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INFLUÊNCIA DAS DOENÇAS DO TRABALHO NA PRODUTIVIDADE E BEM ESTAR DO TRABALHADOR Professora: Me. Silvia Cristina da Silva Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Amanda Peçanha dos Santos Editoração Produção de Materiais Qualidade Textual Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; SILVA, Silvia Cristina da; O Ambiente e as Doenças do Trabalho. Silvia Cristina da Silva; Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 30 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Ambiente. 2. Doenças do Trabalho. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 658 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 06| FATORES ORIUNDOS DAS DOENÇAS DO TRABALHO QUE INFLUENCIAM A PRODUTIVIDADE E O BEM-ESTAR DO TRABALHADOR 13| DOENÇAS DO TRABALHO E PRODUTIVIDADE - IMPACTOS LEGAIS 18| O RECONHECIMENTO DA HISTÓRIA DA DOENÇA DO TRABALHO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Relacionar bem-estar com a atividade laboral. • Conceituar as intercorrências advindas das doenças do trabalho. • Identificar os impactos da história das doenças do trabalho nos dias atuais. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Fatores oriundos das doenças do trabalho que influenciam a produtivida- de e o bem-estar do trabalhador • Doenças do trabalho e produtividade - impactos legais • O reconhecimento da história da doença do trabalho INFLUÊNCIA DAS DOENÇAS DO TRABALHO NA PRODUTIVIDADE E BEM ESTAR DO TRABALHADOR INTRODUÇÃO introdução Olá, caro(a) aluno(a)! É uma grande alegria estarmos juntos para mais um estudo. Hoje nosso tema será a influência das doenças do trabalho na produtividade e bem-estar do trabalhador. No início desta unidade e na seção Aprofundando, você terá a oportunida- de de olhar com atenção para o conceito de bem-estar e qualidade de vida no ambiente do trabalho com vistas à legislação vigente. Além disso, nosso foco, como se pode apreender do título, é a Influência das doenças do trabalho na produtividade e bem-estar do trabalhador. Ademais, estudaremos ao longo do nosso convívio as questões que envolvam a produtividade, conceituare- mos o que é produtividade, bem como bem-estar, relacionando com atividade laboral. Por outro lado, abordaremos a questão das doenças do trabalho e pro- dutividade analisando os impactos legais a fim de conceituar as intercorrências advindas das doenças do trabalho, identificando as possíveis doenças relacio- nadas ao trabalho, em que iremos identificar a vulnerabilidade do trabalhador e os riscos à empresa. Finalmente, trataremos a respeito do reconhecimento da história da doença do trabalho, visando à importância de se conhecer as doenças do trabalho, além de identificar os impactos da história das doenças do trabalho nos dias atuais, caracterizando direitos e obrigações conquistados ao longo dos anos É bem verdade que abordaremos da forma mais sucinta e clara possível para o seu melhor entendimento com vistas à aplicação na prática. Desse modo, es- peramos que este estudo seja o ponto de partida para seu entendimento das questões que envolvam a influência das doenças do trabalho na produtivida- de e bem-estar do trabalhador. Esperamos que este seja mais um estudo que possibilite maior êxito em sua carreira acadêmica e profissional, destacando-se sempre o conhecimento por meio da leitura. Pós-Universo 6 Fatores Oriundos das Doenças do Trabalho que Influenciam a Produtividade e o Bem- Estar do Trabalhador Pós-Universo 7 A produtividade é uma medida de eficiência com que usamos nosso trabalho e nosso capital para produzir valor econômico. Uma alta produtividade implica que é possível produzir muito valor econômico com pouco trabalho ou pouco capital. Um aumento na produtividade implica que mais pode ser produzido com o mesmo (CHIAVENATTO, 1998). Em termos econômicos, a produtividade é todo um crescimen- to na produção que não é explicado pelo aumento de mão de obra, capital ou em qualquer outro insumo intermediário usado para produção. Desse modo, Chiavenatto segue aduzindo que o produto total de fatores inclui amplos fatores que vão desde o estoque de conhecimento em uma economia até a eficiência com a qual os re- cursos são alocados em uma sociedade. Agora não devemos confundir o produto total de fatores com produtividade do trabalho. A produtividade do trabalho é uma medida muito menos extensa que apenas mede a quantidade de produção alcan- çada por hora trabalhada. Vale ressaltar que a produtividade do trabalho é medida com o Índice Global de Produtividade Laboral da Economia (IGPLE). O IGPLE é gerado relacionando o PIB trimestral em termos reais com o número de pessoas empregadas no país ou o número de horas trabalhadas. O