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Ebook_Anatomia_Desenho_Faber-Castell_Final

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DESENHANDO O 
CORPO HUMANO: 
DOS ESTUDOS DE 
ANATOMIA AOS 
QUADRINHOS
DESENHO 
E ANATOMIA 
AO LONGO 
DA HISTÓRIA
Avançando para a antiguidade clássica, temos, tanto no Egito quanto 
na Grécia, artistas que desenharam a morfologia do corpo. No caso 
egípcio, baseados na ideia de harmonia e organização, foram criados 
sistemas de proporções. As silhuetas eram desenhadas sobre uma base 
quadriculada cuja altura era dividida em 18 partes iguais, que equivaliam 
a altura do corpo inteiro e guiavam a relação entre a os tamanhos das 
partes. Essa técnica permitia a reprodução dos desenhos em qualquer 
escala, favorecendo a unidade encontrada na arte egípcia. As figuras 
eram sempre desenhadas com a cabeça de perfil, os olhos e segmento 
superior do tronco de frente e parte inferior e as pernas de perfil, de 
acordo com o que consideravam o melhor ângulo para identificar cada 
parte do corpo, além disso, a proporção entre as personagens dentro 
de uma mesma cena correspondia uma escala de importância.
A atenção às proporções também 
estava presente na Grécia, onde era 
hábito dedicar horas e mais horas aos 
esportes e à apreciação da beleza. 
Isso e o costume dos atletas treinarem 
nus em meio à polis explicam como 
os artistas gregos compreenderam 
tão bem as formas dos corpos em 
movimento. 
O corpo humano é um dos temas mais 
retratados ao longo de toda a história. 
Na pintura rupestre, nos traços rabiscados em 
paredes de pedras por nossos antepassados 
distantes, encontramos figuras de pessoas 
caçando ou em outras ações cotidianas que 
marcaram um tempo pré-civilizatório. 
1
2
O corpo humano, aliás, era tema central 
na arte grega, que não buscava uma 
representação real, mas um ideal de 
proporção divina, em perfeita sintonia 
com o universo e o cosmos. Observando 
os padrões da natureza, os intelectuais 
gregos desvendaram a proporção áurea, 
um cálculo matemático aplicável a diversos 
fenômenos e elementos 
naturais e usada para 
desenhar formas 
com estruturas de 
proporções perfeitas 
e, por isso, 
esteticamente 
muito agradáveis de 
serem vistas e admiradas. 
Um corpo retratado a partir 
da proporção áurea seria 
uma prova de perfeição 
matemática na vida humana. 
Proporção áurea 
na anatomia: 
baseado na altura da cabeça, 
uma pessoa tem a altura 
de 7,5 cabeças 
3
APRENDENDO SOBRE 
O CORPO HUMANO 
Em Roma, os estudos da Anatomia humana 
dão um grande salto a partir do trabalho 
de Galeno (129-199), médico do imperador 
Marco Aurélio e assistente nas arenas 
romanas, onde podia aprender observando 
os cortes dos gladiadores. Além disso, ele 
fez estudos em corpos de macacos. Com a 
queda do Império Romano Ocidental, os 
escritos de Galeno são levados para o Leste 
(Síria, Pérsia e Arábia) onde são traduzidos 
para o árabe. O legado do médico romano é 
tão importante que se tornou um referencial 
dogmático na Europa até o século XVI. 
Outro médico, o italiano Mondino da Luzzi 
(1270-1326), considerado o restaurador da 
ciência da Anatomia e professor na 
Universidade de Bolonha, praticava 
autópsias públicas e, em 1316, escreveu 
“Anatomia”, que é tido como o primeiro 
manual prático de Anatomia da história. 
4
PROPORÇÃO: 
UM ELEMENTO FUNDADOR
A relação entre as artes visuais e a 
proporção áurea pode ter nascido 
com um livro escrito pelo matemático 
e religioso italiano Luca Pacioli, 
chamado “De Divina Proportione”. 
O frei confiou ao seu amigo Leonardo 
da Vinci as ilustrações do manuscrito. 
Era século XVI, tempo do Renascimento 
e resgate de valores, artes, temas e 
técnicas do universo grego clássico. 
Então, diversos artistas passaram a 
empregar em seus quadros e esculturas 
o método áureo buscando o maior 
equilíbrio e beleza em suas produções. 
No desenho 
“Homem Vitruviano”, 
Leonardo da Vinci 
representou o ideal 
clássico de beleza 
e proporção, 
inspirado no arquiteto 
romano Vitrúvio. 
A partir disso, durante séculos 
desenhistas e ilustradores usaram 
esses padrões canônicos de beleza na 
representação de corpos. Mas o mundo 
se transforma, suas ideias e padrões de 
beleza também. Tudo isso acompanha 
questões sociais, econômicas e políticas 
e, hoje, o debate sobre corpos e suas 
anatomias, apesar dos padrões estéticos 
impostos, precisa ser repensado. 
O “Homem Vitruviano”, de Da Vinci, 
por si só, não mais dá conta da explosão 
de subjetividades e corpos que 
marcam o contemporâneo. 
5
Uma técnica aperfeiçoada no Renascimento foi 
o desenho em escorço. A partir da aplicação 
das leis da perspectiva é possível produzir a 
impressão de tridimensionalidade na figura 
representada. O termo “escorço” deriva do 
verbo italiano scorciare, que significa “tornar 
mais curto”, “encurtar”, remetendo à técnica 
de representar, a partir do ponto de vista do 
desenhista, as partes do corpo que estão em 
primeiro plano mais curtas do que seriam de 
verdade, conferindo o efeito de profundidade. 
