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Sexologia_02

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AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
SEXOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
SEXOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
 
MÓDULO II 
 
 
10 SEXUALIDADE 
 
 
10.1 A SEXUALIDADE E SEU SIGNIFICADO 
 
 
Para falarmos sobre sexualidade temos que entender amplamente seu 
significado. A sexualidade, quando colocada em uma conversa informal, pode ser 
tratada de diferentes maneiras. Algumas pessoas falarão sobre o amor, outras a 
respeito de diferentes escolhas sexuais, há quem fale sobre as mudanças que 
vieram com o tempo, existe também quem discuta a propósito das diferentes 
posições e porque não falar também daquelas que irão argumentar sobre as 
diferentes formas de realizar o sexo. 
Em algumas escolas, o assunto já vem sendo trabalhado como uma 
disciplina escolar, assim como a língua portuguesa, para que o aluno tenha noções 
básicas, saiba métodos de prevenção e entenda um dos momentos de grande 
importância de sua vida. O assunto também é tratado em comerciais de emissoras 
de televisão e rádios para que as pessoas a cada dia adotem a prevenção como 
uma maneira de prática saudável do ato sexual, que já virou um assunto de saúde 
pública. Algumas famílias se abrem para falar do assunto em momentos em que 
todos estão reunidos, outras se recusam a discorrer sobre o assunto pensando ser a 
melhor maneira de tratamento com seus entes queridos. 
O assunto sexualidade vem sendo inserido de forma gradativa em nossa 
sociedade, apesar de já ser tema de discussão ou vergonha desde o tempo da 
sociedade agrícola. Ela sempre foi própria do ser humano, acompanha-o em todos 
os momentos e faz parte da história pessoal de cada um. 
A sexualidade é tida como qualidade sexual ou conjunto de excitações e 
atividades presentes desde a infância (de um indivíduo). Está ligado ao coito, assim 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
como aos conflitos daí resultantes (HOUAISS, 2009). Esta palavra vem cercada de 
mitos, proibições, conflitos e também de sentimentos prazerosos, ela foi se 
ajustando conforme os tempos foram passando e conforme a sociedade discutia 
esse assunto. 
 
 
10.2 UM POUCO DE HISTÓRIA 
 
 
Durante a construção das sociedades, ou seja, durante o período de 
organização das sociedades agrícolas, do feudalismo e das religiões dominantes, a 
sexualidade também era um assunto que colaborava para o desenvolvimento 
pessoal, mesmo que esta não tivesse escritos ou fosse falada tão abertamente 
como em dias atuais. Sabe-se que em muitas sociedades agrícolas, por existir a 
necessidade de viverem de modo nômade, a sexualidade possuía muitas restrições, 
como o controle de natalidade que colocava em jogo a prática sexual. Não existia o 
conhecimento de métodos contraceptivos, por isso era preferível a abstinência, por 
parte de algumas mulheres e a dificuldade de monogamia por parte dos homens. 
No entanto, algumas sociedades não associavam o sexo à concepção, o 
que culminou no arranjo de métodos contraceptivos ou na crença de alguns métodos 
eficazes como a amamentação da criança por longos períodos. Quando começaram 
a ser publicados os primeiros códigos de condutas legais, estes continham 
informações importantes sobre a sexualidade, como exemplo podemos falar da 
importância da fidelidade feminina. A sociedade egípcia era um pouco mais liberal 
em relação à sexualidade, nela as mulheres se interessavam pela sexualidade e 
demonstravam isso ao homem, havia o maior interesse na descoberta sexual 
inclusive com práticas abortivas, tirando a sensação de que o sexo estava apenas 
relacionado à concepção. 
Stearns (2010), em seus estudos sobre a história da sexologia, descobriu 
que na China, durante sua evolução, a sexualidade era tratada de maneira a 
apreciar a atividade e o prazer sexual não com fim reprodutivo, mas como meio de 
prazer, esperando inclusive que o esposo mantivesse várias mulheres, de lá 
surgiram os primeiros manuais sexuais conhecidos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Na Grécia, a conotação sexual não era por prazer e sim por trocas 
econômicas para o aumento populacional, por isso a virgindade feminina era 
valorizada ao máximo e a masturbação feminina desaprovada. Por fim na Índia a 
sexualidade era enfatizada, sempre colocada no mesmo patamar religioso, com 
escritos e manuais sexuais dando origem ao Kama Sutra. 
 