resultado é o PIB por pessoa empregada ou, no caso de usar o número de horas trabalhadas, o PIB por hora funcional. Para fins compara- tivos, foi decidido expressá-los em índices (VOLPATO, 2002). Por outro lado, destaca-se que o crescimento da produtividade é a chave para impulsionar o crescimento econômico, principalmente em economias com um nível de desenvolvimento similar ao do Brasil (OCDE, 2014). De fato, é comum que as eco- nomias de renda média enfrentem períodos de baixo crescimento relacionados à desaceleração do crescimento da produtividade que, por sua vez, os impede de atingir os níveis de bem-estar das economias desenvolvidas. Um estudo de 74 países (incluindo economias desenvolvidas e em desenvolvimento), no período de 1950 a 1990, revelou que, em média, 85% dos períodos de baixo crescimento econômico são explicados pelo abrandamento do crescimento da produtividade (EICHENGREEN; DONGHYUN; SHIN, 2013). Pós-Universo 8 Em outras palavras, quanto menor a taxa de crescimento da produtividade, mais provável haverá uma queda na produção e mais doenças relacionadas ao tra- balho podem surgir. Em geral, promover a produtividade é importante porque as economias mais produtivas tendem a sustentar uma renda per capita mais alta, bem como melhores taxas de retorno sobre o investimento (VOLPATO, 2002). No entanto, os dados revelam que, na maioria dos países, a conexão entre os salários reais e a pro- dutividade do trabalho desmoronou desde a década de 1980. Essa distância entre os salários reais e a produtividade do trabalho é explicada pela falta de flexibilida- de na adequação dos salários, bem como por um atraso nos ajustes em relação aos custos trabalhistas e algumas normas trabalhistas. Essa desconexão fez que os salá- rios reais representassem uma proporção decrescente da renda total (porque a renda obtida com os retornos ao capital aumentou) (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2013). Desse modo, vale destacar que há uma influência em que os níveis de remu- neração, as relações custo/preço, as necessidades de investimento de capital e o emprego possuem à determinação da produtividade, em grande medida, com o grau de competitividade internacional dos produtos de um país. Se a produtividade do trabalho em um país for reduzida em relação à produtividade em outros países que fabricam os mesmos produtos é criado um desequilíbrio competitivo. Se os custosde produção mais elevados forem transferidos, as indústrias do país perderão vendas, uma vez que os clientes se voltarão para fornecedores cujos custos são mais baixos. No entanto, se o aumento de custos for absorvido pelas empresas, seus be- nefícios diminuirão. Isso significa que eles terão que reduzir a produção ou manter os custos de produção estáveis, diminuindo os salários reais. Alguns países que não conseguem acompanhar os níveis de produtividade dos competidores tentam re- solver esses problemas, desvalorizando suas moedas nacionais (VOLPATO, 2002). No entanto, dessa forma, a renda real desses países é reduzida à medida que os bens importados se tornam mais caros e a inflação doméstica aumenta, assim, a baixa produtividade produz inflação, uma balança comercial negativa, baixa taxa de crescimento e desemprego. Portanto, é claro que o círculo vicioso de pobreza, de- semprego e baixa produtividade só pode ser quebrado através de um aumento na produtividade. A maior produtividade nacional não só significa um uso ideal dos re- cursos, mas também contribui para criar um melhor equilíbrio entre as estruturas econômicas, sociais e políticas da sociedade (VOLPATO, 2002). Pós-Universo 9 “A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a agência das Nações Unidas que tem por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de li- berdade, equidade, segurança e dignidade. O Trabalho Decente, conceito formalizado pela OIT em 1999, sintetiza a sua missão histórica de promo- ver oportunidades para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade, equidade, seguran- ça e dignidade humanas, sendo considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. “ Fonte: http://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/lang--pt/index.htm Acesso em 10/11/2017 saiba mais Fatores de Melhoria de Produtividade e bem-estar no Trabalho Melhorar a produtividade não consiste apenas em melhorar as coisas: é mais impor- tante fazer as coisas certas melhor. O objetivo desta unidade é indicar os principais fatores (ou “coisas certas”) que devem ser o principal objeto de interesse dos direto- res dos programas de produtividade. Antes de examinar quais questões devem ser abordadas em um programa destinado a melhorar a produtividade, é necessário rever os fatores que afetam a