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ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Vanessa Ramos Teixeira Revisão técnica: Luciana Bernadete de Oliveira Graduada em Ciências Políticas e Econômicas Especialista em Administração Financeira Mestre em Desenvolvimento Regional Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 E37 Elaboração e implementação de políticas públicas / Guilherme Corrêa Gonçalves ... [et al.] ; [revisão técnica: Luciana Bernadete de Oliveira]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 324 p. il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-194-5 1. Políticas públicas. I. Gonçalves, Guilherme Corrêa. CDU 304 Princípios da gestão pública Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car os princípios da gestão pública. Entender algumas particularidades do artigo 37 da Constituição Fe- deral de 1988. Averiguar a importância desses princípios no contexto da gestão pública. Introdução A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, diz que toda empresa estatal está submetida às regras da administração pública (BRASIL, 1988). Neste texto, você irá conhecer os princípios da gestão pública e suas particularidades, de acordo com o estabelecido na Constituição Federal. O que são princípios? O que vem a sua mente ao ver/ouvir a palavra princípios? Início, fundamento, origem, e se adicionarmos essa palavra às regras da gestão pública, você teria ideia de qual seria sua fi nalidade? Ao longo dos tempos, uma série de princípios foram criados para estru- turar o Estado de Direito, suas principais influências advêm das Revoluções Francesas e Americana. Você pode observar a existência da palavra princípios nas constituições existentes no mundo, pois elas são a base para definir a estrutura e os fundamentos de um determinado sistema. U N I D A D E 1 O Estado de Direito é um modelo de estado no qual a lei conduz a vida social e também a do Estado. É por meio da lei que todas as competências e funções dos órgãos do Estado são definidas. Além disso, os cidadãos estão protegidos por meio de mecanismos que lhes dão o direito de requerer do Estado, quando ele não tiver cumprindo os seus objetivos. Agora veja a definição a seguir (FERREIRA, 1988): Princípio (do latim principiu) significa o início, fundamento ou essência de algum fenômeno. Também pode ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um conheci- mento tem origem. Sendo que o princípio de algo, seja como origem ou proposição fundamental, pode ser questionado. Outro sentido possível seria o de norma de conduta, seja moral ou legal. Para Cretella Junior (1995, p. 6), é considerado princípio “[...] toda propo- sição, pressuposto de um sistema, que lhe garante a validade, legitimando-o.”. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Martins (2004, p. 69) afirma que: São, portanto, princípios as proposições básicas que fundamentam as ciências, informando-as e orientando-as. São as proposições que se co- locam na base da ciência, informando-a e orientando-a. Para o Direito, o princípio é o seu fundamento, a base que irá informar e inspirar as normas jurídicas. A partir dessas informações, você pode perceber que a palavra princípio tem significação variada, apresentando a ideia de começo, início, origem, ponto de partida ou, ainda, o conceito de verdade primeira, que serve de fundamento, de base para algo. Partindo para uma análise etimológica do termo, princípio origina-se de principal, primeiro, demonstrando origem de algo, de uma ação ou de um conhecimento. Podemos afirmar, portanto, que os princípios da gestão pública constituem os fundamentos que validam a ação administrativa. O que seria administração pública? Por administração pública, entende- -se o poder de gestão do Estado, que inclui o poder de legislar, tributar, Princípios da gestão pública14 fiscalizar e regulamentar por meio de seus órgãos e outras instituições; sempre com o intuito de realizar o serviço público. Sua origem se deu na França, no fim do século XVIII, devido às fortes influências da Revolução Francesa e Americana, contudo a administração pública só se consagrou como ramo autônomo do direito com o desenvolvimento do Estado de Direito. Para avançarmos em nossa reflexão, veja, agora, as diferenças da administração no âmbito público e no privado. Administração: pública × privada Você já se perguntou, afi nal, o que difere a administração pública da administração de empresas do setor privado? Há algo que impeça um gestor público de atuar da mesma forma que um administrador de empresas? Quais motivos resultam constantemente na inefi ciência da administração pública? Por que o setor público não é gerenciado com a efi ciência das empresas privadas? Neste