 
10.3 RELIGIÃO E SEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com a chegada da religião, o princípio “sexo por prazer” sofreu algumas 
repressões. Muitas histórias começaram a usar o comportamento dos deuses como 
alertas para o perigo dos excessos e violência na sexualidade. As religiões em vez 
de apresentarem o sexo de forma positiva e agregá-lo a elas optaram por regular a 
sexualidade. O budismo e o cristianismo foram duas das religiões mais marcantes 
em razão das mudanças pregando o celibato e outras medidas para manterem o 
decoro (STEARNS, 2010). 
FIGURA 5 - MULHER SENDO JULGADA PELA IGREJA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://santainquisicaocatolica.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 06 nov. 2012 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
A má conduta sexual era considerada crime contra Deus e uma grave 
perversão contra os desígnios humanos, assim como observamos na foto ao lado, 
que implicava em punição divina, o que contribui para que os governos incluíssem 
novas penalidades contra quem cometesse o crime tão ofensivo para a Igreja e 
perante Deus (STEARNS, 2010). 
Se comprovado que a moça não era virgem após o casamento, esta poderia 
ser devolvida à casa dos pais para que então fosse apedrejada pelos homens da 
cidade. A lei religiosa proibia a masturbação inclusive com a morte, crianças que 
moravam no internato usavam um pijama especial para que esse ato temeroso não 
ocorresse, existiam inclusive bandagens para que a masturbação não fosse 
praticada (LINS, 1997). 
O sexo deveria ser realizado apenas com o fim da procriação, bem como as 
posições as quais ele deveria ser praticado para que as leis da natureza não fossem 
contraditas, negar o sexo e o dever de gerar filhos também era um pecado a menos 
que a mulher se encontrasse em caso de doença grave (PRIORE, 2011). 
A luta cristã contra a sexualidade se fortaleceu bastante nos primeiros 
séculos da religião como forma de realçar a sensualidade das classes mais altas da 
Roma. Dessa forma, o casamento era preferível em vez do sexo antes do 
casamento; as viúvas não tinham direito a um novo casamento, pois seria 
equivalente à prostituição; a contracepção e o aborto eram intensamente atacados e 
tratados como assassinato (STEARNS, 2010). 
As leis mais importantes a serem seguidas eram não se masturbar, não 
cobiçar a mulher do outro, não praticar a relação sexual antes do casamento e não 
praticar relações homossexuais. As pessoas que sentiam culpa por seus desejos 
cometiam o autoflagelo (LINS e BRAGA, 2005). 
No budismo havia autores que criticavam com afinco os desejos sexuais 
porque para a busca espiritual era necessário separar as paixões dos sentidos. No 
entanto, existiam homens considerados santos que praticaram atividades sexuais, 
muitas budistas praticavam sexo, pois ele significava o amor pela humanidade e por 
isso não seriam corrompidos, ainda é difícil, no entanto, para os estudiosos 
relacionarem o impacto budista sobreo comportamento humano (STEARNS, 2010). 
Casos de moças que se casavam ainda na adolescência eram cada vez 
mais comuns, já que os pais tentavam preservar a pureza e a honra de suas filhas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
assim como a Igreja exigia. O que ocorria então eram queixas sobre os maridos e a 
repugnância do ato sexual com o marido, visto que este muitas vezes era muito mais 
velho que a esposa (PRIORE, 2011). 
Por fim, os casos de adultério, de casamentos com moças desvirginadas, 
continuavam a acontecer. Muitas vezes, a Igreja fazia vistas grossas para o fato. 
Muito embora existissem textos explicando sobre ervas contraceptivas e abortivas, 
os líderes da Igreja continuavam com suas críticas (STEARNS, 2010). 
As mulheres ainda sofriam com o fato de serem tratadas apenas como 
objeto de procriação e por serem tratadas dessa maneira eram frequentemente 
infectadas por doenças sexualmente transmissíveis (PRIORE, 2011). 
 
 
 
Pense nisso: 
 
Sexualidade é muito mais do que sexo. Ela é um aspecto central da vida das 
pessoas e envolve sexo, papéis sexuais, orientação sexual, erotismo, prazer, 
envolvimento emocional, amor e reprodução. 
A sexualidade é vivenciada e expressada por meio de pensamentos, fantasias, 
desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e 
relacionamentos. Em todas as sociedades, as expressões da sexualidade são alvo 
de normas morais, religiosas ou científicas, que vão sendo aprendidas pelas 
pessoas desde a infância. 
A sexualidade envolve, além do nosso corpo, nossa história, nossos costumes, 
nossas relações afetivas, nossa cultura. É importante buscarmos o 
autoconhecimento, para que possamos fazer as escolhas que sejam mais positivas 
para a nossa vida e para a expressão da nossa sexualidade. 
 
