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Tópicos em Sociologia da Saúde

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TÓPICOS EM SOCIOLOGIA DA SAÚDE
PRECONCEITO RACIAL
  O preconceito estrutural é o preconceito enraizado na sociedade, onde esta ensina que pessoas negras não podem ocupar locais de destaque.
  Em redes sociais é possível acompanhar algumas pessoas que são do movimento antirracismo e que levantam a bandeira da afroconsciência, dentre eles:
• Monalisa Nunes - recém formada em medicina (na Bahia) atualmente está fazendo especialização em dermatologia, porque ela via a necessidade de um profissional dessa área que tivesse uma atenção e um entendimento melhor da pele negra.
• Fred Nicácio – cirurgia dermatológica
A Monalisa é uma mulher, negra e vegana. O Fred é negro e gay, nesse sentido, o preconceito sofrido por eles é mais acentuado, devido a esses outros fatores.
LIVROS: encontrados no perfil da Mona:
- Mulheres, raça e classe – Angela Davis (professora e filósofa socialista estadunidense que alcançou notoriedade mundial na década de 70 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos);
- O genocídio negro dos brasileiros: processo de um racismo mascarado – Abdias Nascimento
- O olho mais azul – Toni Morrison
- O mito da democracia racial: um debate marxista sobre raça, classe e identidade – Wilson Honório da Silva
- Quem tem medo de feminismo negro? – Djamila Ribeiro
- Pequeno manual antiracista – Djamila Ribeiro
FILMES:
- O ódio que você semeia; Infiltrados na Klan; Estrelas além do seu tempo
ARTISTAS:
Emicida, Djonga, Iza, Projota, Carlinhos Bronw e muitos outros.
AUMENTO DE PARTICIPANTES NEGROS NO BBB, PÓS BABU E THELMA.
  Pode-se citar também acerca da questão da representatividade na TV, através da Maju Coutinho, que é jornalista; pela Taís Araujo e Lázaro Ramos, por exemplo, que são atores (apesar de que - na maioria das vezes - eles não ocupam papéis de protagonismo).
  Podemos citar também heróis negros, como Lucky Cage, Pantera Negra, Cyborg dos jovens titãs, Super Choque.
 Sem falar dos negros que ganharam as eleições de 2020
DITADOS POPULARES RACISTAS: denegrir, “da cor do pecado”, lista negra, mercado negro.
A DOENÇA COMO METÁFORA
  Livro da escritora norte-americana Susan Sontag, sua publicação foi a pouco mais de 40 anos e mesmo assim, ocupa um lugar de destaque na reflexão sobre o sentido da doença e suas estigmatizações por meio da linguagem. A autora publicou o livro dois anos depois de ter descoberto um câncer em si. Apesar de ter acesso a um tratamento moderno para a época, sentia que estava vivendo os últimos dias de sua vida. 
· Conotações pejorativas como “doença como castigo divino”.
· Uso das doenças como desculpa para outras coisas.
  O câncer era ainda, sinônimo de morte. A escritora começou, então, a refletir sobre o poder da linguagem e sobre como um jogo de palavras, perverso e quase naturalizado tornava determinadas doenças, durante o curso da História, sinônimos da presença do Mal no mundo. Concluiu que elas se tornavam signos para identificar aspectos vistos como negativos, tanto individuais como sociais, ou em outras palavras, tornavam-se metáforas para descrever distúrbios, quer fossem políticos ou de outra natureza. 
  Quando falamos por exemplo “a política é o câncer do Brasil”, estamos usando a doença como metáfora, visto que estamos associando a algo negativo, algo devastador, algo ruim.
  A tuberculose ganhou, no imaginário, contornos quase líricos, etéreos e sentimentais, por conta de ser vista muitas vezes, como a doença dos sensíveis, dos apaixonados, daqueles que aspiravam a um amor sem limites, visto que muitos dos artistas-ícone do Romantismo foram atingidos por esse mal. Nas metáforas usadas durante esses séculos, tuberculose e paixão pareciam andar de mãos dadas. Ao contrário do câncer, visto como a ideia de um mal que surge dentro do corpo e que, se não tratado a tempo e adequadamente, espalha-se por tudo, destruindo todos os outros tecidos (devastando). Nesse sentido, o objetivo da escritora era que essas comparações e estereótipos fossem repensados e abolidos.