produtividade. O processo de produção é um sistema social complexo, adaptável e progressivo. As relações recíprocas entre trabalho, capital e ambiente social e organizacional são importantes na medida em que são equilibra- das e coordenadas em um conjunto integrado. A melhoria da produtividade depende da medida em que os principais fatores do sistema de produção social possam ser identificados e utilizados. Em relação a esse aspecto, é conveniente fazer uma distin- ção entre três grupos principais de fatores de produtividade, dependendo de como eles se relacionam, de acordo com Fernandes (1988): http://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/lang--pt/index.htm Pós-Universo 10 • a posição de trabalho; • os recursos; • o meio ambiente. Dessa forma, existem duas categorias principais de fatores de produtividade: • Externo (não controlável); • Interno (controlável). Fernandes (1988) aduz que: “ Fatores externos são aqueles que estão fora do controle de uma determinada empresa, e os fatores internos são aqueles que estão sujeitos ao seu controle. Para lidar com todos esses fatores, diferentes instituições, pessoas, técnicas e métodos são necessários. Por exemplo, em qualquer tentativa de melhorar o desempenho onde é planejado lidar com os fatores externos que afetam o gerenciamento da empresa, esses fatores devem ser levados em conside- ração durante a fase de planejamento do programa e tentar influenciá-los juntando forças com outras partes interessadas (FERNANDES, 1988, p. 06). Portanto, é claro que o primeiro passo para melhorar a produtividade é identificar os problemas que surgem nesses grupos de fatores. O próximo passo é distinguir os fatores que são controláveis. Os fatores que são externos e não controláveis para uma instituição geralmente podem ser internos a outra. Os fatores externos para uma empresa, por exemplo, podem ser internos nas administrações públicas, ou nas instituições, associações e grupos de pressão nacionais ou regionais. Os gover- nos podem melhorar a política fiscal, criar uma melhor legislação trabalhista, oferecer melhor acesso aos recursos naturais, melhorar a infraestrutura social, política de preços etc., mas as organizações não podem fazê-lo. Fatores externos são de interesse para uma empresa porque a compreensão desses fatores pode levar à adoção de certas medidas que modificariam o comportamento de uma empresa e sua produtivida- de a longo prazo. Pós-Universo 11 Já os fatores internos da produtividade, como alguns fatores internos são modi- ficados mais facilmente do que outros, é útil classificá-los em dois grupos, de acordo com Fernandes (1988, p. 07): “ Difícil (não facilmente alternativo) e suave (fácil de mudar). Os fatores difíceis incluem produtos, tecnologia, equipamentos e matérias-primas, enquanto fatores suaves incluem força de trabalho, sistemas e procedimentos organi- zacionais, estilos de gerenciamento e métodos de trabalho. Esta classificação serve para estabelecer prioridades: quais são os fatores nos quais é fácil influenciar e quais são os fatores que exigem intervenções financeiras e or- ganizacionais mais fortes. Por outro lado, dentro da produtividade é necessário que se tenha um ambiente que proporcione um bem-estar para aqueles que ali trabalham. Nos últimos tempos, nas organizações, realizam-se Programas de Assistência Social Trabalhista. Eles são usados para promover a integração entre os setores, manter um bom clima organizacional e, portanto, melhorar a qualidade de vida dos funcionários. Algumas atividades desses programas podem ser estendidas às famílias, o que contribui para uma maior iden- tificação da pessoa com a empresa em que trabalha. O bem-estar do trabalho está intimamente relacionado com o clima de trabalho. E é aqui que podemos dizer que o bom ambiente de trabalho influencia, e muito, no desencadeamento ou não das doenças ocupacionais. Pós-Universo 12 Chiavenato (1998) destaca que o gerente de recursos humanos deve conhe- cer o cenário em termos de clima e desempenho do trabalho, dessa forma, ele pode ajustar os programas setoriais para reforçar as fraquezas, treinar - quando necessá- rio - ou detectar qualquer insatisfação no tempo, especialmente em pessoas que são consideradas “talentos” dentro da organização. Existem ferramentas, várias delas gratuitas, que nos permitem conhecer o bom ambiente de trabalho dentro de uma empresa. Com base nas opiniões dos funcionários e em seu grau de satisfação, a in- formação é obtida, os principais aspectos da dinâmica organizacional podem ser identificados em um determinado momento. Esses dados são analisados e um plano de ação personalizado pode ser formulado para melhorar a produtividade, rentabi- lidade, compromisso