das mesmas.
Inicialmente, coloca-se ordenadamente uma camada de raízes transversalmente à fresta deixada
pelas duas ripas, para formar a “boca da caixa”. O enchimento é feito colocando-se as raízes no
sentido longitudinal da caixa e de modo a ocupar todos os espaços. Isto é necessário para evitar
que durante o manuseio ou transporte ocorram danos mecânicos por atrito ou impacto entre as
raízes acondicionadas.
No momento da comercialização, a tipificação da “boca da caixa” de cenoura, segundo os crité-
rios dos atacadistas no mercado interno, obedece às seguintes regras: Extra A - 11 a 13 raízes,
Extra - 13 a 16 raízes, Especial - 16 a 19 raízes e Primeira - raízes misturadas.
Embora as caixas de madeira sejam de alto custo, elas dão maior proteção ao produto e facilitam o
manuseio e a identificação do produtor, o que não acontece no caso de sacos de aniagem, polietileno
ou polipropileno, utilizados em algumas regiões do País. Em algumas CEASAS (como exemplo:
Entreposto Terminal da CEAGESP em São Paulo), encontra-se em pequena escala, cenouras com folhas
sendo comercializadas em molhos de um a dois quilos. Neste caso, a colheita é feita quando as plantas
estão mais novas e tenras, para que as folhas também possam ser aproveitadas culinariamente.
Tabela 2 - Tipos de raízes de cenoura em função da percentagem máxima de defeitos permitidos
por caixa.
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Operações (Mão-de-obra)
Aração
Gradagem
Levantamento de canteiro
Levantamento de canteiro
Distribuição de adubo
Marcação de canteiro
Distribuição dos adubos
Distribuição de corretivo (manual)
Semeadura
Aplicação manual de herbicidas
Pulverização manual
Irrigação por aspersão
Desbastes
Adubação de cobertura manual
Capina manual
Levantamento de canteiro com microtrator
Incorporação de adubos
Colheita/Lavagem/Classificação/Acondicionamento
Unidade (*)
h/m
h/m
h/mtr
h/m
d/h
d/h
d/h
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d/h
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Quantidade
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2
10
2
1
10
6
2
5
15
25
6
4
20
20
100
Fonte: EMATER-DF (*) h/m – hora máquinas; h/mtr – hora microtrator; d/h – dia homem
2.13- Coeficientes Técnicos
As tabelas a seguir apresentam alguns coeficientes técnicos relativos à cultura da cenourana
região dos cerrados. A partir desses dados, cada produtor poderá fazer sua previsão de custo de
produção, tomando por base os preços unitários de cada fator em sua região, na época da
semeadura. Entretanto, há alguns fatores que podem variar conforme a região e o sistema de
produção adotadas pelo produtor, em face das condições de clima e solo específicos de cada área
de plantio.
Tabela 3- Coeficientes técnicos para o cultivo de um hectare de cenoura, na região dos cerrados
– operações de mão-de-obra.
SETOR CAMPO 29
SISTEM
A DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Tabela 4 - Coeficientes técnicos para o cultivo de um hectare de cenoura, na região dos
cerrados – insumos.
Insumos
Sementes
Calcário
Matéria orgânica (esterco de galinha)
Fertilizantes (plantio + cobertura)
Inseticidas
Fungicidas
Herbicidas
Caixa tipo “K” com retorno
Combustível
Unidade
Kg
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Quantidade
6
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3 – 4
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4
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150
200
Fonte: EMATER-DF
Descrição
Máquinas e equipamentos de irrigação
Mão-de-obra, operações diversas
Adubos e corretivos
Herbicidas, inseticidas e fungicidas
Colheita, classificação e equipamento
Sementes
Total
Quantidade (cx)
372.0
37,2
313,5
105,0
334,8
37,5
1.200,0
Quantidade (%)
31,00
3,10
26,10
8,75
27,90
3,12
100
Fonte: EMATER-DF
Tabela 5 - Número necessário de caixas de cenoura para o pagamento dos custos diretos
(mão-de-obra e insumos), e indiretos (depreciação de máquinas e equipamentos) utilizados
no cultivo de um hectare de cenoura.
SETOR CAMPO 31
FLU
XOGRAM
AS DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
3FLUXOGRAMAS DEPRODUÇÃO
SETOR CAMPO32
FL
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ÇÃ
O
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Semeadura
Cultivo
Colheita
3.1- Etapa de Pré-Colheita
Adubação
Irrigação
Desbaste
Controle de Pragas/Doenças/
Controle de Plantas Daninhas
SETOR CAMPO 33
FLU
XOGRAM
AS DE PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
3.2- Etapa de Pós-Colheita
Embalagem em caixas plásticas
Transporte para a casa de embalagem
Lavagem
Secagem
Tratamento pós-colheita
Embalagem para o mercado
Armazenamento Transporte
Aplicação de ceras
Aplicação de agrotóxicos
SETOR CAMPO 35
PERIGOS N
A PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
4PERIGOS NAPRODUÇÃO
4.1- Perigos Biológicos
Os perigos biológicos na produção de cenouras estão basicamente relacionados com a presença de
microrganismos patogênicos ao ser humano no ambiente de cultivo (solo), na água de irrigação, nos
adubos orgânicos utilizados, na água utilizada nos procedimentos de pós-colheita e nas mãos dos
trabalhadores que manuseiam a cenoura no momento da colheita e nas etapas de pós-colheita.
