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UNIDADE I Economia e Gestão Farmacêutica Prof. Dr. Humberto Frias A economia e a gestão de empresas farmacêuticas são ferramentas fundamentais para o sucesso profissional. Economia: ciência que estuda os fenômenos relacionados à obtenção e à utilização dos recursos materiais necessários para o bem-estar (Houaiss). Economia farmacêutica. Economia da saúde. Economia e Gestão Farmacêutica: introdução Investimento na área da saúde. Expectativa de vida do brasileiro, em 1900: aproximadamente, 40 anos (IBGE). Expectativa de vida do brasileiro em 2019: aproximadamente, 76 anos (IBGE). Economia e Gestão Farmacêutica: introdução Paí s Per capita Alemanha 2.820 Austrá lia 2.532 Brasil 573 Canadá 2.792 Espanha 1.607 Estados Unidos 4.887 Reino Unido 1.999 Fonte: OMS – The Word Health Report. Obs.: em dólares internacionais. Investimento na área da saúde. Os sistemas de saúde contribuem para a saúde das populações, pois melhoram a qualidade de vida pelos benefícios econômicos que trazem devido às melhorias das funções humanas e de produtividade. Gastos com saúde x expectativa de vida Fonte: adaptado de: livro-texto. Estrutura de financiamento e prestação de serviços Fontes Fundos Compra Prestação de serviços Impostos e contribuições sociais SUS Gasto direto das famílias Empresa Planos e seguros- saúde Rede privada Rede pública O sistema de saúde complementar engloba: Serviços prestados por seguradoras de seguros-saúde. Empresas de medicina e odontologia de grupo. Cooperativas (especializadas em planos médico-hospitalares e/ou odontológicos). Entidades filantrópicas. Companhias de autogestão e administradoras. Saúde complementar no Brasil Fonte: adaptado de: livro-texto. Participação (%) Pública e Privada no Financiamento da Saúde em Países Federativos e/ou de Cobertura Universal Reino Unido Alemanha Austrália Canadá Espanha Brasil Estados Unidos 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 96,9 77,5 72,0 72,0 70,6 48,7 44,1 3,1 22,5 28,0 28,0 29,4 51,3 55,9 Gasto público Gasto privado Relevância da indústria farmacêutica no Brasil: o Estado é o maior comprador de medicamentos do país. Indústria farmacêutica: segmento de alto desenvolvimento tecnológico. Indústria farmacêutica no Brasil: multinacionais e nacionais. Em 2010, no Brasil, a indústria farmacêutica teve faturamento aproximado de R$ 41 bilhões. Economia setorial no Brasil: indústria farmacêutica Competitividade na indústria farmacêutica: Concentrado nicho de mercado. Sem muita concorrência (patente). As patentes são documentos que garantem a proteção legal de exclusividade para produção e comercialização de um produto. Importância das patentes na inovação da indústria farmacêutica: Um fármaco a partir de 5.000 a 10.000 moléculas. Indústria farmacêutica nacional: importadora de insumos e produtos. Economia setorial no Brasil: indústria farmacêutica Regulamentação do mercado farmacêutico. Empresas produtoras de medicamentos são autônomas quanto à política comercial. Economia setorial no Brasil: indústria farmacêutica Fonte: adaptado de: livro-texto. 1990 – reforma comercial e fim da intervenção direta na economia Bases para a introdução da concorrência no país ganharam impulso com a estabilidade dos preços obtida a partir de 1994 (Plano Real) O setor farmacêutico, apesar da desregulamentação Operou na contramão Praticando aumentos significativos e não transitórios nos preços dos medicamentos Indústria farmacêutica. Indústria inovadora (desenvolvimento de medicamentos). Etapas do processo de inovação: Pesquisa básica. Patente. Pesquisa clínica. Registro. Precificação. Incorporação. Agentes econômicos do segmento farmacêutico: indústria farmacêutica Indústria farmacêutica. Indústria farmoquímica (realiza processos extrativos). Reino animal (heparina). Reino mineral (cloreto de sódio). Reino vegetal (rutina). Síntese química (omeprazol). Processos biológicos (processos fermentativos – penicilina). Processos biotecnológicos modernos. Agentes econômicos do segmento farmacêutico: indústria farmacêutica Segundo a Lei Federal nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, drogaria é o estabelecimento em que se comercializam medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. Farmácia é o estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficiais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não, e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Farmácia fitoterápica, farmácia hospitalar. Responsabilidade do farmacêutico. Um médico pode abrir uma farmácia ou drogaria? Decreto 20.931/32. Comércio farmacêutico Quais são consideradas as doenças da modernidade? Explique. Interatividade São aquelas doenças que aparecem por conta da maior longevidade das pessoas. Por exemplo: por viver mais, a população brasileira, atualmente, apresenta elevada prevalência de hipertensão arterial, diabetes mellitus, reumatismo, doenças gástricas e psicológicas/psiquiátricas. Resposta Política é um compromisso oficial, expresso em documento escrito, no qual consta um conjunto de diretrizes, objetivos, intenções e decisões de caráter geral e em relação a um determinado tema em questão. Políticas Públicas para a área farmacêutica: Política Nacional de Medicamentos (Portaria nº 3.916, de 30/10/1998). Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Políticas na área farmacêutica Política Nacional de Medicamentos (Portaria nº 3.916, de 30/10/1998) “A Política Nacional de Medicamentos tem o propósito de garantir a segurança, a eficácia, a qualidade e o acesso e uso racional aos medicamentos.” Políticas na área farmacêutica Política Nacional de Medicamentos (Portaria nº 3.916, de 30/10/1998) Diretrizes: Adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Regulamentação sanitária de medicamentos: registro de medicamentos; autorização de funcionamento das empresas; farmacovigilância. Política Nacional de Medicamentos Reorientação da assistência farmacêutica. São obrigatórias a presença e o suporte técnico do farmacêutico em todas as áreas em que houver medicamento. Promoção do uso racional do medicamento. Intercambialidade de medicamentos. Política Nacional de Medicamentos Desenvolvimento científico e tecnológico. Novas formulações (ênfase na fauna e na flora nacionais). Priorização da produção de medicamentos da Rename. Integração entre a indústria e a pesquisa. Reformulação periódica da farmacopeia brasileira. Política Nacional de Medicamentos Promoção da produção de medicamentos. Rename. Medicamentos genéricos. Fundação do Remédio Popular – Furp. Quebra de patente quando necessário. Garantia da segurança, da eficácia e da qualidade dos medicamentos. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas). Anvisa (1998). Política Nacional de Medicamentos Quais são os principais objetivos da Política Nacional de Medicamentos? Explique. Interatividade É a partir da Política Nacional de Medicamentos que se obtém a qualidade dos medicamentos no país. Quando um organismo se expõe ao medicamento, deve-se assegurar que haverá efeito terapêutico e que o medicamento seja seguro. Assim, a segurança e a eficácia dos medicamentos são obtidas por meio dessa política. Resposta Estrutura organizacional é a forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Tipos de estrutura organizacional: formal e informal. Formal: planejada e formalmente representada,em alguns aspectos, pelo seu organograma. Informal: não reconhecida oficialmente. Estrutura organizacional O organograma é uma espécie de diagrama usado para representar as relações hierárquicas dentro de uma empresa ou simplesmente a distribuição dos setores, unidades funcionais, cargos e a comunicação entre eles. Função do organograma: facilita conhecer o funcionamento da empresa, sua estrutura, identificar problemas ou oportunidades de melhoria. Organograma Para que fazer um organograma? Divide funções de uma empresa ou instituição. Orienta quanto aos deveres e aos direitos dos colaboradores. Evidencia as relações entre os colaboradores. Auxilia na visualização da demanda gerencial. Denota a transparência da empresa ou da instituição. Amplifica o engajamento dos colaboradores. Compreensão da gestão. Aumento da visibilidade da disponibilidade de canais de promoção. Organograma Organograma do Ministério da Saúde Organograma Fonte: adaptado de: ANVISA, 2016. Ministério da Saúde – Estrutura Organizacional Básica – Decreto nº 8.901, DOU 11/11/2016 ÓRGÃOS COLEGIADOS Conselho Nacional de Saúde Conselho Nacional de Saúde Suplementar Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS MINISTRO DA SAÚDE ENTIDADES VINCULADAS Autarquias: ANVISA e ANS Fundações Públicas: FUNASA e FIOCRUZ Empresa Pública: HEMOBRÁS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Hospital N.S. da Conceição S/A Hospital Fêmina S/A Hospital Cristo Redentor S/A SECRETARIA EXECUTIVA - SE Subsecretaria de Assuntos Administrativos (SAA) Departamento de Logística em Saúde (DLOG) Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (DESID) Departamento de Informática do SUS (DATASUS) Núcleos Estaduais (NEMS) Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (PSO) Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde (FNS) Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (DEMAS) Departamento de Articulação Interfederativa (DAI) GABINETE DO MINISTRO (GM) CONSULTORIA JURÍDICA (CONJUR) ASSESSORIA ESPECIAL DE CONTROLE INTERNO (AECI) CORREGEDORIA GERAL (CORREG) ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SIMILARES SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE (SAS) SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE (SVS) SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA (SESAI) SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS (SCTIE) SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE (SGTES) SECRETARIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA (SGEP) Departamento de Atenção Básica Departamento de Atenção Especializada e Temática Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Departamento de