etc. Por outro lado, também há ferramentas de alta tecnologia para a avaliação de desempenho que facilita a avaliação do desempenho e o cum- primento dos objetivos de cada um dos colaboradores de forma contínua. O último é um recurso diferencial, e muito útil, dessa ferramenta, pois possibilita fazer ajustes em tempo real para evitar resultados negativos ou desempenho fraco (CHIAVENATO, 1998). Desse modo, neste capítulo, examinamos os principais fatores de produtivi- dade interna e externa ou áreas em que a melhoria é possível, e é apropriada para aduzir aos fatores internos que estão totalmente sob o controle do gerenciamento da empresa.No entanto, para desenvolver boas políticas, planos ou programas des- tinados a melhorar a produtividade, todos os fatores externos devem ser analisados, entendidos e levados em consideração. A melhor maneira de fazer isso é estabele- cer sistemas corretos para medir a produtividade em todos os níveis da sociedade (FERNANDES, 1988). Pós-Universo 13 Doenças do trabalho e produtividade - Impactos legais Pós-Universo 14 Os acidentes de trabalho e doenças causam danos e perdas. Existem várias meto- dologias para quantificá-las. Para que esses cálculos sejam válidos, eles não devem omitir a questão de quem tem esses custos, identificando pessoas e grupos que sofrem os danos e suas consequências. Nos argumentos econômicos na prevenção de riscos laborais não é incomum achar que diante das pressões para realizar um in- vestimento, empresários e gerentes argumentam que seria muito caro e, portanto, “impossível”. Por outro lado, é raro ouvir a resposta usual de prevencionistas e delega- dos: doenças e acidentes também implicam um custo muito alto para as empresas. Esses últimos tendem a fazer esforços para quantificar o peso do dano à saúde dos trabalhadores e acidentes sem danos, nas contas das empresas. Mas os argumentos econômicos são eficazes para convencer, no sentido preventivo? Para facilitar a ar- gumentação no campo legal, analisaremos, passo a passo, alguns aspectos parciais. Destaca-se que: “ “Na assembléia Nacional Constituinte instalada em 1987 a questão dos aciden- tes do trabalho foi bastante debatida, especialmente diante das estatísticas absurdas de mortes, doenças ocupacionais e invalidez no Brasil. (OLIVEIRA, 2007, p. 79) Para agir contra acidentes e doenças, é preciso conhecer suas causas. Quando as causas são equipamentos ou instalações inadequadas, os investimentos são impos- tos para sua renovação. Estes são frequentemente caros, mas também são inevitáveis (OLIVEIRA, 2007). Por exemplo, antes de uma instalação elétrica obsoleta e inadequa- da para a carga que ele suporta, não há alternativa senão renová-la. O paradoxo que acontecerá quando o investimento for feito é que eles melhorarão os resultados eco- nômicos devido ao fato de que não haverá paradas produtivas devido a um corte de energia devido à sobrecarga. Esse exemplo ilustra que os custos da prevenção não podem ser separados dos custos produtivos. É nesse sentido que podemos dizer que a maioria dos custos de prevenção deve ser considerada investimentos produtivos e, portanto, investimentos lucrativos e não apenas custos. O mesmo pode ser dito de qualquer melhoria da saúde que implique uma renovação tecnológica: é muito possível que, graças à obrigação de cumprir os regulamentos de ruído, a empresa veja sua produtividade aumentada. Além disso, falando nesses termos, um segundo tipo de argumento geralmente gira em torno de quanto dinheiro a empresa perde quando ocorrem acidentes ou doenças. Pós-Universo 15 Aqui, a ideia “preventiva”, de acordo com Oliveira (2007), geralmente é que, quanto mais volumosos, mais a empresa terá em conta a prevenção. Para estes fins, o argumento é que se deve prestar atenção ao fato de que, além dos custos óbvios (também chamados visíveis), há uma série de custos ocultos (“invisíveis”) que a empresa leva, mas não sabe. Esses custos são devido ao impacto de acidentes e doenças na atividade habitual da empresa: diminuição da produção, ou vendas, ou piora dos produtos, ou dos serviços que a empresa dá etc., e isso significa dinheiro. Aqui, a ideia é que se a empresa fizesse uma contabilidade detalhada desses custos, chegaria à conclusão de que deveria evitar. Oliveira (2007) destaca que: “ “Custos visíveis: estes são os custos óbvios: todos aqueles que estão na lista oculta (abaixo), mas são contados passados por definição para serem custos visíveis. Algumas empresas incluem custos fixos que a empresa tem em con- ceito de prevenção e segurança. Custos invisíveis ou ocultos: quando estão realmente ocorrendo estes custos, como a empresa não os contabiliza separa- damente em uma conta especial (caso em que seria custos