Buscar

Aula 03

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 3 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Professor: Albert Iglésia 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 2
Seja bem-vindo à nossa aula 3! 
Hoje começamos a tratar da sintaxe da oração e do período. 
Faremos isso dividindo o conteúdo em duas aulas. Nesta, estudaremos as 
relações morfossintáticas entre os termos da oração; na próxima, as 
relações de coordenação e subordinação entre orações. 
 
 
Frase, Oração e Período ........................................................................... 3 
Termos Essenciais da Oração .................................................................... 5 
Sujeito. ............................................................................................... 5 
Tipos de Sujeito ................................................................................ 6 
Predicado ............................................................................................ 9 
Tipos de Predicado ............................................................................. 9 
Termos Integrantes da Oração ................................................................. 15 
Complemento Verbal ........................................................................... 15 
Objeto Direto ................................................................................... 15 
Objeto Indireto................................................................................. 17 
Complemento Nominal ......................................................................... 23 
Agente da Passiva ............................................................................... 28 
Termos Acessórios da Oração .................................................................. 33 
Adjunto Adnominal .............................................................................. 33 
Adjunto Adverbial ................................................................................ 35 
Aposto ............................................................................................... 37 
Vocativo ................................................................................................ 41 
Simulado .............................................................................................. 45 
Gabarito do Simulado ............................................................................. 62 
Lista das Questões Comentadas ............................................................... 65 
Gabarito das Questões Comentadas ......................................................... 78 
 
 
Sumário 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 3
Frase, Oração e Período 
 
E por falar em “período” e “oração”, você sabe identificar um(a)? 
Sabe também diferenciar oração de frase? Veja os exemplos seguintes e 
responda ao que se pede. 
– Bom dia, senhor Miguel! Como vai? 
– Eu vou bem, obrigado. 
Então, quantas frases, orações e períodos existem no diálogo 
acima? Se você respondeu “três frases, duas orações e dois períodos” acertou. 
Se respondeu algo diferente disso, precisa entender que: frase é todo 
enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma 
informação satisfatória para a situação em que é utilizado. 
Assim sendo, na fala do primeiro personagem existem duas frases: 
a primeira é encerrada pelo ponto de exclamação; a segunda, pelo ponto de 
interrogação. Na fala do segundo personagem existe apenas um enunciado, 
isto é, uma frase, que é delimitada pelo ponto. 
O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo 
desde estruturas linguísticas muito simples até estruturas complexas: 
– Ai! 
– Durante algum tempo, vivi no Rio de Janeiro. 
As frases de maior complexidade normalmente se organizam a 
partir de um ou mais verbos. Damos o nome de oração à frase que se 
organiza ao redor de um verbo (ou locução verbal). 
No diálogo inicial, o primeiro enunciado (“Bom dia, senhor 
Miguel!”) não caracteriza uma oração, já que nele não há verbo. Ainda na fala 
do primeiro personagem, o verbo “vai” evidencia a primeira oração. 
A segunda fala (“Eu vou bem, obrigado.”), observe, se organiza em 
torno da forma verbal “vou” e constitui a segunda oração do diálogo. 
A frase organizada em orações constitui o período, que pode 
ser simples (formado apenas por uma oração) ou composto (formado por mais 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 4
de uma oração). Atente para o fato de que o final do período é marcado por 
ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, e não por vírgula ou 
ponto e vírgula. Veja os exemplos: 
Vive-se um momento social delicado. (período simples, uma só 
oração). 
Ele estuda, trabalha e pratica esporte. (período composto, três 
orações). 
Guarde esses conceitos, principalmente o de período, pois na aula 
5, ao estudarmos detalhadamente as orações, estabeleceremos distinção entre 
período composto por coordenação, por subordinação e período misto. Por 
enquanto, limitemo-nos aos termos da oração. E só faz sentido falar deles 
quando estivermos diante de uma oração. 
O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida 
do que entendemos por termos da oração. 
 
 
 
 
 
 
 
Sentiu a falta do vocativo? É que ele, na verdade, não faz parte 
desse grupo, isto é, não faz parte da oração, é um termo independente dela. 
Não fique espantado. Os livros somente o apresentam na mesma seção em 
que tratam dos termos da oração por uma questão meramente didática. É isso 
que também farei aqui, principalmente porque, em prova, é comum as bancas 
examinadoras induzirem os candidatos a confundir o vocativo com o sujeito da 
oração. 
 
