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MONITORIZAÇÃO HEMODINAMICA Profª Rhanná Hindira ENFERMEIRA/COREN AP 541846 A unidade de terapia intensiva (UTI) é a área do hospital responsável pelo tratamento de pacientes críticos, pois é o setor que mais dispõe de recursos tecnológicos específicos, para uma assistência mais complexa no que se diz a respeito ao cuidado ao paciente em estado crítico, assegurando assim um cuidado mais rigoroso. A monitorização hemodinâmica é de suma importância no cuidado prestado ao paciente crítico com a finalidade de reconhecer e avaliar as complicações do estado hemodinâmico do paciente para que se possa intervir com uma terapia adequada e com o intuito de prevenir assim maiores complicações melhorando assim o prognóstico do paciente. MONITORIZAÇÃO HEMODINAMICA O QUE É ? MONITORIZAR: Prevenir, avaliar, avisar, agir. Observação metódica de parâmetros clínico- laboratoriais, mensuráveis de forma objetiva, que permitirão a vigilância contínua de um sistema do organismo, fornecendo dados para orientação diagnóstica e terapêutica. HEMODINÂMICA: Estudo dos movimentos e pressões da circulação sanguínea através da observação metódica de parâmetros clínico-laboratoriais, que permitirão a vigilância contínua de um sistema do organismo, de forma invasiva e não invasiva. Na UTI os pacientes considerados críticos passam por vários tipos de cuidados que variam dos mais simples e rotineiros como a realização de higiene, administração de medicação, como os mais específicos e que geralmente são mais usados no ambiente da UTI como a monitorização hemodinâmica. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA Não invasiva: Frequência Cardíaca; Eletrocardiograma Contínuo; Diurese; Oximetria de Pulso (SpO2); Capnografia (Etco2); Pressão Arterial Não Invasiva(PANI); Frequência Respiratória; Temperatura; Perfusão Periférica; Nível de Consciência; Minimamente Invasiva: Pressão Arterial Invasiva (PAI); Pressão venosa Central (PVC); Saturação Venosa Central; MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA: SvO2 (mista); Pressões de Artéria Pulmonar; Monitorar hemodinamicamente um paciente de forma invasiva significa monitorizar a pressão intravascular por meio de cateteres e transdutores; SITUAÇÕES DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA Sempre que houver risco de desequilíbrio na oxigenação/ perfusão; Exemplos: Sepse; Arritmias/Parada Cardiorrespiratória/Insuficiência Cardíaca Descompensada; Crises Hipertensivas; Cirurgias de Grande Porte; Acidente Vascular Encefálico; Traumas O foco do profissional deve ser encontrar os possíveis fatores geradores do desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. Pressão Arterial Pressão do sangue ejetado pelo coração na parede arterial: Pressão Arterial Sistólica (PAS): Final da Sístole 100 a 130mmHg; Pressão Arterial Diastólica (PAD): Relaxamento do Ventrículo 60 a 90mmHg Pressão Arterial Média (PAM): PAS+(2xPAD)/3 70 a 105mmHg Fatores determinantes: debito cardíaco; volemia; resistência vascular sistêmica Pressão Arterial Invasiva – PAI Consiste na inserção de um cateter arterial para monitorização contínua; Necessita de um sistema de monitorização (equipo com transdutor, pressurizador, cabo de pressão invasiva, SF, cateter e monitor); Profissionais habilitados para inserção: enfermeiro e médico (Resolução do COFEN nº 390/2011) Pressão Arterial Invasiva – PAI Indicações: estados de choque, infusão de drogas vasoativas, coletas frequentes de gasometria, uso de Balão Intra-aórtico, cirurgias de grande porte, monitorização neurológica; Técnica: Punção simples com cateter de punção periférica (ex: Jelco); Técnica de Seldinger; Dissecção Sítios de punção mais comuns: Artéria Radial; Artéria Femoral; Artéria Pediosa Pressão Arterial Invasiva – PAI Teste de Allen: Avaliação da circulação colateral da mão durante a oclusão da artéria radial; Complicações: Hemorragias Obstrução arterial Pseudoaneurisma Infecção Insuficiência Vascular Monitorização da PAI realizada por meio da canulação/punção ou dissecção de uma artéria, conectada a um sistema de transdutor de pressão. Pressão Arterial Invasiva – PAI ZERAGEM AVALIZAÇÃO DA CURVA DE PAI Teste da onda quadrada / Flushing Test Retirada do Cateter Uso prolongado de dispositivos aumentam o risco de infecção; Avaliação após retirada; Atentar-se para presença de fixação com pontos de nylon Retirar o curativo com cuidado; Compressão mecânica vigorosa conforme protocolo; Manter curativo conforme protocolo; Pressão Venosa Central – PVC Pressão Venosa na desembocadura da veia cava superior; É uma medida de pré-carga do VD, pois reflete a pressão exercida pelo volume sanguíneo na parede do VD no final da diástole; É medida através um Cateter Venoso Central. Principais sítios: veia jugular, subclávia ou braquial; Valores de referência variam na literatura. Em geral, valores até 8mmHg são considerados normais. Pacientes em VM tendem a pressões maiores devido alteração das pressões intratorácicas; CVC: Procedimento exclusivo do médico PICC: Procedimento exclusivo do enfermeiro habilitado; Para segurança do paciente e garantia de medidas de PVC corretas, a posição do cateter deve ser confirmada através de radiografia; Riscos e complicações: Pneumotórax; Hemotórax; Perfuração cardíaca ou vascular; Arritmias; Embolia gasosa; Infecção; Trombose ZERAGEM AVALIAÇÃO DA CURVA DE PVC Retirada do Cateter Posição de Trendelemburg: atenção ao protocolo institucional; Compressão mecânica: atenção para manobra vagal; Curativo conforme rotina da instituição; Avaliação após retirada. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Observar atentamente os SSVV, traçado do ECG e diurese do paciente monitorizado de forma não invasiva; Instalar fixação adequada de cateteres e dispositivos; Programar os parâmetros de alerta dos monitores; Realizar calibragem dos sistemas e medidas hemodinâmicas; Avaliar posicionamento do paciente e funcionamento dos cabos e sistemas; Avaliar exames laboratoriais antes da inserção e retirada de dispositivos; Avaliar presença de sinais flogísticos na inserção dos cateteres; Monitorar perfusão periférica dos membros com cateteres arteriais; Avaliar radiografia de tórax após inserção de cateteres centrais; Manter o balonete do cateter de artéria pulmonar desinsuflado; Avaliar posicionamento do paciente e funcionamento dos cabos e sistemas; Monitorar ruptura do balonete do cateter de artéria pulmonar; Manter conexões íntegras e estéreis; Manter bolsas pressurizadoras a 300mmHg; Monitorar formato das curvas de pressão dos cateteres MATERIAL PARA O PROCEDIMENTO Anti-sépticos padronizados pela instituição; Bandeja para Acesso venoso profundo ou bandeja de pequena cirurgia; EPIs (máscara; luva estéril; óculos de proteção; avental estéril) Seringa descartável; Agulhas 13 x 0,38 – 40x12; Anestésico local; Fio de sutura (para fixação do cateter) Transdutor; Bolsa pressurizadora SF REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO AO TÉCNICO DE ENFERMAGEM CONTINUA ....
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