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Prova Ciencias Sociais INPG

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Aula 1
     A ciência é a grande força que impõe caminhos e muda a vida, atropelando valores, vontades, forças políticas ou econômicas. São os avanços da ciência que provêm uma vida mais segura, feliz e confortável para o homem aqui na terra. Sendo, algo diferente da opinião, do que alguém acha, dos valores, das ideologias.  
As ciências sociais eventualmente são chamadas de ciências humanas. De qualquer forma, as ciências sociais estudam o homem na sociedade. Tratam de suas escolhas, manifestações, comportamentos, mas no contexto social. Quando a pessoa nasce, ela já encontra, por assim dizer, um mundo pronto, com seus determinantes, suas formas de funcionamento, suas divisões de classes, suas ideologias, enfim, um tecido social no qual a pessoa queira ou não será imersa e na qual terá de viver.
    As ciências sociais dividem-se em um tronco mais reflexivo, analítico, estruturado, e em um tronco mais voltado à solução de problemas práticos - e aí já há um nome consagrado: ciências sociais aplicadas.
As ciências sociais puras ajudam-nos a entender de onde as coisas vieram, por que são como são, que fatores essenciais operam nas mudanças da sociedade, esclarecem sobre a experiência passada e inspira para o futuro.
As ciências sociais puras dividiram-se em três campos principais: a sociologia, a política e a antropologia. Grosso modo, a sociologia lida com as relações sociais, a política com o poder e seu exercício e a antropologia lida com a cultura. 
Aula 2 
Na verdade, estamos tratando, de modo consciente ou não, da política. Em três sentidos: a) política como atividade natural de nossa vida em sociedade - agimos politicamente estejamos ou não conscientes disso; b) política como uma reflexão sistemática sobre a sociedade ideal; c) política como ciência, como disciplina que investiga esses tipos de questão, procurando compreender, explicar, prever, propor soluções. 
Política como uma atividade intelectual - um corpo de pensamento e conhecimento que evoluiu desde a antiguidade e que procura dar não só respostas a certas indagações, mas também pode criar sociedades melhores para todos.  
Na Grécia Antiga que a política que adquiriu cunho de ciência embrionária, empírica, analítica, voltada para a compreensão das coisas como elas são.
 Cremonese (2016): a política como uma teoria filosófica, idealista, atrelada a valores, que diz como as coisas deveriam ser, isto é, propõe um ideal de sociedade vincula-se às ideias de Sócrates.
Aristóteles: assentar as bases da política como ciência, analítica, empírica, ligadas aos fatos, que buscar ver as coisas como elas são, com suas ideias expressas. 
Nicolau Maquiavel: um guia sobre como obter, ampliar e conservar o poder
Montesquieu, Charles-Louis de Secondat: política valorativa e as ideias de liberalismo político com observação sistemática da política e a proposição de forma de governo que influenciou decisivamente o Direito Constitucional. 
Tocqueville: moderna ciência política democracia nos EUA
Karl Marx: fenômeno do poder
Augusto Comte: método positivista.
A ciência política consolidou-se como tal, por fim, nas primeiras décadas do século XX, com foco em cinco áreas principais de investigação: Governo incluindo direito constitucional, administração pública, relações internacionais, comportamento político, análise de políticas públicas.
O que é política
É uma ciência, com metodologia própria, um corpo de conhecimento acumulado, distinção em relação a outros campos do saber, campos de investigação definidos.
A preocupação central é o poder, sua organização, seu exercício, as instituições públicas e privadas que o exercem, partidos, as questões de legitimidade.
Considerada filosofia -  um conjunto de propostas sobre como a sociedade deve ser, como o poder deve comportar-se. 
Ação prática, a busca e o exercício do poder, no âmbito das instituições e também no âmbito da sociedade em geral.
Polis, a cidade, e o poder de transformá-la para que atenda nossas expectativas.