· A estigmatização da doença (quando alguém descobre que fulano tem câncer, é olhado de outra forma). Tais pessoas são vistas como aqueles que carregam a morte em seus corpos, e não apenas enfrentando uma doença.
  Enfermidades como a tuberculose e o câncer acabaram se tornando estigmas. De forma consciente ou inconsciente, seus doentes sentiam que carregavam algo estranho e inimaginável dentro de seus corpos.
  A doença é uma metáfora que constrói uma subjetividade e separa os sadios dos doentes. Como relata Sontag em determinado momento do livro, “os sentimentos sobre o mal são projetados numa doença. E a doença (tão enriquecida de sentidos) é projetada sobre o mundo”.
10 ANOS DEPOIS A MESMA ESCRITORA ESCREVEU “ AIDS E SUAS METÁFORAS”
  As pessoas relacionavam pessoas com AIDS a homossexuais.
“GUERRE ALLE MOSCHE” – GUERRA ÀS MOSCAS: O PROCESSO DA CONSTRUÇÃO DOS MITOS EM TORNO DA AIDS
  “A metáfora dá forma à visão de uma doença particularmente temida como um “outro” alienígena, tal como o inimigo é encarado nas guerras modernas; e a transformação da doença em inimigo leva inevitavelmente à atribuição de culpa ao paciente, muito embora ele continue sendo encarado como vítima. A idéia de vítima sugere inocência. (SONTAG, 1989, p. 15 – 16)”.
  Há uma metáfora militar, que surgiu após a 1° Guerra Mundial, onde a AIDS é comparada a um “inimigo invasor”, sendo assim preciso combatê-lo. 
  A autora diz que a guerra passa a ser utilizada enquanto oportunidade para a mobilização ideológica que faz surgir outras muitas guerras, inclusive em nossos dias, como “guerra à pobreza”, “guerra às drogas”, “[...] a guerra é definida como uma emergência na qual nenhum sacrifício é considerado excessivo.”
  Susan Sontag tenta nos dizer da problemática que cerca uma nova doença, carregando-a de mitos e de verdades construídas, na tentativa de responder à emergência do contexto das novas doenças. Ou então, numa estratégia clara das autoridades que enxergam na “doença nova” uma forma de renovar o controle sobre a sua população.
  Sontag quando escreveu AIDS e suas metáforas (1989), buscava refletir junto aos seus leitores acerca da doença que acabara de surgir e estava completamente impregnada de mitos, que buscavam responder questões do tipo: O que ele fez para estar com AIDS? De quem é a culpa por ele estar doente? Correlacionando a aparente peculiaridade da AIDS enquanto uma doença nova, com a tuberculose e o câncer, a autora sugere a máxima de que “a história se repete”. 
FILME – Clube de compras Dallas
  A autora escreveu a doença como metáfora com a finalidade e tentativa de ao narrar suas experiências, buscava amenizar o sofrimento de outros doentes que possivelmente liam sua escrita e esse resultado haveria de ser alcançado por meio da informação, ou simplesmente pelo simples fato de compartilhar ali suas experiências e leituras acerca da mitificação do câncer e da tuberculose. 
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: UM DOMÍNIO EM EXPANSÃO
  Representações sociais são o conjunto de conhecimentos, opiniões e imagens que nos permitem recordar de um dado acontecimento, pessoa ou objeto. Estas representações são resultantes da interação social, e é algo que nos auxilia nas formulações de conceitos e opiniões acerca de determinado fato, nas produções de comportamentos embasados em experiências sociais e afins. O ser humano por mais que se considere sozinho, ele tem contato com as representações sociais, podendo ser dentro da família, na escola ou em um relacionamento, como no caso do casamento.