FONTE: Portal da Saúde, 2005. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
 
10.4 COLONIZAÇÃO NAS AMÉRICAS 
 
 
Muitos sabem sobre a descoberta do Brasil, um dos países da América 
Latina, no entanto, como foi a história da sexualidade nas Américas? Será que foi 
construída de maneira pacífica e não teve grandes modificações? A seguir 
descobriremos como foi esta parte da história da colonização das Américas de 
acordo com relatos do autor Stearns (2010). 
Em meio aos processos de novas doenças e o desenvolvimento de novas 
posições de poder, houve a busca de mais pessoas para serem escravas. Os 
homens europeus começaram a assumir posições de grande poder o que lhes 
conferiu capacidade de imposição. Os conquistadores europeus chegaram à 
conclusão de que os nativos americanos eram impudicos e imorais quando o 
assunto era sexo, o que levavam alguns a acharem o evento apavorante e outros a 
apreciarem. 
As diferenças dos hábitos sexuais entre os europeus e os latinos eram 
intensas, os nativos caminhavam seminus, enquanto os europeus cobriam o corpo 
para não confrontar e despertar a sexualidade e as pregações religiosas. Alguns 
grupos nativos da América incentivavam o sexo antes do casamento, o que 
rapidamente foi recriminado pelos europeus por ser considerado um ato libidinoso. 
Contudo, os indígenas praticavam além do sexo antes do casamento o 
relacionamento homossexual e bissexual. 
Existiam escritos e pinturas retratando a sexualidade das americanas. 
Começou-se então a tentativa de mudanças dos hábitos dos oriundos das Américas 
por parte dos grupos evangelistas cristãos ou alguns outros líderes europeus, 
primeiramente tentando modificar as vestimentas o que aos poucos apresentou 
resultados, após isso veio a tentativa de dividir as famílias numerosas a fim de evitar 
infidelidade e episódios de abuso sexual. 
O período de noivado dos maias permitia que o casal se relacionasse 
sexualmente para que se fossem constatadas incompatibilidades e o casamento 
pudesse ser cancelado sem danos aos noivos. Esses atos voluptuosos foram 
também reprimidos, o que resultou em aumento da violência familiar. Essas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
condutas europeias difundiram e fortaleceram o controle sexual dos homens com as 
mulheres. 
Os nativos não aceitaram facilmente aos rigores dos europeus, o que gerou 
um considerável conflito de valores e desejos, isso causou também a força de 
desejos europeus sobre as mulheres americanas, transformando-as em simples 
objeto de prazer, algumas realmente doavam seu amor àqueles homens, porém o 
estupro ainda era uma forma extremamente praticada e divulgada pelos homens 
europeus. 
As mulheres nascidas na América eram vistas como mulheres disponíveis 
para o sexo praticado à força ou não, por isso não fazia sentido as mesmas 
praticarem sexo por dinheiro. Algumas mulheres recorriam à lei para reclamar de 
terem sido abusadas. No entanto, quem mais sofria com isso eram elas, 
principalmente se fossem mestiças ou nativas, pois não havia como ter certeza que 
as mesmas eram virgens antes do ato. Já as mulheres casadas obtinham mais 
sucesso com a lei que não era muito severa a este tipo de crime, portanto o número 
casos julgados era muito pequeno. 
A necessidade de proteção da honra da família fazia com que as famílias 
casassem as filhas com seus estupradores, ou tentassem mantê-las virgens até o 
casamento. Isso implicou em relacionamentos infiéis e o número crescente de filhos 
ilegítimos o que perdura em grande quantidade até os dias de hoje. 
Esses eventos, além de acontecerem com os nativos, ocorreram também 
com as pessoas trazidas da África, muitos donos de escravos pensavam que por 
serem donos deles poderiam fazer também seu uso sexual, estas mulheres eram 
observadas e ditas como sensuais e devassas, o que justificava o desejo masculino. 
Eram na verdade um simples objeto de fantasia de origem sexual. Os homens 
negros sentiram-se então desmerecidos e foram colocados como fracos e 
impotentes, diante desse tipo de situação, fato que causou, dentro da comunidade 
africana, o alto índice de violência doméstica e a proibição das mulheres brancas de 
saírem com homens negros, pois eles tinham a fama de possuir um falo poderoso 
bem como sua ânsia sexual. 
Pode-se perceber que na verdade muitas coisas que vivenciamos hoje são 
fruto do período colonial, no qual a Europa demonstrou seu poder e impôs seus 
mandamentos, sua cultura, e quando ocorreu uma mistura de desejos e valores o 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
que culminou para que hoje cada país e cada grupo desenvolvessem sua própria 
cultura, desejos e valores relacionados ao sexo, tentando se respeitar ou 
simplesmente não tocar no assunto que ainda hoje é tratado muitas vezes como 
indecoroso. 
 
