Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 8
Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 8
Sumário
1 A aquisição de L1 e L2: o contexto da 
pessoa surda 4
1.1 Tradutor-intérprete de libras 6
1.2 Atribuições de intérprete 8
1.3 Atuação do intérprete na sociedade 9
1.4 PROLIBRAS 10
1.5 Estudos dos Sinais 11
1.5.1 Diversos 11
1.5.2 Localidades 13
4
1 A aquisição de L1 e L2: o contexto da 
pessoa surda
Ao longo da história da educação de surdos no Brasil sem-
pre houve uma preocupação exacerbada com o desenvolvimento 
da linguagem, e as propostas pedagógicas sempre foram alcan-
çadas quando se diz a respeito à linguagem. Mas perde-se de 
vista o processo educacional integral da criança surda.
Por isso há pesquisas que procuram um meio de garantir o 
desenvolvimento da criança surda através de métodos de orali-
zação como formas de aprendizagem próximas às dos ouvintes; 
“fazer o surdo falar e ler os lábios permitirá o acesso à lingua-
gem”, embora a maior parte dos adultos surdos não tenha se 
adaptado com estes métodos. Alguns profissionais da educação 
de surdos reconhecem o fracasso para alguns surdos que partici-
param neste processo de aprendizagem.
A partir dos anos 60, crianças que eram surdas e com pais 
surdos, que tiveram contato com as línguas de sinais, tiveram 
condições iguais às de crianças ouvintes, pois lhes foi dado o 
direito de usar uma língua visual espacial, que garantiu uma 
compreensão melhor de mundo (MEIR,1980; LOUEW,1984, 
LILLO-MARTIN,1986; PETITTO, 1987) No Brasil, a LIBRAS 
começou a ser investigada na década de 80 (Ferreiro-Britto, 
1986) e a aquisição da LIBRAS nos anos 90 (KARNOPP,1994; 
QUATROS, 1995).
A língua de sinais expandiu atingindo as áreas da 
morfologia e da sintaxe.em relação à fonologia (1979 
PADDEN,1983,LIDDELL,1984), investigaram-se questões 
5
referentes a estrutura fonológica dos sinais seus traços distintos 
e seus aspectos sequenciais simultâneos.
Os articuladores primários das línguas de sinais são as 
mãos que movimentam no espaço em frente ao corpo e articu-
lam sinais em determinadas locações nesse espaço. Um sinal 
pode ser articulado com uma ou duas mão um mesmo sinal pode 
ser articulado com a mão direita (tipicamente) para os destros ou 
com a esquerda (para os canhotos), sem alterar o seu significado, 
sendo que sinais articulados com as duas mãos também ocorrem 
e apresentam restrições em relações ao tipo de interação entre as 
mãos. LIBRAS, assim como as outras línguas de sinais, é basi-
camente produzida pelas mãos, embora movimentos do corpo e 
da face também desempenham funções fundamentais.
Fonologia e morfologia: o objeto de estudo é o mesmo mas 
com enfoques diferentes; são áreas correlacionadas Morfologia 
deriva do grego morphé significa forma unidades mínimas. A fo-
nética e a fonologia das línguas de sinais são áreas da Linguística 
que estudam as unidades mínimas dos sinais que não apresen-
tam isoladamente o significado.
São investigações dos dedos; mãos abertas/fechadas; de-
dos flexionados/estendidos; abertura dos dedos; alguns mor-
femas livres constituem palavras, outros parte das palavras. A 
estrutura dos sinais brasileiros é complexa e apresentam uma 
série de propriedades que não são encontradas nas línguas orais.
Abaixo, segue uma gravura da Revista Dicionário de 
Língua de Sinais – A Imagem do pensamento, Editora Escala, 
sobre o calvário dos surdos.
6
1.1 Tradutor-intérprete de libras
O português oral é a língua falada pela comunidade majo-
ritária ouvinte e Língua de Sinais se desenvolve entre as comu-
nidades surdas e na medida que as pessoas surdas queiram se 
comunicar com pessoas ouvintes, elas necessitam de um intér-
prete, este que vai ser um mediador entre os dois, de modo que 
sua presença se torna indispensável para uma comunicação entre 
essas duas comunidades.
Mas afinal, o que se entende por interpretar?
Segundo o nosso dicionário, interpretar é “traduzir ou ver-
ter de língua estrangeira ou antiga”, ou seja, “explicar ou de-
clarar o sentido de (algo, texto, lei, etc.)”. E para interpretar é 
necessário que haja um Interprete, ou seja, pessoa que serve de 
tradutor ou de intermediário para fazer compreender indivíduos 
que falam idiomas diferentes.