  O casamento, por exemplo, pode ser visto como uma espécie de contrato, onde ambos os envolvidos precisam manter sua parte no “acordo” para que tudo se dê da melhor maneira possível, e que o descumprimento de uma das partes pode colocar tudo a perder, seja por uma traição, uma atitude, etc. Há pessoas que consideram o casamento como uma instituição falida, considerando o histórico, tendo em vista quemuitos dos casamentos de anos atrás eram “arranjados”, baseados em machismo, na submissão da mulher e muitas vezes em violência sexual ou física, o que acaba por vezes, resultando em uma desconstrução da ideia de casamento.
  As representações sociais são extremamente importantes, nos permitem compreender e explicar a realidade, nos ajudam a definir diferentes aspectos de nossa realidade, permitem que os atores sociais adquiram conhecimentos e os integrem em um quadro para eles próprios, assim elas facilitam a comunicação social. 
A ENFERMAGEM DIANTE DA EXCLUSÃO SOCIAL
A gente pode citar como forma de exclusão social a questão econômica, cultural, presença de deficiências, etc.
1. INCLUSÃO E EXCLUSÃO SOCIAL: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL
  Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) propõem desenvolver ações de inclusão social para pessoas com transtornos mentais, através do exercício da cidadania e a inserção no mercado de trabalho.
- A inclusão social de pessoas com transtornos mentais:
      • instituições psiquiátricas de antigamente, no Brasil: os hospitais psiquiátricos omitiam os aspectos sociais e psicossociais, como as relações familiares e sociais, que são indissociáveis na vida do indivíduo e que interferem em seu processo de saúde e doença mental. Os pacientes eram proibidos de ver a família, eram culpalizados, sobrecarregados por cuidados, colocados como incapazes. Essas pessoas eram retiradas do seu meio social, impedindo o exercício dos direitos civis, como a liberdade de ir e vir. Pode-se notar, hodiernamente, que algumas dessas atitudes persistem, juntamente com o preconceito, a exclusão do mercado de trabalho, por possuírem “desvantagens”.
  Com o objetivo de modificar gradativamente a assistência centrada na internação em hospitais psiquiátricos, a OMS (2001) propõe um modelo de atenção à saúde mental de base comunitária, consolidado em serviços territoriais e de atenção diária. Nessa direção, a assistência deve se basear na comunidade, o que implica: desenvolvimento de uma gama de serviços em locais próximos da residência do indivíduo; ações de intervenções nos sintomas e incapacidades; tratamento e atenção específicos e individualizados; serviços variados que atendam às múltiplas necessidades dos usuários; atendimentos domiciliares e ambulatoriais. Os serviços devem visar à emancipação dos usuários, aumentando sua independência para o autocuidado, identificando recursos e estabelecendo alianças sociais saudáveis.
  Os objetivos propostos nos CAPS são: oferecer cuidados clínicos e fomentar a inserção social pelo acesso ao trabalho e aos direitos, e pelo aumento e fortalecimento da rede social dentro do contexto de vida do usuário.
  • Reforma Psiquiátrica – ocorreu na Itália, no início da década de 1960. Esse processo foi denominado psiquiatria democrática italiana, cujo tema central é o confronto das questões psiquiátricas com as contradições sociais, sendo o foco da discussão: a restituição dos direitos, a complexidade das necessidades, as possibilidades das pessoas acometidas pela doença mental, bem como a finalidade da instituição psiquiátrica em relação à estrutura social.
  Conforme a definição fornecida pela OMS, o termo “reabilitação psicossocial” é compreendido como um processo, e não como uma técnica. Um processo que tem como objetivo oferecer aos indivíduos, em desabilidade decorrente do transtorno mental, condições para exercerem suas potencialidades e capacidades de forma independente na sociedade.
  O papel da enfermagem seria ajudar o paciente, de forma a buscar sua independência. Mostrá-lo que não é “incapaz”. Seguindo os preceitos da cidadania. Auxiliar no processo de inclusão social, buscando a autonomia da pessoa. Ajudar a quebrar esse forte estigma muito, que está presente/enraizado na sociedade.