Os principais microrganismos presentes em cada etapa e os problemas que podem causar são:
• Bactérias: são os agentes patogênicos mais comuns, sendo aqueles causadores, por exemplo,
da febre tifóide e da cólera. Linhagens patogênicas de Escherichia coli podem causar diarréias
agudas, especialmente em crianças, infeções nas vias urinárias, além de outras enfermidades.
• Protozoários: as infecções causadas por estes microrganismos restringem-se basicamente à
disenteria amebíana e a giardíase.
• Helmintos: microrganismos transmitidos principalmente pela água. Dentre os vermes intesti-
nais, o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, constitui importante problema
endêmico no Brasil.Deve-se destacar também a possibilidade de ingestão de ovos de Taenia
solium, provocando a cisticercose humana.
• Vírus: as viroses transmitidas estendem-se desde a poliomielite e distúrbios gastrointestinais
até inflamações das mais diversas ordens.
• Fungos: as doenças causadas por fungos limitam-se principalmente à ocorrência de erupções de
pele e micoses,não sendo normalmente veiculados pela água e alimentos de origem vegetal.
SETOR CAMPO36
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MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Tais microrganismos são responsáveis por inúmeras doenças gastrointestinais comuns na popu-
lação, que nos casos mais graves podem causar a morte. Assim, tem se verificado que uma por-
centagem significativa de pessoas portadoras de entamoebas, giárdias, estrongilóides, tênias,
necátors, tricocéfalos, áscaris e oxiúros têm sido contaminadas pelo consumo de produtos hortícolas
irrigados com águas que recebem efluentes não tratados. Na Tabela 6 são sumarizadas as princi-
pais doenças causadas por organismos patogênicos que podem ser transmitidas pela ingestão de
alimentos contaminados, principalmente devido ao uso de água de irrigação, assim como o
agente etiológicos, meios de transmissão e algumas medidas preventivas de controle.
Agente etiológico
Entamoeba
histolytica
Ancilostoma
duodenale
Ascaris lumbricoides
Vibrio cholerae
Schistosoma
mansoni
Salmonella typhi
Salmonella
paratyphi A, B
Giardia lamblia
Vírus da hepatite A
Polívirus 1, 2, 3
Taenia solium e
Taenia saginata
Doença
Amebíase
Ancilostomíase
Ascaridíase
Cólera
Esquistossomose
Febre tifóide
Febre
paratifóide
Giardíase
Hepatite A ou
infecciosa
Poliomielite
Teniase
Transmissão
Ingestão de água e alimentos
contaminados; moscas
Contato com o solo contaminado
Ingestão de água e alimentos
contaminados, principalmente
produtos consumidas cruas; mãos
sujas
Ingestão de água e alimentos
contaminados.
Contato da pele ou mucosas com
água contaminada
Ingestão de água e alimentos
contaminados; contato com
pacientes e objetos contaminados
Ingestão de água e alimentos
contaminados
Ingestão de água e alimentos
contaminados, principalmente
produtos consumidos crus; mãos
sujas
Contaminação fecal-oral; ingestão
de leite, produtos contaminadas
Secreções oro-nasais; água
contaminada; moscas
Ingestão de água e alimentos
contaminados; mãos sujas
Medida de prevenção*
Controle de moscas; lavar as mãos;
esterilizar produtos que são
consumidos crus; uso de filtro
Uso de calçado; não aplicar resíduo
orgânico contaminado no solo
Lavar as mãos; esterilizar produtos
que são consumidos crus; uso de
filtro
Cozimento e acondicionamento
adequado de alimentos; vacinação
Retificação de rios; drenagem de
áreas alagadas; uso de
moluscicidas
Pasteurização do leite e deriva-
dos; cozimento e embalagem
adequada de alimentos; vacinação
Cozimento e embalagem adequada
de alimentos
Filtragem e fervura da água;
higiene pessoal e doméstica;
esterilizar alimentos que são
consumidos crus
Prevenções de ordem médica;
vacinação
Vacinação
Cozimento de alimentos; lavar as
mãos
* O saneamento básico, que inclui coleta de lixo e tratamento de água e esgoto, é medida indispensável na prevenção de todas
as doenças acima descritas. O cozimento e a esterilização dos produtos consumidas cruas também podem minimizar o risco
de transmissão das doenças onde tais medidas não foram mencionadas.
Fonte: Adaptado de Rouquayrol (1983).
Tabela 6 - Principais doenças causadas por microrganismos patogênicos que podem ser
transmitidas via água de irrigação.
