Buscar

PROJETO DE USINA DE RCC EM MARINGÁ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
5° Ano - Noturno 
 
 
 
 
 
 
CHARLES BRENDAN ALBERTO DE LIMA 
1722463-2 
 
IAGO ALVES DA ROCHA 
1714668-2 
 
LUIZ HENRIQUE AUDACIO DA SILVA 
1847329-2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE USINA DE RCC EM MARINGÁ 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA DO 2º BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2021 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
RESUMO 
 
O seguinte trabalho foi feito com o intuito de demonstrar a elaboração de um projeto completo de uma 
usina de reciclagem de resíduos da construção civil em Maringá, tendo em vista a solução de 
problemáticas e desafios lançados pelos professores em conjunto de todas as disciplinas do quinto 
ano de Engenharia Civil. O projeto foi subdividido em etapas, ao qual cada entrega parcial será 
referente ao conteúdo aprendido naquela fase. A problemática inicial é deposito de RCC em locais 
impróprios e não controlados pelo poder público que oferecem possibilidade de poluição ambiental, 
causando prejuízos à paisagem urbana e poluindo o meio ambiente. Sem monitoramento, tais 
resíduos são depositados em locais clandestinos, podendo gerar problemas de saúde à população 
além da poluição ambiental como enchentes e assoreamento de rios e córregos. A apresentação de 
um projeto de instalação de uma Usina de Reciclagem de RCC proporciona aos municípios uma 
opção que minimize os problemas ambientais gerados pelos RCC e sua correta disposição final 
(Manfrinato et al., 2018) 
 
PALAVRAS-CHAVE: Gestão de Resíduos da Construção; Reciclagem; Usina de Reciclagem. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O setor da construção civil no Brasil está crescendo, assim como o consumo 
de recursos naturais e a geração de resíduos. Um dos fatores que contribuíram 
significativamente para esse crescimento são os incentivos do governo ao programa 
Minha Casa Minha Vida, que criou 3,857 milhões de novas unidades habitacionais 
em todo o Brasil entre janeiro de 2009 e março de 2015, o que coloca o programa 
entre um dos maiores do mundo. (PORTAL BRASIL, 2015). 
Com todo esse aquecimento do setor de construção, é necessário tratar 
profissionalmente os canteiros de obras para destinar adequadamente todos os 
resíduos gerados nesses locais de forma a não causar danos ao meio ambiente. 
Jhon (2001) acredita que se o setor de engenharia civil não se transforma, nenhuma 
sociedade pode alcançar o desenvolvimento sustentável. 
Para Marques Neto (2004), diagnosticar o estado atual da gestão de resíduos 
de construção civil (RCC) é o primeiro passo para a formulação e implementação de 
um plano de gestão de resíduos de construção civil municipal, que deve trazer 
benefícios de ordem social, econômica e ambiental. 
De acordo com os dados da ABRELPE (2014), o Brasil produziu 123.000 
toneladas / dia de concreto compactado a rolo. A Resolução Conama 307/2002 
divide o RCC em várias categorias com base nas características dos materiais. A 
categoria A é o resíduo reutilizável ou reciclável, que responde por 90% da geração 
total de energia. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
Segundo Guedes e Fernandes (2013), a maior preocupação, que também 
pode diminuir os problemas de RCC, é a falta de uma boa gestão e qualificação dos 
canteiros de obras, ou seja, assim como o próprio plano nacional de resíduos é para 
os gestores, os sólidos do Brasil. Resíduos A melhor opção é adotar uma política de 
redução, reaproveitamento e reciclagem. 
Uma das soluções para a gestão de resíduos de construção é a utilização de 
unidades fixas para a reciclagem destes resíduos, que após 9 tempos de recolha, 
estes resíduos podem ser utilizados como agregados em diversos ramos da 
construção civil após serem triturados e granulados. A grande quantidade de 
resíduos que podem ser reaproveitados ou reciclados na forma de agregados 
(Classe A) permite que sejam processados. 
Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo propor medidas de 
melhorias para a planta de reciclagem de resíduos da construção civil em Maringá, 
Paraná. 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
Crescimento e falta de medidas na construção civil minimize a ocorrência de 
RCC, para que a indústria se torne Um dos principais responsáveis pelo 
desenvolvimento e degradação dos recursos naturais. 
A indústria da construção civil constitui-se, portanto, em uma das fontes de 
degradação ambiental em função da significativa geração e disposição inadequada 
de RCC (MARQUES NETO, 2004). 
A melhor maneira de minimizar o impacto no meio ambiente e reduzir os 
custos de construção - Porque ainda não há como eliminar todos os resíduos - é 
reciclar e reutilizar (PINTO, 1999). 
De acordo com a composição da maioria dos fragmentos produzidos por Pinto 
(1986) a construção civil possui as seguintes características: 60% argamassa; 30% 
Componentes de vedação (tijolos, blocos, fragmentos de cerâmica); 9% de material 
(Concreto, pedra, areia, metal, plástico); 1% orgânico. Entre eles, mais de 90% são 
lixo categoria A, pode ser reciclado como agregado. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
Obviamente, a falta de uma gestão ambientalmente correta do RCC é A 
situação geral em muitas cidades do Brasil. Potencial desconhecido Vantagens 
econômicas e ambientais da reciclagem e uso de agregados reciclando. 
Evidencia-se que a falta de gestão ambientalmente adequada dos RCC é 
situação corriqueira em muitos municípios brasileiros. Desconhece-se o potencial 
econômico e as vantagens ambientais da reciclagem e do uso dos agregados 
reciclados. Com essa pesquisa objetiva-se despertar o interesse do setor público e 
das empresas privadas na busca por medidas que minimizem os impactos 
associados à geração de RCC. 
O presente trabalho visa propor uma planta de reciclagem de RCC para 
Maringá, a fim de promover a produção de agregados reciclados. 
 