 
10.5 DA PÓS-COLONIZAÇÃO ATÉ DIAS ATUAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até a abolição da escravidão, as mulheres escravas continuaram sendo 
objeto de desejo e escravas sexuais de seus senhores, vivenciada também por 
fatores raciais já que as mulheres europeias eram consideradas mulheres de 
respeito e as outras como mulheres quaisquer (STEARNS, 2010). 
As mulheres jovens, da elite ou não, eram vendidas nos mercados do 
matrimônio, o amor era irrelevante durante e após o processo de venda, toda forma 
de sexo que não tivesse a finalidade de produzir filhos era considerada como 
prostituição (PRIORE, 2011). 
FIGURA 6 - ESCRAVIDÃO NA AMÉRICA 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.mw.pro.br/mw/mw.php?p=hist_mercantilismo_e_colonizacao&c=h>. 
Acesso em: 06 nov. 2012. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
Na América, após a colonização, a higiene íntima era realizada de forma 
muita precária, a falta de higiene era muito comum, descrita inclusive em poemas. 
As perseguições e ideias da Igreja por fim tiveram mais efeito na sociedade 
(PRIORE, 2011). 
Com a chegada da corte portuguesa, eram comuns os casos de adultério, 
atos que as esposas sabiam, porém nada podiam fazer, inclusive cometido pelo 
imperador Dom Pedro I, o que culminou em muitos filhos ilegítimos. Muitos maridos 
sustentavam, além desua família, outra prole de mulher chamada normalmente de 
teúda e manteúda ou concubina, essas mulheres, em alguns casos, residiam 
juntamente com a família considerada verdadeira perante a lei. Deste tipo de união e 
dos desejos mais afincos dos homens surgiram os bordeis que eram locais onde 
existiam shows de teatros referentes ao sexo – era um espaço dos prazeres 
(PRIORE, 2011). 
O período da Revolução Industrial trouxe consigo uma mudança nos 
padrões sexuais, com a melhor alimentação e padrão de trabalho a idade da 
puberdade se modificou, vieram os ataques ao catolicismo, a dificuldade de os pais 
assegurarem uma herança aos seus filhos o que implicou na falta de aceitação 
plena da autoridade dos pais sobre os filhos (STEARNS, 2010). 
Uma mudança bastante marcante foi após o período da República, nesta 
época, as pessoas começaram a valorizar mais o corpo, deixar os cabelos à mostra. 
Usavam-se cada vez mais faixas para modelar o formato do corpo e usavam-se 
também a partir dessa época camisolas e anáguas que deixavam o corpo mais à 
mostra (PRIORE, 2011). 
Nos anos 50, surgiram alguns produtos para o controle de natalidade como a 
camisinha e o diafragma, o que separou o sexo da procriação. Ocorreu nesse 
período também um fato marcante que foi a reivindicação por parte dos médicos de 
que o aconselhamento fosse ideal para a conservação da ética sexual e também 
para a saúde. Neste mesmo período, o contato entre várias regiões e países 
demonstrou a diferença de culturas principalmente sexuais. Como resultado a isso 
ocorreram algumas mudanças nas culturas públicas e nas leis para proteção das 
tradições de cada região (STEARNS, 2010). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
 
 
 