visíveis), estes são custos variáveis, isto é, eles ocorrem apenas como resultado de um aciden- te ou doença profissional que realmente ocorreu. (Embora, de certo modo, possamos incluir aqui qualquer doença relacionada ao trabalho)”. (OLIVEIRA, 2007, p.75) “Um acidente de trabalho é a última coisa que uma empresa deseja encarar. Além de ser um processo que envolve diversos custos, ainda existe o fator humano, relacionado à saúde do colaborador acidentado. Muitas empre- sas fazem mapas de risco e se equipam para evitar ao máximo esse tipo de episódio, mas nem sempre toda a prevenção do mundo é suficiente para evitar alguns deslizes. Se em algum momento ocorre um acidente de traba- lho, os gestores da empresa precisam estar preparados e cientes de todos os custos envolvidos.” Sendo assim, para saber mais sobre esses custos envolvidos, sugiro você acessar o seguinte site: http://ambientesst.com.br/custos-de-acidentes-de-trabalho/ Fonte: <http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/quanto-custa-um-aciden- te-de-trabalho.> Acesso em 10/11/2017. saiba mais http://ambientesst.com.br/custos-de-acidentes-de-trabalho/ http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/quanto-custa-um-acidente-de-trabalho http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/quanto-custa-um-acidente-de-trabalho Pós-Universo 16 Em conclusão, um acidente ou doença pode resultar em vários tipos de custos, produtivos ou legais. O que acontece na realidade é outra coisa? Por um lado, as de- mandas que podem ser apresentadas nem sempre são apresentadas. Por outro lado, as sanções que podem ser impostas nem sempre são impostas. Sendo assim, há que se observar o que é melhor para empregado e empregador. Quem paga o custo econômico de acidentes e doenças? De acordo com a Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, que dispõe sobre o seguro de acidentes do trabalho a cargo do INPS e dá outras providências em seu artigo 2º, § 1º, inciso I: “ “Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da ca- pacidade para o trabalho. § 1º Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os fins desta lei: I - a doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de relação orga- nizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS);” Os acidentes e doenças têm efeito sobre a distribuição do produto do trabalho: o sofrimento causado por acidentes e doenças às vítimas e suas famílias, bem como a outros danos intangíveis, como os efeitos da perda de horizontes e o sentimento de insegurança em que os setores mais afetados não podem ser quantificados, ocor- rendo o aumento da desigualdade social causada por acidentes de trabalho. Ao falar sobre os custos sociais, não só surge a questão dos setores sociais que são vítimas de acidentes de trabalho (o que é bastante óbvio), mas os efeitos sobre a alocação de gastos públicos (BRANDÃO, 2006). Pós-Universo 17 Ele estaca que: “ As doenças, por sua vez, distinguem-se pela causa (critério etiológico) e pelo tempo (critério cronológico). Isso ocorre porque na doença “a causa jamais é súbita ou imprevista e violenta, e entre ela e o efeito, ou lesão, há um lapso de tempo mais prolongado” (Catharino apud Brandão, 2006, p.115), forma-se no tempo, sendo, ainda, interna e mórbida (BRANDÃO, 2006, p.115). A despesa pública total tem implicações claras para o bem-estar geral, mas não reflete a distribuição entre os setores sociais. Os custos que o empregador não paga são pagos (além disso, o trabalhador que sofre o dano). Isso significa que o gasto público em saúde e segurança representa uma transferência de recursos regressiva entre ossetores sociais. Se o empregador paga, mas transfere os custos para o público em geral por meio de preços (ou por meio de impostos, no caso da Administração como empregador), os custos são suportados pelo público consumidor. É mais fácil tentar convencer com base nos custos? Embora todos conheçam a “cultura” de sua empresa e como é conveniente apresentar os tópicos, é claro que falar sobre custos não é a única opção (BRANDÃO, 2006). Desse modo, a empresa é obrigada a considerar as taxas de acidentes, as baixas taxas em geral, a licença por doença em geral ou devido a um determinado tipo de doença tem a obrigação de reduzir suas taxas e ter um plano de prevenção, redu- zindo riscos e melhorando os resultados preventivos (BRASIL, 1976). De acordo com as disposições da Lei ei 8.213 de 1991, qualquer evento re- pentino que ocorra devido ou por ocasião do trabalho é um acidente de trabalho. O acidente do trabalho é aquele produz no trabalhador ferimento orgânico, perturbação funcional, deficiência ou morte. Fique atento, pois um acidente ocorre durante a execução de ordens do empregador, ou durante