3. OBJETIVOS (Gerais e Específicos) 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo geral do presente estudo é verificar se a implantação de uma 
unidade de reciclagem de resíduos da construção civil no município de Maringá é 
viável, sob os aspectos econômico e financeiro. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Dentre os objetivos específicos que se relacionam a este trabalho, é possível citar: 
 
• Estimar a quantidade de resíduos da construção civil exclusivamente gerados em 
Maringá; 
• Caracterizar as atuais formas de destinação de resíduos oriundos das atividades 
de construção civil no referido município; 
• Definir um local ideal para a implantação de uma unidade de reciclagem específica 
de resíduos da construção civil no município em questão; 
• Estabelecer o investimento e os custos e despesas totais relacionados à 
implantação do referido empreendimento. 
 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
4. METODOLOGIA 
 
Este estudo caracteriza-se como descritivo e aplicado, pois visa investigar e 
propor soluções para os problemas que se enquadram no contexto de Maringá, pois 
está problemática, caracterizado pela desordem urbana causada pelo crescimento 
desenfreado da cidade. A primeira etapa teve como objetivo estimar a geração de 
resíduos (volume), sua destinação final e o impacto causado por sua deposição 
irregular na cidade escolhida para este estudo: Vitória, a qual localizada no estado 
do Espírito Santo (Figuras 1 e 2) e apresentou altos níveis de geração de RCC. 
A usina de Vitória tem em seu diferencial a parte social em que a mesma 
proporciona, pois fornece várias atividades, como cursos, treinamentos, estudos, que 
são oferecidos para o grupo de funcionários ou visitantes. Ela ocupa uma área de 
aproximadamente 20.000m², e capacidade para receber aproximadamente 
200ton/dia. Os resíduos são recebidos com identificação do gerador e são 
depositados em uma área para triagem, que antecedea colocação no britador. Os 
resíduos que são separados pela triagem e que não devem passar pelo processo de 
britagem na usina, são encaminhados para outras destinações em atendimento as 
normas vigentes. A usina dispõe de um equipamento fixo com britador do tipo 
mandíbula com capacidade de britagem de 80m³/hora. 
Além disso ela opera com agregados reciclados de diferentes classes, tipo A 
(concreto) e tipo B (mistos: concreto + cerâmica) e consequentemente, artigos de 
concreto como blocos de vedação, elementos pré-fabricados, entre outros. A Usina é 
gerida pelo setor público e iniciou suas atividades no ano de 2009. Esta começou 
recebendo inicialmente resíduos gerados por obras sob administração do município; 
porém, a partir do ano de 2012 teve sua capacidade triplicada, e começou a receber 
também resíduos do setor privado ou ainda resíduos de construção coletados em 
Pontos de Entrega Voluntaria (PEV). 
5. DESENVOLVIMENTO 
 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
1. SANEAMENTO BÁSICO 
Nosso projeto visa implantar uma usina de reciclagem de RCC (resíduos de 
construção civil) em Maringá, visando eliminar impactos negativos, sociais, 
econômicos e ambientais de todo seu ciclo de vida. Para tanto é necessário elaborar 
um instrumento para implementação dos RCC, em que o plano deve ser elaborado 
pelo município e pelo distrito federal, em consonância com o plano municipal da 
gestão integrada de resíduos sólidos. 
1.1 DADOS 
Segundo estudos são gerados cerca de 10 bilhões de toneladas por ano de 
resíduos sólidos da construção civil no mundo. No Brasil a geração média per capita 
é de 500kg/ hab/ano, totalizando 100 milhões de toneladas ao ano. De acordo com 
dados do IBGE Maringá tem aproximadamente 430.157hab., fazendo um paralelo 
desses dados podemos estimar a geração de cerca de 215.100 toneladas de RCC 
ao ano somente na cidade. 
 