Já nas décadas de 60 e 70 ocorreu a Revolução Sexual, que previa o 
prazer, a saúde e o cuidado ao corpo. A priorização do prazer passou a ditar as 
regras daquele momento em diante, com o rock and’ roll em alta os adolescentes 
estavam livres para experimentar de tudo, o que indicava a revolta contra os valores 
dos adultos. As músicas da época pregavam o sexo livre e a paz, as pessoas mais 
jovens aprenderam a falar palavrões livremente. No entanto, os adultos ainda 
poupavam os mais jovens de informações diretas sobre o sexo (PRIORE, 2011). 
A taxa de natalidade vinha diminuindo drasticamente em comparação com 
as épocas anteriores, mesmo com a época chamada de baby boom que foi o 
aumento da taxa de natalidade que fez com que cada família tivesse em média 
quatro filhos cada. O sexo agora também era associado ao prazer e as medidas 
preventivas para o sexo seguro eram utilizadas pela maioria das pessoas. Este fator 
do controle da natalidade nos acompanha até os dias de hoje (STEARNS, 2010). 
FIGURA 7 - PARTICIPANTES DO 
 MOVIMENTO HIPPIE 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://blogdogalila.com.br/2012/02/01/movimento-hippie/>. 
Acesso em: 12 nov. 2012 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
Após tantas mudanças, barreiras encontradas, influências de outros países, 
cada cultura realizou sua própria escolha. Passamos ainda por punições sociais 
veladas sobre a nossa escolha sexual e de praticar o amor. 
Temos direito de escolha, leis para nos defender e ainda muito a evoluir, 
contamos com aprendizados durante a história humana e também partes de acertos 
e erros. Hoje existem propagandas realizadas por organizações internacionais para 
que o sexo seja realizado de forma segura para que doenças não sejam propagadas 
e a gravidez indesejada pouco a pouco deixe de existir. 
No mundo moderno as pessoas podem contar com outras para se informar a 
cada dia mais sobre sua sexualidade e sobre escolhas que podem e devem ser 
realizadas. Em séculos passados, pessoas que apresentavam algum tipo de 
deficiência jamais seriam apoiadas para a prática do amor, mas hoje existem 
campanhas governamentais específicas que apoiam e orientam a prática sexual de 
pessoas portadoras de deficiência. 
Ainda hoje lidamos por outro lado com o preconceito quando tratamos de 
certos assuntos, mas aos poucos eles vão sendo trabalhados para que a sociedade 
fique livre de pré-conceitos e ideias errôneas sobre a sexualidade, ainda não 
encontramos um senso comum sobre a idade correta do início da vida sexual, mas a 
escolha de cada um diante dos olhos da sociedade é respeitada e de certa maneira 
apoiada por muitos. 
Estudos novos a cada dia vêm sendo divulgados e desenvolvidos, para que 
gradualmente as pessoas possam se beneficiar com o conhecimento. Cursos são 
lançados no mercado, pais orientam os filhos e famílias buscam cada vez mais o 
cuidado. A sexualidade vem sendo trabalhada e moldada desde os tempos remotos, 
visando na verdade a busca pelo bem comum, para que a noção de sua própria 
sexualidade seja o direito de todos e uma forma de prazer que perdure pela vida 
toda. 
O sexo é trabalhado de forma diferente para homens e mulheres, 
possivelmente pelo que foi construído ao longo de séculos. Alguns optam por seguir 
velhos ensinamentos, outros optam por inovar sempre, ainda existem os que 
dividem suas experiências e por fim aqueles que passam a vida a se esconder ou a 
procurar o que é melhor para si. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
A história mudou completamente o rumo de algumas coisas, principalmente 
para a homossexualidade, que em um tempo foi considerado normal, após isso uma 
aberração e hoje como uma redescoberta que deve ser respeitada. 
Já a educação feminina não apresentou muitas mudanças, exceto pelo 
direito feminino da busca do prazer, do orgasmo e da felicidade sexual. A 
masturbação já é tratada como evento normal do ser humano e indicada inclusive 
como tratamento de alguns problemas. 
 
 
11 EMOÇÕES RELACIONADAS AO SEXO 
 
 
11.1 O QUE SENTIMOS 
 
 
Quando o assunto é sexo, podemos ser jovens, ter meia idade ou ainda 
participar do grupo da terceira idade, as reações são quase sempre as mesmas, 
uma espécie de vergonha, medo, ansiedade e aquela sensação de borboletas na 
barriga a qual muitas já experimentaram. 
Todos esses sentimentos são bastante comuns e rotineiramente 
experimentados, mas o que eles querem dizer e por que aparecem? 
Podem aparecer quando se fala no assunto pela primeira vez ou pela 
milésima, pode estar relacionado com a primeira relação sexual ou simplesmente 
com a mudança de parceiro ou com mudanças na vida. 
É importante entender e controlar as emoções e colocá-las ao parceiro no 
momento ideal, para que sua relação em vez de ser marcada pelo prazer seja 
marcada pela lembrança de algo que não saiu como o planejado. 
Ter em mente que a relação a dois é uma questão de confiança e que ela 
deve ser conversada e descoberta é um grande passo para o sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
 
