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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO FACULDADE DE ENGENHARIA DIRETORIA DE EXATAS SEMÁFORO UTILIZANDO PILHA DE VOLTA E LED PARA VISUALIZAÇÃO São Paulo 2022 AUTORES André Luiz Leite Carlos (RA 321200542) Ademir Alves de Oliveira (RA 2222102778) Arthur Antunes Lino (RA 2222102713) Bruno Moraes Cerqueira (RA 2222102442) Fernando Limonge de Sousa (RA 922103846) Maurício do Nascimento Guimarães (RA 921115536) SEMÁFORO UTILIZANDO PILHA DE VOLTA E LED PARA VISUALIZAÇÃO Projeto integrador de circuitos, apresentado no curso de Graduação em Engenharia Elétrica como requisito para aprovação no curso de Engenharia. Docentes: profa. Miréia Florêncio Maio e prof. Fernando Aparecido Pacheco da Silva Fortunato São Paulo 2022 RESUMO Para os estudantes do curso de Engenharia Elétrica, um dos desafios é a integração dos conhecimento na hora de projetar um circuito para um determinado fim e que exigirá a integração de conhecimento na forma de cálculos, simulações, protótipos e testes. O presente trabalho tem por objetivo exercitar a integração de conhecimentos até o momento adquiridos sobre circuitos elétricos, circuitos digitais e desenho técnico elétrico. Para alcançar estes objetivos, a abordagem utilizada foi a prototipagem através do desenvolvimento de um projeto integrador de circuitos para um semáforo utilizando pilha de Volta e LED para visualização. Optou-se por fazer a simulação do circuito no software de simulação Proteus em substituição à construção do arranjo experimental para esse fim. Com essa simulação foi possível através dos cálculos de divisão de tempo e frequência do multivibrador alcançar os tempos dos estágios exigidos para o semáforo. Para o LED verde foi de 30 segundos, para o LED amarelo de 10 segundos e para o LED vermelho de 20 segundos indicando as ações de siga, atenção e pare respectivamente. Com a utilização do software de simulação, pode-se calcular os valores dos resistores e capacitores para o correto funcionamento do multivibrador com o circuito integrado LM 555 e a inclusão do contador para divisão dos tempos dos LEDs. Foi feito também o levantamento de preços dos componentes para uma montagem real em protoboard ou placa de PCB. Para a assertividade dos tempos de acionamento dos LEDs, usamos as ferramentas fornecidas pelo próprio Proteus como contadores de tempo e osciloscópio para medida dos períodos dos pulos do LM555. Nas conclusões do trabalho salientou-se que os resultados obtidos com a simulação se aproximaram dos resultados calculados devido ao fato dos tempos medidos pelo Proteus serem validados apenas no simulador e diferirem dos tempos reais medidos pelo relógio do computador, por exemplo. Também mostramos uma discrepância entre os valores medido e calculado do período do oscilador com LM555. Palavras-chaves: Semáforo com LED. Pilha de Volta. Multivibrador astável. Timer/Oscillator 555. Decade Counter 4017 SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................... ......................5 2. Desenvolvimento ................................................................................. .......................9 2.1 Funcionamento da Pilha de Volta .................................................................... .....9 2.2 Funcionamento do Multivibrador Astável e Multivibrador com Circuito Integrado LM 555..................................................................................................................................12 2.3 Simulação do Semáforo no Proteus e Análise dos Resultados............................................................................................................................17 2.3.1 – Simulação do Semáforo com LEDs e Oscilador com Circuito Integrado LM 555..................................................................................................................................17 3. Discussão dos Resultados Obtidos......................................................................28 4. Considerações Finais.............................................................................................29 Referências.........................................................................................................................30 5 1 – INTRODUÇÃO Para o projeto integrador de circuitos dois estudos tiveram especial atenção no entendimento da montagem do arranjo proposto: A pilha de Volta