Política e cidadania
Conscientização sobre os direitos políticos, principalmente relativos a voto, direitos e privilégios constitucionais, direito a serviços básicos providos pelo Estado.
Participação nas atividades do estado.
A reflexão sobre conceitos de democracia, ditadora, estruturas de poder do estado.
Compreensão dos processos de persuasão e influência.
Compreensão dos conceitos de separação de poderes, sistema parlamentar, imunidade diplomática, direitos humanos, bem comum, serviços sociais.
As organizações são palco de relações de poder, de disputas, de cooperação e competição entre grupos e indivíduos. 
Liderança é exercer influência e conquistar adesão espontânea - de subordinados, de pares e também de superiores na hierarquia. 
Aprender política cria vantagens competitivas para o crescimento no contexto organizacional.
Aula 3
     A sociologia estuda os seres humanos em sociedade.
 O problema da sociologia, é o do comportamento das pessoas como seres imersos na sociedade, comportamento determinado pela sociedade. É Homem vivendo e atuando na sociedade que herdou e agindo dentro das regras estabelecidas por ela. A sociologia é um método de observar a sociedade 
O comportamento humano é ordenado, padronizado e estruturado socialmente e, a sociologia é como um estilo de pensar, estaremos adquirindo uma visão sistêmica de enxergar a realidade social. 
O estudo do homem em sociedade pode ter um enfoque macrossociológico ou micro sociológico.
Na moderna sociologia a análise da sociedade como todo tem ficado em plano menos destacado que o dado a enfoque sobre partes e processos dessa, o que inclui tópicos como globalização, raça e etnia, consumo, famílias, desigualdade, conhecimento, produção e trabalho, religião, educação.
A mudança social intensa e acelerada é que suscitou um conjunto de reflexões mais densas e aprofundadas com foco na sociedade.
O surgimento da sociologia no século XIX como decorrência da necessidade dos homens de compreender os inúmeros problemas sociais que estavam aparecendo, em razão da industrialização iniciada no século XVIII.
No início do século XIX ao início do século XX estabeleceram as bases da sociologia como ciência independente, com objeto e método próprios. 
Auguste Comte (1798-1857) e Karl Marx (1818-1883), propuseram visões integradas da sociedade, seu processo de mudança, seu ideal a concretizar e, igualmente, chegaram a métodos para estudo e compreensão. 
Comte criou o termo sociologia, o estudo sistemático da sociedade e à criação de uma nova ordem social. Partiu do que denominou filosofia da história para explicar a evolução da sociedade humana, que se desenvolveria em três estados. O primeiro seria o teológico. Este teria três estágios, inicialmente com o fetichismo que atribuía alma aos seres naturais; deste, a sociedade teria passado ao politeísmo com explicações atribuídas às divindades múltiplas, chegando-se a pôr fim ao monoteísmo. 
O segundo dos três estados seria o metafísico, que introduziria a reflexão sistemática e a argumentação, desnudando as contradições do estado teológico. O estado metafísico substituiria os reis e sua pretensa legitimação divina pelos filósofos juristas que proporiam um contrato para a sociedade, o que levaria à soberania do povo. 
Por fim, viria o terceiro estado, o positivo, as soluções propostas por imaginação e abstração, colocando em seu lugar observação, fatos, busca de leis universais, isto é, ciência. 
A ciência sociológica trataria da plenitude, da visão totalizante, da reforma das instituições, da criação de uma nova ordem que poderia moralizar o capitalismo chegando-se a um estado de ordem e progresso. 
Para Comte a transformação social adviria de uma reforma intelectual do Homem, que levaria a uma nova sociedade. 
     Karl Marx (1818-1883), a pesquisa da sociedade e sua evolução e a reflexão sobre questões de poder e as relações econômicas. 
 A tese central de sua doutrina era a de que ao longo da história as condições de produção, a técnica de produção, é que determinara o surgimento das ideias dassociedades, concretizadas em suas estruturas jurídicas, religiosas, políticas. 