Termos da Oração 
Essenciais 
1 - Sujeito 
2 - Predicado 
Integrantes 
1 – Complemento Verbal 
2 – Complemento Nominal 
3 – Agente da Passiva 
Acessórios 
1 – Adjunto Adverbial 
2 – Adjunto Adnominal 
3 – Aposto 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 5
Termos Essenciais da Oração 
1. Sujeito � é o termo do qual se declara alguma coisa; concorda em 
número e pessoa com o verbo da oração (concordância verbal). Frise-se que 
só faz sentido falar em sujeito quando estamos lidando com orações, ou seja, 
quando é possível perceber uma relação entre um determinado termo de uma 
oração e o verbo dessa mesma oração. 
Nós estudamos muito. 
José e Maria estudam muito. 
Sujeito é uma função substantiva da oração, ou seja, são os 
substantivos e as palavras de valor substantivo que atuam como 
núcleos dessa função nas orações da Língua Portuguesa. Observe: 
Os cidadãos 
Todos 
Ambos 
Os covardes 
 
Na sequência, temos: substantivo, pronome substantivo, numeral 
substantivo e adjetivo substantivado exercendo a função de núcleo do sujeito. 
Também é possível que o sujeito seja representado por uma oração inteira. 
Era forçoso que fosse assim. 
 
1. (FGV/2014/Procmepa/Analista de TI e Comunicação) Assinale a opção que 
indica a frase em que o sujeito aparece posposto ao verbo. 
a) “Há uma distorção generalizada”. 
b) “a maçã ficou sendo um símbolo do sexo”. 
c) “Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”. 
d) “A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso”. 
e) “O pecado original não foi o sexo” 
Comentário – Alternativa A: não há sujeito, pois o verbo haver é impessoal. 
manifestaram sua insatisfação.Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 6
Alternativa B: o sujeito é o termo “a maçã” e está anteposto ao 
verbo. 
Alternativa C: agora o sujeito surgiu depois do verbo: “o 
episódio narrado na Bíblia”. 
Alternativa D: aqui o sujeito também está anteposto: “A maçã 
de Steve Jobs”. 
Alternativa E: o sujeito é o termo “O pecado original”. 
Resposta – C 
 
TIPOS DE SUJEITO 
1.1 Simples � possui apenas um núcleo. 
Todos aqueles estudantes participaram da manifestação. 
 
1.2 Oculto, elíptico, implícito, desinencial � é aquele que não está 
materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência 
verbal ou pelo contexto. 
Ficamos algum tempo sem falar. (o sujeito da oração é “nós”, 
indicado pela desinência de primeira pessoa do plural “mos”). 
“Soropita ali viera; na véspera, lá dormira”. (o contexto nos 
permite afirmar que o sujeito da forma verbal “dormira” tem sua referência em 
“Soropita”). 
Hoje estudei muito. (o sujeito agora é representado pelo pronome 
de primeira pessoa do singular “eu”). 
“Guilhermina bocejou. Iria adormecer?” (outra vez, o contexto nos 
auxilia na identificação do sujeito, que tem como referência o termo 
“Guilhermina”) 
 
1.3 Composto � possui mais de um núcleo. 
 O professor, a diretora e eu saímos cedo. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 7
O lazer e o esporte conduzem à saúde mental e física. 
 
1.4 Indeterminado � é aquele que não se pode ou não se quer 
determinar, podendo ocorrer de duas maneiras basicamente: 
a) colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem que 
haja referência a outro termo anteriormente identificado. 
Telefonaram para você. 
Gritaram muito. 
 
b) colocando o pronome oblíquo se (como índice de 
indeterminação do sujeito) junto a verbos de ligação, intransitivos, 
transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos diretos estejam 
preposicionados; os verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular: 
Ficou-se feliz. 
Vive-se bem. 
Gosta-se de você. 
Bebeu-se do vinho. (caso a preposição fosse retirada 
 – bebeu-se o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com 
sujeito representado pelo termo “o vinho”). 
 