Mas é importante ressaltar a diferença entre o tradutor e o 
intérprete. O primeiro é o profissional que faz a tradução de um 
documento escrito. O segundo é o que traduz de forma verbal 
para outra língua algo que foi dito. E no caso específico dos 
surdos, o profissional que executa esse trabalho é o interprete 
em LIBRAS, ou seja, uma pessoa bilíngue ouvinte, que domina 
o português na modalidade oral e a Língua de Sinais.
Mas para ser um intérprete não basta apenas que a pes-
soa seja um exímio conhecedor da Língua Oral e da Língua de 
Sinais, mas é extremamente necessário que ela tenha um vasto 
conhecimento e domínio do que está sendo interpretado.
7
Em geral, ao convocar a presença de um intérprete de 
Língua de Sinais, as pessoas não se dão conta da complexidade 
que envolve a realização dessa tarefa, pois não é o suficiente co-
nhecer os sinais, e sim saber transmitir ideias da língua oral para 
a língua visuogestual, e vice-versa. Os intérpretes representam a 
ponte entre dois mundos diferentes, o mundo visual dos surdos e 
o mundo oral dos ouvintes.
Trata - se de um tradutor que se coloca entre os que ouvem 
e se expressam por voz e os que se comunicam por meio de ges-
tos, sinais e alfabeto manual.
Esse interprete facilita em muito a comunicação, a com-
preensão dos surdos e o acesso as informações.
O interprete da Língua Brasileira de Sinais é aquele que, 
tomando a posição do sinalizador ou falante, transmite os seus 
pensamentos, palavras e emoções, servindo de elo entre duas 
modalidades de comunicação.
A habilidade requerida de um profissional interprete é:
 ● Competência na Língua Portuguesa;
 ● Competência na Língua Brasileira de Sinais;
O intérprete é um profissional bilíngue, que efetua a 
comunicação.
O intérprete deve ter:
 ● Domínio da Língua de Sinais;
 ● Conhecimento das implicações da surdez no desenvol-
vimento do indivíduo surdo;
8
 ● Conhecimento da comunidade surda e convivência 
com ela;
 ● Formação acadêmica, em curso de interpretação, reco-
nhecido por órgão competente.
1.2 Atribuições de intérprete
A presença do intérprete é fundamental, quando o surdo se 
depara face às diferentes situações.
Estas circunstâncias podem ser formais ou informais e 
envolvem:
 ● Interprete dos meios de comunicação de massa, (rádio, 
cinema, televisão);
 ● Palestras, conferências, seminários, simpósios, e outras 
tipos de reuniões;
 ● Interpretações em locais como hospitais, repartições 
públicas, portos, aeroportos, estações ferroviárias, igrejas, 
escolas, atendimento telefônico e em situações de emer-
gências ou de lazer;
 ● Ligações telefônicas na rua, em casa ou demais locais;
 ● Em apresentações artísticas (cinema, teatro, etc.);
 ● Na consulta médica, na avaliação e no tratamento psi-
cológico, na assistência social, a participação do interprete 
viabiliza a compreensão entre as pessoas envolvidas, tor-
nando mais eficaz o atendimento;
 ● No treinamento formal oferecido por escolas de qual-
quer nível, a interação;
9
 ● “aluno – professor – conteúdo ministrado” só é possí-
vel se a mensagem for interpretada eficientemente;
 ● Nas reuniões profissionais, escolares ou terapêuticas, o 
intermediário permite o exercício da discussão e a troca de 
experiências, avivando o debate e tornando mais eficiente 
o trabalho de grupo;
 ● Nos tribunais, o papel do interprete é igualmente 
relevante.
Eles atuam na decodificação da língua oral em língua de 
sinais, e vice-versa transmitindo com fidelidade a informação ou 
depoimento, a bem da justiça.
1.3 Atuação do intérprete na sociedade
Os intérpretes da LIBRAS surgiram dos laços familiares e 
da convivência social com os vizinhos, amigos de escola e igre-
jas. Devido a essa característica, não há muitos registros históri-cos sobre a profissão, no entanto o interesse e o investimento por 
parte dos órgãos públicos na profissionalização desses indivídu-
os, especificadamente formados para realizarem essa atividade, 
é bem recente.