que fornecerá a energia para acender os LEDs e o multivibrador astável que fornecerá o clock para o contador com a frequência correta para divisão dos tempos do semáforo. A pilha de Volta, apresentada na figura 1, foi criada pelo químico e físico italiano Alessandro Volta (1745–1827). Volta refutou as ideias de Galvani sobre a existência de uma eletricidade animal (como vemos, por exemplo na contração da perna de uma rã quando estimulada), para ele a perna era simplesmente um condutor de eletricidade que se contraía quando estava em contato com dois diferentes metais. Essa consideração foi sem dúvida o embrião da fila de reatividade dos metais como conhecemos hoje. Aprofundando suas pesquisas, Volta construiu em 1800 a primeira pilha elétrica empilhando discos de cobre e de zinco, alternadamente, isolados por pedaços de tecido embebecido em solução de ácido sulfúrico, daí o nome de pilha para esse dispositivo (VIDAL e PORTO, 2022). Figura 1 – Pilha construída por Alessandro Volta Fonte: GUIDOB, 2022 O fluxo de elétrons que surge entre os terminais da pilha (zinco e cobre) é o resultado de um processo químico chamado oxirredução onde o disco de zinco que funciona como polo negativo (ânodo) sofre oxidação, isto é perda de elétrons, e o disco de cobre, o polo positivo (cátodo) sofre redução, isto é, ganho de elétrons. Para esse efeito ocorrer é preciso que entre os discos (eletrodos) haja uma solução de 6 ácido, como citado acima, que funciona como uma ponte (eletrólito) permitindo a movimentação dos íons, conforme apresentado na figura 2. Esse papel é feito pelos tecidos embebidos em ácido entre os discos (BASSINI, 2020). Figura 2 – Uma montagem atual da pilha de Volta Fonte: BASSINI, 2020 Outro recurso utilizado no projeto foi o multivibrador astável para geração do clock para o contador. Com esse clock, o contador de 00-99 pode dividir o tempo para acender os LEDs durante um determinado tempo e possibilitando a alternância entre eles, simulando o funcionamento de um semáforo. Circuitos lógicos individuais podem ser usados para construção de circuitos mais complexos como multivibradores, contadores, registradores de deslocamento, chaves e memórias (ELECTRONICS TUTORIALS, 2022). Estes circuitos operam continuamente entre dois estados distintos: ALTO e BAIXO. Mas para funcionar de forma sequencial estes circuitos precisam da adição de uma forma de clock ou sinal temporizado para lhes causar uma mudança de estado. Pulsos de clock são geralmente formas de onda quadrada ou retangular que produzidos em um circuito gerador de pulso tal como um Multivibrador. Multivibradores astáveis tem geralmente um ciclo de trabalho uniforme de 50%, ou seja, 50% do tempo a saída é ALTA e os restantes 50% do tempo a saída é BAIXA. Isto quer dizer que o ciclo de trabalho para um pulso de temporização astável é de 1:1. Circuitos sequenciais lógicos que usam sinal de clock para sincronizarem são dependentes também da frequência e, portanto, da largura do pulso para seu chaveamento, como mostrado na figura 3 abaixo. 7 Figura 3 – Forma de onda do sinal de clock Fonte: ELECTRONICS TUTORIALS, 2022 Os circuitos sequenciais podem mudar o seu estado por chaveamento usando sua barreira de subida (risingedge), sua barreira de descida (falling edge) ou as duas barreiras do sinal de clock (ELECTRONICS TUTORIALS, 2022). Dentro deste contexto podemos destacar a importância destes estudos para a integração de conhecimento sobre circuitos elétricos, circuitos digitais e geração de energia a partir de um experimento como o da montagem da pilha de Volta. O objetivo do projeto foi transmitir de forma didática e de baixo custo para os estudantes de Engenharia Elétrica, uma forma simples de elaborar um sistema de controle de acionamento automático de semáforos, usando LEDs como fonte de visualização e a pilha de Volta para energizar esses LEDs Do exposto, podemos considerar que o projeto integrador seguiu a metodologia da observação e experimentação que são usados para corroborar conceitos de circuitos elétricos e digitais. Neste sentido a experimentação é uma importante metodologia de ensino, e o experimento da construção da pilha de Volta juntamente com a simulação dos circuitos em software proporcionou melhor entendimento e fixação dos conceitos das disciplinas supracitadas. Este trabalho foi divido em quatro grupos textuais para melhor compreensão. Um resumo onde apresentamos o trabalho do semáforo