  O enfrentamento da situação demanda práticas para além da área de saúde mental e requer esforços dos atores envolvidos para o estabelecimento de relações e parcerias intersetoriais, com o objetivo de viabilizar melhores condições de moradia; promover discussões e incentivar iniciativas que envolvem a inserção no mercado de trabalho; favorecer o acesso a serviços e bens públicos, como educação e cultura, e, assim, estimular condições para o exercício da cidadania.
  A inclusão social do usuário significa, nos discursos, ser aceito, acolhido, compreendido e poder participar do contexto social; em contraposição à rejeição, à incompreensão e ao isolamento. Mas a dificuldade que se apresenta é a de que esse lugar de inclusão e de pertencimento está limitado ao ambiente institucional e, em suas falas, os profissionais sugerem que somente isso é possível.
2. PAPEL DA ENFERMAGEM NA REINTEGRAÇÃO SOCIAL
  Segundo BACKES et al. (2009), diante das complexidades das questões sociais, os profissionais da enfermagem de modo geral devem saber ultrapassar as crescentes exigências e fazer delas suas aliadas, procurando descobrir habilidades inovadoras e criativas de intervenção social relacionado a saúde. Como a cidadania é contexto igualitário representado pelos direitos e deveres dos cidadãos, o enfermeiro deve ser capaz de ir além dos limites do saber disciplinar e dos sistemas institucionalizados, com foco na doença e ao mesmo tempo promover a cidadania, ou seja, este profissional deve ser capaz de promover um cuidado integral de maneira igualitária sem restrição e preconceitos de quem irá cuidar.
  A enfermagem estabelece uma necessidade mais próxima com as necessidades sociais das pessoas, das famílias e comunidade, além de manter uma interação mais intensa com as diferentes realidades. Para alguns desses profissionais, a própria formação e vínculo de trabalho favorecem para que o enfermeiro tenha um maior comprometimento e envolvimento social.
3. O ENFERMEIRO NA INCLUSÃO SOCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
  A deficiência auditiva e surdes foi durante longos períodos deixados as margens da sociedade ou o indivíduo foi forçado a se adequar a sociedade em que vivia, respeitar a identidade de cada um é uma conquista da sociedade atual, a melhora da comunicação.
  É notório a necessidade de se proporcionar a educação de libras para os profissionais, buscando o melhor entendimento, e consequentemente, a comunicação. No módulo anterior falamos tanto sobre a importância da comunicação, do diálogo, mas para que essa comunicação seja efetiva e eficiente com o deficiente auditivo, se faz necessário a implantação de políticas públicas, que profissionais de saúde possam ter acesso a um curso de libras, por exemplo. ISSO DEVIA MESMO ERA SER IMPLANTADO NAS ESCOLAS!!
  Há a importância da inclusão das LIBRAS na grade curricular do curso de enfermagem. Já que o enfermeiro tem um contato muito direto com as pessoas.
  O enfermeiro no contexto histórico exerce a função de cuidar de todo e qualquer ser humano indistintamente de sua condição. Dessa forma, o enfermeiro se torna figura de suma importância para que haja a inclusão social da pessoa com deficiência e para que esta usufrua de todos os benefícios os quais o SUS e as demais legislações e políticas públicas atuais oferecem. Vale ressaltar que o surdo nem sempre será paciente: pode ser a mãe de um RN, necessitando de orientações. Um enfermeiro capacitado em LIBRAS em uma situação de emergência pode por exemplo evitar que um surdo alérgico a alguma medicação por falha na comunicação receba algum fármaco que desenvolva agravos, pode também prevenir que ele evolua para óbito por não ter suas queixas compreendidas ou consideradas.
4. Assistência de enfermagem a pessoa em situação de rua
  O enfermeiro é um dos profissionais que está em contato direto esses pacientes.