A revolução comunista, que seria a tomada do poder pelos operários, que aboliriam a propriedade privada se apoderaria dos meios de produção, e condicionariam o estado a tornar-se instrumento real da democracia e justiça social.
Liedke Filho, desenvolvimento da sociologia do Brasil em quatro fases. A primeira, denominada pré-científica era dominada pela atuação de pensadores isolados no século XIX, sob influência de Comte e outros pensadores europeus. Na década de 1930 surgiram as cátedras e passou-se à fase da sociologia de cátedras, registrando-se também a criação de cursos superiores específicos. No período entre 1964 e 1985 foi o período das cassações que atingiram sociólogos, empreendidas pela ditadura militar. De 1985 em diante houve reorganização dos cursos superiores dentro do paradigma da ciência moderna, caracterizando a institucionalização ensino e pesquisa sociologia Brasil, com criação de cursos de pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado,
Aula 4
K. Kris Hirst (2017):  Antropologia pode ser vista como uma ciência ou como um conjunto de ciências que busca entender o Homem, sua cultura e o seu desenvolvimento, com uma visão que faz conexão entre cultura e biologia. 
Eric Wolf: recorre à história, à literatura, às ciências naturais, às ciências sociais na busca de compreender a diversidade de culturas e variações humanas.
Ela questiona o que tomamos como certo e "natural” em decorrência da tradição em que fomos criados, busca estabelecer os princípios comportamentais norteadores do desenvolvimento social, as manifestações humanas específicas e diversificadas: os corpos, as vestimentas, a fala, a religião, o trabalho, etc.
Um aspecto a destacar na antropologia: Por aproximar-se de outras culturas e buscar compreendê-las, ela cria "pontes” de ligação entre povos. 
A antropologia tem 4 grandes campos, a saber: antropologia biológica, antropologia cultural, arqueologia e antropologia linguística. 
Ciência da arqueologia: (HIRST, 2017): o interesse pelo passado e a busca de explicações a partir dele remonta à antiguidade e foi parcialmente motivada pela busca a tesouros e a relíquias religiosas. 
Cinco pilares básicos da arqueologia científica:  a importância da escavação estratigráfica; a consideração da relevância do "pequeno achado" e "artefato simples"; o uso criterioso de notas de campo, fotografia e mapas de planos no registro de processos de escavação; a publicação de resultados; e os rudimentos de escavações cooperativas e direitos dos nativos.
Antropologia cultural ou social: trabalharam basicamente com o conceito de evolução cumulativa da cultura. Os modelos de evolução cultural propostos hoje são vistos como simplistas e baseados em evidências fracas e etnocêntricos. As "outras” culturas fazem sentido e que este só pode ser acessado por meio da interação com indivíduos dessa e a observação direta. 
Franz Boas: pai da antropologia de quatro campos, da tradição americana, no qual não há superioridade de uma cultura sobre a outra: há o relativismo cultural e cada cultura tem de ser entendida segundo seus próprios valores e visões. 
Claude Lévi-Strauss: caminho da linguística para a compreensão da sociedade e seu desenvolvimento. Sua teoria, o estruturalismo, propunha que o melhor caminho para entender uma cultura é a análise de seus mitos e histórias, para identificar seus temas centrais. 
Edward Burnett Tylor definiu cultura: "esse todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, lei, moral, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos (pelos seres humanos) como membros de uma sociedade”
A cultura é a questão central da antropologia. Ela contempla o conjunto dos modos de pensar, sentir e agir de uma sociedade em sua interação com o ambiente, a cultura transforma a própria natureza do homem.
Todas as formas de manifestação desse grupo quanto a relações, poder, símbolos, transgressão, manifestações artísticas e expressivas em geral, etc. fazem parte da cultura. 
Aula 5 
Um problema dos fatos sociais, do entendimento desses e das pesquisas em ciências sociais. Os fatos estão em permanente transição. 
O pesquisador tem seu histórico pessoal, sua origem, suas experiências de vida, sua formação. 
