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Mecânica dos solos II - Aula1_Introdução_e_Investigação_do_subsolo

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Mecânica dos solos II 
Leandro Rosatto Moda 
Eng Agrônomo 
Doutor em Ciência do Solo - UNESP 
S. J. RIO PRETO – SP 
2018 
Ementa 
 Investigação do subsolo 
 Compactação dos solos 
 Tensões nos solos 
 Tensões verticais devido à carregamentos em superfície 
 Deformações devido a carregamentos verticais 
 Resistência ao cisalhamento dos solos. 
 Estabilidade de taludes. 
 Empuxo de terra. 
 Obras de arrimo e contenção. 
 Barragens de terra. 
Objetivos 
 Transmitir aos alunos, conceitos relativos ao ementário da disciplina, 
enfocando nos aspectos de resistência, consolidação e compactação do 
solo; capacitando-os com conhecimento sobre estabilidade de taludes, 
barragem e empuxo de terra, rebaixamento de lençol freático e obras de 
arrimo e contenção. 
 
Conteúdo programático 
 Introdução: Ementa do curso de mecânica dos solos II e suas interações com outras 
disciplinas básicas e geotécnicas oferecidas. 
 Investigação do terreno: Métodos de investigação intrusiva, amostragem, seleção do(s) 
método(s) de ensaio em laboratório, ensaios in situ (SPT e CPT) e métodos geofísicos. 
 Compactação do solo: razões e histórico da compactação, o ensaio normal de 
compactação (Proctor), influência da energia de compactação, aterros experimentais, 
compactação no campo, resistência à penetração. 
 Consolidação, compressibilidade, adensamento: Conceito de tensões num meio 
particulado, tensões devidas ao peso próprio do solo, pressão neutra e conceito de 
tensões efetivas, distribuição das tensões, tensões verticais devidas a cargas na superfície 
do terreno, compressibilidade dos solos, ensaio de compressão confinada, cálculo de 
recalque total, teoria de adensamento de Terzaghi, relação deformação x tempo, 
cálculo da velocidade de recalque. 
 Resistência ao cisalhamento dos solos: Comportamento mecânico dos materiais 
(elasticidade e plasticidade), definição de ruptura em solos, resistência ao cisalhamento 
e a teoria de Mohr – Coulomb, ensaios triaxial e de cisalhamento direto, interpretação de 
ensaios de resistência e obtenção de parâmetros de resistência e deformabilidade, 
comportamento das areias e argilas. 
 Aspectos teóricos de estabilidade de taludes: Introdução, métodos de estabilidade de 
taludes, considerações gerais. 
 Aspectos teóricos de empuxos e barragens de terra, obras de arrimo e contenção: 
Introdução, coeficiente de empuxo e sua interação solo/estrutura, tipo de estrutura de 
arrimo e contenções, tipos de barragens e seus conceitos. 
Bibliografia 
 BÁSICA: 
 AZEVEDO, I.C.D. Análise de Tensões e Deformações em Solos. Viçosa: 
Editora UFV, 2007. 
 CRAIG, R. F. Mecânica dos Solos. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC (Grupo GEN), 
2007. 
 TIANDADE, T .P.; et al. Compactação dos Solos: fundamentos teóricos e 
práticos. Viçosa: UFV, 2008. 
 PINTO, C.S. Curso Básico De Mecânica Dos Solos: Com Exercícios 
Resolvidos. São Paulo: Oficina de textos, 2006. 
 