SETOR CAMPO 37
PERIGOS N
A PRODU
ÇÃO
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
4.2- Perigos Químicos
Os perigos químicos na produção de cenoura estão relacionados com a presença de agrotóxicos,
metais pesados e nitratos nas raízes, os quais podem causar diversas doenças ao consumidor. As
principais são:
• Agrotóxicos: podem provocar várias doenças, como de fígado (cirrose e câncer), intoxicações
diversas e danos ao sistema nervoso;
• Metais pesados: o excesso de chumbo causa o Saturnismo (envenenamento crônico), en-
quanto o mercúrio provoca sérios danos ao sistema nervoso. Os metais pesados têm como
locais de metabolismo o fígado e os rins, podendo causar várias doenças;
• Nitrato: o excesso de nitrato pode causar a Metamoglobonemia (alteração na hemoglobina
provocando sintomas semelhantes à asfixia), principalmente em crianças.
4.3- Perigos FísicosOs perigos físicos de ocorrência na cultura da cenoura são, em comparação com os biológicos e
químicos, de menor ocorrência. O processo de lavagem da raiz elimina grande parte dos corpos
estranhos como pedaços de madeira, solo, areia, metal, dentre outros.Tendo em vista a própria
arquitetura da raiz, a possibilidade de acúmulo de qualquer corpo estranho que possa se caracte-
rizar como perigo físico é pequena.
SETOR CAMPO 39
APLICAÇÃO DO SISTEM
A APPCC
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
5APLICAÇÃO DOSISTEMA APPCC
SETOR CAMPO40
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AP
PC
C
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
5.1- Formulários de Caracterização da Empresa/Produto
Formulário A • IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA/PROPRIEDADE
Razão Social: _________________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________________
CEP: _______________ Cidade: ____________________________ Estado:____________
Telefone : _______________________________ Fax.: ____________________________
C.N.P.J. __________________________ I.E.: ___________________________________
Responsável Técnico: __________________________________________________________
Supervisor do programa de segurança:_____________________________________________
Identificação do produto agrícola (como é expedido pela fazenda):
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
Destino e finalidade de uso da produção:
___________________________________________________________________________________
Fonte: extraído e adaptado da Portaria 46 de 10/02/1998 do MAPA.
SETOR CAMPO 41
APLICAÇÃO DO SISTEM
A APPCC
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Formulário B • ORGANOGRAMA DA EMPRESA/PROPRIEDADE
Coordenador do
Programa de Segurança
Responsável pela empresa/propriedade que deve estar comprometido com a implantação
do programa de segurança, analisando-o e revisando-o sistematicamente, em conjunto
com o pessoal de nível gerencial.
Responsável pelo gerenciamento da produção/processo, participando da revisão
periódica do Plano junto à Direção Geral.
Responsável pela elaboração, implantação, acompanhamento, verificação e melhoria
contínua da produção/processo; deve estar diretamente ligado à Direção Geral.
Fonte: extraído e adaptado da Portaria 46 de 10/02/1998 do MAPA.
Produtor/Gerente
SETOR CAMPO42
AP
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MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Formulário C • EQUIPE APPCC/EQUIPE DO PROGRAMA DE SEGURANÇA
NOME FUNÇÃO NA EMPRESA
DATA: ____________________APROVADO POR:________________________________
Fonte: extraído e adaptado da Portaria 46 de 10/02/1998 do MAPA.
SETOR CAMPO 43
APLICAÇÃO DO SISTEM
A APPCC
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Formulário D • CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO/PROPRIEDADE
Produto agrícola: ____________________________________________________________
Lote: _____________________________________________________________________
Data da produção final do lote:__________________________________________________
Características importantes do Produto Final: (pH, Aw, umidade, Brix, etc.):
Umidade: __________________________________________________________________
Aw: _______________________________________________________________________
Brix: _______________________________________________________________________
Outras (especificar):__________________________________________________________
Classificação: _______________________________________________________________
Forma de uso do produto pelo consumidor ou usuário:
_________________________________________________________________________
Características da embalagem:
_________________________________________________________________________
Local de venda do Produto:
_________________________________________________________________________
Instruções contidas no rótulo:
_________________________________________________________________________
Controles especiais durante distribuição e comercialização:
_________________________________________________________________________
DATA: _________________ APROVADO POR: ___________________________________
Fonte: extraído e adaptado da Portaria 46 de 10/02/1998 do MAPA.
SETOR CAMPO44
AP
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AP
PC
C
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
Formulário E • INSUMOS USADOS NA PRODUÇÃO PRIMÁRIA
INSUMOS USADOS NA PRÉ-COLHEITA
Tipo de solo:_______________________________________________________________
Adubo:_____________________________________________________________________
Tipo de água para irrigação:____________________________________________________
Agroquímicos:______________________________________________________________
Outros (especificar)__________________________________________________________
INSUMOS USADOS NA PÓS-COLHEITA
Tipo de água para lavagem:____________________________________________________
Impermeabilizante da superfície:________________________________________________
Aditivos:__________________________________________________________________
Embalagem:________________________________________________________________
Outros (especificar):__________________________________________________________
_________________________________________________________________________
DATA: _________________ APROVADO POR: ___________________________________
Fonte: extraído e adaptado da Portaria 46 de 10/02/1998 do MAPA.
SETOR CAMPO 45
APLICAÇÃO DO SISTEM
A APPCC
MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA CENOURA
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