a execução de uma obra sob sua autoridade, mesmo fora do local e horas de trabalho, como é possível observar na referida legislação supracitada. Fonte: a autora. atenção Pós-Universo 18 O Reconhecimento da História da Doença do Trabalho Pós-Universo 19 Acidente no trabalho é qualquer lesão corporal que o trabalhador sofre na ocasião ou como resultado do trabalho realizado por outro. Essa definição legal refere-se a ambos os ferimentos que ocorrem no local de trabalho e aqueles produzidos na jornada ha- bitual entre ele e a casa do trabalhador: o último seria acidentes chamados “in itinere”. O acidente de trabalho é o indicador imediato e mais óbvio de condições de traba- lho precárias e dada a sua frequência e gravidade, a luta contra acidentes é sempre o primeiro passo de qualquer atividade preventiva. Estima-se que os acidentes repre- sentam cerca de 10% da mortalidade derivada do trabalho. Os acidentes, por mais inesperados, surpreendentes ou indesejáveis, não surgem por acaso (BRANDÃO, 2006). A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e destacamos aqui seu artigo 2º com seus incisos e pará- grafos que aduzem que: “ Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a ali- mentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletivida- de condições de bem-estar físico, mental e social. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12864.htm Pós-Universo 20 Desse modo, destaca-se que a “Segurança no trabalho” é o conjunto de técnicas e pro- cedimentos que visam eliminar ou reduzir o risco de acidentes de trabalho. As doenças ocupacionais representam outra parte importante do dano à saúde produzido por riscos ocupacionais, embora a falta de aparecimento imediato do relacionamento com o trabalho possa passar despercebida, muitas vezes classificadas como “doença comum” (BRANDÃO, 2006). Para que uma doença seja reconhecida como profissional, a legislação geralmente requer uma relação específica e indiscutível com o trabalho. Se uma doença estiver incluída na lista de doenças ocupacionais, a sua origem no trabalho está comprova- da. Agora, quando não é assim, mas acreditamos que uma doença está relacionada ao trabalho, é necessário destacar os fatores de trabalho que o condicionaram. Isso nem sempre é fácil, muito menos em casos individuais (BRASIL, 1976). É por isso que a relação entre saúde e trabalho tende a se tornar mais eviden- te quando estudamos a incidência de doenças em um grupo de trabalhadores. No entanto, a maioria das doenças que afetam a saúde das pessoas em seu trabalho raramente são devidas a uma única causa e, em geral, são relacionadas a fatores trabalhistas e não profissionais. Portanto, está se tornando cada vez mais difícil classi- ficá-los como uma doença profissional no sentido tradicional do termo (SILVA, 2000). De acordo com Fiorillo (2002), ele incorporou as condições materiais artificiais e culturais necessárias para o desenvolvimento equilibrado da vida humana, podendo ser observado, pelo menos, em quatro aspectos: meio ambiente natural, meio am- biente artificial, meio ambiente cultural e meio ambiente do trabalho, ambos com respaldo em nossa Carta Magna. Vejamos o que diz o artigo 225 da Constituição Federal: “ Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impon- do-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm Pós-Universo 21 II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material ge- nético; (Regulamento) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus com- ponentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que compro- meta a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento) IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmen- te causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento) V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento) VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a cons- cientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que colo- quem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento) § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Regulamento) (Regulamento) § 5º São indisponíveis as terrasdevolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-16.