âmbito, vários são os questionamentos que se colocam em nossas mentes, mas vamos tentar entender. Para as reflexões que aqui pretendemos alcançar, vale destacar que a ine- ficiência administrativa não se limita exclusivamente aos órgãos e entidades da administração pública, contudo, na esfera privada, temos um ambiente mais competitivo, com práticas empresariais voltadas para a qualidade total, empreendedorismo, liderança e gestão eficaz. No que concerne à administração pública, tendo como base o princípio da legalidade, o gestor público deve estar sempre sujeito à lei, pois o poder de um administrador público é, na verdade, um poder-dever, pois ele só pode fazer o que a lei o autoriza e tem o dever de fazer. O modelo de gestão na administração pública é realizado pela implemen- tação das políticas públicas previamente desenvolvidas e aceitas pela organi- zação. Nesse modelo, a administração pública passa a enfatizar a eficiência, a qualidade e a efetiva concretização do regime democrático, mediante à participação mais intensa dos cidadãos. Já na esfera privada, as finalidades são mais particulares, tendo por objetivo o desenvolvimento da organização e o benefício de um grupo específico, como os proprietários, os gestores e os funcionários. Alguns dos principais objetivos da administração privada são a rentabilidade, a competitividade e a integração. Nesse modelo, não há interferência de políticos, de planos ou projetos governamentais, de modo que sua ligação com o Estado se dá por meio de legislação específica, separada daquela que orienta a administração pública. Em síntese, podemos afirmar que na esfera privada, o gestor pode fazer o que a lei não o proíbe, já na esfera pública, o administrador deve e só pode 15Princípios da gestão pública fazer o que a lei permitir, ou seja, para o administrador do setor público, as ações são determinadas e executadas a partir do ato vinculado e\ou do ato discricionário. Veja o Quadro 1 a seguir para entender a relação entre os dois atos. Ato vinculado Ato discricionário Administrador público não tem margem de liberdade. Administrador público tem uma margem de liberdade. Não tem mérito. Tem mérito. Pode ser anulado, mas não revogado. Pode ser anulado e revogado. Pode ser anulado pela administração e pelo judiciário. Pode ser anulado pela administração e pelo judiciário e revogado só pela administração. Tem controle judicial. Sofre controle judicial, exceto quanto ao mérito. Ex: aposentadoria compulsória, lançamento tributário. Ex: permissão, autorização, decreto expropriatório. Quadro 1. Comparativo entre ato vinculado e ato discricionário. Na história de nosso país, passamos por três modelos de administração do Estado, acompanhe: Patrimonialista: em que não havia diferenciação entre os bens públicos e privados. Burocrático: advindo da desorganização do Estado na prestação dos serviços públicos, além da corrupção e do nepotismo. Gerencial: fruto das mudanças da segunda metade do século XX. Esse modelo, apesar de não ser estático, se encontra dessa maneira no Brasil, visto que a influência do DireitoAdministrativo francês acaba por lhe conferir uma maior rigidez organizacional. Contudo, o país também sofreu interferências norte-americanas, por meio do presidencialismo, o que imprimiu uma flexibilidade e politização na administração brasileira. Princípios da gestão pública16 Com a promulgação de nossa Carta Magna, em 1988, a legislação tornou-se mais rígida em relação à burocracia. A reestruturação das bases do projeto brasileiro para a inovação do modelo administrativo, só veio com a implan- tação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), em 1995. Essa mudança não desprezou as características dos antigos modelos, entretanto, seu avanço se garantiu pela implementação de uma administração mais autônoma e responsável perante à sociedade. Veja, a seguir, como nossa Constituição expressa os princípios da administração pública. Princípios da administração pública: art. 37 da Constituição Federal A CF, de 1988, é o livro que está hierarquicamente acima de todos os outros, em nível de legislação no Brasil. A CF é a lei fundamental, e os princípios constitucionais são o que protegem os atributos fundamentais da ordem ju- rídica. O seu conteúdo abrange a estruturação do Estado, a formação dos poderes públicos, a forma de governo, a aquisição do poder, a distribuição de competências, os direitos, as garantias e os deveres dos cidadãos. Agora, veja o que nos diz o art. 37 (BRASIL, 1988): A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]. O referido artigo da CF elenca os princípios que norteiam a administração pública. Vale destacar que, até 1988, os princípios elencados no citado dispo- sitivo legal eram legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, entretanto, com a reforma administrativa da década de 1990, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 19 (BRASIL, 1998), que acrescentou o princípio da eficiência ao rol já existente. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 19/1998, nosso país vivenciou o resultado de um processo de mudança de paradigma no modelo de administração do Estado brasileiro, essa consequência se deve a uma necessidade do governo em encontrar uma forma de prestação de serviços públicos de maneira mais satisfatória à população. A reforma administrativa no Estado brasileiro teve início com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e foi a responsável pela mudança de 17Princípios da gestão pública paradigma do modelo de gestão burocrático da administração pública, dando o impulso fundamental para a consolidação de um modelo gerencial, como tentativa de superar a crise que o Estado brasileiro vinha enfrentando desde os anos de 1980 em relação à prestação de serviços públicos. Paradigma significa modelo ou padrão, corresponde a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. São as normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites e que determinam como um indivíduo deve agir dentro desses limites. O documento elaborado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (Cadernos MARE) na gestão de Bresser Pereira, era o conteúdo que daria forma a contrarreforma burguesa em andamento no país. De acordo com o documento, a Reforma do Estado envolve quatro problemas essenciais para o seu fortalecimento (PEREIRA, 1998): 1. A delimitação do tamanho do Estado. 2. A redefinição do papel regulador do Estado. 3. A recuperação da governança ou a capacidade financeira e adminis- trativa de implementar as decisões políticas tomadas pelo governo. 4. O aumento da governabilidade ou a capacidade do governo de inter- mediar interesses, garantir legitimidade e governar. De forma geral, o documento destaca que o Estado deixa de ser o responsá- vel pelo desenvolvimento econômico e social, pela produção de bens e serviços, passando a exercer a função de regulador do desenvolvimento, sendo o setor privado responsável por sua execução, ou seja, supremacia do mercado, uma política de privatização, um setor público, porém “não estatal” subsidiado parcialmente pelo Estado, executando serviços agora denominados como não exclusivos do Estado (por exemplo, transporte e saúde) (PEREIRA, 1998). Entretanto, mesmo antes do princípio da eficiência passar a fazer parte dos princípios constitucionais que regem a administração pública, a doutrina já o elencava como um dos princípios a ser observado pelos administradores públicos. Princípios da gestão pública18 O Quadro 2 apresenta as características dos princípios da administração pública. Princípios Características Legalidade O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei. Impessoalidade O administrador não deve fazer distinções com base em critérios pessoais. Toda atividade deve ser realizada tendo em vista à finalidade pública. Moralidade É dever do administrador não apenas cumprir a lei de modo formal, mas sim cumpri-la substancialmente, almejando sempre o melhor resultado para a administração. Publicidade Divulgação dos atos da administração pública com ressalvas para os casos de sigilo previstos em lei. Eficiência Obtenção do melhor resultado fazendo uso racional dos meios, ou seja, a prevalência do controle dos resultados sobre o controle dos meios. Quadro 2. Características dos princípios da administração pública. Você pode notar que a CF (BRASIL, 1988) prevê os princípios gerais e norteadores da totalidade de suas funções, considerando todos os entes que integram a federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), definindo o conceito de administração pública em seu sentido orgânico, ou seja, um conjunto de órgãos e pessoas destinados ao exercício da totalidade da ação executiva do Estado. Agora que você já sabe que os princípios inerentes à administração pú- blica são aqueles expostos no art. 37 de nossa vigente CF (BRASIL, 1988), é importante lembrar que esses princípios se constituem mutuamente e não se excluem, não sendo jamais eliminados do ordenamento jurídico. Mediante as análises até aqui expostas, você pode concluir que os princípios consti- tucionais que norteiam a esfera administrativa de nosso país, aspiram dar credibilidade aos atos administrativos praticados pelo gestor da administração pública, fazendo cumprir a lei, obedecendo aos princípios da publicidade e 19Princípios da gestão pública da moralidade, de modo eficiente e impessoal, buscando tão somente prestar a atividade pública em