  O objetivo é proporcionar um atendimento livre de preconceitos e atos negativos. Prestar assistência integral e humanizada, de maneira a reduzir os danos causados pela situação e restabelecer a saúde.
  Os moradores de rua caracterizam uma condição social em que os indivíduos estão expostos frequentemente ao perigo e a uma condição sub-humanade sobrevivência, desenvolvendo trabalhos diversificados e precários. São pessoas em vulnerabilidade psicossocial.
 Há o programa “consultórios na rua”, que apresenta uma equipe de trabalho multidisciplinar, que busca promover acessibilidade a serviços da rede institucionalizada, bem como assistência integral e a promoção de laços sociais, com enfoque intersetorial. Nesse sentido os profissionais devem estar preparados para promoverem uma assistência de qualidade, buscando promover acessibilidade, assistência integral.
  Nesse viés, o enfermeiro é um elo mediador na promoção de ações educativas, visto que apresenta um perfil criativo e sensível capaz de executar cuidados básicos aos indivíduos em situação de rua e de promover discussões a respeito desta condição social junto a outros profissionais, articulando diferentes setores formando uma equipe interdisciplinar capaz de contribuir para a integralização do acesso a saúde.
5. Um olhar sobre a atuação do enfermeiro na atenção às pessoas com deficiência: revisão integrativa
  A atuação do enfermeiro no atendimento às pessoas com deficiência é importante, pois permite a articulação entre a educação e saúde, orientação às famílias sobre os cuidados às pessoas com necessidades educacionais especiais, na realização de acompanhamento e estimulação precoce, o desenvolvimento da autonomia da população atendida, na realização de atendimento ambulatorial e na supervisão dos serviços de enfermagem.
  O enfermeiro deve estimular a reflexão juntamente com o paciente sobre o seu verdadeiro papel no exercício do autocuidado, não direcionando sua prática sem a participação deste, o que favorece a sua participação no planejamento dos cuidados, considerando-o como indivíduo de direitos e capacidade criativa, favorecendo assim o processo de decisão na melhoria de cuidados para si e fortalecendo o vínculo entre ambos como uma troca de experiências.
• assistência integrativa por parte do enfermeiro.
• garantir as potencialidades do indivíduo, mostrar que é ele é dotado de capacidade.
• preservar os princípios éticos.
ATUAIS PROGRAMAS DE SAÚDE LIGADOS AO SUS, VOLTADOS PARA AS POPULAÇÕES MAIS EXCLUÍDAS
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
   Se destaca tanto pelo tamanho de sua cobertura, bem como pela sua eficiência no controle da mortalidade infantil e da hospitalização por doenças crônicas. Foi implementado em 1994 e atende 123 milhões de pessoas em quase todos os municípios, segundo o Ministério da Saúde. É responsável por conhecer a realidade das famílias locais, identificar os problemas de saúde mais comuns e acompanhar o tratamento. 
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI)
   Criado em 1973, garante o acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS. Graças ao programa, foi garantido a erradicação de doenças como varíola e poliomielite, bem como o controle de doenças como sarampo e, mais recentemente, febre amarela. No entanto, o programa está “ameaçado”, graças a movimentos como o anti-vacina, que prega uma ideologia contrária.
PROGRAMA DE CONTROLE DO HIV/AIDS
   Programa que busca a prevenção e o controle da doença. Desde 1996, o país garante acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, que aumentou significativamente a sobrevida dos pacientes. Nos últimos 21 anos, a mortalidade de pessoas com HIV/Aids no país caiu 46%. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2016. O Brasil tem se destacado não só no tratamento, como também na agilidade do diagnóstico. Ameaçado pelo Bozo!
PROGRAMA DE TRANSPLANTE E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
   O Brasil é o país com o maior sistema público de transplantes do mundo. O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, desde os exames preparatório até os medicamentos pós-transplantes que acompanham o paciente pela vida toda. Não havendo diferenças entre ricos e pobres, negros ou brancos. Cerca de 87% de todos os transplantes no país são feitos pelo SUS, exclusivamente com recursos públicos.