1.5 Inexistente ou oração sem sujeito � ocorre quando o fato expresso 
na oração não pode ser atribuído a nenhum ser, surgindo um dos chamados 
verbos impessoais, os quais ficam sempre na terceira pessoa do singular 
(com raríssimas exceções). Observe os seguintes casos: 
a) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, nevar, 
gear, amanhecer, entardecer etc. 
Está amanhecendo. 
Trovejou violentamente. 
ATENÇÃO! Choveram flores sobre os noivos. � o verbo foi empregado com 
sentido figurado (conotativo), por isso possui sujeito (simples). 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 8
b) utilizando-se o verbo haver no sentido de existir, acontecer, 
ou indicando tempo decorrido. 
Aqui há alunos estudiosos. 
Houve muitas brigas depois do jogo. 
Há meses não o via. 
ATENÇÃO! O verbo ter, de acordo com a norma culta, só pode ser empregado 
na oração quando indicar posse e possuir sujeito. Caso contrário, será 
substituído pelo verbo haver no sentido de existir. 
O aluno não teve aula. – correto 
Não tem aula. – errado / Não há aula. – correto 
 
c) utilizando-se o verbo fazer exprimindo fenômeno da 
natureza ou tempo decorrido. 
Faz muito calor aqui. 
Faz anos que não o vejo. 
ATENÇÃO! Fazem dois dias de vida os bebês. � nesse exemplo, o fato 
expresso na oração foi atribuído ao termo “os bebês”; sendo, pois, sujeito. 
 
d) utilizando-se o verbo ir exprimindo tempo decorrido. 
Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica do Curvelo. 
 
e) utilizando-se o verbo ser indicando distância ou tempo 
decorrido. 
Da minha casa à tua são dez quilômetros. 
É uma hora e trinta minutos. // São duas horas. 
Hoje são oito de maio. // Hoje é dia oito de maio. 
Observe que a verbo SER concorda com a expressão que indica a 
distância ou o tempo decorrido. 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 9
predicado 
sujeito 
2. Predicado � é tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito; em 
termos práticos, equivale a tudo que é diferente do sujeito e do vocativo, 
quando este ocorrer. 
À noite, a temperatura diminuiu. 
 
Observação: em todo predicado necessariamente existe um verbo, que é o 
que de fato caracteriza uma oração, já que pode haver oração sem sujeito, 
como você já perceberá. 
 
TIPOS DE PREDICADO 
2.1 Verbal � possui como núcleo um verbo nocional (ou uma locução 
verbal), isto é, um verbo que exprime ação, acontecimento, fenômeno natural, 
desejo, atividade mental (são mais conhecidos como verbos transitivos e 
verbos intransitivos) 
Ele está correndo. 
Eu amo minha esposa. 
Precisa-se de professores. 
Dei um presente a ela. 
2.2 Nominal � possui como núcleo um nome (adjetivo, substantivo ou 
outra palavra com valor substantivo), que desempenha a função de 
predicativo do sujeito (termo que caracteriza o sujeito, tendo como 
intermediário um verbo); seu verbo é não-nocional (mais conhecido como 
verbo de ligação). 
Ele está cansado. 
Você parece um monstro. 
A vida é um constante retomar. (note que aqui o verbo “retomar” 
foi substantivado pela presença do artigo indefinido “um”). 
ATENÇÃO! Verbos podem variar de regime de acordo com o sentido que 
possuem na oração. Esse é o caso, por exemplo, do verbo ESTAR. Em “Ele está 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 10
correndo”, o verbo “está” é auxiliar e integra uma locução verbal indicativa de 
um processo, uma ação. Diferente é o seu emprego em “Ele está cansado”, 
frase em que o mesmo verbo agora é tomado como não nocional, ou de 
ligação. Na primeira frase, tem-se predicado verbal; na segunda, nominal. 
Variação semelhante pode ser observada também nos seguintes 
exemplos: “A correnteza virou a canoa” e “A lagarta virou borboleta”. No 
primeiro caso, o verbo “virou” indica uma ação; é, pois, nocional e núcleo do 
predicado verbal. Já no segundo, seu valor semântico indica uma mudança de 
estado; sendo, portanto, não nocional e integrante de predicado nominal cujo 
núcleo é o termo “borboleta”. 
 
2.3 Verbo-Nominal � apresenta dois núcleos: um verbo (que será 
sempre nocional) e um nome (que funcionará como predicativo do sujeito 
ou do objeto). 
 
Os excursionistas voltaram exaustos da caminhada. 
 
O ato foi acusado de ilegal. 
 
Consideramos inaceitável a proposta apresentada. 
 