1.2 IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
A usina também contribuirá para redução de impactos ambientais, como, 
redução na ocupação de terras, extração de matérias primas, produção e 
transportes de matérias, na geração e disposição de resíduos sólidos, eliminar a 
disposição irregular dos RCC que muitas das vezes são dispersados em encostas, 
rios, fundos de vale, terrenos e vias públicas. Esses resíduos maus destinados 
podem gerar assoreamentos corpos hídricos, obstrução de sistemas de drenagem, 
ocupação de rios, acúmulos de resíduos o que acarreta em doenças e proliferação 
de vetores. 
1.3 DIRETRIZES LEGAIS 
A resolução CONAMA 307/ 2002 dispõe das diretrizes, critérios e 
procedimentos para gestão dos resíduos da construção da civil de forma a reduzir os 
impactos ambientais. Os resíduos são separados em 4 classes, das quais são: 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
• Classe A - reutilizáveis ou recicláveis como agregados (tijolos, cerâmicos, 
argamassa, pré-moldados, solos e terraplanagem. 
• Classe B – recicláveis para outras destinações (plásticos, papel, papelão, 
metais, vidros, madeira, gessos, latas de tintas. 
• Classe C – Não recicláveis ou inviáveis economicamente, tais como lixa, 
isopor, massa corrida, massa de vidro, saco de cimento. 
• Classe D – resíduos perigosos ou contaminados, como tintas, solventes, 
telhas de amianto. 
 
Sendo assim de tais resíduos os que irão serem destinados a usina para 
reutilização serão os da classe A e B. A triagem segundo Hansen (1992 apud 
Jadovski, 2005) explica que o procedimento em uma usina de RCC é separado em 
três métodos sendo: primeira, segunda e terceira geração. A primeira geração, onde 
é feita a retirada de todo o material impróprio que não pode ser levado para a 
britagem, esse processo é feito manualmente, é passado também eletroímãs 
especiais para a retirada de material ferroso. Na segunda geração, são feitos 
mecanismos de triagem e limpeza dos resíduos mais nobres, com o processo de 
retirada das maiores impurezas manualmente, ou até mecanicamente antecedendo 
a britagem. Quando é concluído o processo de limpeza o material é britado, 
sequentemente é feito novamente uma limpeza e classificação utilizando o processo 
de umidificação, e são excluídos os agregados menores que 10 (dez) milímetros; 
esses processos são feitos para melhorar a qualidade do final do produto sem 
mistura de matéria orgânica (HANSEN, 1992 apud JADOVSKI, 2005). 
A terceira geração é um processo mais completo de triagem e limpeza, 
buscando retirar 100% das impurezas contaminantes. Para atingir esse resultado, o 
processo utiliza métodos mecânicos para segregar, correrias magnéticas que 
possuem imã para retirar material ferroso, úmido e jatos de ar para retirar os 
pequenos grãos. 
A maior desvantagem desse processo é que tem um custo de operação alto 
perante os demais, podendo se tornar inviável pelo valor de mercado dos materiais 
(HANSEN, 1992, apud JADOVSKI, 2005). 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
1.4 ESTUDO SOBRE A GERAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS NA 
CIDADE DE MARINGÁ. 
No município de Maringá-PR, atualmente o número populacional é de 357.077 
habitantes (IBGE, 2010) e segundo Barros Jr. et al (2002), são produzidos em 
média 21,86 kg/hab/mês de resíduos sólidos urbanos, analisando esses dados 
podemos estimar uma média gerada de 7800 ton/mês na cidade. 
Ao passo que a população cresce também cresce a geração dos resíduos sólidos 
acompanhando os padrões de consume da população. Portanto a preocupação 
com a correta disposição desses resíduos sólidos não acompanhou esse 
aumento de geração, assim sendo a problemática só se agrava ao longo dos 
anos. Isso é o que podemos verificar nos dias de hoje com o descarte indevido 
dos resíduos em áreas expostas sem uma previa análise da área e sem a 
proteção do meio ambiente, esses locais são os conhecidos lixões a céu aberto. 
A geração dos RSU tem sido tema de muitos debates se tronando um dos 
maiores problemas que o munícipio tem a resolver com urgência. No ano de 
2008 foi implantando na cidade uma tecnologia alemã – Biopuster- para tratar os 
resíduos que estavam depositados no antigo lixão a céu aberto. De acordo com 
dados da Prefeitura Municipal de Maringá (2008), o consórcio Biopuster gerou 
vários empregos uma vez que a separação dos resíduos é feita manualmente. No 
entanto o município poderia utilizar mais a reciclagem e reutilização dos materiais 
para isso seria importante a conscientização da população, junto a isso seria 
interessante a separação dos resíduos diretamente na fonte geradora que evita a 
contaminação e a desvalorização do produto reciclável. Essa última medida já foi 
testada, porém sem muito apoio de políticas públicas não foi tão levada a séria 
diante da população. 
As informações contidas abaixo quanto à coleta de resíduos domésticos, públicos 
e recicláveis, levou em consideração, uma população total de 391.698 habitantes 
e população urbana de 384.651 habitantes (SNIS, 2016). Quanto à disposição 
final, 100% dos resíduos domiciliares e públicos coletados, exceto os materiais 
recicláveis, tiveram como disposição final o aterro sanitário - Pedreira Ingá 
localizado em Maringá, sendo que o aterro se encontra em operação desde 2010 
e com licença ambiental de operação vigente (SNIS, 2016). 
Em 2014, na cidade de Maringá-PR, foram coletadas 104.811,70 toneladas de 
resíduos domiciliares e 7.113,50 toneladas de resíduos públicos, ao todo soma-
se um total de 111.925,20 toneladas de RSU. Portanto, a taxa de cobertura da 
coleta de resíduos domiciliares em relação à população total foi de 98,2%, e em 
relação à população urbana foi de 100%. Assim sendo, a massa de resíduos 
domésticos coletada per capita em relação à população total atendida foi de 0,75 
kg.hab-1.dia-1 (SNIS, 2016). O município também conta com a coleta seletiva de 
resíduos recicláveis, que segundo dados do SNIS (2016), em 2014, a taxade 
cobertura da coleta porta-a-porta em relação à população urbana foi de 5,00%. 
Foram coletados pela prefeitura 5.129,3 toneladas de resíduos recicláveis, e 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
2.224,40 toneladas pelos 81 catadores de 6 entidades associadas, que contam 
com o apoio da prefeitura, portanto, foram coletadas 7.353,70 toneladas de 
resíduos recicláveis em 2014. A população urbana atendida com coleta seletiva 
porta-a-porta, foi de 19.233 habitantes, e a massa recuperada per capita de 
resíduos recicláveis foi de 13,34 kg.hab-1.ano-1. Os principais resíduos 
recicláveis recuperados no município se dividem basicamente em: 39% de 
papel/papelão, 35% de plásticos, 11% de metais, 8% de vidros e 7% outros 
materiais (SNIS, 2016). 
 
