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Universidade Federal de Jataı́ (R4)Descargas elétricas em gases raroefeito Aluno: Guilherme do Nascimento Ferreira Professor: Alexandre Pancotti Jataı́, Março de 2021 CleriadeLourdes Typewritten Text 10,0 CleriadeLourdes Typewritten Text Conteúdo 1 Introdução 2 2 Fundamentação teórica 2 2.1 Descargas elétricas e raios catódicos . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2.2 Tubo de Geissler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.3 Aspecto da descarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 Objetivos 5 4 Procedimento experimental 5 4.1 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.2 Realização do experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5 Resultados e discussão 6 6 Conclusão 9 1 Introdução Utilizando uma ampola de Crookes, isto é, tubos de vidro fechados com um eletrodo positivo e outro negativo, contendo gases a pressões extremamente bai- xas; o cientista inglês Joseph John Thomson (1856-1940) fez uma descoberta imprescindı́vel para a evolução do modelo atômico. Ele submeteu estes gases a voltagens elevadı́ssimas, desse modo foi possı́vel observar o aparecimento de emissões, que foram denominadas raios catódicos. Em seguida, foi colocado um campo elétrico externo e, por fim, verificou-se que o feixe de raios catódicos era desviado, sempre indo na direção e sentido da placa carregada positivamente. Portanto, estas emissões possuı́am cargas negativas. Outro ponto importante é que não importava o gás utilizado, sempre ocorria o mesmo; assim Thomson chegou à conclusão lógica de que estas cargas negati- vas estavam presentes em toda e qualquer matéria, eram parte integrante destas. Desse modo, provou-se que, ao contrário do que Dalton havia afirmado, o átomo não era indivisı́vel, pois possuı́a uma partı́cula subatômica negativa, que ficou denominada elétron. Sequencialmente, em 1886, outro cientista, de nome Eugen Goldstein, desco- briu os raios anódicos ou canais, que eram raios carregados positivamente, for- mados pelo que sobrou dos átomos do gás que teve seus elétrons arrancados pela descarga elétrica. Sabia-se que estes raios possuı́am carga positiva porque eram desviados na direção oposta da dos raios catódicos, ou seja, eram atraı́dos pela placa negativa. Descobriu-se então que o átomo também possuı́a uma parte positiva, o que inclusive era necessário para manter sua neutralidade elétrica. Desse modo, J. J. Thomson propôs um novo modelo para o átomo, apelidado de “pudim de passas” ou “pudim de ameixas”. Seria uma esfera de carga positiva, não maciça, incrus- tada de elétrons (negativos), de modo que sua carga elétrica total é nula. [1]. 2 Fundamentação teórica Durante as três primeiras décadas do século XIX, os estudos de correntes elétricas em sólidos resultaram em grandes avanços, como a descoberta da lei de Ohm, as regras de Kirchhoff e a lei de Ampère. No inı́cio dos anos 1830 Michael Faraday realiza trabalhos sobre a condução da eletricidade em lı́quidos, e desco- bre as leis da eletrólise. Logo depois ele passa a estudar as descargas elétricas em gases rarefeitos. Exemplos modernos dessa tecnologia são as lâmpadas de néon e as lâmpadas fluorescentes [2]. 2 2.1 Descargas elétricas e raios catódicos A primeira descarga elétrica a ser conhecida e a mais espetacular foi o relâmpago. É conhecido o experimento de Benjamin Franklin com pipas; foi ele a propor que eletricidade fosse constituı́da de um único tipo de fluido. Mas o relâmpago é tão esporádico e incontrolável, que seu estudo pouco poderia revelar a respeito da eletricidade. Mas já no século XVIII, uma espécie mais controlada de descarga elétrica foi se tornando acessı́vel para o estudo cientı́fico. Em 1709 Hauksbee observou que, quando o ar dentro de um tubo de vidro era bombeado, até que sua pressão se tornasse cerca de 1/60 da pressão atmosférica, e o tubo fosse conectado a uma fonte de eletricidade estática obtida por fricção, uma luz estranha era vista dentro do tubo. Feixes de luz similar já haviam sido observados em barômetros de mercúrio com vácuo parcial. Em 1748 Watsondescreveu a luz em um tubo de 32 polegadas no vácuo como uma centelha. A natureza dessa luz não foi compreendida inicialmente, mas hoje sabemos que é um fenômeno secundário. Quando uma corrente elétrica flui através de um gás, os elétrons se chocam com os átomos do gás e transferem parte de sua energia, a qual