Os sistemas sociais são complexos. 
A sociedade está em permanente mudança.
As conclusões têm validade transitória que precisa ser bem demarcada. 
O método e os métodos e técnicas dele derivados tornam-se essencial para eliminar os problemas acima e chegar a compreensão de fenômenos sociais.
O método é a ciência. 
A ciência é um método de abordagem do mundo empírico todo, isto é, do mundo que é suscetível de ser experimentado pelo homem.
Esse método, a ciência, tem características que o tornam eficaz em chegar a um conhecimento mais adequado da realidade que nos cerca, características comuns das ciências, entre as quais se incluem:
-Observação cuidadosa e precisa dos fatos. 
-Formulação de teorias que efetivamente sejam sustentadas pelos fatos.  
-Verificações sucessivas. 
-Comunicação clara e precisa.
-Consideração do conhecimento já existente. 
-A ciência só aceita a racionalidade, vale dizer a razão e a lógica. 
O método é a ciência e, no contexto dessa, há métodos e técnicas válidos. Esses, ao longo do tempo, sofrem permanente avaliação dos pesquisadores e vão aprimorando-se também. 
No contexto da ciência alguns procedimentos são essenciais. São eles:
-    A coleta de dados
-    A formulação de conceitos
-    A formulação de teorias
-    A comunicação 
Métodos significa um conjunto de procedimentos reconhecidos como válidos para realização de um procedimento no contexto da pesquisa. Os métodos, entre outros pontos, indicam técnicas. Estas são formas específicas e consolidadas como válidas para dar conta de problemas da pesquisa. 
Nas distintas ramificações das ciências sociais há métodos e técnicas que oferecem maior adequação em cada uma das etapas do processo. 
Um dos modos mais eficazes de assegurar a cientificidade nos procedimentos de pesquisa é o planejamento adequado. 
O planejamento amplia a probabilidade de que chega à melhor coleta de informações, análise e interpretação dos fatos, conceptualização, formação de teorias, relato de resultados. 
 As etapas da pesquisa podem ser assim apresentadas:
- Projeto
-    Discussão e aprovação
-    Execução
-    Apresentação
O projeto poderá ter configurações diferentes conforme o tipo de instituição em que será apresentado, mas, alguns itens fundamentais são universais. 
-    Introdução
-    Objetivos
-    Justificativa
-    Revisão bibliográfica
-    Metodologia
-    Cronograma
Objetivo geral de pesquisa: que conhecimento ela pretende atingir. 
A justificativa de qualquer projeto é a análise de seu custo benefício. Qual a contribuição que ele poderia trazer para a ampliação do saber ou para solução de problemas práticos, qual a relevância dessa contribuição, etc.
Entre os métodos mais usuais das ciências sociais estão:
-    Observação 
-    Análise documental 
-    Questionários
-    Entrevistas 
-    Levantamentos (survey)
-    Etnografia
-    Pesquisa-ação
-    Estudo de caso
Cronograma: Este indica quais são as etapas do estudo e quando cada uma será feita. Serve de elemento de controle e orientação.
Aprovação: primeira prova do pesquisador - e da cientificidade de sua proposta. O projeto é avaliado por outros pesquisadores, tão ou mais qualificados que o proponente. 
O pesquisador parte então para os trabalhos de coleta de dados, análise, interpretação, formulação de conceitos e teorias, etc, além de acompanhado passo a passo, porque o resultado final terá impacto sobre a reputação da instituição e sobre sua responsabilidade em relação às verbas empenhadas. 
Esta poderá culminar em uma conferência, um relatório de pesquisa, uma tese de doutorado, uma dissertação de mestrado, um artigo científico. 
O resultado final poderá não ser ciência de verdade, mas, há maior probabilidade de que o seja. 
Aula 6
-Curiosidade intelectual: se nãohouver um adequado direcionamento na busca do conhecimento elas poderão embrenhar-se mais e mais na floresta de informações e perder a direção daquilo que realmente será mais relevante ou será mais útil para elas. 