Atualmente, no Brasil, a profissão de intérprete não é re-
conhecida, assim, essa atividade abarcou profissionais de dife-
rentes áreas como: pedagogos, fonoaudiólogos, pastores, entre 
outros, porém a atuação desses profissionais como intérpretes 
em diversas situações ocorre pelo contato e pelo envolvimen-
to que possuem com a comunidade surda de modo voluntário, 
pois, nem sempre é possível esperar uma remuneração. Mesmo 
10
sem legalização, o intérprete faz parte do cotidiano das pessoas 
surdas, conferências, centros universitários, concursos, consul-
tas médicas, escolas, competições esportivas, sessões jurídicas, 
movimentos sociais, cultos etc., permitindo ao surdo uma parti-
cipação efetiva em todas as atividades da sociedade.
O intérprete não empresta apenas os ouvidos e as mãos aos 
surdos, e sim todo o corpo; a boa interpretação está relaciona-
da com a expressão facial e corporal; o ouvinte transmite suas 
emoções por meio de ruídos, melodia e impostação da voz, o 
que para o surdo, deve ser materializado no corpo do intérpre-
te. Às vezes um sinal, juntamente com uma expressão corporal, 
significa todo o contexto da mensagem. Assim como o tom de 
voz diferente, para o ouvinte, já traz muitos significados, para os 
surdos a expressão corporal, juntamente com os sinais, carrega 
vários significados também. O intérprete de Língua de Sinais 
geralmente é formado nas associações de surdos, com os quais 
tem convívio quase diário, criando um vínculo afetivo muito 
forte. Portanto, o ato interpretativo enlaça uma relação afetiva 
com a comunidade surda, isto é, a completude da mensagem a 
ser interpretada não será determinada somente pela fluência na 
Língua de Sinais.
1.4 PROLIBRAS
Exame Nacional de Certificação de Intérpretes e 
Professores de LIBRAS.
De acordo com o Decreto nº 5.626/05 O Ministério 
da Educação realizará, anualmente, o Exame Nacional para 
11
Certificação de Proficiência em LIBRAS e para Certificação 
de Proficiência em Tradução e Interpretação da LIBRAS 
(PROLIBRAS).
Este exame tem como meta certificar a proficiência de 
pessoas surdas ou ouvintes, com escolaridade de nível médio 
ou superior, com fluência no uso e competência no ensino de 
LIBRAS, bem como certificar a proficiência de pessoas ouvintes 
com competência para os serviços de tradução e interpretação de 
LIBRAS/Português/LIBRAS.
Pelo decreto, as pessoas que obtiverem a certificação de 
proficiência em LIBRAS estarão habilitadas para o ensino de 
LIBRAS e as que obtiverem a certificação de proficiência em 
tradução e interpretação poderão promover a acessibilidade de 
alunos surdos.
1.5 Estudos dos Sinais
1.5.1 Diversos
À Toa Açougueiro Bobo
Bola Caipira Carnaval
Carta Casamento Cego
Chefe Coisas Como?
Confusão Coração Coroa
Dentista Dentro Diante
Dinheiro Doente Dor
Educação Enfermeira Escola
Fantasma Febre Feriado
12
Férias Fome Fotografia
Futebol Gasolina Hábito
História Imprimir Inimigo
Injeção Juiz Jornal
Lápis LIBRAS Livro
Mais Mal cheiro Mão
Máquina 
fotográfica Médico Natal
Ninguém O que? Osso
Outra vez Palhaço Papel
Paz Pé Pedreiro
Perfeito Perigo/cuidado Piano
Polícia Presidente Por que?
Português Presente Problema
Professor Pronto Qual?
Quem? Qualquer Quente
Rádio Rei Relógio
Remédio Responsabilidade Reunião
Salário Saudade Saúde
Segredo Sino Só
Soldado Sorriso Surdo
Surpresa Talvez Vergonha
Vontade/sede
13
1.5.2 Localidades
Aqui Acampamento Açougue
Ao redor Bairro Banco
Brasil Cadeia Cinema
Farmácia Hospital Fazenda
Feira Hotel Onde?
Rodoviária Rua Supermercado
	1	A aquisição de L1 e L2: o contexto da 
pessoa surda
	1.1	Tradutor-intérprete de libras
	1.2	Atribuições de intérprete
	1.3	Atuação do intérprete na sociedade
	1.4	PROLIBRAS
	1.5	Estudos dos Sinais
	1.5.1	Diversos
	1.5.2	Localidades

Mais conteúdos dessa disciplina