Atenção Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas Instituto Nacional de Cardiologia Instituto Nacional de Traumologia e Ortopedia Jamil Haddad Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis do HIV/AIDS e das Hepatites Virais Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Instituto Evandro Chagas Departamento de Atenção à Saúde Indígena Departamento de Gestão da Saúde Indígena Departamento de Saneamento e Edificações de Saúde Indígena Distritos Sanitários Especiais Indígenas Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde Departamento de Ciência da Educação na Saúde Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde Departamento de Ouvidoria Geral do SUS Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social Departamento Nacional de Auditoria do SUS ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANS: Agência Nacional de Saúde Suplementar FUNASA: Fundação Nacional de Saúde FIOCRUZ: Fundação Oswaldo Cruz HEMOBRÁS: Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia Organograma Fonte: adaptado de: ANVISA, 2016. ÓRGÃOS COLEGIADOS Conselho Nacional de Saúde Conselho Nacional de Saúde Suplementar Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS MINISTRO DA SAÚDE ENTIDADES VINCULADAS Autarquias: Anvisa e ANS Fundações públicas: Funasa e Fiocruz Empresa pública: Hemobrás SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Hospital N.S. da Conceição S/A Hospital Fêmina S/A Hospital Cristo Redentor S/A SECRETARIA EXECUTIVA - SE Subsecretaria de Assuntos Administrativos (SAA) Departamento de Logística em Saúde (DLOG) Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (DESID) Departamento de Informática do SUS (DATASUS) Núcleos Estaduais (NEMS) Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (PSO) Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde (FNS) Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (DEMAS) Departamento de Articulação Interfederativa (DAI) GABINETE DO MINISTRO (GM) CONSULTORIA JURÍDICA (CONJUR) ASSESSORIA ESPECIAL DE CONTROLE INTERNO (AECI) CORREGEDORIA GERAL (CORREG) ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA Organograma vertical Organograma vertical Fonte: PICCHIAI, 2010. A B C D E F G H I Organograma vertical Características: Local de pouca diversificação do trabalho. Binômio: comando x chefia. Centralização das ações. Fluxo, geralmente, descendente. Organograma vertical Fonte: PICCHIAI, 2010. A B C D E F G H I Organograma vertical Vantagens: Autoridade única. Rigidez de comando. Pragmatismo de autoridade e de responsabilidade. Desvantagens: Burocratizante. Pequena cooperação dos colaboradores. Ruído e distorção na comunicação. Direção e chefias assoberbadas. Organograma vertical Fonte: PICCHIAI, 2010. A B C D E F G H I Organograma funcional Organograma vertical Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETOR FUNÇÃO A FUNÇÃO B FUNÇÃO C SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 1 FUNÇÃO SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 3 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES Organograma funcional Características: Colaboradores exercem mais de uma função. Colaboradores ficam sob o comando de mais de um chefe. Organização se divide segundo diferentes funções. Organograma vertical Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETOR FUNÇÃO A FUNÇÃO B FUNÇÃO C SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 1 FUNÇÃO SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 3 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES Organograma funcional Vantagens: Induz ao aprimoramento. Catalisa a formação e o trabalho em equipe. Valorização do especialista. Desvantagens: Confuso: muitos chefes! Comprometimento da disciplina. Objetivos nem sempre claros. Organograma vertical Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETOR FUNÇÃO A FUNÇÃO B FUNÇÃO C SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 1 FUNÇÃO SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 3 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES SUBALTERNO COM 2 FUNÇÕES Organograma matricial Organograma matricial Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETORIA DEPARTAMENTO A DEPARTAMENTO B A1 A2 A3 B1 B2 B3 PROJETO A PROJETO B PROJETO C Organograma matricial Características: Multidimensional: combinação da estrutura vertical com a horizontal. Os projetos são as unidades de trabalho.Organograma matricial Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETORIA DEPARTAMENTO A DEPARTAMENTO B A1 A2 A3 B1 B2 B3 PROJETO A PROJETO B PROJETO C Organograma matricial Vantagens: Voltado, fortemente, para os resultados. Problemas complexos. Alto grau de especialização. Desvantagens: Duplicidade de comando. Conflito no projeto. Organograma matricial Fonte: adaptado de: PICCHIAI, 2010. DIRETORIA DEPARTAMENTO A DEPARTAMENTO B A1 A2 A3 B1 B2 B3 PROJETO A PROJETO B PROJETO C Convido-o agora a participar da atividade do chat: como elaborar um organograma? Convite para atividade do Chat ATÉ A PRÓXIMA!
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