-Imagem - A ausência de conhecimento poderá afetar a imagem e reputação de uma pessoa. 
-Repertório - Ter um repertório de conhecimento e informação amplo traz inúmeras vantagens.  Entre essas podemos mencionar: 1) melhor entendimento de questões direta ou indiretamente relacionadas com o trabalho e atividades sociais; 2) maior potencial para criação de ideias para aplicação no trabalho e em outras áreas; 3) diferenciação profissional que amplia o potencial para a liderança.
Comece por fazer uma lista dos conhecimentos relevantes para a área de atuação. 
Há aqueles conhecimentos que, embora não sejam prioritários, podem acrescentar bastante à visão do profissional. Vamos classificá-los como desejáveis.  
É necessário escolher criteriosamente os sites para buscar informação. 
Fontes de valor são sites criados e mantidos por instituições ou pessoas com legitimidade na área. 
-Sites de jornais, agências de notícias e revistas não acadêmicas de credibilidade.
As revistas acadêmicas são classificadas na Qualis, da Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior. 
Sites de instituições profissionais, tem associação que divulga material sobre a área com critérios editoriais mais seguros.
Sites de instituições acadêmicas, publicam revistas ou artigos que passaram por crivo rigoroso. 
Quase todas as universidades disponibilizam artigos, dissertações e teses produzidos internamente. 
Nos sites de pesquisa uma boa alternativa é procurar o link para imprensa ou notícias, porque ali se encontram textos mais curtos e diretos sobre questões pesquisadas.
     Há inúmeros sites que enviam e-mails com sumário das novas informações disponíveis. 
O livro continua sendo um dos meios mais seguro de adquirir conhecimento de modo organizado. 
É fundamental notar: O livro didático é a escolha certa para iniciar em qualquer área de estudo. 
     Não se pode estudar tudo, mas, é fundamental acompanhar o fluxo das informações com base diária, para selecionar tópicos de real interesse. 
Se o tempo é curto é necessário usá-lo bem. O segredo é ter objetivos de estudo bem definidos e dedicar uma quantidade de tempo para isso, com real concentração, de forma regular e sistemática. 
	Aula 7
Questões políticas manifestam-se todas as vezes que falamos em organizar uma empresa.  
Os conhecimentos das ciências sociais na área organizacional têm duas vertentes principais: 
Visão crítica
A primeira delas é a orientação crítica: a visão crítica é uma vertente mais restrita em termos de pesquisa e literatura organizacional. 
Essa orientação analisa as organizações quanto à sua natureza e seu papel no contexto da sociedade, questionando a validade de suas práticas. 
Apresenta uma visão bastante negativa das organizações e da teoria organizacional, que tenderiam a afastar do homem e da sociedade a conduta mais condizente com uma vida autêntica e de plena realização. 
Serviriam como instrumentos de engodo de consumidores, empregados, parceiros. De certa forma as organizações seriam aparatos destinados a produzir e sustentar alienação e comportamentos instrumentalmente voltados à preservação da ordem capitalista. A própria teoria organizacional seria basicamente reflexo dessa ideologia e as empresas produziriam uma "teoria” sustentadora do status quo.
Textos de visão crítica da organização e seus processos operacionais são de grande valia por provocar uma discussão dos fundamentos dessas e de sua situação no contexto social. 
O praticante da gestão, a visão crítica tem valor elevado também, porque é um antídoto contra o simplismo e a simplificação que frequentemente serve à empresa, mas não seus usuários, empregados ou à sociedade.
Visão prática têm foco analítico e este destina-se a apresentar as organizações e seus processos, dando conta de como funcionam e indicando como deveriam funcionar. Ou têm foco prescritivo em que se propõem modos de lidar com problemas práticos organizacionais com vistas à maximização da produtividade dessas. 
Os conhecimentos das ciências sociais são incorporados aos das ciências sociais aplicadas.
