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Direitos das Mulheres no Trbalho No Brasil, as mulheres são as maiores responsáveis pelo bem-estar físico e mental da família, pelos afazeres domésticos, pela alimentação e cuidados com crianças e idosos. Ademais, em 42% dos lares brasileiros são elas que buscam o aporte financeiro para o sustento familiar . Disponível em: http://www.ipea.gov.br/retrato/ . Acesso em: 08 de março de 2021. Paradoxalmente, ganham os menores salários. Como são incumbidas da manutenção econômica dos filhos, aceitam trabalhos menos qualificados, informais e desprovidos de proteção social. Na Plataforma de Beijing (1995) , a Organização das Nações Unidas chama a atenção para a feminização da pobreza e para a importância de o Estado promover o empoderamento feminino para a superação da miséria. Três inovações importantes na luta pela melhoria da situação e dos direitos da mulher: 1- conceito de gênero, 2- a noção de empoderamento e 3- enfoque na transversalidade. "Quanto ao conceito de gênero, a análise migrou da perspectiva das diferenças biológicas entre homens e mulheres para o prisma sócio-cultural. ." Empoderamento -O Estado e a sociedade em geral devem criar condições para que a mulher possa adquirir o controle de seu próprio desenvolvimento. -A mulher deve não apenas ter poder sobre si mesma, mas também o poder de participar das decisões sobre temas importantes para o futuro da sociedade. Sempre contar com a participação de representante não profissional que defenda os interesses femininos quando a política a ser implantada ou incrementada impacte em sua condição de vida, educação, saúde, bem- estar e trabalho. Transversalidade de Gênero – Gender Mainstreaming A POBREZA É UM SUBSTANTIVO FEMININO. 1- POBREZA DE DINHEIRO. 2- POBREZA DE TEMPO. Dados da PNAD/IBGE mostram que a jornada total de trabalho das mulheres – que inclui as horas dedicadas ao trabalho remunerado e ao não remunerado – supera a dos homens. Em 2015, as mulheres trabalhavam quase 54 horas por semana, enquanto os homens possuíam jornadas totais de 46 horas, o que equivale a quase 400 horas de trabalho a mais para elas ao longo de um ano inteiro. Essa sobrecarga de trabalho impacta o cotidiano das mulheres de diferentes formas, diminuindo sua qualidade de vida, limitando suas possibilidades de entrada e permanência no mercado de trabalho ou nas instâncias de participação política, tornando menos frequente a participação em atividades de lazer e cultura, contribuindo para o adoecimento físico e psíquico e comprometimento de suas relações familiares e de amizade ou mesmo sua capacidade produtiva. O PAI, QUANDO MUITO, AJUDA A CUIDAR DA FAMÍLIA (FILHOS, PAIS ETC). QUEM AJUDA NÃO TEM OBRIGAÇÃO E ALÉM DE TUDO ACHA QUE ESTÁ FAZENDO UM FAVOR... EM BREVE ESTE FAVOR SERÁ COBRADO COM JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1- Trabalho invisível, realizado dentro da casa, nunca foi suficientemente reconhecido. 2- Por não ser remunerado, não gera independência econômica para a mulher. IBGE (PNAD) constatou que no ano de 2019, as mulheres receberam, em média, 77,7% da remuneração dos homens. Enquanto os homens ganharam em média R$ 2.555,00 por mês, as mulheres receberam R$ 1.985,00 . Retrocesso: em 2016, por exemplo, as mulheres ganhavam 86,7% dos salários pagos aos homens . Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20232-estatisticas-de-genero-responsabilidade-por-afazeres-afeta- insercao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho –NO BRASIL AS MULHERES SÃO MAIS ESCOLARIZADAS QUE OS HOMENS, MAS NÃO OCUPAM CARGOS DE CHEFIA. Nas maiores empresas brasileiras de capital aberto, apenas 12% das atividades destinadas às altas cúpulas são ocupadas por mulheres. Além disso, não há participação feminina na presidência de nenhuma das 50 maiores empresas do país . Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/forum-economico-mundial-ve-igualdade-de-genero-no- trabalho-em-257-anos/ No ano de 2018 projetava-se que seriam necessários 202 anos para que houvesse efetiva isonomia no tratamento entre homens e mulheres na esfera laborativa. Entretanto, em 2019 a situação se agravou e os indicadores apontaram que somente daqui a 257 anos é que se poderá vislumbrar a tão propalada igualdade. QUE DIRÁ A PARTIR DE 2020? Como acelerar esta marcha e diminuir os séculos que separam as condições entre homens e mulheres no mercado de trabalho? Como sair da pseudoproteção ao trabalho da mulher para a efetiva paridade de valores entre o trabalho feminino e o masculino? Há na CF/88 duas espécies de normas: 1- Caráter genérico. 