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm Pós-Universo 22 § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patri- mônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017). Por outro lado, vale destacar que as doenças contraídas como resultado do traba- lho e que não são consideradas como doenças ocupacionais serão consideradas, para fins legais, como acidentes de trabalho. Como as coisas atualmente são, parece mais importante saber se um determinado trabalho tem algo a ver com a aparên- cia de uma doença do que decidir se a doença é decorrente única e exclusivamente para o trabalho. Isso também é o que nos permite saber quais fatores ou condições de trabalho influenciam negativamente a saúde dos trabalhadores para eliminá-los ou controlá-los, isto é, fazer prevenção. Se ocorrer uma lesão, ela é classificada como acidente de trabalho ou doença profissional, o trabalhador em causa também tem direito a uma compensação financeira especial que esteja regulada pela Legislação Trabalhista e de Previdência Social (BRASIL, 1976). Sendo assim, é necessário que o trabalhador conheça a respeito das doenças relacionadas ao trabalho e saber que ele também faz jus a um ambiente equilibra- do. Vejamos de acordo com Freitas (2004): “ A questão ambiental adquiriu destaque e relevância, a partir da percepção internacional de que os efeitos negativos da globalização sobre o meio am- biente e as pessoas não conhece fronteiras, atingindo indiscriminadamente ricos e pobres, onde quer que eles se encontrem, tenham eles relação ou não, direta ou indireta, como os fatores geradores de tais efeitos (FREITAS, 2004 p. 276-277). Desse modo, destacamos que o ambiente de qualidade passou a ser tema de grande importância nas Constituições mais atuais por se tratar de um direito fundamental. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc96.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc96.htm atividades de estudo 1. Em termos econômicos, a produtividade é todo um crescimento na produção que não é explicado pelo aumento de mão de obra, capital ou em qualquer outro insumo intermediário usado para produzir. Desse modo, Chiavenatto (1998) segue aduzindo que o produto total de fatores inclui amplos fatores que vão desde: a) O estoque de conhecimento em uma economia até a ineficiência com a qual os recursos são alocados em uma sociedade. b) O estoque de conhecimento em uma economia até a eficiência com a qual os recursos são alocados em uma sociedade. c) O estoque de conhecimento em uma macroeconomia até a eficiência com a qual os recursos são alocados em uma sociedade. d) O estoque de conhecimento em uma mircroeconomia até a eficiência com a qual os recursos são alocados em uma sociedade. e) O estoque de desconhecimento em uma economia até a eficiência com a qual os recursos são alocados em uma sociedade. 2. “Na Assembléia Nacional Constituinte instalada em 1987 a questão dos acidentes do trabalho foi bastante debatida, especialmente diante das estatísticas absurdas de mortes, doenças ocupacionais e invalidez no Brasil (OLIVEIRA, 2007, p. 79). Para agir contra acidentes e doenças, é preciso conhecer: a) Seus efeitos. b) Suas orientações. c) Suas causas. d) Suas proteções. e) Suas técnicas. atividades de estudo 3. A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promo- ção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e destacamos aqui seu artigo 2º com seus incisos e parágrafos que aduzem que: “Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Das alternativas a seguir, qual está correta? a) É dever do Estado garantir a saúde consiste na formulação e execução de políti- cas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. b) Dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. c) Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. d) Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, destinam-se a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem- -estar físico, mental e social. e) Todas as anteriores são corretas. resumo O objetivo desta unidade é olhar com atenção para o conceito de bem-estar e qualidade de vida no ambiente do trabalho com vistas à legislação vigente. Além disso, nosso interesse foi demons- trar como é possível apreender do título, a respeito da influência das doenças do trabalho na produtividade e bem-estar do trabalhador. Ademais, estudamos as questões que envolvem a pro- dutividade, pudemos conceituá-la em sua integralidade, além de falar de forma detalhada sobre o bem-estar na seção Aprofundando. Além disso, relacionamos o bem-estar como parte funda- mental à boa qualidade da atividade laboral. Por outro lado, abordamos a questão das doenças do trabalho e produtividade analisando os impactos legais e pudemos conceituar as intercorrências provenientes das doenças do trabalho, em que identificamos as possíveis doenças relacionadas ao trabalho, além de dar destaque a respeito da vulnerabilidade do trabalhador por estar em riscos na empresa que não elabora um plano preventivo eficaz. Finalmente, tratamos a respeito do reconhecimento da história da doença do trabalho, analisando a importância de se conhecer as doenças do trabalho, além de identificarmos os impactos da história das doenças do trabalho nos dias atuais, em que