6
O CORPO EM TRÊS DIMENSÕES: 
PROPORÇÕES, MOVIMENTOS E POSES DINÂMICAS
2
PROPORÇÕES
Vimos na história do desenho 
anatômico, como o tema de 
proporção é central para quem 
pretende fazer desenho a partir 
dos referenciais anatômicos, 
tomados da Medicina e Biologia. 
A primeira parte a ser ilustrada 
é a cabeça, que é a referência 
para ilustrar as demais partes 
do corpo. 
Para além das questões específicas de representação, alguns referenciais técnicos 
precisam ser observados quando estamos diante um desenho anatômico. 
Vejamos alguns exemplos de como aplicá-los. 
Um cálculo aplicável para 
desenhos e esboços, por 
exemplo, é que a distância 
entre a clavícula e a virilha 
equivale à altura de duas 
cabeças e meia. Esse e outros 
parâmetros similares orientam 
o ilustrador em termos de 
proporcionalidade corporal 
como um todo. 
MOVIMENTO
Neste ponto, é preciso levar em conta 
inicialmente os ângulos de ilustração dos 
músculos, bem como da estrutura óssea. 
Ao se ilustrar qualquer parte do corpo 
humano, há diferentes posições que 
podem ser retratadas a depender da 
perspectiva: pode-se ter uma visão 
frontal, lateral ou interna de cada parte 
e consequentes angulações específicas. 
A técnica do desenhista, que mantém 
o controle sobre o traço, fazendo linhas mais 
leves e fluidas, contribui para reforçar o gestual 
dos corpos e seus movimentos. 
POSES DINÂMICAS
Com as formas, movimentos e 
proporção estabelecidos, temos os 
referenciais base para variação de 
poses dos corpos. Cada pose dinâmica, 
desenho gestual, traz um certo 
exagero ao desenho, tornando-o 
ainda mais interessante. 
Por exemplo, na representação de uma 
pessoa espirrando, a postura de corpo 
ilustrada expressa o tamanho do 
espirro. A variação de posições nos 
desenhos anatômicos incrementará 
uma série de estilos visuais narrativos, 
atribuindo ritmo e dramaticidade 
e comunicando sentidos.
7
8
Para perceber como o corpo desenhado 
pode comunicar muito, que tal conhecer 
como alguns estilos narrativos ilustram 
corpos e suas intenções?
A FIGURA HUMANA EM
DIFERENTES ESTILOS
3
CARTOON
Cada personagem tem seu
estilo, sua forma, seus atributos
e sua personalidade. Por isso, a questão 
da proporcionalidade é tratada de 
maneira a reforçar um traço que reflita a 
personalidade de um cartoon, além de 
termos as expressões faciais como 
elemento chave nessas ilustrações. A 
depender do personagem, interessa ao 
artista destacar um membro específico 
do corpo. Como por exemplo: 
desenhar uma cabeça grande em 
comparação ao restante do corpo e 
assim destacar o rosto e suas reações. 
Por fim, as características físicas 
e gestuais devem ser claras, pois 
elas, por si só, respondem pela 
personalidade das figuras ilustradas. 
E caberá a cada leitor amar ou não 
essas fascinantes representações.
Uma técnica muito utilizada 
para desenhos de corpos 
neste estilo é fazer uma forma 
de pera e, a partir daí, 
desenvolver as demais 
formas, em variações elípticas. 
Também é bastante indicado 
começar o esboço com 
formasgeométricas 
elementares, como círculos e 
traços, demarcando os pontos 
de articulação de movimento 
dos membros.
REALISMO NOS 
QUADRINHOS
Nos quadrinhos com histórias onde os 
personagens precisam ser representados 
de maneira mais realista, um enredo mais 
adulto, por exemplo, é preciso priorizar 
questões como composição, proporção, 
luz, sombra e volume nas figuras. 
A proporção destes corpos deve estar em 
conformidade com medidas padrão de um 
corpo considerado mediano, sem acentuar 
drasticamente nenhuma das partes.
A carga dramática dos personagens, 
a expressão dos seus sentimentos, fica 
dividida entre as suas falas e o gestual do 
corpo, tal qual é na vida real. Se chorar, um 
personagem realista não terá exacerbada 
a sua boca aberta, por exemplo. No lugar 
disso, algumas lágrimas no rosto ou as 
mãos tapando os olhos demonstrarão de 
maneira clara o lamento pelo qual o 
personagem está passando. 
MANGÁ
Com um acervo gigantesco de histórias, são muito 
os estilos e técnicas para se desenhar os corpos e 
suas anatomias no mangá. O estilo que ficou mais 
conhecido no mundo é o que traz 
personagens com expressões 
faciais dramáticas. Sejam de 
alegria, tristeza ou raiva, elas 
exponenciam o grau de emoção 
da cena. A natureza e a 
intensidade do sentimento 
são representadas a partir 
das expressões do rosto e dos 
olhos em particular. Como olhos 
mais abertos para demonstrar 
medo ou olhos fechados para 
indicar uma alegria intensa. 
Um detalhe no desenho 
pode levar o personagem 
do riso ao choro. 
O mangá não é realista, 
mas nele também não 
há tantas variações nas 
proporções entre os 
membros do corpo como 
no cartoon. Além disso, 
é uma marca desse estilo 
japonês desenhar o 
corpo em movimento, 
fazendo parecer que 
o personagem vai sair 
do quadro e invadir a 
nossa realidade.
9
Esses são apenas alguns estilos, mas a arte de 
representar os corpos, em toda sua variedade 
de formas, movimentos e poses, é muito ampla e, 
como vimos, reflete os conhecimentos e as ideias 
de cada época e de cada sociedade. 
Mas, independente de onde ou quando, 
os artistas vão seguir experimentando e criando 
imagens para registrar suas visões do ser humano. 
E VOCÊ?
COMO SE DESENHARIA?
10
OBRIGADO!

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