utilizando pilha de Volta com LEDs para visualização de forma a facilitar a pesquisa por estudantes ou profissionais interessados no assunto, a introdução onde descrevemos um pouco dos conceitos sobre a pilha de Volta e do multivibrador astável que realizou o clock para o contador, os objetivos do trabalho e a metodologia científica empregada. O desenvolvimento onde aprofundamos os conceitos da oxirredução na pilha de Volta e a temporização com o multivibrador para a divisão de tempo para o semáforo, e os resultados obtidos com a montagem do protótipo e a simulação no software Proteus Design Suite versão 8 8.13 da Labcenter Electronics©. O último grupo textual refere-se a análise dos resultados obtidos e as considerações finais. 9 2 – DESENVOLVIMENTO 2.1 – FUNCIONAMENTO DA PILHA DE VOLTA A oxirredução chamada espontânea pode ser explicada com o mesmo experimento realizado por Alessandro Volta e já comentado na Introdução deste trabalho. Considere a inserção de uma fita de Zinco (Zn) em uma solução de Sulfato de Cobre II (CuSO4) como apresentado na figura 4. Neste arranjo, o Cobre (Cu) metálico é depositado no Zinco e o Zinco metálico dissolve-se e forma Zn+2 , porque à medida que ocorre a oxirredução, o Zinco é convertido em dois componentes Zn+2 e 2e- . Os elétrons fluem no sentido do ânodo onde são usados na reação de redução. Figura 4 – Arranjo básico de uma célula voltaica. Fonte: PIRES et al., 2012 O esperado é que o eletrodo de Zinco tenha perda de massa e que o eletrodo de Cobre ganhe massa. A partir desses conceitos podemos fazer as seguintes observações: a) No ânodo os elétrons são produtos (oxirredução); b) No cátodo os elétrons são reagentes (redução); c) Os elétrons não podem ser conduzidos através da água, íons em solução ou um fio metálico podem ser usados para transportar a corrente elétrica. Nesta célula voltaica espontânea os elétrons fluem do ânodo para o cátodo, desta forma ânodo é negativo e cátodo é positivo. Como os elétrons não fluem através da solução, eles têm de ser transportados por fio externo (PIRES et al., 2012). 10 Da definição da célula voltaica podemos determinar o que é Força Eletromotriz ou Eletromotiva (fem). Esta força é necessária para impulsionar os elétrons através do circuito externo . O potencial de célula (Ecel) é a fem de uma célula. Para soluções com concentração 1 mol/L a 25 ºC (condições padrão), a fem padrão (potencial padrão da célula) é representada por E0cel . O potencial da célula é a diferença dos potenciais dos eletrodos, associados ao ânodo e cátodo respectivamente. Assim as tabelas de potenciais-padrão do eletrodos têm valores associados à reação de redução e são denominados potencias-padrão de redução, E0red . Então o potencial da célula é definido como a diferença de potencial-padrão da reação no cátodo e o potencial-padrão de redução no ânodo: 𝐸𝑐𝑒𝑙 0 = 𝐸𝑟𝑒𝑑(𝑐á𝑡𝑜𝑑𝑜) 0 − 𝐸𝑟𝑒𝑑(â𝑛𝑜𝑑𝑜) 0 (1) Na tabela 1 abaixo, têm-se os potenciais-padrão de redução de uma série de semirreações, todas em meio aquoso, medidos a 25º C. tabela 1 – Potenciais-padrão de redução em água a 25o C Fonte: PIRES et al., 2012 11 A partir dos valores tabelados de potenciais-padrão de redução, Tabela 1, é possível estabelecer uma série de generalizações que auxiliam na interpretação de reações em ambiente aquoso: Quanto mais positivo o Eοred, mais forte é o agente oxidante à esquerda. Quanto mais negativo o Eοred, mais forte é o agente redutor à direita. Um elemento na parte esquerda superior da tabela de potenciais-padrão de redução oxidará espontaneamente um elemento que está na parte direita inferior da tabela (PIRES et al., 2012). Resumindo: a) As reações com Eοred > 0 (valores positivos) são reduções espontâneas; b) As reações com Eοred < 0 (valores negativos) são oxidações espontâneas; c) Quanto maior a diferença entre os valores de Eοred, maior é o Eοcel ; d) Em uma célula (espontânea) voltaica o Eοred (cátodo) é mais positivo do que Eοred (ânodo). Para avaliarmos a espontaneidade de uma reação de oxirredução, devemos considerar que em uma célula (espontânea) voltaica o: a) Eοred (cátodo) é mais positivo do que o Eοred (ânodo) uma vez que: b) Um Eοred positivo indica um processo espontâneo. c) Um Eοred negativo indica um processo não-espontâneo. 