2. MANUTENÇÃO E PATOLOGIA 
 
2.1. ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE RCC PARA CONTRAPISO 
Os RCC de classe A podem ser utilizados como contrapiso, assentamento de 
blocos cerâmicos, agregados para concreto e argamassa, dentre outros. 
Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: 
• De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras 
obras de infra - estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 
• De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e 
concreto; 
• De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em 
concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras; 
Antes de ser colocado o piso de acabamento proveniente da necessidade de 
uma regularização de nível, é feito o contrapiso, que pode ser executado com um 
concreto a base a base de entulho reciclável. Caso seja feita a proporção incorreta 
dos agregados graúdos e miúdos na incorporação desse concreto (ou se os 
agregados obtiverem muitas impurezas) pode ocasionar o mal colamento das peças 
cerâmicas a serem utilizadas como o piso. 
Outro aspecto que pode ocasionar trincas no piso por mal nivelamento, é o 
agregado graúdo reciclado não ter a dimensão máxima característica adequada à 
espessura que o contrapiso será executado. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
2.2. NORMATIVAS SOBRE O USO DE RCC RECICLADO 
Além das resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também elaborou uma série de 
normas publicadas em 2004 sobre a utilização dos resíduos da construção civil, 
tanto como agregado para concretos sem finalidade estrutural, bem como para 
composição de base de pavimentação de vias. 
Normas ABNT publicadas em 2004 aplicáveis à gestão dos RCCs: 
ABNT NBR 10.004/2004: esta norma estabelece critérios para classificar a 
periculosidade dos resíduos sólidos, determinando a identificação do processo ou 
atividade que lhes deu origem, de seus constituintes e características, e a 
comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo 
impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. A segregação dos resíduos na 
fonte geradora e a identificação da sua origem devem ser partes integrantes dos 
laudos de classificação, onde a descrição de matérias-primas, de insumos e do 
processo no qual o resíduo foi gerado devem ser explicitados. 
ABNT NBR 13.221/2004: especifica os requisitos para o transporte terrestre de 
resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública, 
dentre eles estabelece que o transporte deve ser feito por meio de equipamento 
adequado, obedecendo às regulamentações pertinentes, impedindo vazamento ou 
derramamento do resíduo em vias públicas. Deve também observar as legislações 
ambientais específicas (federal, estadual ou municipal), quando existente, bem como 
deve ser acompanhado de documento de controle ambiental previsto pelo órgão 
competente. 
ABNT NBR 15112/2004: fixa os requisitos exigíveis para projeto, implantação e 
operação de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e 
resíduos volumosos. 
ABNT NBR 15113/2004: estabelece os requisitos mínimos exigíveis para projeto, 
implantação e operação de aterros de resíduos sólidos da construção civil classe A e 
de resíduos inertes. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
ABNT NBR 15114/2004: fixa os requisitos mínimos exigíveis para projeto, 
implantação e operação de áreas de reciclagem de resíduos sólidos da construção 
civil classe A. 
ABNT NBR 15115/2004: estabelece os critérios para execução de camadas de 
reforço do subleito, sub-base e base de pavimentos, bem como camada de 
revestimento primário, com agregado reciclado de resíduo sólido da construção civil, 
denominado agregado reciclado, em obras de pavimentação. 
ABNT NBR 15116/2004: estabelece os requisitos para o emprego de agregados 
reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Utilização em pavimentação e 
preparo de concreto sem função estrutural. Requisitos. Definem as condições de 
produção, requisitos para agregados para uso em pavimentação e em concreto, e o 
controle da qualidade do agregado reciclado. 
2.3. ENSAIOS NECESSÁRIOS 
Para alcançar o objetivo geral, são necessários os seguintes ensaios: 
• Realizar os ensaios de caracterização de agregado para utilização em concreto 
não estrutural a fim de avaliar a sua aplicabilidade; 
• Realizar os ensaios de caracterização de solos, para avaliar a utilização do 
agregado reciclado como base e sub-base de pavimentação; 
• Realizar ensaios de caracterização química a fim de quantificar os contaminantes 
presentes no agregado reciclado. 
Devem ser realizados os ensaios de caracterização do agregado reciclado, de 
acordo com os ensaios especificados na NBR 15116 (ABNT, 2004). 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
3. SISTEMAS DE TRANSPORTES E ESTRADAS 
 