11.2 ANSIEDADE 
 
 
A ansiedade é um sentimento experimentado mundialmente, principalmente 
em um mundo moderno e globalizado. Está relacionada a provas, entrevistas, 
depressão, algumas preocupações recorrentes, à primeira relação sexual e as 
relações sexuais sem o envolvimento emocional. A ansiedade é mais experimentada 
entre as mulheres do que entre os homens já que a sociedade permite o 
experimento de muitas coisas mais facilmente ao homem do que no caso das 
mulheres (ROSA, 1998). 
A ansiedade ocorre também em jovens meninos pela falta de local 
apropriado para a relação sexual, fazendo com que a sensação do sexo não seja 
suficientemente prazerosa e que a pressa aliada à ansiedade atrapalhe o momento 
íntimo. A ansiedade aumenta inclusive quando essa experiência é dividida e 
divulgada para outras pessoas, principalmente mãe e/ou pai de algum dos parceiros 
(GUBERT e MADUREIRA, 2008). 
Não ocorrendo só em jovens, a ansiedade pode acontecer em todas as 
idades, pelo medo da gravidez, pelo medo de agradar o(a) parceiro(a), pela reação 
dos outros, e alguns pelo medo da culpa. 
As mulheres com menopausa podem experimentar uma diminuição das 
relações sexuaispela ansiedade presente neste momento, pelo pensamento de que 
a morte já está próxima e que o envelhecimento a proíbe de realizar certas 
atividades (LORENZI e SACILOTO, 2006). 
Para que a ansiedade diminua são necessários tranquilidade, positivismo e 
certeza de estar realizando a coisa certa. No caso daqueles que experimentam a 
ansiedade por um pensamento como o das mulheres em período de menopausa, é 
adequado procurar um médico e retirar todas as dúvidas para que a ansiedade 
pouco a pouco diminua. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 45 
 
11.3 MEDO 
 
 
O medo é um sentimento experimentado por muitas pessoas. Este 
sentimento implica no receio de algo. Esse medo pode vir pelo receio de ser 
assaltado na rua, da morte próxima de alguém querido, da gravidez, da 
contaminação por um agente patológico, por tentar ou querer agradar o parceiro 
sexual ou por sentir dor em vez do prazer na relação sexual. 
A prescrição do uso da camisinha adicionou o medo associado à 
contaminação em relações sexuais quando se não conhece muito bem o parceiro e 
não se tem exames realizados com frequência (ALTMANN, 2007). 
Aos homens também é comum a sensação de medo de não corresponder às 
expectativas, de não sair tudo como se planejou e, principalmente, por temer que 
sua performance não seja bem comentada. 
A sensação de medo é normal e ocorre com a maioria das pessoas. É 
importante que esse sentimento seja experimentado, vivenciado, mas não em todas 
as relações, as dúvidas devem ser retiradas e o bom relacionamento e diálogo com 
o parceiro é essencial para a desmistificação de alguns pensamentos. 
 
 
11.4 AMOR E PRAZER 
 
 
O amor, afinal o que é o amor? Amor é segundo Amora (2008) uma afeição 
acentuada de uma pessoa por outra. Essa afeição acentuada muitas vezes culmina 
no ato sexual, como demonstração de cuidado, de zelo e afeto pelo(a) parceiro(a). 
Talvez uma das maiores realizações do ser humano, o amor é alcançado 
quando há respeito mútuo, para isso precisamos sentir prazer no que realizamos. 
Prazer, segundo Amora (2008), pode ser classificado como algo alegre que 
proporciona satisfação, jovialidade, júbilo e contentamento. 
De acordo com essas definições, podemos logo refletir que muitas vezes o 
amor e o prazer caminham juntos. 
 
 
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 46 
Nem sempre se pode ter a vivência de ambos em uma relação sexual e em 
razão desse fato pode-se experimentar o medo, a culpa a ansiedade e talvez o 
constrangimento de ter realizado um ato impensado ou incorreto, para isso é 
necessária a capacidade de absorver os sentimentos, saber expressá-los e contê-
los em certos momentos para que estes não sejam canalizados de forma incorreta e 
tragam problemas futuros ou agravem os que naturalmente já se carrega. 
 
 
12 PARCEIRO SEXUAL 
 
 
Antigamente a escolha do parceiro sexual era realizada com base em 
pensamentos sociais, relacionados à ascensão social e à melhor maneira de 
procriação. Com o tempo, essa postura foi se modificando visto que o papel do 
parceiro sexual não é somente baseado na atividade sexual, é baseado também no 
apoio que ele será capaz de oferecer em certas situações e no companheirismo 
inerente a todas as relações, no carisma e também no sentimento que ambos se 
dedicam. 
Atualmente, para a escolha de parceiros há uma diversidade de padrões: 
 
 Há pessoas que preferem escolher parceiros sexuais do mesmo sexo; 
 Há as que preferem escolher pessoas do sexo oposto; 
 Há as que idealizam alguém que supõem ser o ideal para suprir suas 
necessidades afetivas e sexuais. 
 