12 2.2 – FUNCIONAMENTO DO MULTIVIBRADOR ASTÁVEL COM CIRCUITO INTEGRADO LM 555 O estudo do multivibrador astável com transistores bipolares (componentes discretos) tem interesse didático para entendimento do projeto integrador, por isso em uma grande parte das referências bibliográficas encontramos este tipo de arranjo como mostrado na figura 5. Para entendermos o multivibrador astável que é o coração do temporizador de nosso experimento, vamos analisar primeiro o arranjo com transistores e na seção seguinte iremos analisá-lo com o circuito integrado LM 555 que possui comportamento semelhante a que apresentamos na figura 5. Neste arranjo com transistores não podemos afirmar qual transistor irá conduzir primeiro, então para fins didáticos vamos assumir que Q1 conduza primeiro enquanto Q2 está parado, e o capacitor C2 está carregado completamente. Então o circuito do multivibrador astável apresentado na figura 5 abaixo, passará a funcionar como segue: Q1 conduz e Q2 está parado, por isso VC1 = 0V sendo que toda corrente é desviada para o aterramento (gnd na figura) devido a condução de Q1, e VC2 = Vcc devido à queda da tensão em VC2 dado ao circuito aberto de TR2 (igual a tensão da fonte). Figura 5 – Diagrama de um multivibrador astável com transistores. Fonte: JAIN, 2018 13 Devido à alta voltagem de VC2, o capacitor C2 começa seu carregamento via Q1 através de R4 e C1 começa a carregar através de R2 via Q1. O tempo necessário para carregar C1 (T1 = R2C1) é maior que o tempo para carga de C2 (T2 = R4C2). Como C1 está conectado a base de Q2 e está carregando então esta placa do capacitor está em uma tensão maior e quando ela excede 0.65V, então ela polariza Q2. Quando C2 está totalmente carregado, então sua placa da esquerda estará a - Vcc ou -5V e está conectada à base de Q1, por isso ele corta a condução de Q2. Nesta situação TR1 não está conduzindo e Q2 conduz, portanto VC1 = 5V e VC2 = 0V. A placa esquerda de C1 está previamente com uma voltagem de -0.65V a qual começa a subir para 5V e está conectada ao coletor de Q1. A primeira descarga de C1 de 0V para 0.65V e em seguida começaa carregar através de R1 via Q2. Durante a carga, a placa direita de C1 está em um potencial baixo o qual desliga Q2. A placa direita de C2 está conectada ao coletor de Q2 e está inicialmente em +5V. Portanto, a primeira descarga de C2 será de 5V para 0V e depois começa a recarregar através do resistor R3. A placa esquerda de C2 durante a carga está em um potencial alto o qual polariza Q1 e o faz conduzir quando o potencial atinge 0.65V. Nesta configuração Q1 conduz e Q2 está parado, conforme a forma de onda da figura 6. A sequência descrita acima se repete e como resultado obtemos uma forma de onda dos dois coletores dos transistores os quais estão fora de fase um em relação ao outro. Para se conseguir uma forma de onda perfeitamente quadrada dos coletores dos transistores como mostrado na figura 6, calculamos as resistências dos coletores e das bases dos transistores de forma a serem iguais, isto é, R1 = R4, R2 = R3 e os mesmos valores dos capacitores o que fará nosso sistema simétrico. Por isso o ciclo de trabalho para o nível baixo e alto da forma de onda de saída é o mesmo o que gera uma onda quadrada. A constante de tempo da forma de onda depende do resistores da base e do coletor do transistor. Mostraremos estes cálculos na segunda seção deste trabalho, onde calculamos o período pela relação: Constante de Tempo = 0.693RC (JAIN, 2018). 14 Figura 6 – Forma de onda de saída dos coletores de Q1 e Q2 Fonte: TUTORIALSPOINT, 2022 A amplitude da forma de onda de saída é aproximadamente a mesma da fonte de tensão Vcc com o período de tempo de chaveamento entre os estados determinado pelas constantes RC dos capacitores e resistores conectados na base dos transistores. Vamos analisar agora o arranjo da figura 7 abaixo que é bastante similar ao do projeto que simulamos no Proteus, utilizando o CI LM 555. Figura 7 – Circuito oscilador básico com 555 Fonte: ELECTRONICS TUTORIALS, 2022 15 No circuito do oscilador 555 acima, o pino 2 e o pino 6 são conectados, permitindo que o circuito se reative a cada ciclo, e opere como um oscilador de funcionamento livre. Durante cada ciclo, os capacitores C1 ou C2 carregam através de ambos os resistores de temporização, R1 e R2, mas se descarrega apenas através do resistor, R2, pois o outro lado de R2 está conectado ao terminal de descarga, pino 7. O capacitor carrega até 2/3 de Vcc (o limite superior do comparador) que é determinado pela combinação 0,693(R1+R2)C e se descarrega até 1/3 de Vcc (o limite inferior do