2. (FGV/SSP-RJ/PERITO CRIMINAL – FÍSICA/2008) “Não vale a pena, nessa 
conjuntura, fragilizar o governo e sua política externa, como se fosse 
possível tornar esta matéria elemento decisivo para o jogo eleitoral para 
daqui a dois anos.” 
A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: 
I. O sujeito do primeiro verbo do trecho é oracional. CERTO 
II. O termo elemento decisivo tem função de predicativo do objeto. CERTO 
III. O sujeito do verbo no subjuntivo é oracional. CERTO 
Assinale: 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 11
(A) se apenas os itens I e II estiverem corretos. 
(B) se apenasos itens I e III estiverem corretos. 
(C) se apenas os itens II e III estiverem corretos. 
(D) se nenhum item estiver correto. 
(E) se todos os itens estiverem corretos. 
Comentário – Item I: para verificar a exatidão do que foi dito, você precisa 
fazer a pergunta ao verbo: “O que não vale a pena?” Eis a resposta: “fragilizar 
o governo e sua política externa”. Esse é o termo sobre o qual a declaração foi 
feita. Note ainda que esse sujeito possui um verbo em sua estrutura, que 
caracteriza uma oração. Item certo. 
Item II: o termo “elemento decisivo” qualifica o objeto direto 
do verbo “tornar”: “esta matéria”. Se você quiser tirar a dúvida, substitua o 
objeto direto por um pronome substantivo: ...torná-la (esta matéria) elemento 
decisivo... Note que o atributo dele permanece inalterado. Item certo. 
Item III: o verbo aludido é “fosse” (pretérito imperfeito do 
subjuntivo). Eu sugiro que você faça novamente a pergunta ao verbo: “Como 
se fosse possível o quê?” A resposta é o sujeito: “tornar esta matéria...”, que 
também traz um verbo em sua estrutura. Item certo. 
Resposta – E 
 
3. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL/2008) “...o Estado pode 
considerar desnecessária a tradução dos documentos...” 
No trecho acima, o termo destacado exerce função sintática de: 
(A) adjunto adnominal. 
(B) adjunto adverbial. 
(C) complemento nominal. 
(D) predicativo do objeto. 
(E) predicativo do sujeito. 
Comentário – O verbo “considerar” é transitivo direto. O termo “a tradução 
dos documentos” é o seu objeto direto. O adjetivo “desnecessária” é a 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 12
característica desse objeto; sintaticamente é o predicativo dele. Confirme isso 
substituindo o objeto direto por um pronome oblíquo átono: ...considerá-la 
desnecessária... 
Resposta – D 
 
4. (FGV/SENADO FEDERAL/CONSULTOR DE ORÇAMENTO/2008) [...] Ora, o 
simples fato de o país ter percebido, estupefato, que houve 409.000 
interceptações telefônicas autorizadas [...] 
O termo estupefato exerce a função de: 
(A) predicativo do sujeito. 
(B) adjunto adnominal. 
(C) adjunto adverbial. 
(D) predicativo do objeto. 
(E) aposto. 
Comentário – O adjetivo “estupefato” atribui ao substantivo “país” uma 
qualidade. Sintaticamente, esse substantivo funciona como sujeito da locução 
“ter percebido” (infinitivo composto do verbo perceber); o adjetivo funciona 
como predicativo desse sujeito. 
Atenção! Quando antecipado ou intercalado, o predicativo do 
sujeito surge sempre separado pela vírgula: Insatisfeita, a torcida vaiou o 
time. 
Resposta – A 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 13
 
5. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) A palavra 
sujeitas (L.95) exerce, no texto, função sintática de 
(A) complemento nominal. 
(B) objeto direto. 
(C) predicativo do objeto. 
(D) predicativo do sujeito. 
(E) adjunto adverbial de modo. 
Comentário – A questão é simples, mas exige atenção. O termo “sujeitas” é 
um adjetivo e pode variar em gênero e número para concordar com um 
substantivo (sujeitos, por exemplo). No texto, “sujeitas” concorda com 
“matizes” (feminino, plural – linha 94). Agora repare o verbo de ligação 
“estando” (gerúndio – linha 93). Então, já se lembrou da função sintática do 
termo (normalmente um adjetivo) que caracteriza o sujeito, tendo como 
intermediário um verbo (normalmente um verbo de ligação)? Sim, é 
predicativo do sujeito. 
Resposta – D 
 
[...] 
 
[...] 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 14
 
[...] 
 
[...] 
 
[...] 
 
6. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2011) Mas, 
afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a 
dotação dos partidos? (L.6-8) 
Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica 
ao do termo grifado no período acima. 
(A) as dívidas de campanha (L9-10) 
(B) meros instrumentos de tomada do poder (L.62) 
(C) um agravante (L.63-64) 
(D) aparelhos ou feudos (L.17-18) 
(E) suas propostas (L.51) 
Comentário – No enunciado, o termo em negrito funciona como sujeito. 
Sempre que você observar um se na frase, circule-o e analise a regência do 
verbo relacionado a ele. O verbo aumentar é TD. Lembre-se de que a 
estrutura VTD + SE (mesmo que o pronome apareça antecipadamente) 
origina voz passiva sintética. Nela, sempre há sujeito (paciente). 
Por vezes, o sujeito da voz passiva sintética é de difícil 
identificação para alguns. Eu recomendo, nos casos em que o aluno está com 
dúvida, transformar a passiva sintética em passiva analítica: ... qual a razão 
para a dotação dos partidos ser aumentada... Ficou melhor? 
Alternativa A: o termo é objeto direto do verbo “pagarem”. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 15
Alternativa B: o termo é predicativo do sujeito. Por quê? 
Preste atenção na locução verbal explicitada na linha 59: “Devem promover”. 
O verbo auxiliar foi omitido no segmento “E não [devem] ser meros 
instrumentos de tomada do poder”. A expressão que o examinador destacou 
caracteriza o sujeito (também oculto na passagem). Contribui para isso o 
verbo de ligação “ser” (o principal da locução). 
Alternativa C: aqui está a resposta. Talvez você tenha ficado 
com dúvidas porque o sujeito está posposto ao sujeito. Isso acontece com 
muitas pessoas. Intuitivamente, sabemos que o lugar natural do sujeito é 
antes do verbo e que, depois deste, vem o objeto direto. Em prova, os 
examinadores adoram questões em que essa ordem aparece invertida. Isso 
confunde vários candidatos. Fique atento! 
Alternativa D: mais uma vez, estamos diante de um 
predicativo do sujeito. O verbo tornar-se é de ligação e serve para indicar 
mudança de estado do sujeito. 
Alternativa E: o termo é objeto direto do verbo “oferecendo”. 
Resposta – C 
 
Termos Integrantes da Oração 
1. Complemento Verbal ���� termo que completa o sentido dos verbos 
transitivos. 
 
1.1 Objeto Direto (OD) � completa o sentido de um verbo transitivo direto 
e, normalmente, aparece sem preposição (a preposição não é obrigatória). 
Quero glória e fama. 
Os jornais nada publicaram. 
Observações: em alguns casos, o OD vem representado por uma oração (a 
qual chamamos de oração subordinada substantiva objetiva direta). 
Não quero que fiques triste. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 16
Os pronomes oblíquos também representam complementos 
verbais, porém os pronomes o, a, os, as só funcionam como OD. 
Comprei-o hoje. 
Puseram-na de joelhos. 
Irei levar-te de carro. 
Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição (objeto 
direto preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja como for, 
esteja certo de que é a regência do verbo (e não a preposição) que 
determinará se o complemento é ou não objeto direto. Tome nota dos casos 
mais frequentes: 
a) Com verbos que exprimem sentimentos: 
Amamos a Deus. 
Não amo a ninguém. 
b) Para evitar ambiguidade: 
Ama-se aos pais. 
Notadamente aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. 
c) Por motivo de ênfase: 
A médico, confessor e letrado nunca enganes. 
Cumpri com a minha palavra. 
d) Diante de pronome oblíquo tônico: 
“Rubião esqueceu a sala, a mulher e a si”. 
O novo horárioincomoda a mim. 
Também pode o OD vir representado, repetidamente, por um 
pronome oblíquo átono ou tônico. É o que chamamos de objeto direto 
pleonástico (ODP) 
Árvore, filho e livro, queria-os perfeitos. 
 
Encontrou-nos a nós. 
 
OD ODP 
OD ODP 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 17
1.2 Objeto Indireto (OI) � completa o sentido de um verbo transitivo 
indireto e, normalmente, aparece preposicionado. 
Preciso de ajuda. 
Duvidava da riqueza da terra. 
Observações: Em alguns casos, o OI vem representado por uma oração (a 
qual chamamos de oração subordinada substantiva objetiva indireta). 
Preciso de que me ajude. 
Já vimos que os pronomes oblíquos podem representar 
complementos verbais, porém os pronomes lhe e lhes só funcionam como OI: 
Dei-lhe o livro. 
As noites não lhes trouxeram repouso. 
Não me pertencem os seus óculos. 
 