3.1. ESTUDO DO USO DE RCC RECICLADO EM ESTRADAS 
Os Resíduos da Construção Civil (mais conhecidos como RCC) são 
designados em classes, sendo elas: 
• Classe A: resíduos reutilizáveis ou reciclados como agregados; 
• Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações, como plástico, papel, 
papelão, metais e outros; 
• Classe C: Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou 
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou 
recuperação, como a lã de vidro. 
• Classe D: Resíduos perigosos oriundos do processo de construção ou 
reformas, tais como tintas, solventes, óleos, vernizes e outros. 
 
A parte que melhor se enquadra e mais se obtém sucesso em sua utilização 
para a parte de pavimentação, são os RCC da classe A. Podem ser adicionados na 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
base, sub-base ou no revestimento primário na forma de brita corrida ou ainda em 
misturas do resíduo com solo. 
De acordo com um estudo feito sobre o aproveitamento de resíduos da 
construção civil em reparos de estradas em Jales-SP, o foco foi a destinação dos 
resíduos gerados na própria cidade a estradas rurais, visto que a agricultura é a 
principal força de desenvolvimento local e regional. 
O aproveitamento de agregado reciclado em camadas de pavimentação 
urbana é uma das maneiras mais eficazes de se destinar resíduos da construção 
civil, visto que utiliza uma quantidade significativa do material reciclado (graúdos e 
miúdos) e apresenta uma facilidade nos processos de execução do pavimento. 
Com isso, obtém-se uma redução de custos, que foi detalhado no caso 
estudado de Jales (SP). O estudo foi dividido em 6 etapas, subdividindo-se em: 
 
1. Caracterização do município de estudo; 
2. Levantamento de dados sobre a coleta e transporte de entulho; 
3. Análise das condições das estradas rurais do município; 
4. Análise de custo econômico (utilização de brita VS utilização de RCC);5. Seleção do local com possibilidade de aplicação da solução proposta; 
6. Aplicação estratégia de ação. 
Após a classificação de cada etapa, foi selecionado um trecho rural com 
maior movimentação, tanto de pessoas como industriais, que conta com uma 
extensão de aproximadamente 350m e que tem o maior índice de reclamação por 
inviabilidade transitória. Foram feitos dois orçamentos, sendo um com a utilização de 
RCC e outro com utilização de britas n°1 e n°2. Os resultados foram surpreendentes, 
com uma diferença bem significativa. 
Enquanto o orçamento da utilização de RCC foi de R$27,00 por metro cúbico, 
o outro com a utilização de brita foi de R$76,00 por metro cúbico. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
De acordo com o estudo, a utilização de RCC em pavimentação gera uma 
economia de aproximadamente 65%, além de contribuir com o meio ambiente e 
dentre outras vantagens socioambientais. 
3.2 DETERMINAÇÃO DO LOCAL PARA IMPLANTAÇÃO DA USINA 
Essa fase esteve pautada no levantamento de possíveis locais compatíveis com a 
implantação do empreendimento na área de estudo, levando em consideração tanto 
os critérios técnicos como os requisitos legais (legislação municipal correlata). 
Através da apresentação das diferentes opções e das vantagens e desvantagens 
que estão associadas a cada uma delas, pretende-se que a melhor alternativa seja 
evidenciada. 
Para a escolha de um local compatível para a instalação da usina de reciclagem de 
RCC de Maringá, podem ser considerados critérios semelhantes aos descritos por 
Rosa (2005), conforme segue: 
• Dimensões condizentes com a necessidade do empreendimento; 
• Proximidade dos locais onde ocorre a geração das maiores quantidades de RCC 
no município; 
• Facilidades de transporte; - Existência de infra-estrutura necessária (sistema de 
remoção de esgoto, abastecimento de água e energia elétrica, etc.); 
• Custo do terreno acessível; 
• Atenção às exigências dos órgãos ambientais e de planejamento urbano e às 
disposições da norma ABNT NBR 15.114. 
Considerando que o empreendimento será implantado em área já de posse 
da Prefeitura Municipal de Maringá, entendeu-se como inadequada a definição de 
local exato para a implantação da usina de reciclagem no presente estudo, 
principalmente pelo fato de que os dados referentes aos terrenos cuja propriedade 
pertence ao referido órgão não foram disponibilizados, o que inviabiliza qualquer 
tentativa de análise a partir dos critérios descritos anteriormente. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
Conforme DRZ Geotecnologia e Consultoria S/S Ltda. (2011) descreve na 
versão preliminar do PMSB – Módulo Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos 
Sólidos de Maringá, o município dispunha de duas áreas de triagem desativadas, 
uma na Zona Norte e outra na região Sul, sendo esta última um terreno vinculado ao 
antigo aterro controlado já interditado no município. Segundo consta, essa área seria 
a mais adequada e viável economicamente para a instalação de um centro de 
triagem de resíduos. Ainda de acordo com DRZ Geotecnologia e Consultoria S/S 
Ltda. (2011), a Prefeitura Municipal tinha em andamento um processo administrativo 
para desmembramento da matrícula de imóvel desta área, à época sem passivo 
ambiental, como também projeto para recuperação e monitoramento da área 
inadequada. 
A Figura 0 demonstra uma foto aérea do local em questão, com destaque 
para a área referente ao antigo aterro controlado e para a área disponível para o 
centro de triagem de resíduos. 
 