caracterizamos direitos e obrigações conquistados ao longo dos anos É bem verdade que abordamos o presente estudo da forma mais sucinta e clara possível para o seu melhor entendimento com vistas à aplicação na prática. Desse modo, esperamos que este estudo tenha sido o ponto de partida para seu entendimento das questões que envolvam a in- fluência das doenças do trabalho na produtividade e bem-estar do trabalhador. Além disso, desejamos que este seja mais um estudo que possibilite maior êxito em sua carreira acadêmica e profissional, destacando-se sempre o conhecimento por meio da leitura. material complementar Saúde e Bem Estar No Trabalho - Dimensões Individuais e Culturais Autor: Maria Cristina Ferreira Editora: Casa do psicológo Sinopse: O presente livro, desenvolvido pelo Grupo de Trabalho “Cultura e Saúde nas Organizações”, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), procura trazer as diferentes perspectivas sobre asquais a saúde e o bem-estar no trabalho vêm sendo abordados nos últimos anos, incluindo-se a visão mais recente da Psicologia Positiva. Nesse sentido, ele contém uma primeira parte, em que são discutidos os limites e as interfaces dos conceitos de saúde e de bem-estar em geral e no trabalho, em particular, com outros constru- tos similares, como qualidade de vida, estresse e burnout. Na segunda parte, são analisados, então, em capítulos sucessivos, alguns dos vários fatores individuais e organizacionais que concorrem para a saúde e o bem-estar do trabalhador, em sua vida em geral e em seu con- texto laboral. referências BRANDÃO, Cláudio. Acidente do Trabalho e Responsabilidade Civil do Empregador. 3. ed. São Paulo: LTR, 2006, p.115. BRASIL. SUS. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/L8080.htm> Acesso em: 10 de nov de 2017 BRASIL. Lei de seguro de acidentes do trabalho a cargo do INPS. (Lei nº 6.367, DE 19 de outubro de 1976.). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6367.htm> Acesso em: 10 de nov de 2017 _______. Política Nacional de Segurança e Saúde do Servidor. Brasília, DF. 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas. São Paulo: Makron Books, 1998, p.45-67 Christophe dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Disponível em: < http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000300039> Acesso em: 10 de nov de 2017. Education at a glance, 2014. Disponível em: <https://www.oecd.org/edu/Brazil-EAG2014- Country-Note-portuguese.pdf> Acesso em: 10 de nov de 2017 Eichengreen, Barry, Donghyun Park, Kwanho Shin (2013) “Growth slowdowns redux: new evi- dence on the middle-income trap”, NBER Working Paper 18673, January 2013. FERNANDES, E. C. Qualidade de vida no trabalho: um desafio e uma perspectiva para a GRH. Informação professional-Recursos humanos. São Paulo: n. 25, p. 6-8, 1988. FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002 FREITAS, J.R.S. et al. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em profissio- nais de enfermagem de um hospital universitário. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.11, n.4, p. p. 276-277, 2004. OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Indenizações por acidente do trabalho ou doença ocupa- cional. 3. ed. São Paulo: LTr, 2007, p.79-90. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000300039 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000300039 referências Organização Internacional do Trabalho. Disponível em: < http://www.ilo.org/brasilia/lang- --pt/index.htm> Acesso em: 10 de nov 2017. SILVA, José Afonso. A aplicabilidade das normas constitucionais. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. VOLPATO, Maricilia; CIMBALISTA, Silmara. O Processo de Motivação como incentivo à inova- ção nas Organizações. Revista FAE. Curitiba, v.5, n. 3, p. 75-86, set./dez. 2002. When fast growing economies slow down: international evidence and implications for china. Disponível em: <http://www.nber.org/papers/w16919> Acesso em: 10 de nov de 2017 http://www.ilo.org/brasilia/lang--pt/index.htm http://www.ilo.org/brasilia/lang--pt/index.htm resolução de exercícios 1. b) O estoque de conhecimento em uma economia até a eficiência com a qual os re- cursos são alocados em uma sociedade. 2. c) Suas causas. 3. e) Todas as anteriores são corretas. art2§1 art2§2 art3. art3 art3p art225§1 art225§1i art225§1ii art225§1iii art225§1iv art225§1v art225§1vi art225§1vii art225§2 art225§3 art225§4 art225§5 art225§6 art225§7 _wuwggohvs3qh _5hf7leyeeg63 Fatores Oriundos das Doenças do Trabalho que Influenciam a Produtividade e o Bem-Estar do Trabalhador doenças do trabalho e produtividade - impactos legais O Reconhecimento da História da Doença do Trabalho
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