comparador) determinado pela combinação 0,693(R2 x C). Isso resulta em uma forma de onda de saída cujo nível de tensão é aproximadamente igual a Vcc – 1,5V e cujos períodos de tempos de saída “ON” e “OFF” são determinados pelas combinações de capacitores e resistores. Os tempos individuais para completar um ciclo de carga e descarga da saída são: 𝑇1 = 0.693 𝑥 (𝑅1 + 𝑅2) 𝑥 𝐶 e 𝑇2 = 0.693 𝑥 𝑅2 𝑥 𝐶 (2) Onde R está em Ω e C em Farads. Quando conectado como um multivibrador astável, a saída do oscilador 555 continuará carregando e descarregando indefinidamente entre 2/3 de Vcc e 1/3 de Vcc até que a fonte de alimentação seja removida. Estes tempos de carga e descarga e a frequência são independentes da tensão de alimentação. A duração de um ciclo de tempo completo é, portanto, igual à soma dos dois tempos individuais que o capacitor carrega e descarrega somados e é dado como: 𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2 = 0.693 𝑥 (𝑅1 + 2𝑅2) 𝑥 𝐶 (3) A frequência de saída das oscilações pode ser encontrada invertendo a equação acima para o tempo total do ciclo, dando uma equação final para a frequência de saída de um oscilador astável com 555: 𝐹 = 1 𝑇 = 1.44 (𝑅1+2𝑅2) 𝑥 𝐶 (4) 16 Alterando-se a constante de tempo de apenas uma das combinações RC, o ciclo de trabalho mais conhecido como a relação “Mark-to-Space” da forma de onda de saída pode ser definido com precisão e é dado como a relação do resistor R2 para o resistor R1. O ciclo de trabalho para o oscilador 555, que é a razão do tempo “ON” dividido pelo tempo “OFF” é dado por: 𝑇𝑂𝑁 (𝑇𝑂𝐹𝐹+ 𝑇𝑂𝑁) = (𝑅1+ 𝑅2) (𝑅1+2𝑅2) (5) O ciclo de trabalho não tem unidades e é expresso como uma porcentagem (%). Se ambos os resistores de temporização, R1 e R2 forem iguais em valor, então o ciclo de trabalho de saída será 2:1, ou seja, 66% de tempo LIGADO e 33% de tempo DESLIGADO em relação ao período (ELECTRONICS TUTORIALS, 2022). 17 2.3 - SIMULAÇÃO DO SEMÁFORO NO PROTEUS E ANÁLISE DOS RESULTADOS 2.3.1 – SIMULAÇÃO DO SEMÁFORO COM LEDs E OSCILADOR COM CIRCUITO INTEGRADO LM 555 Nesta parte do documento, apresentamos o projeto feito no software de simulação Proteus Design Suite versão 8.13 da Labcenter Electronics©. Para esta simulação utilizamos os seguintes componentes de sua Library de componentes e disponíveis para o projetista. Estes componentes estão listados na tabela 2 a seguir. Esta versão do projeto é a terceira versão onde conseguimos tempos condizentes com as especificações propostas para o projeto. Tabela 2 – Componentes utilizados na simulação do semáforo Componente Descrição Circuito Iintegrado 555 Analog Timer / Oscillator Circuito Integrado 4017 Johnson Decade Counter With 10 Decoded Outputs Transistores BC 548 Silicon NPN Low Power Bipolar Transistor (625 mW) Resistores 01 – 1 KΩ 01 – 47 KΩ 01 – Potenciômetro de 1MΩ 01 – 330 Ω 03 – 100 Ω 03 – 120 Ω Capacitores 01 – 0.1 µF 01 – 10 µF Diodos 06 - 1N4007 – Si 1000V 10A LEDs 04 - Verde, Amarelo, Vermelho e Laranja Fonte: Autores, 2022 O desenho do circuito é apresentado abaixo na figura 8. Nesta figura estão representados os componentes do projeto com valores calculados. Os únicos componentes que não possuem valor comercial exato, foram os três resistores utilizados para os catodos dos LEDs que simbolizam o semáforo. O valor calculado foi de 117,85 Ω, o valor comercial encontrado e selecionado para esses resistores foi de 120 Ω. 18 Figura 8 – Construção do semáforo com LEDs no Proteus e os tempos do semáforo Fonte: Autores, 2022 Na figura 8 acima utilizamos um componente da biblioteca de instrumentos do Proteus chamado Counter Timer para medir os tempos em que os LEDs ficam acessos em cada estado. Ficou demonstrado que os valores dos tempos requiridos na especificação do projeto foram totalmente alcançados. Começando a análise da montagem da esquerda para a direita, podemos notar que o primeiro componente é o LM 555 e foi configurado como um multivibrador astável. 19 Figura 9 – Detalhe do multivibrador astável com 555 Fonte: Autores, 2022 Para montagem do multivibrador com LM 555, utilizamos um capacitor de 0.1 µF para isolar o pino 5 (Control Voltage) pois esta saída controla a forma de onda de saída do CI e pode mudar a referência dos comparadores internos do timer. Segundo o datasheet do LM 555, podemos energizar o componente com tensões VCC entre 5V a 15V. No nosso projeto adotamos a tensão de 12VCC , tanto para o CI quanto para o circuito dos resistores R1 e R2 e do capacitor C1 quer compõe o temporizador do clock do multivibrador. Para o período do pulso de saída no pino 3 (output) fizemos os cálculos utilizando a equação (2) que está descrita no item 2.2 deste trabalho. Nesta equação, temos os tempos de carga e descarga do capacitor, ou seja, o tempo em que o temporizador está em nível alto (em segundos) e em nível baixo (em segundos). 