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Balança eletrônica DIOGO ANCHIETA , JOÃO VITOR MERLO, MARCIO COMELLI ,PAULO CESAR V. ZILIOTTO, diogo.anchieta@gmail.com, joaovitormerlo47@gmail.com, marciocomelli@yahoo.com.br, pcziliotto@gmail.com. Disciplina de instrumentação e sistema de medição, prof. Leandro Chies Resumo. O seguinte artigo, detalha as etapas de construção do projeto de uma balança com uso de extensômetros, a aplicação da Ponte de Wheatstone e amplificador de instrumentação. É apresentado os elementos utilizados e suas funções no projeto, além de mostrar os resultados obtidos com a balança em funcionamento. Palavras-chave: Wheatstone, balança, circuito . 1. Introdução Este projeto tem por objetivo realizar o processo de leitura de pesos utilizando sensores strain gauges, são sensores que alteram sua resistência devido à deformação mecânica da superfície onde estão instalados. Para atingir as medições com alto grau de confiança, utiliza-se uma ponte de Wheatstone, é um circuito elétrico utilizado para obter medições de resistências desconhecidas, para a finalidade da balança, são utilizados extensômetros sendo todos variáveis, desta forma tendo um erro de linearização nulo, além de um amplificador operacional, tendo por função amplificar o sinal, auxiliando na linearização e filtragem do mesmo. Como o valor lido na saída da ponte está na escala de milivolts, necessita-se de um amplificador operacional para amplificar o mesmo, assim pode-se reconhecer esta medição na entrada do conversor analógico-digital do microcontrolador e apresentá-lo graficamente para o usuário. Para este relatório foi necessário calcular, interpretar os cálculos e problemas propostos, e finalmente analisar os resultados obtidos. 2. Metodologia Para o desenvolvimento do presente artigo, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica utilizando artigos e livros sobre o tema para a validação dos cálculos e resultados. 2.1 Extensômetros Strain gauge, ou popular extensômetro piezoresistivo, são sensores capazes de medir qualquer alteração na superfície, quando a mesma sobre uma força de uma massa que é interpretada em uma superfície como pressão. Muito utilizadas para verificar deformações atuantes em equipamentos ou máquinas. Figura 1: Representação de um extensômetro (strain gauge). Fonte: http://ensus.com.br/extensometria-strain-gauge-o-que-e-quando-ut ilizar. Considerando a Figura 1 podemos verificar que existe um fio resistivo, o qual tem sua resistividade modificada conforme a superfície o qual está fixado tenha sido alterada. A variação dessa resistência resulta em uma mudança do diferencial de potencial, emitindo sinais elétricos, que são captados e convertidos através de um circuito para serem transformados em valores desejados. 2.2 A Ponte de Wheatstone O circuito de Wheatstone é um esquema em losango, que permite a aferição do valor da resistência desconhecida. A ponte pode ou não estar em equilíbrio, é considerada equilíbrio quando os resistores estão ajustados de maneira que a corrente é zero. 1 mailto:diogo.anchieta@gmail.com mailto:joaovitormerlo47@gmail.com mailto:marciocomelli@yahoo.com.br Figura 2: Ponte de Wheatstone. Fonte: Instituto Politécnico de Bragança. 