 
 
 
 
Fig 0 – Foto aérea da área onde localiza-se o antigo aterro e a ÁREA 
DISPONÍVEL PARA O FUTURO CENTRO DE TRIAGEM 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
4. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS 
4.1. ÁREA DO ESTUDO 
A cidade de Vitória é capital do estado do Espírito Santo, na 
Região Sudeste do país (Figura 1). Possui uma população de 363 mil 
habitantes (IBGE, 2018) e um território de pouco mais de 96,536 km². 
 
 
 
 
A área de estudo está localizada em uma importante rodovia (Rodovia do 
Contorno) em Vitória, Espirito Santo, que mostra significativa necessidade de 
legislação e gestão de RCC em geral. Essa usina está localizada em aterro sanitário 
municipal que já recebia resíduos de algumas cidades do Espírito Santo. Devido à 
sua posição geográfica privilegiada, o desenvolvimento do projeto neste local 
minimizaria os custos de transporte e a emissão de gases poluentes na atmosfera 
(Figura 3). Nesta área, a vegetação é normalmente baixa, incluindo algumas árvores 
de copa densa, que estão espalhados pela área. 
 
Fig. 1 - Localização do estado do 
Espírito Santo em relação ao Brasil 
Fig. 2 - Localização da cidade de 
Vitória em relação com o estado do 
Espírito Santo 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
 
4.2. EQUIPAMENTOS DE RECICLAGEM USADOS 
 
As imagens (Figura 3) mostram alguns dos equipamentos no pátio da usina 
de reciclagem, que atendem às diretrizes do projeto estabelecidas pela resolução do 
Conama 307 (Brasil, 2002). Os equipamentos utilizados na usina de reciclagem da 
construção civil foram analisados considerando as descrições técnicas fornecidas 
pelos fabricantes. Isso permitiu entender o processo de britagem e reunir 
informações sobre fornecedores e modelos disponíveis no mercado. O emprego da 
abordagem qualitativa e quantitativa possibilitou a identificação dos pontos positivos 
e negativos da cidade em estudo. Isso também levou a traçar diretrizes de projetos 
sustentáveis que permitiram romper com os modelos atuais de reciclagem. 
 
 
Fig. 3 - Localização da área do projeto Fonte: Google Earth 4.0, 2021 
Fig. 4 - Áreas e equipamentos envolvidos no processo de reciclagem do RCC 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
4.3. FLUXO DE MOVIMENTACÇÃO DO PATIO 
Pelas características dos materiais, veículos e pessoas, foram realizados 
estudos de setorização de terrenos visando uma implantação adequada com base 
no fluxo existente, a fim de evitar possíveis cruzamentos e/ou acidentes entre 
funcionários e veículos grandes de carga. É importante destacar que a barreira 
verde, composta por árvores de copa densa, localizadas entre o bloco 
Refeitório/Vestiário e o armazém, destina-se a mitigar o ruído produzido pelo fluxo 
de veículos e operação dos equipamentos no lado de fora. 
No armazenamento, os resíduos são transportados para o alimentador o 
triturador por meio de retroescavadeira, onde é distribuído na esteira. Em seguida, 
os materiais seguem correias transportadoras, novamente, para o pátio de 
armazenamento. A área possui um amplo pátio de veículos para manobra e 
condução, destinadas a facilitar o tráfego. 
 
 
Fig. 5 – Mapa do Fluxo após o recebimento no pátio. 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
 
4.4. ESTUDO DE PLANTA 
O galpão de reciclagem é considerado o coração da unidade, ele fornece 
espaço de acesso gratuito e simultâneo de funcionários e visitantes por meio das 
passarelas. Ele foi projetado para operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, 
contando com aproximadamente 80 funcionários. Nesta usina não se comercializa 
os agregados advindos da reciclagem dos RCC pelo fato desta pertencer ao setor 
público. Os agregados reciclados são utilizados em obras do município ou ainda na 
produção de artefatos de concreto, tais como: lajotas para pisos permeável, tampa 
de boca de lobo. Os resíduos que possa estar contaminado são encaminhados para 
sua destinação final em um aterro industrial próximo ao centro da cidade. 
Fig. 6 – Implantação do centro de reciclagem 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
 