prol da sociedade, controlando os custos e mantendo os órgãos públicos eficientes. Princípios no contexto da gestão pública: democracia e atuação da sociedade civil Assim como a democracia é uma palavra de múltiplos signifi cados na socie- dade global, sua interpretação relativa às escolas teóricas também tem sido ambígua. Entendendo democracia como um conceito dinâmico e não estático, que requer constantes análises ao fulgor das mudanças dos tempos, por vezes, corremos o risco de nos decepcionar quando uma ou outra possibilidade de escolha democrática não chegue tão longe quanto imaginávamos, ou revela ser uma mistura de sucesso e contradições. Veja as expressões de alguns pensadores acerca do tema: “O poder é local porque nunca é global, mas ele não é localizável por que difuso.” (DELEUZE, 1988). “[...] a democracia deve ser entendida não como algo estático, mas como um processo.” (LUKÁCS apud COUTINHO, 2008). “A sociedade civil é o que o pensamento governamental, nas novas formas de governamentalidade nascidas no século XVIII fazem surgir como correlativo necessário do Estado.” (FOUCAULT apud VEIGA-NETO; BRANCO, 2013). As três epigrafes que dão início as reflexões que se seguem, nos alertam para o fato de não haver possibilidades de um poder centralizado em uma única instituição ou no Estado, tendoem vista que este é tido como um movimento, com relações de forças que estão em diversos lugares e perpassado por diversas relações de poder, discernindo o funcionamento de sua representação. Não há um único poder, e sim, vários poderes identificados como formas (pequenas regiões) de dominação e sujeição que funcionam localmente, resultando, assim, no grande aparelho que é o Estado. O filósofo Georg Lukács entende a democracia como um processo contínuo e não como um estado, ou seja, algo dinâmico como as relações de poder expressas. Lukács afirma ser mais adequado falarmos em democratização, que segundo Coutinho (2002) se caracteriza por uma ampliação da parti- cipação popular, ou seja, uma socialização da participação política junto à Princípios da gestão pública20 socialização do poder da administração pública, superando a ordem social capitalista, construindo, assim, uma nova ordem, socializando não apenas os meios de produção. O objetivo, aqui, é afirmar a democracia como um conceito mais amplo e universal, evidenciando o fato de que há diferentes noções de democracia. Por vezes, decisões predeterminadas criam a ilusão de democracia. Uma das contradições da democracia é que as políticas locais nem sempre servem a fins democráticos, atendendo, por vezes, a interesses implícitos em projetos ou programas. Qual a função da sociedade civil dentro do Estado? A sociedade civil tem o papel de decidir e confrontar diversos projetos, até prevalecer um que estabeleça a direção econômica, política e cultural. Assim, é possível entender a sociedade civil como um terreno surpreendente e aberto às disputas e determinações dos homens, que podem criar formas de democracia e de participação das minorias, valorizando a riqueza de suas iniciativas e, também, instaurando formas de “contra condutas”. Você pode concluir, a partir das informações apresentadas, que as definições de Estado e sociedade civil no contexto neoliberal, postos no Brasil desde os anos de 1990, não são aleatórias, mas fazem parte de uma decisão política sustentada na necessidade de se gerar uma redefinição do papel do Estado e, por consequência, uma redistribuição regressiva do poder, favorecendo setores mais poderosos da sociedade. No discurso oficial atual, a sociedade civil está à imagem e semelhança das virtudes do terceiro setor (organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos e que prestam serviços de caráter público) e das atividades voluntárias destinadas ao complemento e, por vezes, até a substituição, das responsabilidades assumidas parcialmente pelo governo, redefinindo o espaço público como uma esfera não estatal. Se vivemos um momento de incertezas e inoperância política, torna-se pertinente o discurso de que a melhoria de muitos serviços se daria a partir da participação ativa dos movimentos sociais e das formas voluntárias de expressão da vida comunitária. Dessa forma, o ativismo civil agiria como redentor, naturalizando a ausência de políticas públicas em setores específicos, despolitizando a sociedade civil e desatando seus laços com o Estado. 