Existe ainda uma série de fatores a serem pensados consciente ou 
inconscientemente que irão afetar na escolha realizada, conforme seja a mais 
adequada a cada pessoa. 
Tais escolhas ainda, por certo, são efeitos da construção da história da 
sexualidade como visto anteriormente. 
Borrione e Lordelo (2005) explicam que existe uma teoria que afirma que a 
escolha do parceiro sexual não é baseada no desempenho sexual que esta pessoa 
irá apresentar, mas sim em sua capacidade de desenvolvimento de ser pai ou mãe 
 
 
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em certo ponto da vida. Por isso o sexo feminino seria o objeto de maior seletividade 
e rejeição, dada a sua importância em gerar o filho e criá-lo. 
Existe também a estratégia sexual de curto prazo, em que o homem 
teoricamente pode ter várias parceiras com o objetivo de maior procriação. Para a 
mulher este ato fica mais difícil, pois precisa lidar com a discriminação social em ter 
vários parceiros o que não é aceitável. 
Carneiro (s.d) nos informou que a escolha sexual entre heterossexuais e 
homossexuais pode diferir ou se igualar em certos aspectos, em casais 
heterossexuais a dimensão da sexualidade é mais valorizada. Em homossexuais 
homens a vivência sexual do parceiro apresenta grande valia e para casais 
homossexuais femininos o que conta mais são o companheirismo e a amizade. De 
fato alguns valores mudaram, mas a base de tudo é que a concepção de uma nova 
família ainda permanece firme e forte e provavelmente jamais irá mudar. 
Percebemos que a ligação do sexo com a procriação ainda dita as regras na 
hora da escolha para o casamento, enquanto que para a cópula sem maiores 
interesses esta busca não é tão marcante. Mesmo com o passar dos anos, alguns 
valores permanecem fortes nas culturas de modo geral, perdurando por meio de 
gerações, mesmo que inconscientemente. 
 
 
13 MITOS SOBRE O SEXO 
 
 
Alguns mitos foram colocados em torno do assunto sexo, cabe nesta fase 
erradicar o máximo de dúvidas e trazer o assunto a um patamar mais elevado e 
menos assustador. 
Os mitos têm em grande maioria a função de repressão sexual, por isso 
devem ser banidos da fala social, já que esses mitos podem também agravar a 
ansiedade, e a culpa e esconder desejos, naturais do ser humano. 
Ainda hoje, em tempos modernos, eles são bastante difundidos causando 
confusão, discórdia e a diminuição do prazer que o sexo pode trazer para as 
pessoas. Alguns mitos mais erroneamente difundidos serão colocados na tabela a 
seguir: 
 
 
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TABELA 1 - MITOS REFERENTES À SEXUALIDADE 
A masturbação causa danos mentais 
irreversíveis. 
O vírus do HIV só atinge a 
homossexuais. 
Os homens têm desejo sexual maior 
que o das mulheres. 
Mulheres que fazem sexo com outras 
mulheres não adquirem AIDS. 
O primeiro ato sexual é doloroso para as 
mulheres. 
O anticoncepcional de emergência é 
também um abortivo. 
As virgens sempre apresentam 
sangramento durante o ato sexual. 
Sexo oral não é higiênico. 
Não pode ocorrer relação sexual no 
período menstrual. 
Após os quarenta anos o sexo não tem 
tanta importância. 
Sexo anal não traz prazer, somente dor. O tamanho do pênis interfere no prazer. 
O sexo oral indica falta de virilidade. 
Masturbação é uma prática 
exclusivamente masculina. 
Sexo oral é sinal de imaturidade. 
As mulheres não devem tomar iniciativa 
na relação sexual. 
A homossexualidade é uma 
anormalidade orgânica. 
Quem se masturba fica epilético. 
Sexo é sujo. 
Quanto mais sexo se faz agora menos 
sexo sobra para futuras relações. 
O homem deve estar sempre pronto 
para o sexo. 
A mulher grávida não pode ter relações 
sexuais. 
O tamanho dos pés, nariz e mãos 
corresponde ao tamanho do pênis. 
A vasectomia e a laqueadura diminuem 
o desejo sexual. 
O tamanho do clitóris corresponde à 
capacidade de ter prazer da mulher. 
A masturbação faz aparecer espinhas. 
Se o homem não ejacula 
frequentemente, o esperma vai para a 
cabeça e o deixa louco. 
Após os sessenta anos as pessoas não 
têm direito ao sexo. 
FONTE: ASSIS e COL.,1986; LINS, 1997; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010; MINISTÉRIO AS SAÚDE, 
2005; FONSECA, et al, 2001; RESSEL e GUALDA, 2003; CRUZ e OLIVEIRA, 2002. 
 
 
 
 
 
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14 EXAMES FEMININOS 
 
 
 
 
 
As mulheres devem periodicamenterealizar alguns exames a fim de 
acompanhar sua saúde, se prevenir de doenças e providenciar seu tratamento caso 
sejam descobertas. 
Os exames de rotina realizados pelas mulheres são: 
 
 Citologia oncótica; 
 Exame clínico das mamas e Mamografia. 
 