 
4.5 PONTOS FORTES E FRACOSOs pontos fortes que se pode levar em consideração, é a questões 
socioeconômica em que implantação de usina de reciclagem de RCC pode trazer, 
Fig. 7 – Parte Social 
Fig. 8 – Galpão de Armazenamento, Triagem e Reciclagem 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
pois com a sua instalação haverá uma diminuição no desperdício de materiais de 
construção que serão reciclados e não aterrados. Irá promover empregos para a 
população da região, ou seja, será uma atividade geradora de renda, como diversas 
cooperativas de reciclagem de outros materiais. Outro ponto forte é a parte social 
em que esse usina trás, pois fornece atividades educativas, como cursos, 
treinamentos, esporte, entre outras. E um dos pontos mais fortes dessa implantação, 
que é o objetivo final da usina de RCC, é a reutilização dos materiais que seriam 
descartados para a produção de artefatos que serão disponibilizados para obras do 
município, como, pisos permeáveis que poderão ser usadas em calçadas, tampa de 
boca de lobo, etc. 
Já os pontos fracos que se pode levar em consideração a instalação dessa 
usina, está relacionada a parte financeira, pois os custos de implantação dessas 
usinas de reciclagem são bem altos, mas o investimento é estimado em retornar 
dentro de três a cinco ano. Essa questão financeira pode ser revertida pelo uso 
intermunicipal, ou como Público-Privado, parcerias, são umas alternativas 
interessantes para consolidar o empreendimento. Outro ponto negativo em que essa 
implantação pode trazer é a geração de vários tipos de poluições, como o sonora e 
atmosférica, ou até mesmo visual. Para tentar amenizar esses problemas como a 
poluição visual, as áreas livres devem ser planejadas para que os usuários 
pudessem ter uma percepção diferenciada sobre a atividade de reciclagem de 
resíduos, ou seja, buscar por uma arquitetura sustentável. 
Esse planejamento fornece lugares agradáveis para proteger usuários da 
poluição sonora, onde pode ser implantado uma arborização de médio porte, pois as 
árvores ajudam a diminuir a poluição sonora, já que servem como bloqueio natural 
às ondas de som. 
 
4.6. NORMATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO DA USINA DE RCC EM MARINGÁ 
As normativas para implantação de uma usina resíduos da construção civil 
em Maringá são estabelecidos pela Lei Municipal n. 10.366/2016 e Lei Federal n. 
12.305/2010, a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA 
307/2002) e as normativas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
Técnicas (ABNT). Assim, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 
publicou cinco normas relacionadas aos RCC. Trata-se das seguintes Normas 
Brasileiras Regulamentadoras – NBRs: 
• NBR 15112:2004 – diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de 
triagem e transbordo; 
• NBR 15113:2004 – diretrizes para projeto, implantação e operação de aterros; 
• NBR 15114:2004 – diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de 
reciclagem; 
• NBR 15115:2004 – procedimentos para execução de camadas de pavimentação 
utilizando agregados reciclados de resíduos da construção; 
• NBR 15116:2004 – requisitos para utilização em pavimentos e preparo de concreto 
sem função estrutural com agregados reciclados de resíduos da construção. 
As três primeiras normas apresentam metodologia semelhante e preveem 
controles para a implantação, projeto e operação das áreas de triagem e transbordo 
(usina). 
No momento, o município não conta com Plano Integrado de Gerenciamento 
de Resíduos da Construção Civil, que estabeleceria diretrizes técnicas e 
procedimentos tanto para a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos 
da Construção Civil de Grandes Geradores tanto para o exercício das 
responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios 
técnicos do sistema de limpeza urbana local. 
No município há pouca informação sobre a realização de reciclagem de RCC. 
A destinação final dos resíduos da construção civil gerados no município é realizada 
em pedreiras licenciadas para o recebimento deste material. 
O Plano Municipal de Gestão Integrada De Resíduos Sólidos Urbanos, está 
fundamentado na legislação vigente (Constituição Federal; Lei Federal n. 11.445/07, 
entre outras, bem como resoluções do CONAMA; leis estaduais e municipais) e tem 
um item específico que trata dos resíduos da construção civil (item 3.4 e 14.3). 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
 
5. ESTRUTURAS PRÉ-MOLDADOS E PROTENDIDOS 
5.1. TIPO DE ESTRUTURA IDEAL PARA IMPLANTAÇÃO DA USINA 
Para a decisão da escolha sobre qual tipo de estrutura melhor se enquadra 
para a implementação da usina, é necessário levar em conta alguns fatores como: 
 
• Tamanho (porte) da construção; 
• Local a ser construído; 
• Quantidade de setores dentro da usina; 
• Tempo para a construção (necessidade de tempo limite visando se a obra 
exige maior rapidez para ser concluída ou se tem alguma flexibilidade). 
 