TRATAMENTO DE HEPATITE C
   O Brasil oferece atualmente um dos melhores tratamentos do mundo para os seis genótipos da hepatite C e, desde julho de 2017, os medicamentos sofosbuvir, daclatasvir ou simeprevir, com eficiência de cura de cerca de 90%, estarão disponíveis no SUS. O uso dos remédios por cerca de três meses pode custar até R$ 184 mil por paciente. Ameaçado pelo Bozo!
PROGRAMA DE CONTROLE AO TABAGISMO
   Política de controle concentrada em três principais pontos: a proibição das propagandas de tabaco, às restrições de uso em certos ambientes e ao tratamento gratuito para quem deseja para de fumar.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
   A ESF foi criada em 1994 e tem se fortalecido como uma porta de entrada no SUS. No entanto, inicialmente, não era uma estratégia, mas sim um “programa” do Ministério da Saúde (chamado de Programa Saúde da Família – PSF – e regularizado em 1994). Devido ao seu impacto positivo na saúde brasileira, teve sua abrangência aumentada, bem como caráter estendido ao nível de estratégia. Desta forma, passa a ser entendido como estratégia a partir do ano de 2003. Hoje, a ESF é baseada na proximidade das equipes médicas com a família e a comunidade. O envolvimento com a família permite que o profissional da saúde entenda melhor a sua realidade e também contribui para que haja maior adesão aos tratamentos.
PROGRAMA MAIS MÉDICOS
   O Programa Mais Médicos surgiu para atender a uma demanda emergencial de escassez de profissionais da saúde em regiões prioritárias para o SUS. Nessas regiões estariam inclusos municípios com alto percentual da população em situação de extrema pobreza, vulnerabilidade econômica e com alto percentual de utilização do SUS. Além da ampliação em termos de oferta dos serviços da saúde, tem como objetivo humanizar o atendimento médico, aproximando profissionais das comunidades que atendem. Flopado pelo Bozo!
PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR DO BRASIL
   Criado em 2004 com o objetivo de fornecer à população medicamentos considerados essenciais e hoje funciona com farmácias comerciais que se credenciam ao programa. Os medicamentos oferecidos gratuitamente são para hipertensão; diabetes; asma. Para outros remédios são oferecidos descontos: colesterol alto, rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma. Também há a possibilidade de copagamento para anticoncepcionais e fraldas geriátricas
REGISTRO NACIONAL DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA (REDOME)
   Criado em 1993 e é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. O banco brasileiro, entretanto, é o maior do mundo financiado com recursos exclusivamente públicos. Quando um paciente precisa de transplante de medula, a equipe do REDOME procura em sua base de dados por doadores compatíveis e entra em contato para confirmar interesse e disponibilidade. Caso o doador confirme interesse é dado início aos procedimentos para a realização do transplante.
REDE DE ATENÇÃO PSICO-SOCIAL (RAPS)
   A RAPS é um modelo de atenção em saúde social a pessoas que possuem transtornos mentais e ou sofrimentos decorrentes do uso de álcool e drogas. A rede funciona a partir do acesso e promoção dos direitos baseados na convivência dessas pessoas em sociedade. O atendimento pode ser realizado a partir das Unidades Básicas de Saúde ou diretamente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses centros são locais de atenção diária, valorizando a inserção social dessas pessoas por meio do trabalho, do lazer e do fortalecimento de laços com a comunidade e com a família. Ameaçado pelo Bozo!
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192)
   Criado em 2003 como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências. É um atendimento pré-hospitalar que tem como objetivo levar às vítimas em situações de urgência ou emergência atenção médica necessária da maneira mais rápida possível, evitando sofrimento, sequelas, ou até mesmo a morte. O serviço realiza atendimentos em qualquer lugar, 24 horas por dia e é composto por uma equipe capacitada paraos atendimentos. Atualmente o SAMU atende 75% da população brasileira e conta com 2.965 unidades móveis de atendimento.

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