2- Busca aperfeiçoar os mecanismos de não- discriminação. Este segundo tipo de norma não possui cunho protetivo, mas promocional. PROTEÇÃO X PROMOÇÃO PEC 229/2019 , que pretende alterar o inciso XVIII, do art. 7º, da Constituição Federal e revogar o inciso XIX, assim como o § 1º do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para dispor sobre a licença parental compartilhada. Desse modo, a licença gestante seria substituída por uma licença parental compartilhada, com duração de cento e oitenta dias, aos genitores e àqueles que adotarem ou obtiverem a guarda judicial. EXEMPLOS: a varejista Magazine Luiza, que criou um canal de denúncias em 2017 após o feminicídio de Denise Neves dos Anjos, gerente de uma das unidades localizadas na cidade de Campinas (SP) ENVIRONMENTAL, SOCIAL AND GOVERNANCE DECRETO 9.571/2018 https://www.brasildefato.com.br/2020/04/28/na-pb-empresarios-protestam-contra-quarentena-e-obrigam- trabalhadores-a-se-ajoelhar EMPRESÁRIOS OBRIGAM TRABALHADORES A SE AJOELHAREM EM PROTESTO CONTRA QUARENTENA NA PB DENÚNCIAS ANÔNIMAS DE COAÇÃO FORAM FEITAS AO SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE CAMPINA GRANDE NESTA SEGUNDA-FEIRA ASSÉDIO MORAL: FOTOGRAFIA DO DIA 28 DE ABRIL DE 2020. LEI 14.151, DE 12 DE MAIO DE 2021. Art. 1º Durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração. Parágrafo único. A empregada afastada nos termos docaputdeste artigo ficará à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância. CONVENÇÃO Nº 103 DA OIT RELATIVA AO AMPARO À MATERNIDADE (REVISTA EM 1952) ART. IV- 8. Em hipótese alguma, deve o empregador ser tido como pessoalmente responsável pelo custo das prestações devidas às mulheres que ele emprega. Caso seja impossível o desenvolvimento do trabalho remoto, é cabível a aplicação de medidas que visem a diminuir o ônus ao empregador. Por exemplo: Suspensão do contrato de trabalho ou a redução de salário e correspondente redução de jornada, mediante acordo entre as partes. Mas a aplicação exige adaptações, já que a nova lei dispõe sobre a manutenção do salário da mulher grávida. O empregador deve efetuar o pagamento da 'ajuda compensatória mensal' prevista no art. 9º da Medida Provisória 1.045, de modo a acumular com o "Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda" (Bem) que é pago pelo governo. Nessa hipótese, com a soma dos respectivos valores a empregada teria garantida a manutenção integral de sua renda, até que venha a obter o afastamento pela licença maternidade, quando então fará jus ao benefício do salário- maternidade, nos termos do que prevê o artigo 13 da referida Medida Provisória. Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Parágrafo único. O disposto no caputdeste artigo aplica- se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. Art. 461 da CLT - § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; I III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; (Incluído pela Lei nº V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9799.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9799.htm#art1 VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário. Em 2019, a Organização Internacional do Trabalho entendeu por bem em editar a Convenção 190 e a Recomendação 206, por meio das quais se estabelece que a violência e o assédio no trabalho atingem de forma desproporcional as mulheres nos mais variados espaços sociais. CONVENÇÃO 190 DA OIT E RECOMENDAÇÃO 206 Tratam da Violência e Assédio no trabalho e em decorrência do trabalho, e ampliam a noção de meio ambiente laboral para além dos ambientes físicos, incluindo ambientes virtuais e telepresenciais. CONVENÇÃO 190 DA OIT E RECOMENDAÇÃO 206 CONVENÇÃO 190 DA OIT E RECOMENDAÇÃO 206 O parágrafo 22 da Recomendação 206 reconhece a importância dos dados estatísticos e conclama os Estados signatários a envidar esforços para colher e publicar estatísticas desagregadas por gênero, forma de violência e assédio, setor de atividade econômica, e caraterísticas dos grupos em situações vulneráveis. Este procedimento é necessário para informar e monitorar as respostas políticas para prevenir e combater a violência e o assédio no mundo do trabalho. DENTRE OUTROS ASPECTOS BUSCA EVITAR A REVITIMIZAÇÃO DA MULHER QUANDO DA BUSCA PELOS APARELHOS ESTATAIS. CONVENÇÃO 190 DA OIT E RECOMENDAÇÃO 206 As mulheres vítimas de violência costumam ser sobrevitimizadas: Aconteceu com Susana (e os anciãos) no Antigo Testamento; com Artemisia Gentileschi, no século XVII; com Angela Diniz em sua casa em Cabo Frio e com tantas outras meninas e mulheres... JUNTAS SOMOS FORTES EROTILDE MINHARRO BARUERI 16/06/2021 MUITO OBRIGADA!
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