Bibliografia 
 COMPLEMENTAR: 
 BARATA, F.E. Propriedades Mecânicas dos Solos. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos. 1984. 
 CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 
1994, V1, V2 e V3. 
 CRUZ, P.T. Mecânica dos Solos – Problemas Resolvidos. São Paulo: USP,1980. 
 MELLO, V. Fundações e Elementos Estruturais Enterrados: Apostila. São Paulo: EPUSP-PEF, 1975. 
 NOGUEIRA, J.B. Mecânica dos Solos – Ensaios de Laboratório. São Carlos: USP/EESC, 1998. 
 ORTIGÃO, J. A. R. Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. Rio de Janeiro: LTC, 1993. 
 PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos (com exercícios resolvidos). 3 ed. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2006. 
 SOUZA PINTO, C. Curso de Mecânica dos Solos – Exercícios Resolvidos. Oficina de textos, 2003, v.2. 
 VARGAS, M. Introdução à Mecânica dos Solos. São Paulo.McGraw Hill, 1981. 
Introdução – definição Solo 
 Em Engenharia Civil, os solos são um aglomerado de partículas 
provenientes de decomposição da rocha, que podem ser escavados com 
facilidade, sem o emprego de explosivos, e que são utilizados como 
material de construção ou de suporte de estruturas. 
 
 Material de construção e Suporte de estruturas (natural) 
Introdução 
 Solo - constituído da reunião de partículas minerais (e orgânicos) soltos ou 
fracamente unidos, oriundos da intemperização das rochas da crosta 
terrestre (fase sólida), onde os espaços vazios existentes entre esses grãos 
estão preenchidos de água (fase líquida) e/ou ar (fase gasosa), então o 
solo fica caracterizado pela existência dos grãos (esqueleto sólido) e dos 
vazios entre estes. 
 
 Variedade global de solos (fatores de sua formação); 
 
 
 
 Logo conhecer e entender o comportamento físico e mecânico 
(movimento) é essencial para implantação de qualquer empreendimento 
e para escolha de material (solo) a ser usado; 
 
Introdução 
 Além de pensar nas estruturas (material utilizado, forma, etc.), é importante 
considerar todas as características do terreno. 
 
 A mecânica do solos estuda o comportamento mecânico dos solos 
quando tensões são aplicadas (obras - fundações); ou aliviadas 
(escavações), ou ainda diante da percolação da água pelos espaços 
vazios; 
 
 Logo em MEC. SOLOS, conhecer e entender cada característica (variável 
de influencia) do solo é de essencial importância (prever seu 
comportamento): 
 
 Parte essencial de qualquer projeto de Eng. CIVIL 
 
Tópico aplicado à 
engenharia de Minas 
(altamente específico) – 
Redes de fluxo... 
Não queremos isso... Certo??? 
 
 
 
Introdução 
 Disciplina com características diferentes: 
 Na Eng. Civil geralmente se trabalha com materiais cujas propriedades são 
relativamente bem definidas; 
 
 A variedade dos tipos de solos encontrados em problemas de engenharia 
é quase ilimitada, variando de blocos de pedra dura, a pedregulhos, 
areias, siltes, argilas até depósitos orgânicos. 
 
 Para aumento de complexidade, todos estes materiais encontram-se 
numa ampla variedade de densidades e conteúdos de água. 
 
 Em um dado local, um número diferente de tipos de solos pode estar 
presente, e a composição pode variar de intervalos grandes a pequenos 
até poucos centímetros. 
 
Introdução 
 Trabalhos de comportamento de solos marcantes de MEC SOLOS: 
 (Coulomb, 1773; Rankine 1856; Darcy, 1856); 
 
 Por outro lado muitos insucessos em obras de Eng. Civil no inicio do sec. XX: 
rupturas de canais (Panamá); rompimento de taludes em estradas e 
canais na Europa e Estados Unidos – KARL TERZAGHI evidenciou que não se 
podia aplicar aos solos, leis teóricas de uso corrente em projetos que que 
envolviam materiais mais bem definidos como aço e concreto; 
 
 Não era suficiente determinar em laboratório parâmetros de resistência de 
deformabilidade em amostras de solos e aplicá-los a modelos teóricos 
adequado àqueles materiais. 
 
Introdução 
 
 
 Depósitos heterogêneos e de comportamento complicado - Base de 
estudos de Karl Terzaghi (Eng. Civil) – considerado o fundador da 
mecânica de solos; 
 
 Trabalhos de identificar o papel das pressões da água no estudo das 
tensões do solo e a representação matemática para evolução dos 
recalques das argilas com o tempo após carregamento foram 
reconhecidas como marco inicial dessa nova ciência. 
 