é, então, re-emitida como luz. Hoje as lâmpadas fluores- centes e de letreiros de néon são baseados no mesmo princı́pio, com suas cores determinadas pela cor da luz que é preferencialmente emitida pelos átomos dos respectivos elementos: laranja para o néon, rosa claro para o hélio, verde azu- lado para o mercúrio, etc. A importância do fenômeno para a história da ciência elétrica está, entretanto, não na luz das descargas elétricas, mas na corrente elétrica em si. O estudo das descargas elétricas em gases foi um salto na direção correta, mas mesmo com 1/60 da pressão atmosférica o ar interfere muito com o fluxo de elétrons para permitir que sua natureza fosse descoberta. O progresso real tornou- se possı́vel, somente quando o gás pôde ser removido e os cientistas puderam estudar o fluxo de eletricidade pura através do espaço quase vazio. Johann H. Geissler inventou uma bomba que usava colunas de mercúrio como pistões. Esta bomba possibilitou fazer vácuo em um tubo de vidro até que a pressão se tornasse 1/10000 da pressão do ar no nı́vel do mar. Esta bomba foi usada entre 1858-59 em uma séria de experimentos sobre a condução da eletri- cidade em gases a baixa pressão, por Julius Plücker. Ele usou placas de metais em um tubo de vidro, conectado por fios a uma poderosa fonte de eletricidade. (Seguindo a terminologia de Faraday, a placa ligada à fonte positiva de eletrici- dade é chamada anodo e a placa ligada à fonte negativa de eletricidade é chamada catodo). Plücker observou que , quando quase todo ar era evacuado do tubo, a luz de- saparecia, mas uma luminosidade esverdeada aparecia perto do catodo. A posição da luminosidade parecia não depender da posição do anodo. Parecia que algo saı́a do catodo, atravessava o espaço quase vazio no tubo, batendo no vidro sendo, 3 então, coletado no anodo. Poucos anos mais tarde, Eugen Goldstein introduziu um nome para esse fenômeno misterioso “Cathodenstrahlen” ou, em Português, raios catódicos. Hoje se sabe que esses raios são elétrons projetados do catodo, por repulsão elétrica; eles batem no vidro, depositando energia nos seus átomos. Estes átomos excitados pela energia recebida se desexcitam emitindo luz visı́vel. Mas isso estava longe de ser óbvio para os cientistas do século XIX. Plücker também observou que a posição da luminosidade na parede do tubo podia ser deslocada por um magneto perto do tubo. Como veremos, era um sinal que os raios eram formados por partı́culas carregadas de alguma espécie. J.W. Hittor, estudante de Plücker, observou que corpos sólidos , colocados próximos ao pequeno catodo, produziam sombra nas paredes do tubo. A partir daı́, ele deduziu que os raios trafegam a partir do catodo em linhas retas. O mesmo fenômeno foi observado em 1878-79 pelo fı́sico inglês Sir Wil- lam Crookes , que concluiu que os raios eram moléculas de gás ionizado dentro do tubo. Para Crookes, os raios catódicos eram moléculas carregadas, as quais constituiam o quarto estado da matéria (essa denominação é hoje usada quando nos referimos ao plasma, que é exatamente o que se tem quando se produz uma descarga elétrica num gás rarefeito!). A teoria de Plücker foi efetivamente refutada por Goldstein, que notou que, em um tubo de raios catódicos, evacuado em um 1/100.000 da pressão normal, os raios trafegam pelo menos 90cm, enquanto o caminho livre de uma molécula ordinária no ar, nessa pressão, é de cerca de 0,6 cm[2]. 2.2 Tubo de Geissler As descargas elétricas nos gases rarefeitos são estudadas nos tubos de Geissler. São tubos de vidro alongados de uns 50 centı́metros de comprimento, nos quais se introduzem dois eletrodos. Por meio de uma bomba de vácuo pode-se extrair, aos poucos, o ar desse tubo, de maneira a deixar no interior o ar com a pressão que se quer. Também se pode extrair todo o ar, e colocar no tubo um outro gás, como por exemplo, neon, argônio, hidrogênio, etc [2]... É importante frisar que num tubo de Geissler há gás a uma determinada pressão (não há vácuo), observe a figura abaixo. 