𝑇ℎ = 0.693 𝑥 (𝑅1 + 𝑅2) 𝑥 𝐶 e 𝑇𝐿 = 0.693 𝑥 𝑅2 𝑥 𝐶 20 Para o resistor R2 utilizamos um resistor de 47KΩ em série com um potenciômetro de 1MΩ. O potenciômetro possibilitou um ajuste fino do resistorR2. Para conseguir um tempo de 10s para cada step de saída do contador (CI 4017), por isso potenciômetro foi ajustado para 53% de seu valor (577 kΩ). Substituindo os valores dos componentes utilizados no projeto, ficamos com: 𝑇ℎ = 0.693 𝑥 (10 3 + 670000)𝑥 10𝑥10−6 𝑇ℎ = 4,65003 𝑠 e 𝑇𝐿 = 0.693 𝑥 670000 𝑥 10𝑥10 −6 𝑇𝐿 = 4,6431 𝑠 Portanto, para o nosso arranjo no Proteus, ficamos com um período calculado de: 𝑇𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 𝑇𝐻 + 𝑇𝐿 = 9,29 𝑠 Para validar estes cálculos, fizemos a medida na saída do gerador de pulsos com LM555, pino 3. Medimos o período do degrau de saída que nos deu o tempo em nível alto: 21 Figura 10 – Tempo de saída do multivibrador em nível alto Fonte: Autores, 2022 De acordo com a medidas feitas pelo curso no osciloscópio do Proteus, temos: 𝑇𝐻 = 8,72 − 3,73 = 4,99 𝑠 E para a medida do tempo de saída em nível baixo, obteve-se: 22 Figura 11 – Tempo de saída do multivibrador em nível baixo Fonte: Autores, 2022 De acordo com a medidas feitas pelo cursor do osciloscópio do Proteus, temos: 𝑇𝐿 = 6,53 − 1,48 = 5,05 𝑠 Portanto, para o nosso arranjo no Proteus, as medidas experimentais indicaram um período medido de: 𝑇𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 𝑇𝐻 + 𝑇𝐿 = 10,04 𝑠 Notamos uma pequena diferença de 0,75 segundos entre os tempos calculados e os tempos medidos. Provavelmente devido as aproximações nos cálculos e/ou as defasagens do software de simulação. Esse período de 10,03 segundos do pulso gerado pelo multivibrador forneceu um tempo de acendimento dos LEDs suficiente para alcançar as especificações de acendimento das luzes do semáforo. Na figura 13 a seguir, temos a segunda parte do projeto inclui o contador de década construído com o CI 4017. 23 Figura 13 – Contador de década com CI 4017 Fonte: Autores, 2022 Nesta parte do projeto, utilizamos um LED laranja para poder acompanhar os pulsos do multivibrador astável da figura 9. O resistor R6 de 330Ω foi utilizado como proteção a este LED. No arranjo feito no Proteus utilizados as saídas de Q0 a Q5 do contador 4017 e ligamos a saída Q6 ao Master Reset (pino 15). Desta forma utilizamos apenas as seis saídas necessárias para os LEDs que farão o acendimento dos LEDs do semáforo e assim que o contador atingir a saída Q6, ele recomeçará sua contagem em Q0. 24 Os resistores marcados RB-RED, RB-YELLOW e RB-GREEN são os resistores da base dos transistores BC548 e foram escolhidos com valor de 100Ω. Os diodos ligados a esses resistores irão conduzir sempre que uma das saídas do contador estiver ativada, polarizando-os diretamente e permitindo a condução dos transistores que acenderão os LEDs do semáforo. O pino 14 do contador 4017 e quem recebe os pulsos gerados pelo arranjo do LM555. Esse é pino de clock do CI 4017. O pino 13 (E) é o pino que desabilita o contador, segundo o datasheet do componente, em regime normal de funcionamento deve ser ligado ao terra ou outro ponto de baixa voltagem lógica. A terceira parte do projeto é apresentada na figura 14 abaixo. Nela podemos ver os LEDs que simbolizam o semáforo juntamente com os transistores BC548 onde os LEDs estão ligados. Os diodos quando recebem os sinais dos pinos do contador de década 4017 polarizam diretamente os diodos e este polarizam as bases dos transistores fazendo-os conduzir e acendendo os LEDs. 25 Figura 14 – Semáforo em funcionamento com respectivos tempos Fonte: Autores, 2022 Os resistores dos cátodos dos LEDs denominados como resistor R na especificação do projeto foi calculado considerando-se uma fonte de 6VCC . Esta fonte foi idealizada como 4 (quatro) pilhas médias (tamanho AA) ligadas em série para fornecer a tensão necessária. Segundo (BRAGA, 2014), podemos considerar a corrente em pilhas tamanho médio (AA) como sendo da ordem de 28mA. Adotamos também as quedas de tensão nos LEDs como sendo da ordem de 2,5VCC (MULTICOMP Standard LED) e a tensão entre coletor e emissor VCE dos transistores BC548 como sendo de 0,2 VCC (Motorola Semiconductor Technical Data). Com esses valores medidos, foi possível calcular o valor do resistor: 26 𝑅 = 𝑉𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 − (𝑉𝐿𝐸𝐷 + 𝑉𝐶𝐸) 𝐼𝑅 𝑅 = 6 − (0,2 + 2,5) 28 𝑥 10−3 𝑅 ~117,85 Ω O valor comercial mais próximo encontrado para o resistor R foi de: 𝑅 = 120 Ω Na tabela 3 abaixo, listamos os valores comerciais dos componentes utilizados no projeto. Esses componentes foram precificados em lojas especializadas em vendas de componentes eletrônicos e não foi utilizado metodologia de pesquisa de preços. O preço não inclui o valor de um protoboard para montagem ou placa de PCB, apenas os valores dos componentes. O projeto ficou a um preço bastante acessível de R$ 10,90 para uma unidade de semáforo. Tabela 3 – Componentes utilizados e seu valor comercial Componente Valor Unitário (R$) Circuito Iintegrado LM 555 1,30 Circuito Integrado 4017 1,50 Transistores BC 548 0,20 Resistores 0,15 Potenciômetro (1MΩ) 2,60 Capacitor (0,1 uF) 4,00 Capacitor (10 uF) 0,50 Diodos 0,15 LEDs 0,50 Total 10,90 Fonte: Dados coletados pelos autores Para o desenvolvimento deste projeto, utilizamos os conhecimentos adquiridos em três disciplinas: Circuitos Elétricos, Circuitos Digitais e Desenho Técnico Elétrico. As disciplinas de Circuitos Elétricos e Circuitos Digitais proveu o entendimento de como o sistema deveria ser montado e como os componentes especificados deveriam trabalhar em conjunto para atender as especificações do projeto. O conhecimento dos 27 circuitos digitais LM555 e do contador de década 4017 foram fundamentais para montagem do arranjo na parte de temporização do semáforo e divisão dos tempos dos LEDs de sinalização. Os conhecimentos sobre Circuitos Elétricos foram utilizados nos cálculos dos valores de resistência e capacitância para o temporizador com o LM555 e para os cálculos dos resistores dos LEDS. Neste ponto o conhecimento dos cálculos dos tempo de carga e descarga em um multivibrador astável foi fundamental Para o desenho do circuito no Proteus, a disciplina de Desenho Técnico Elétrico deu subsídio no que tange a utilização do software em si bem como para disposição dos componentes e suas ligações. 28 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS Como foi decidido não construir o protótipo da pilha de Volta, podemos considerar a construção da simulação em software como sendo concluída com sucesso e atendendo todas as especificações listadas na descrição do projeto. Sobre o oscilador astável com o circuito integrado LM555, utilizou-se um potenciômetro de 1M para o ajuste fino do oscilador até que fosse obtido os valores de tempo de saída do contador. Decidiu-se não utilizar nenhuma tabela de tempos de osciladores prontas e esses valores ajustados foram totalmente empíricos. O resistor LED laranja e o R6 de 330Ω foram utilizados apenas para uma amostra visual do período do oscilador, não tendo influência nos tempos de saída do contador. Por substituição à pilha de Volta, utilizou-se um arranjo normalmente utilizados em testes e protoboard que seria um conjunto de 4 pilhas tamanho AA para a fonte dos LEDs do semáforo. Escolheu-se esse abordagem por ser de mais fácil reprodutibilidade em caso de construção do protótipo. Para a medição do período do oscilador utilizou-se a simulação de osciloscópio existente no software Proteus. Nele fizemos as medições dos tempos em alta e em baixa da simulação e comparamos com os valores calculados para o oscilador e encontramos uma diferença de tempos ∆ = 0,75 segundos. Atribuiu-se essa diferença às tolerâncias dos componentes do oscilador, como resistências e capacitâncias bem como aos valores apresentados pelos medidores do software desimulação. 