 
FIGURA 8 - CONSULTA FEMININA 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://soudiva.com/a-importancia-
do-papa-nicolau>. Acesso em: 10 nov. 2012. 
 
 
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 50 
 
14.1 CITOLOGIA ONCÓTICA 
 
 
O exame de citologia oncótica conhecido também por exame preventivo do 
colo do útero, papanicolau ou PapTest, é, no Brasil, a principal estratégia escolhida 
para o rastreamento precoce do câncer de colo de útero e doenças sexualmente 
transmissíveis (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 
Existem hoje muitos fatores associados ao câncer de colo de útero: 
 
 Fatores como o início precoce da atividade sexual; 
 A contaminação por HPV; 
 O uso prolongado de anticoncepcionais orais. 
 
Por isso a prevenção é a melhor escolha para a saúde, esta prevenção se 
dá pelo exame simples que é realizado em consultório médico e pode ser realizado 
por médico ou por enfermeiro. 
O exame consiste na coleta de material do colo do útero, é simples e 
normalmente não dói, para ser realizado é necessário que a mulher não tenha tido 
relações sexuais, nem ter usado duchas e medicações nas últimas 48 horas, além 
disso, ela não pode estar menstruada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 
Este exame deve ser realizado por toda mulher que já teve sua primeira 
relação sexual, anualmente e a cada dois resultados normais. Pode ser realizado 
novamente a cada três anos, a faixa etária, maiormente preconizada para a 
realização do exame é dos 25 aos 60 anos de idade (MINISTÉIO DA SAÚDE, 2006). 
 
 
14.2 EXAME CLÍNICO DAS MAMAS E MAMOGRAFIA 
 
 
O exame clínico das mamas é um dos mais importantes para a detecção do 
câncer de mama e deve ser realizado por mulheres acima de 40 anos salvo em 
casos em que a mulher já apresente motivos como: histórico familiar, menarca 
 
 
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precoce e mulheres com histórico de lesão mamária. E a mamografia deve ser 
realizada em mulheres de 50 a 69 anos. Para as mulheres do grupo de risco, a 
necessidade de exame clínico e da mamografia é maior, por isso devem ser 
realizados a partir dos 35 anos de idade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 
O exame clínico consiste na observação e palpação das mamas e linfonodos 
realizadas por médico ou enfermeiros, caso sejam encontradas anormalidades é 
indicada a mamografia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 
 
 
14.3 AUTOEXAME DAS MAMAS 
 
 
O autoexame das mamas deve ser realizado pela mulher, uma vez ao mês 
após a menstruação e para aquelas mulheres que não menstruam mais deve ser 
realizado no mesmo dia de cada mês a fim de detectar qualquer anormalidade e 
recorrer ao tratamento necessário com maior segurança (BIBLIOTECA VIRTUAL DE 
SAÚDE, 2003). 
Este exame pode ser realizado no banho ou deitada, é necessário elevar os 
braços em busca de anormalidades, com o braço direito elevado, deve-se deslizar 
os dedos da mão esquerda na mama direita em direção a axila e vice-versa 
(BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE, 2003). 
 
 
 
 
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15 EXAMES MASCULINOS 
 
 
 
 
 
Os homens também devem se prevenir e realizar alguns exames 
anualmente, ficando mais seguros em relação a sua saúde e também para transmitir 
maior segurança a sua parceira, alguns exames que o homem deve realizar são: 
 PSA; 
 Toque retal. 
 
 
15.1 PSA 
 
 
O PSA é uma proteína produzida na próstata e liberada no sangue. Esta 
substância serve para detectar mais precocemente o câncer de próstata e outros 
problemas, esse exame deve ser realizado em homens acima dos 50 anos, sendo 
FIGURA 9 - CONSULTA MASCULINA 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.folhadacidade.inf.br/site.asp?cod_editoria=6>. 
Acesso: 10 nov. 2012. 
 
 
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que o valor limite aceitável deve ser de 4ng/ml (INCA, 2007; BIBLIOTECA VIRTUAL 
DE SAÚDE, 2007). 
Para homens com histórico familiar de câncer de próstata, este exame deve 
ser realizado a partir dos 45 anos (INCA, 2007). 
 
 
15.2 TOQUE RETAL 
 
 
O toque retal é um exame realizado em consultório médico normalmente 
após a realização do exame PSA, para confirmar a ausência ou existência de 
anomalias, podendo ou não representar o câncer. 
Este exame deve ser realizado após os 50 anos, salvo em casos de histórico 
familiar de câncer de próstata, neste caso o exame deve ocorrer aos 45 anos (INCA, 
2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II

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