 Não se restringe apenas ao comportamento mecânico (química e a física 
coloidal também é importante pra justificar os comportamentos dos solos) 
ao passo que a geologia é essencial para solucionar problemas de 
fundações. 
 
Curiosidade... 
Investigação do 
Subsolo 
Sumário 
 Parte Teórica 
 Introdução 
 Métodos de investigação 
intrusiva 
 Amostragem 
 Perfil de sondagem 
 Referências 
 
 Parte Prática (grupos) 
 Lista de Exercícios 1 
 Parte Prática (individual) 
 Pesquisa de diversos métodos de 
investigação de subsolo 
 Elaboraçãode relatório prático, se 
possível apresentar um exemplo 
didático (artigos, livros, etc...) 
 Sondagem rotativa 
 Ensaio de Penetração de cone (CPT) 
 Métodos geofísicos 
 Refração sísmica 
 Análise espectral das ondas 
superficiais (SASW) 
 Método da resestividade elétrica 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atividade preliminar essencial a execução de 
um projeto 
 
Obter informações para elaborar um projeto 
seguro e econômico 
 
Evitar dificuldades durante a construção 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
 
INTRODUÇÃO 
 
Objetivos: 
a) determinar a sequência, as espessuras e a 
dimensão lateral dos estratos dos solos; 
 
b) obter amostras representativas dos solos e 
rochas para identificação e classificação; 
 
c) identificar as condições da água subterrânea. 
 
 
Investigação do Subsolo 
 
INTRODUÇÃO 
 
Finalidades: 
 
a) Fornecer informações adequadas para que seja 
selecionado o tipo mais apropriado de fundação 
para uma determinada estrutura; 
 
b) Indicar se existe probabilidade de surgimento 
de problemas especiais durante a construção 
 
Investigação do Subsolo 
Antes de colocar os equipamentos em ação... 
Estudo teórico; Coleta de informações sobre o 
local 
- Mapas geológicos 
- Fotografias aéreas 
- Mapas topográficos 
- Imagens de satélite 
- Furos de sondagens existentes 
- Obs: atenção especial à locais já utilizados 
anteriormente (riscos: fundações enterradas, 
serviços subterrâneos, trabalhos em minas, etc.) 
Investigação do Subsolo 
 
Antes de colocar os equipamentos em ação... 
 
 Inspeção a pé no local e área circunvizinha 
Leitos de rios, escavações existentes, pedreiras a céu 
aberto e cortes de rodovias  informações valiosas, 
natureza dos estratos e água subterrânea; 
 
Estruturas existentes  possuem danos provenientes 
de recalques?? 
 
Proprietários de áreas ou autoridades locais  
experiência das condições da área 
 
Investigação do Subsolo 
Procedimento de investigação dependerá: 
Natureza e tipo dos estratos 
Tipo do projeto 
 
Procedimento de investigação envolverá: 
Escavação de furos de sondagem 
Poços de inspeção 
Sondagens CPT 
 
Sendo a quantidade e posição dos mesmos 
planejadas para que se determine a estrutura 
geológica básica do local 
 
 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
Quanto > a variação das condições do terreno, > a 
qtdade de furos de sondagem ou poços de 
inspeção 
 
Tabela 1. Valores recomendados para espaçamento dos pontos de 
investigação do terreno (Eurocode 7, Parte 2: 2007). 
 