21Princípios da gestão pública 1. Os princípios fundamentais do Estado são: a) Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores do trabalho e da livre iniciativa, pluralismo político. b) Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores do trabalho e da livre iniciativa, agregada a um partido político. c) Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais, pluralismo político. d) Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores humanos e da livre iniciativa, pluralismo político. e) Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana e dos animais, valores do trabalho e da livre iniciativa, pluralismo político. 2. Os princípios da gestão pública são: a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia. b) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. c) Legalidade, impessoalidade, ética, publicidade e eficiência. d) Legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. e) Impessoalidade, publicidade, eficiência e eficácia. 3. Qual das alternativas apresenta a função dos princípios da gestão pública? a) Orientar os gestores em suas ações, tendo em vista seus próprios interesses. b) Executar as ideias dos gestores públicos, considerando alguns grupos. c) Orientar e guiar os gestores públicos em suas ações e nos investimentos à coletividade. d) Orientar os gestores para que permaneçam em cargos públicos. e) Auxiliar os gestores em suas ações privadas. 4. “Todo poder emana do povo.” Essa frase consta no parágrafo único, artigo 1º, da Constituição Federal (BRASIL, 1988). O que representa essa afirmativa? a) Que o povo tem poder, e o governo obedece ao povo. b) Há poder no povo, e o governo, por não ter regras, depende da organização do povo. c) O governo não consegue exercer suas atividades porque o povo não orienta suas ações. d) O voto é o instrumento utilizado pelo povo para delegar a um representante o direito de o representar. e) Por despreparo e falta de força dos grupos, o povo não guia seus representantes. 5. Um dos princípios fundamentais do Estado é garantir a cidadania e a pluralidade partidária. Isso significa, respectivamente, que: a) O indivíduo tem direitos, os quais não lhe permitem participar da vida política; o indivíduo pode participar de diferentes correntes políticas. Princípios da gestão pública22 b) O indivíduo tem direitos, os quais lhe permitem participar da vida social; o indivíduo pode participar de diferentes correntes políticas. c) O indivíduo tem direitos, os quais lhe permitem participar da vida política; o indivíduo pode participar de uma única corrente política. d) O indivíduo não tem direitos, os quais lhe permitiriam participar da vida política; o indivíduo não pode participar de diferentes correntes politicas, mas apenas de um partido político. e) O indivíduo tem direitos, os quais lhe permitem participar da vida política; o indivíduo pode participar de diferentes correntes políticas. 23Princípios da gestão pública BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 14 dez. 2016. BRASIL. Emenda constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998. Brasília, DF, 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc19.htm>. Acesso em: 29 ago. 2017. COUTINHO, C. N. A democracia na batalha das ideias e nas lutas políticas do Brasil de hoje. In: FÁVERO, O.; SEMERARO, G. (Org.). Democracia e construção do público no pensamento educacional brasileiro. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 11-39. COUTINHO, C. N. Democracia: um conceito em disputa. São Paulo: Fundação Lauro Campos, 2008. Disponível em: <http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/ gestao_democratica/kit2/democracia_um_conceito_em_disputa.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2017. CRETELLA JUNIOR, J. Dos atos administrativos especiais. Rio de Janeiro: Forense, 1995. DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1988. FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. MARTINS, S. P. Direito processual do trabalho: doutrina e prática forense: modelos de petições, recursos, sentenças e outros. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2004. PEREIRA, L. C. B. A reforma do estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Lua Nova, São Paulo, n. 45, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n45/ a04n45.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017. VEIGA-NETO, A.; BRANCO, G. C. Foucault: filosofia e política. São Paulo: Autêntica, 2013. Leituras recomendadas NEVES, M. C. P. Entre Têmis e Leviatã: uma relação difícil: o estado democrático de direito a partir e além de Luhmann e Habermas. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008. PEREIRA,L. C. B. Reforma do estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. São Paulo: 34, 1998. Princípios da gestão pública24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc19.htm http://www.educacao.mppr.mp.br/arquivos/File/ http://www.scielo.br/pdf/ln/n45/ Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo:
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