2.3 Aspecto da descarga Aplicamos entre os eletrodos uma diferença de potencial elevada (ver figura acima), de alguns milhares de volts. Com essa diferença de potencial, se o gás tiver a pressão alta, da ordem de uma atmosfera, não há passagem de corrente pelo gás. Se formos diminuindo a pressão, quando ela atingir uns 40 mm Hg, então começa a descarga. Realizando 4 Figura 1: Exempro de um tubo de Geissler a experiência numa câmara escura notamos que a essa pressão aparece entre os dois eletrodos uma luz, que fica ondulando entre êles. À medida que vamos dimi- nuindo a pressão, notamos que o aspecto dessa luminosidade vai se modificando, não só na forma geométrica da onda luminosa como também nas cores das luzes. As cores das luzes emitidas dependem de dois fatores: 1 - a pressão do gás; 2 - a natureza do gás. 3 Objetivos - Estudar o fenômeno da descarga elétrica em gases rarefeitos. 4 Procedimento experimental 4.1 Materiais utilizados - 01 Tubo de Geissler; - 01 bomba de vácuo; - 02 eletrodos; - 01 Multimetro; - Cabos. 5 4.2 Realização do experimento No tudo de Geissler, aplicando entre os eletrodos uma diferença de potencial elevada, de alguns milhares de volts. Com essa diferença de potencial, o gás em pressão alta, da ordem de uma atmosfera, não há passagem de corrente pelo gás. Retirando o ar com uma bomba de vacuo e adicionado gases como por exem- plo, neon, argônio, hidrogênio. Ao diminuindo a pressão, quando ela atingir uns 40 mm Hg, então começa a descarga e assim é possivel ver a descaga dentro do tubo. Realizando a ex- periência numa câmara escura foi percebido que a essa pressão aparece entre os dois eletrodos uma luz, que fica ondulando entre êles. À medida que se diminui a pressão é notado que o aspecto dessa luminosidade vai se modificando, não só na forma geométrica da onda luminosa como também nas cores das luzes, que ao diminuir a pressão vai ficando mais intensa. 5 Resultados e discussão 1. Dado o esquema abaixo relativo a uma ampola de Geissler, explique cada um dos espaços demarcados. R : Cátodo : é o eletrodo no qual há redução (ganho de elétrons). É o polo positivo da pilha. Ânodo : é o eletrodo no qual há oxidação (perda de elétrons). É o polo nega- tivo da pilha. Espaço negro de Faraday : Seguindo a terminologia de Faraday, a placa ligada à fonte positiva de eletricidade é chamada anodo e a placa ligada à fonte negativa de eletricidade é chamada catodo. Plücker observou que , quando quase todo ar era evacuado do tubo, a luz desaparecia, mas uma luminosidade esverdeada apa- recia perto do catodo. Espaço e intervalos negros de Crookes : s Sir Willam Crookes , que concluiu que os raios eram moléculas de gás ionizado dentro do tubo. Para Crookes, os raios catódicos eram moléculas carregadas, as quais constituiam o quarto estado da matéria (essa denominação é hoje usada quando nos referimos ao plasma, que é exatamente o que se tem quando se produz uma descarga elétrica num gás rare- feito. Pontos azuis : Raios trafegam a partir do catodo em linhas retas. 6 2. Fazendo-se uma aproximação para um gás ideal podemos dizer que o livre percurso médio dos elétrons no interior da ampola de Geissler (preenchido com N2) é dado por: L = RT PN0πr2 √ 2 (1) Fazendo o calculo de unidade internacional temos que: L = 6,232cmx10 −3.m3/mol.K (6,02x1023 átomos/mol)π(1,5x10−10m)2 √ 2 (TP ) L = 0, 000103(TP ) cm.10−3.m3 m2K L = 1, 04x10−5(TP ) cm2 K L = 1, 04x10−4[T/P]cm 3. Considerando a aproximação realizada na questão 2. Foi preenchida a tabela abaixo: Tabela 1: Analise de variação, cor vermelha L (cm) T(oC) P (mm de Hg) 0,0208 20 0,01 0,0208 40 0,02 0,0173 50 0,03 0,01248 60 0,05 0,0091 70 0,08 0,0064 80 0,13 0,0044 90 0,21 0,0031 100 0,33 0,00056 150 2,77 0,00021 180 8,52 0,00012 200 16,94 9, 31x10−5 210 23,45 7 A partir desta tabela extrai-se o gráfico que apresenta uma curva mostrando o valor de L(cm) x P(mm Hg), e que é denominado como curva media do livre percuso do eletron no interio da ampola de Geissler, observe abaixo: Figura 2: Curva L(cm) x P(mm Hg) 8 6 Conclusão Portanto, observando a tabela, vemos que quanto maior a temperatura, maior a pressão, porém o comprimento fica menor, muito menor. Analisando o grafico obsevamos essa analise, quanto maior a pressão menor o L e quanto maior o L, menor a pressão... No experimento foi possivel também ver que, ao diminuir a pressão a coloração dentro do tubo fica mais intensa. Referências [1] https://brasilescola.uol.com.br/quimica/o-experimento-thomson-com- descargas-eletricas [2] Alexandre Pancotti, Experiências de Laboratório de Fı́sica Moderna CURSO DE FÍSICA, 2015 9 Introdução Fundamentação teórica Descargas elétricas e raios catódicos Tubo de Geissler Aspecto da descarga Objetivos Procedimento experimental Materiais utilizados Realização do experimento Resultados e discussão Conclusão
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