 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
Tipo de construção Espaçamento dos pontos de investigação 
Estrutura de grande altura ou industriais Padrão de malha, com espaçamento de 
15-40 m 
Estruturas de grandes áreas Padrão de malha, espaçamento ≤ 60 m 
Estruturas lineares (rodovias, ferrovias, 
muros de contenção, etc.) 
Ao longo da linha da estrutura, com 
espaçamento de 20-200 m 
Estruturas especiais (por ex.: pontes, 
chaminés, fundações de equipamentos) 
2-6 pontos de investigação por fundação 
Represas e barragens Espaçamento de 25-75 m, ao longo das 
seções mais importantes 
 De acordo com NBR 8036 
Área construída (projeção, em m2) Número mínimo de furos 
<200 2 
200 – 400 3 
400 – 600 3 
600 – 800 4 
800 – 1000 5 
1000 – 1200 6 
1200 – 1600 7 
1600 – 2000 8 
2000 – 2400 9 
> 2400 A critério 
Figura 1. Modelo de locação de furos de sondagem em terrenos (Nunes, s/d) 
- Importante!!! 
- Investigação deve ser feita até profundidade 
adequada de acordo com o tipo de projeto 
- Deve incluir todos estratos que possam ser afetados 
pela estrutura 
- Deve se estender até um ponto abaixo de todos os 
estratos que tenham resistência ao cisalhamento 
inadequada para o apoio das fundações ou que 
façam um recalque significativo 
- Encontrada rocha, perfurá-la, pelo menos, 3 metros, 
em mais um local (não se trata de enorme matacão) 
- Furos e poços devem ser preenchidos após a 
utilização 
 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
- Custo: 
 
- Depende  posição e tamanho do local, natureza dos 
estratos e tipo de projeto 
 
- Qto menos críticas as situações de seu terreno, menor 
será o custo de investigação 
 
- Em geral: 0,1 a 2% do custo do projeto  não há 
justificativa para economizar nesta etapa 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
a) Poços de inspeção (prospecção) 
 
- Método simples e confiável 
- Limitação: máximo 4-5 metros 
- Remoção do solo por retroescavadeira 
- Vantagens: exame visual do solo, limites dos 
estratos determinados com precisão, facilidade 
na tomada de amostras (deformadas e 
indeformadas), ideal para qualquer tipo de 
solo. 
- Ex.: Poço de inspeção em parque eólico (fonte: 
Berater) 
 
 
 
Investigação do Subsolo 
Diferenciação visual dos 
estratos (ou horizontes) 
- Coleta de amostra 
deformada (perturbada) 
- Presença marcante de 
pedregulho 
 
 
Visão geral de um poço de inspeção 
ou prospecção em solo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
b) Shafts (poços profundos) e galerias 
 
- Precedidos por escavação manual, laterais 
suportadas por madeiramento 
- Passagens ou galerias escavadas lateralmente 
no fundo dos poços profundos para o interior 
das encostas, apoiados nas laterais e no teto 
- Não é possível abaixo do lençol freático 
- Alto custo ($$$)  aplicáveis estruturas muito 
grandes (represas) 
 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
 
- Equipamento = torre de elevação (tripé) + 
unidade de força + guincho + cabo de aço + 
roldana 
- Pode possuir rodas para transporte da estrutura 
- Ferramentas de perfuração (vários tipos) 
- Perfuração avança através da ação percussiva 
- 2 ferramentas mais utilizadas: 
- Barrilete amostrador (empacotador, ou shell) 
- Cortador de argila (clay cutter) 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Barrilete: areias e outros solos grossos, tubo de aço pesado 
que contém uma aleta ou válvula de controle (clack) 
- Abaixo do lençol freático: percussão amolece o solo e 
produz uma pasta (lama) no furo 
- Acima do lençol freático: lama é produzida por 
inserção de água no furo de sondagem 
- Lama passa pela válvula durante a descida do 
amostrador e nele fica retida quando retira-se o mesmo 
- Quando cheio o amostrador é elevado até a superfície 
para ser esvaziado 
- Em solos sem coesão  furo deve ser revestido para 
impedir o colapso 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Cortador de argila: solos finos, tubo de aço aberto 
com uma sapata de corte e um anel de retenção na 
extremidade inferior (furo de sondagem seco) 
- Matacões pequenos, pedregulhos e estratos duros 
 penetrados por meio de ponteira (tipo cinzel ou 
formão) 
- Diâmetro dos furos: 150 a 300 mm 
- Profundidade máxima: 50 a 60 metros 
- Empregada na maioria dos tipos de solos, 
entretanto há perturbação no solo abaixo da parte 
inferior do furo de sondagem, onde são retirados as 
amostras 
Investigação do Subsolo 
Knappett e Craig (2014) 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Resistência à Penetração (SPT) 
- Exame da amostra = informação do estado que 
se encontra  quanto a resistência a 
penetração 
- São anotados o número de golpes do martelo 
para cravar 15 cm do amostrador 
- Define-se como resistência à penetração: o 
número de golpes necessários para cravar 30 
cm do amostrador. 
- Valor N do SPT (SPT do solo) 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Resistência à Penetração (SPT) 
- Particularidades: 
- Quando o solo é muito fraco a ponto da 
aplicação do primeiro golpe do martelo 
ocasionar penetração maior que 45 cm, o 
resultado deve ser expresso pela relação deste 
golpe com a penetração(Ex.: 1/58) 
- 1 golpe 
- 58 cm de penetração 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Resistência à Penetração (SPT) 
 