Os conhecimentos das ciências sociais igualmente passam a ser incorporados às práticas profissionais dos especialistas graduados nos vários segmentos das ciências sociais aplicadas. 
Nas áreas de administração geral e recursos humanos igualmente os métodos das ciências sociais são fundamentais à busca de informação adequada para amparar decisões. 
Aula 8 
A maneira de ver das pessoas afeta seus comportamentos que, muitas vezes, tendem a levar a resultados que justifiquem suas maneiras de ver.  
 Assim, por produzir profecias autorrealizáveis, as visões que a pessoa desenvolve sobre as coisas fundamentais da vida acabam por prejudicá-la, ou, no caso contrário, ajudá-la a atingir maiores níveis de realização e gratificação. Frequentemente a profecia é um processo inconsciente. 
Uma coisa é a visão de mundo do sujeito e outra é sua visão sobre como posicionar-se e operar no contexto da sociedade em que vive. 
Temas relevantes para uma reflexão e posicionamento pessoal adequado? São aqueles que dizem respeito a processos ou fenômenos centrais da vida social, que têm relação direta com a atuação individual, que são avaliados em termos de valores pessoais, que exigem alguma forma de posicionamento pessoal. 
Vivemos em uma sociedade ocidental, capitalista, de tradição judaico-cristã, democrática. 
A simplificação e a generalização são inaceitáveis no plano da análise e discussão de problemas complexos, porque seguramente levam à incompreensão e ao erro de avaliação. Precisam e podem ser combatidas, porque visões inadequadas levam a orientações e posicionamentos igualmente inadequados. 
Pós-modernidade: as dificuldades para ter uma compreensão mais adequada e aprofundada da sociedade em que vivemos é agravada pelo fato de estarmos dentro dessa sociedade e, em termos mais atuais, pelas transformações pelas quais ela vem passando.
A emergência de uma sociedade em que as visões de mundo até então reinantes deixam de fazer sentido, face ao conjunto de transformações significativas, intensas e rápidas, que se observa na sociedade e todos nos defrontamos com sinais confusos, incertezas, imprevisibilidade. 
Aula 9
     Esse posicionamento de esquerda ou de direita quase sempre é inadequado. 
-Porque é simplificador 
-Porque é emocional 
-Porque cria percepção seletiva
-Porque cria profecia autorrealizável
Os estados, as classes políticas e a própria democracia não atendem às expectativas e têm dificuldade em conquistar adesão integral, porque as pessoas percebem-se mais como expectadoras das relações do poder que como parte dele. Há um desencanto com a democracia e com sua expressão mais característica: a eleição. 
No contexto de algumas democracias, há uma nítida percepção de que o próprio estado está a serviço de grupos econômicos. Se essa percepção não é cem por cento condizente com a verdade em todos os casos, em muitos países ela o é e em todos, em algum grau ela é. 
A revista The Economist faz um ranking das democracias no mundo e mostra quais são mais eficientes em atingir expectativas básicas em cinco quesitos: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política
Fatores que podem reverter, ao longo do tempo, esse quadro podemos incluir: 
-Manifestação popular 
-Adoção de postura proativa por parte de pessoas que, de algum modo e em alguma instância exerce algum poder 
-Informação 
-Participação política direta 
Algumas considerações sobre o poder (MORGAN, 1996; SCHERMERHORN, 2007):
-Ele é inevitável e necessário no contexto social em que vivemos e nas organizações que hoje existem. 
-Conquanto o poder seja inevitável e possa ser funcional, ou seja, bom para o desempenho da sociedade, da empresa, dos grupos, a existência do podere a necessidade de lidar com ele causa desconforto a muita gente.
-O poder frequentemente é associado a ideias negativas, como manipulação, domínio, submissão, corrupção etc. 
-Como quaisquer outros traços de comportamento humano, o exercício do poder e da aceitação da influência desse, vem evoluindo ao longo do tempo, assumindo os tons de democracia, respeito a direitos, padrões éticos hoje esperados e cobrados de todos. 