2.3 Amplificador de Instrumentação Os amplificadores de instrumentação são normalmente utilizados em controle de processos industriais para coletar pequenos sinais de baixa intensidade, com uma alta impedância de entrada e um ganho ajustável. Resumidamente é um circuito eletrônico com In-amp com a finalidade de eliminar a necessidade do casamento de impedância com a resistência de entrada. Para o seguinte projeto é utilizado o amplificador INA333. Como apresentado no seu datasheet, ele possui portas de alimentação (4 e 7), portas de entrada (2 e 3), sendo a porta (6) a saída do amplificador, e a (5) sua referência. As portas (1 e 8) são utilizadas para definir o ganho de amplificação, como demonstra a Figura 4: Figura 4: Amplificador de Instrumentação INA333.. Fonte: https://components101.com/ics/ina333-instrumentati on-amplifier-pinout-features-alternatives-application- datasheet Onde se pode ver onde serão ligadas as duas entradas diferenciais, também pode ser visto o resistor Resistor de ganho (Rg), o qual irá regular o ganho do circuito, esse ganho é ditado pela equação abaixo, disponíveis no datasheet do INA333: 𝑅 𝐺 = 49.4𝑘Ω𝐺−1 𝐺 = 49. 4𝑘𝑅𝐺 + 1 3. Cálculo da flexão da barra Podemos chegar na fórmula de cálculo da flexão da barra da seguinte forma: (1)𝑇𝑓 = 𝑀 × 𝑊 [𝑁𝑚] Sendo a equação do momento máximo (M), é obtido da seguinte maneira: 𝑀á𝑥 = 𝐴 − 𝐶 × 𝑐 [𝑁𝑚] (2) E a resistência de seção transversal tempos a partir de: (3)𝑊 = ℎ×𝐵 2 6 Substituindo as equações 3 e 4 na primeira equação temos: (4)𝑇 𝑓 = 𝐴−𝐶( )×𝑐×6 ℎ.×𝐵2 [ 𝑁𝑚 ] Onde: Tf=tensão de flexão h=espessura barra (2mm) B=largura da barra (53mm) c=carga a ser lida (0,989) (A-C)= comprimento da barra entre os pontos (205 mm) Utilizando a equação de cálculo da flexão da barra com as medidas da mesma e usando uma carga de 100g chegamos no seguinte resultado de 224938,979[N/m], mostrado abaixo : (5)𝑇 𝑓 = 𝐴−𝐶( )×𝑐×6 ℎ.× 𝐵2 [ 𝑁𝑚 ] (6)𝑇 𝑓 = 0,205×0,989×6 0,002.× 0,0522 [ 𝑁𝑚 ] 2 (7) 𝑇 𝑓 = 224938, 979 [ 𝑁𝑚 ] Após encontrar o valor da flexão da barra de alumínio, conseguir alongamento da mesma através da equação: (8) ∆ 𝑙 = 𝑇 𝑓 ×𝑙 𝐸 [η𝑚] Sendo: Tf= tensão de flexão. E= elasticidade do material (aluminum). l= comprimento da barra entre os pontos (A-C). Achando assim: (9) ∆ 𝑙 = 224938,97 × 0,205 70×10 9 [η𝑚] (10) ∆ 𝑙 = 658, 74 [η𝑚] 4. Circuito eletrônico e cálculo da ponte de wheatstone Com a finalidade de confecção da PCI, é necessário projetar alguns dos componentes a serem utilizados, assim prevenindo possíveis problemas de saturação na leitura/ajuste do circuito. Com isso, são utilizados dois Trimpots, o primeiro com a função de variar a resistência da ponte, o que resulta em seu zeramento e o segundo com a finalidade de alterar o ganho do INA333, arquitetou-se os seus valores de acordo com as características pretendidas. Vale ressaltar que, mesmo sabendo que a tensão de alimentação projetada para o INA333 e para a ponte de Wheatstone são equivalentes, suas entradas de tensão da fonte foram separadas, assim faz-se a conexão em paralelo via cabo entre os canais de alimentação. Essa atitude foi tomada para em um primeiro momento alimentar a ponte de Wheatstone e após a verificação do funcionamento fazer o procedimento de alimentação do amplificador operacional, ou seja, garante-se que o INA333 não seja danificado 5. Resolução de Entrada e Saída Resolução é o menor incremento do mensurando que pode ser lido pelo sensor. Neste caso a de entrada tem a relação de tensão por bits, com valores de margem de 0 a 5V de tensão ADC e o número de bits é 10, existente no ADC do arduino. Podemos chegar nos valores das mesmas através da equação abaixo: (11)δ = 𝑀 2𝑛−1 Onde: = Resoluçãoδ M= faixa de medição n= número de bits do ADC (neste caso = 10) Através desta equação podemos chegar aos seguintes valores: (12)δ 𝑖𝑛 = 5𝑉 2𝑛−1 [ 𝑚𝑉𝑏𝑖𝑡 ] (13)δ = 5𝑉 210−1 [ 𝑚𝑉𝑏𝑖𝑡 ] Resolução de entrada: (14)δ = 4, 83 [ 𝑚𝑉𝑏𝑖𝑡 ] Resolução de saída: (15)δ 𝑜𝑢𝑡 = 100𝑔 210−1 [ 𝑚𝑔𝑏𝑖𝑡 ] (16)δ = 97752 [ 𝑚𝑔𝑏𝑖𝑡 ] 6. Desenhando e testando o circuito: Para o desenho e simulação do circuito utilizamos o software Multisim onde é possível simular os extensômetros, assim como realizar as aferições necessárias para que o circuito seja montado de forma correta, verificando as tensões e as correntes que ocorrem no circuito. Figura 5: Circuito completo da Balança 3 Fonte: Circuito Fornecido pelo professor e completado pelos acadêmicos No circuito temos duas partes, a parte a qual está o extensômetros, onde podemos variar as resistências dos resistores para conferência de cálculos, e a parte da placa de circuito impresso contendo os componentes eletrônicos para a amplificaçãodo sinal proveniente dos extensômetros este sinal é amplificado pelos AMP-OP neste circuito não estão especificados mas utilizaremos o Modelo INA333 da Analog Devices para conforme mostrado no item 2.3 figura 4. Também existe um diodo Zener para a conferência da variação de tensão, o circuito simulado irá demonstrar a variação na corrente de acordo com a variação nas resistências dos extensômetros. Figura 6: Circuito completo da balança com as variações nos resistores(extensômetros). Fonte: Circuito Fornecido pelo professor e completado pelos acadêmicos A variação nos valores dos resistores através da variação de R9 e R12 aumentando seus valores e R10 e R11 diminuindo gera uma diferença de 1mV na tensão mostrada na saída do circuito após a amplificação pelo INA333. 7. Desenhando o circuito PCB : A construção da placa de circuito impresso ou PCB(Printed Circuit Board). Utilizamos o programa Proteus Figura 6: Perspectiva frontal Fonte: Realizado pelos acadêmicos no Proteus Design Suite Figura 7: Trilhas Fonte: Realizado pelos acadêmicos no Proteus Design Suite Figura 8: Visualização do circuito montado sob as trilhas no PCB Fonte: Realizado pelos acadêmicos no Proteus Design Suite Figura 9: Placa de circuito impressa Fonte: Realizado pelos acadêmicos no Proteus Design Suite 8. Conclusão Conclui-se durante a concepção desse projeto que a complexidade e a importância de uma boa confecção de um equipamento o qual é comumente usado no dia-a-dia de muitas pessoas em várias 4 áreas, destacando a importância de ter um circuito eficiente para obter e tratar os sinais medidos, sendo que uma má calibração pode acabar acarretando em diversos erros de medição implicando em prejuízo para as partes que utilizam esse equipamento nos diversos campos da indústria, comércios e afins. 9. Referências Bibliográficas [1] Guilherme, José. Extensômetria (Strain Gauge) - O que é? Quando utilizar? Disponível em: <http://ensus.com.br/extensometria-strain-gauge-o-q ue-e-quando-utilizar/>. Acesso em 07/04/2021. [2] Parâmetros característicos de um sistema de medição. Disponível em: <http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medic ao/parametros-caracteristicos-de-um-sistema-de-med icao/> .Acesso em 07/04/2021. [3] Low Cost, Low Power Instrumetation Amplifier Dives. Disponivel em: <https://components101.com/ics/ina333-instrumentat ion-amplifier-pinout-features-alternatives-application -datasheet> Acesso em 07/04/2021 [4] A. Balbinot and V. Brusamarello, Instrumentação e fundamentos de medidas. Volume 1 (2a. ed.). Grupo Gen - LTC, 2000. [5] MUNDO EDUCAÇÃO, Ponte de Wheatstone. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ponte- wheatstone.htm>. Acesso em: Abril 2021. 5
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