- Classificações: 
- Em função da resistência à penetração 
- Compacidade: areia, ou silte arenoso 
- Consistência: argila, silte argiloso 
 
- NBR 6484: Sondagens de simples reconhecimento com 
SPT – Método de ensaio 
- NBR 7250: Identificação e descrição de amostras de 
solos obtidas em sondagens de simples 
reconhecimento dos solos 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
c) Sondagem à percussão 
Resistência à Penetração (SPT) 
- Apresentação dos resultados 
- Os resultados são apresentados em Perfis do 
Subsolo; 
- Descrições de cada solo 
- Cotas correspondentes 
- Nível de água, Pressão; Data (posição em 
diferentes épocas) 
- Valores de SPT 
 
Investigação do Subsolo 
 PDF do relatório de sondagem... 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
d) Trados mecânicos 
 
- Motorizados 
- Pressão descendente: hidráulica, mecânica ou 
pelo próprio peso. 
- Tipos: helicoidal (de hélice) e caçamba 
- Diâmetros: 
- Helicoidal: 75 e 300 mm 
- Caçamba: 300 mm a 2 m 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
d) Trados mecânicos 
- Trados de hélice curta: comprimento limitado, 
cortadores abaixo, unido a uma haste de aço (barra 
kelly) 
- Penetrado até encher de solo, içado a superfície, solo é 
ejetado por giro 
 
- Trados de hélice contínua: hélice que ocupa todo seu 
comprimento, solo se eleva até a superfície ao longo 
da hélice (evita necessidade de elevar o trado) 
- Furo anvança  comprimentos adicionais são inseridos 
ao trado 
- Profundidades de até 50 m; porém: mistura de estratos 
diferentes na elevação do solo 
Investigação do Subsolo 
Knappett e Craig (2014) 
Trado de hélice curta 
Trado de 
hélice 
contínua 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
e) Trados manuais e portáteis 
- Profundidades de até 5 m (hastes de extensão) 
- Girado e pressionado para baixo por manivela 
em T 
- Tipos: Iwan (D de até 200 mm) e helicoidal (D 
até 50 mm) 
- Retirado em intervalos frequentes para 
remoção do solo 
- Utilizado na maioria dos tipos de solos 
 
Investigação do Subsolo 
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO INTRUSIVA 
f) Perfuração com circulação de água 
- Água bombeada por série de hastes de perfuração 
ocas e injetada por pressão em uma ponteira na forma 
de talhadeira ou cinzel 
- Solo é levado até a superfície pela água 
- Equipamento: torre de elevação (tripé) + unidade de 
força + guincho + bomba d’água + cabo de aço + 
roldana + hastes de perfuração 
- Utilizado na maioria dos tipos de solos; porém se houver 
cascalho grosso ou superior  progresso se torna lento 
- Identificação do tipo de solo prejudicada pela quebra 
das partículas e da mistura de material 
- Vantagem: solo abaixo do furo permanece 
indeformado (não perturbado) 
Investigação do Subsolo 
AMOSTRAGEM 
- Feito o furo de sondagem  retirar amostras 
para ensaios em laboratório 
- Divididas em duas categorias: indeformadas e 
deformadas 
- Indeformadas (não perturbadas): ensaios de 
resistência ao cisalhamento e adensamento 
- Visam preservar a estrutura in situ e teor de 
umidade 
- Retira-se o tubo de sondagem e coloca-se um 
tubo amostrador 
- A partir daí proceder como nos ensaios para 
determinação de índices físicos 
 