-O poder provém de diferentes fontes: o cargo, o conhecimento, as alianças formais ou informais, habilidade natural ou adquirida por experiência ou treinamento.
-O poder pode ser classificado como funcional, quando exercido ou aceito em prol de interesses legítimos daqueles que são beneficiários formais da ação, ou disfuncional, quando serve a interesses alheios à missão organizacional.
-As relações de poder se dão em situações que têm os seguintes ingredientes principais: um agente do poder, um paciente do poder, uma tarefa a ser realizada, objetivos e padrões de desempenho esperados para a tarefa, um conjunto de regras, um conjunto de recursos. 
-    As relações entre agentes e pacientes do poder oscilarão entre cooperação e conflito. Tanto a cooperação quanto o conflito poderão ser funcionais quanto disfuncionais. 
Aula 10
     O trabalho, ao longo do tempo, foi visto de diferentes modos pela sociedade e pelos pensadores. Na antiguidade clássica era visto como atividade inferior, desgastante e dura, destinada aos escravos que estavam longe das escolhas qualitativas dos homens livres. Na religião esteve associado ao sentido de necessidade e castigo, constituindo-se obrigação de todos, por solidariedade, e também, a partir da chegada das doutrinas protestante, como caminho digno para uma vida mais próspera e feliz, além de redenção do homem. 
Na visão marxista ele seria uma mercadoria degradada, alienante, humilhante, o centro da exploração da mais valia pelo capitalista. Nas várias teorias da administração, por fim, aparece como esforço a ser compensado por remuneração adequada, condições de trabalho adequadas, e passível de "motivação” que o transformaria fonte de realização pessoal e crescimento” (CAPRONI NETO, 2017)
Algumas armadilhas afastam as pessoas de seus melhores interesses na atividade laborativa:
-Ênfase na remuneração. 
-Desatenção para com a gestão da carreira. 
-Aceitação de condições inadequadas. 
-Deixar-se seduzir por "motivações” de fantasia.
A empresa pode ser vista de vários ângulos. Vamos vê-la aqui sob a perspectiva de seus stakeholders:
     Empreendedores - Para estes uma empresa é o caminho para renda e para realização pessoal. Pessoas com potencial empreendedor usualmente gostam de criar, de encarar desafios, de agir em condição de risco, de produzir bens e serviços.
     Investidores - O investidor e o empreendedor frequentemente são a mesma pessoa, principalmente quando se trata de empresas pequenas. O que o investidor quer da empresa? Segurança e rentabilidade, objetivo de qualquer um que coloque suas sobras financeiras na poupança ou outras fontes de rendimento.
     Clientes - Estes são a razão de ser de uma empresa. A empresa surge porque há um mercado a ser atendido.
      Fornecedores - Para produzir bens e serviços toda empresa conta com uma rede de fornecedores que facultam sua operação produtiva. Esses querem parceria mutuamente produtiva e duradoura.
     Distribuidores - Esses levam os produtos das empresas até os clientes finais. São essenciais na logística do escoamento dos bens. Querem o mesmo que os fornecedores: parcerias mutuamente produtivas e duradouras. Todos são partes da cadeia produtiva.
     Empregados - Veem na empresa a oportunidade de renda e realização profissional. Querem remuneração condizente com sua qualificação e as condições de mercado, bom ambiente de trabalho, reconhecimento, etc.
     Governo - Naturalmente as empresas são as maiores geradoras de receita para o governo e são também coadjuvantes na execução de políticas econômicas e sociais. 
     Para que atinjam os objetivos de todo as empresas têm de ser produtivas, têm de ter lucros para distribuição e reinvestimento, têm de inovar e entregar valores à sociedade, têm de ter responsabilidade social. A todos interessa que as empresas atinjam graus elevados de eficiência e eficácia e todos: empreendedores, clientes, fornecedores, governo, enfim, toda a sociedade tem de contribuir nessa tarefa.

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