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS Dentro das limitações de uma simulação em software, podemos considerar os resultados obtidos como sucesso a que nos propusemos. O software de simulação apesar de trazer um conforto do projetista em poder fazer mudanças rapidamente e sem necessidade de compra de materiais para experimentação, traz por outro lado algumas limitações de não se ter um protótipo físico para testar realmente os limites e comportamento de componentes comerciais. Os tempos de comutação dos LEDs na simulação de semáforo ficaram de acordo com o esperado, quando usamos as ferramentas de monitoramento e medição do próprio Proteus, pois observamos uma pequena discrepância nas medições de tempo quando realizadas com um cronômetro digital por exemplo. No geral esse experimentos trouxe um bom aprendizado entre circuitos elétricos e circuitos digitais e prototipação no Proteus, atingindo o objetivo de unificar conhecimentos das disciplinas estudas no semestre. Outro ponto importante foi o conhecimento dos circuitos integrados, seus diferentes tipos e como configurá-los de acordo com nossas necessidades. Por exemplo o circuito integrado LM 555 que pode ser configurado como diferentes multivibradores de acordo com as necessidades dos projetos. Como já foi dito neste relatório, procurou-se criar uma simulação com componentes de forma a facilitar sua construção em protoboard ou em um placa de PCB, o que seria o próximo passo naturalmente a ser dados após esta etapa. 30 REFERÊNCIAS [1] BASSINI, A. - Pilha de Volta (2020) – Disponível em: <https://www.parquecientec.usp.br/passeio-virtual/brinquedos-de-fisica/pilha-de- volta>. Acesso em: 22 set. 2022. [2] BOYLESTAD, Robert L., NASHELSKY, Louis – Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos – Pearson Education – 11ª edição – capítulo 13 - ISBN 978-85- 64574-21-2. [3] HARAOUBIA, Brahim - Nonlinear Electronics 1 - Nonlinear Dipoles, Harmonic Oscillators and Switching Circuits – Elsevier Ltd. 2018 - ISBN 978-1- 78548-300-4, capitulo 6. [4] I, GuidoB – Volta Battery – Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2249821>, Acesso em 28 st. 2022. [5] JAIN, Arpit - Astable Multivibrator- Working and Principles – Disponível em: < https://www.engineersgarage.com/astable-multivibrator-working-and- principles/>. Acesso em 18 set. 2022. [6] PIRES, Ana Maria, PALMIERI, Mauricio Cesar, LANFREDI, Silvania - Energia Elétrica e Reações Químicas – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 2012. [7] TUTORIALS, Electronics - Astable Multivibrator – Disponível em: <https://www.electronics-tutorials.ws/waveforms/astable.html>. Acesso em: 24 set. 2022. [8] TUTORIALS, Electronics - 555 Oscillator Tutorial – Disponível em: < https://www.electronics-tutorials.ws/waveforms/555_oscillator.html>. Acesso em: 24 set. 2022. [9] TUTORIALSPOINT - Pulse Circuits - Astable Multivibrator – Disponível em: https://www.tutorialspoint.com/pulse_circuits/pulse_circuits_astable_multivibrator.ht m. Acesso em: 18 set. 2022. https://www.parquecientec.usp.br/passeio-virtual/brinquedos-de-fisica/pilha-de-volta https://www.parquecientec.usp.br/passeio-virtual/brinquedos-de-fisica/pilha-de-volta https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2249821 https://www.engineersgarage.com/astable-multivibrator-working-and-principles/ https://www.engineersgarage.com/astable-multivibrator-working-and-principles/ https://www.electronics-tutorials.ws/waveforms/555_oscillator.html https://www.tutorialspoint.com/pulse_circuits/pulse_circuits_astable_multivibrator.htm https://www.tutorialspoint.com/pulse_circuits/pulse_circuits_astable_multivibrator.htm 31 [10] VIDAL, Paulo Henrique Oliveira e PORTO, Paulo Alves - A pilha de Volta em livros didáticos de química: algumas considerações - Instituto de Química – Universidade de São Paulo – Disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/32ra/resumos/T1722-1.pdf. Acesso em: 22 set. 2022. [11] Fairchild SemiconductorTM . Datasheet: CD4017BC, CD4022BC Decade Counter/Divider with 10 Decode Outputs – Divide-by-8 Counter/Divider With 8 Decoded Outpus. October 1987 – Revised January 1999. www.fairchildsemi.com [12] Fairchild SemiconductorTM . Datasheet: LM555/NE555/SA555 Single Timer. www.fairchildsemi.com ©2002 – Fairchild Semiconductor Corporation. [13] BRAGA, Newton C. (2014) Corrente de Pilhas Comuns (DUV373) – Disponível em: <http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/112-duvida- dosnternautas/duvidasgerais/5723-corrente-de-pilhas-comuns-duv373> Acesso em: (10/11/2022). [14] Motorola Semiconductor Technical Data – Amplifier Transistor NPN Silicon. Datasheet: BC546, B;BC547, A,B,C; BC548, A,B,C. Order this document by BC546/D. [15] MULTICOMP Standard LED Red Emitting Colour - www.element14.com, www.farnell.com, www.newark.com http://sec.sbq.org.br/cdrom/32ra/resumos/T1722-1.pdf http://www.fairchildsemi.com/ http://www.fairchildsemi.com/ http://www.element14.com/ http://www.farnell.com/ http://www.newark.com/
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