No quesito tempo, é necessário incluir porque as vezes o cliente já tem um 
espaço onde atua, por isso a construção acaba tendo uma flexibilidade de tempo um 
pouco maior em vista de uma obra onde o solicitante não tem espaço para atuar e 
necessita do espaço pronto o mais rápido possível. 
Levando esses fatores em consideração, utilizaremos estrutura de pré-fabricados 
pelo melhor controle de qualidade, agilidade e ao final da obra apresentar um menor 
custo, visto que uma usina é uma obra de grande porte. Além disso, poderemos 
utilizar peças que em sua confecção utilizem RCC em proporções ideais, o que 
reduz um pouco mais o custo da obra. 
5. CONCLUSÃO 
 
Em suma, para que o cenário atual em relação ao RCC seja revertido, as 
ações e programas sejam eficazes cumpridas, a consciência ambiental e a prática 
socioambiental são necessárias de todos os envolvidos neste processo. A lista de 
diretrizes apresentada aqui é uma ferramenta importante que pode servir de base a 
iniciativas semelhantes a esta. Mesmo que a reciclagem de resíduos seja uma 
alternativa viável, o resultado dificilmente pode ser totalmente alcançado no início, 
deve ser fruto de melhorias graduais que incluem, entre outras iniciativas, a 
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
implantação de aterros sanitários de RCC para destinação adequada dessa parcela 
de resíduos cuja reciclagem não pode ser realizada imediatamente. 
6. REFERÊNCIAS 
 
Roque, Arthur. ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UMA USINA DE RECICLAGEM DE 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. In UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA 
FEDERAL DO PARANÁ Curitiba – UTFPR [2015] p. 6-26 [artigos, teses, 
dissertações] Disponível em 
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/14168/1/CT_CEEP_I_2015_03.pd
f acesso em 11 abr. 2021 
Dellatorre, Alexandre. ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA DE 
RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – RCC EM PALMAS-TO. 
In CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS –ULBRA[2018] p. 34-57 
[artigos, teses, dissertações] Disponível em https://ulbra-
to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf acesso em 11 abr. 2021 
Aulas do Professor Anderson (slides); 
Artigo “RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD): ESTUDO DA 
ATUAL SITUÇÃO” publicado em 2018 
Link do artigo : 
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/10
433/9097 
Dissertação de mestrado “APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO 
CIVIL EM REPAROS DE ESTRADAS RURAIS EM JALES/SP” feito por Rivelino 
Rodrigues em 2017. 
Link do estudo: 
https://universidadebrasil.edu.br/portal/_biblioteca/uploads/20200313202653.pdf 
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente/Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA). Resolução n° 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios 
e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Diário Oficialda 
União, Brasília/DF, 17 jul. de 2002. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/ 
conama/legiabre.cfm?codlegi=307> 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.112: 2004. Resíduos 
da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – 
Diretrizes para o projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro. 
______ – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.113: 2004. Resíduos 
da construção civil e resíduos inertes – Aterros - Diretrizes para o projeto, 
implantação e operação. Rio de Janeiro. 
______ – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.114: 2004. Resíduos 
da construção civil – Áreas de reciclagem – Diretrizes para o projeto, implantação e 
operação. Rio de Janeiro. 
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/14168/1/CT_CEEP_I_2015_03.pdf
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/14168/1/CT_CEEP_I_2015_03.pdf
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/14168/1/CT_CEEP_I_2015_03.pdf
https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf
https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf
https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf
https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf
https://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/556pdf
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/10433/9097
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/10433/9097
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/10433/9097
https://universidadebrasil.edu.br/portal/_biblioteca/uploads/20200313202653.pdf
https://universidadebrasil.edu.br/portal/_biblioteca/uploads/20200313202653.pdf
 
UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR 
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA 
______ – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.115: 2004. Resíduos 
da construção civil – Execução de camadas de pavimentação - Procedimentos. Rio 
de Janeiro 
______ – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.116: 2004. Resíduos 
da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função 
estrutural – Requisitos. Rio de Janeiro 
ABRECON – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção 
Civil e Demolição. (2016). Panorama das usinas de reciclagem de RCD no Brasil: A 
Pesquisa Setorial ABRECON 2014/2015. São Paulo. SP 
Bodi, J.; Brito Filho, J. A. & Almeida, S. (1995). Utilização de entulho de 
construção civil reciclado na pavimentação urbana. 
Encontro Nacional Sobre Aproveitamento de Resíduos na Construção 
ENARC 2009 < https://bityli.com/1hmiB> 
Artigo “Parâmetros operacionais para implantação de uma recicladora de resíduos 
da construção civil”, redigido por Aline Fátima Iensen de Cristo. 
Link: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3711/3712 
 
Artigo “IMPLEMENTAÇÃO DE USINA PARA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) COMO AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL - ESTUDO DE CASO”, redigido por Jair Wagner de Souza 
Manfrinato. 
Link: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_stp_077_543_10843.pdf 
 
CASTRO, C. X. Gestão de Resíduos na Construção Civil. 2012. 54 p. Monografia 
(Especialização) – Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: 
<http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg2/83.pdf>. Acesso em 10 jan. 2015 
https://bityli.com/1hmiB
https://bityli.com/1hmiB
https://bityli.com/1hmiB
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/3711/3712
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_stp_077_543_10843.pdf

Continue navegando