Investigação do Subsolo 
AMOSTRAGEM 
- Deformadas (perturbadas): classificação do solo, 
ensaios de compactação 
- Mesma distribuição de partículas, porém com 
estrutura alterada ou danificada, teor de umidade 
pode ser diferente 
 
- Devem ser retiradas em todo local com 
mudança de estrato 
- Etiquetadas e identificadas (nome do projeto, 
data, posição, número do furo, profundidade, 
método de amostragem 
- Cuidado na manipulação, transporte e 
armazenamento (em especial das indeformadas) 
 
Investigação do Subsolo 
AMOSTRAGEM 
- Qual o método deve ser seguido?? 
- Depende do ensaio a ser realizado... Deve estar 
relacionado com a qualidade da amostra exigida 
de acordo com a tabela a seguir. 
 
- Classe 1: mais útil e de maior qualidade 
- Classe 5: utilizada apenas para identificação visual 
e tátil 
- Classes 1 e 2: indeformadas 
- Classes 3, 4 e 5: deformadas 
Investigação do Subsolo 
Propriedade do solo Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 
Sequência de 
camadas 
X X X X X 
Limites dos estratos X X X X 
Distribuição 
granulométrica 
(tamanho das 
partículas) 
X X X X 
Limites de Atterberg, 
conteúdo orgânico 
X X X X 
Teor de umidade X X X 
Compacidade 
(relativa), porosidade 
X X 
Permeabilidade X X 
Compressibilidade, 
resistência ao 
cisalhamento 
X 
Tabela 2. Qualidade da amostra em relação ao uso final (de acordo com o EC7-2:2007) 
(Knappett e Craig, 2014) 
PERFIL DE SONDAGEM 
 
- Depois de concluído a investigação e obtidos os 
resultados dos ensaios laboratoriais  condições do 
terreno obtidas são resumidas na forma de um perfil 
de sondagem 
 
Investigação do Subsolo 
Cabeçalhos 
- Identificação detalhada do 
local, cliente e projeto 
- Método de investigação 
- Detalhes do equipamento 
- Posição e nível do terreno 
- Diâmetro do furo 
Perfil 
- Descrição detalhada dos estratos 
- Níveis e limites de cada estrato 
- Tipos de solos e rocha apresentados 
com uma legenda (símbolos-padrão) 
- Profundidades 
- Valores N (SPT) 
- Profundidade do lençol 
 
Descrição do solo 
- Amostras deformadas: 
- Distribuição granulométrica 
- Plasticidade 
- Cor, forma e composição das 
partículas 
Descrição do solo 
- Amostras indeformadas: 
- Características estruturais 
- Grau de compacidade (areias) 
e consistência (argilas) 
Resumo 
 A investigação do terreno por meio de métodos intrusivos ou geofísicos 
pode ser empregada para determinar o local, a extensão e a 
identificação dos depósitos no interior do solo; 
 
 Furos de sondagem e poços de inspeção são essenciais para confirmação 
visual dos materiais no interior do solo e para obtenção de amostras para 
ensaios de laboratório; 
 
 A qualidade (e o custo) da amostragem dependerá das 
propriedades/características geotécnicas exigidas pelos ensaios em 
laboratório com tais amostras 
Prática 1 
 Parte Prática (grupos) 
 Resolução da Lista de Exercícios 1 
Prática 2 
 Parte Prática (individual) 
 Pesquisa métodos de investigação de subsolo 
 Escolher um tema dentre os listados abaixo 
 Elaboração de relatório prático, se possível apresentar um exemplo 
didático (artigos, livros, etc...) 
 
1. Sondagem rotativa 
2. Ensaio de Penetração de cone (CPT) 
3. Métodos geofísicos 
3.1 Refração sísmica 
3.2 Análise espectral das ondas superficiais (SASW) 
3.3 Método da resestividade elétrica

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