Semelhantemente ao que acontece com o objeto direto, o objeto 
indireto pode também ser representado, repetidamente, por um pronome 
oblíquo átono ou tônico ou por pronome de tratamento (objeto indireto 
pleonástico): 
A mim, ensinou-me tudo. 
Aos meus escritores, não lhes dava importância. 
Quem lhe disse a você que estavam no palheiro? 
 
7. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA CONTÁBIL/2008) [...] Por isso mesmo, 
a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de 
propriedade, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o 
pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela 
sua integridade [...] 
No fragmento de texto acima, à União exerce a função sintática de: 
(A) adjunto adverbial. 
(B) objeto indireto. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 18
(C) adjunto adnominal. 
(D) complemento nominal. 
(E) agente da passiva. 
COMENTÁRIO – Observe que o verbo “atribuiu” tem seu sentido 
complementado por dois termos: (o quê?) “o pertencimento delas” (sem 
preposição) e (a quem?) “à União” (termo preposicionado). O primeiro 
complemento é objeto direto; o segundo, objeto indireto. 
Resposta – B 
 
8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) No trecho “não 
necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras” , o termo 
grifado exerce a função sintática de: 
(A) adjunto adverbial. 
(B) adjunto adnominal. 
(C) complemento nominal. 
(D) sujeito. 
(E) objeto indireto. 
Comentário – Duas perguntas simples e eficazes ajudam-nos a resolver 
questões desse tipo: “Impondo o quê?” e “Impondo a quem?”. A primeira 
resposta (“ônus adicionais”) revela-nos o objeto direto do verbo; a segunda 
(“às gerações futuras”), o objeto indireto dele. 
Resposta – E 
 
9. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010) De acordo com a norma 
gramatical, o item em que se substituiu corretamente o complemento 
verbal sublinhado por um pronome é: 
(A) buscar a felicidade individual/ buscar-la. 
(B) preocupa certos conservadores/ preocupa-lhes. 
(C) localizará as raízes de nosso analfabetismo político/ localizará elas. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 19
(D) sabemos que é preciso uma educação politizada/ sabemo-lo. 
(E) tenhamos visto um momento/ tenhamos-no visto. 
Comentário – Preliminarmente, você deve saber que os pronomes oblíquos 
átonos a(s) e o(s) só podem complementar verbos transitivos diretos, 
exercendo a função de objeto direto deles. Já o pronome oblíquo lhe(s) 
complementa verbos transitivos indiretos e funciona como objeto indireto 
deles. 
Alternativa A: ao se unir a um pronome oblíquo átono, os 
verbos terminados em R, S ou Z perdem essas consoantes: buscá-la. 
Alternativa B: o termo sublinhado é objeto direto, por isso 
deveria ser substituído por os: preocupa-os. 
Alternativa C: com verbos no futuro do presente ou do 
pretérito, o pronome oblíquo que funciona como objeto direto ocupa a posição 
mesoclítica, com as devidas acomodações: localizá-las-á. Conforme a norma 
gramatical, os pronomes retos ele(s) e ela(s) não funcionam como 
complementos verbais. 
Alternativa D: o termo sublinhado é objeto direto do verbo 
“sabemos” (o quê?) e pode ser substituído pelo pronome oblíquo o. A união de 
ambos faz o S final do verbo ser desprezado e transforma o o em lo: 
“sabemo-lo”. 
Alternativa E: de acordo com a explicação anterior, a forma 
correta é tenhamo-lo visto. O pronome oblíquo só recebe a consoante N 
quando se une a verbos terminados em ditongo nasal: põe-no, cantam-na etc. 
Resposta – D 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 20
 
[...] 
 
[...] 
 
[...] 
 
 
[...] 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 21
10. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Assinale 
o termo que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à de à 
obrigação (L.88). 
(A) às normas (L.95) 
(B) de ajustamentos (L.23) 
(C) a diversas obrigações (L.57) 
(D) da adoção (L.24) 
(E) dessa possibilidade (L.5) 
Comentário – Acostume-se com textos longos nas provas da FGV. Não dá 
para fugir deles. 
Primeiramente você tem que identificar a função sintática do 
termo “à obrigação” (l. 88). Para isso é necessário voltar até a linha 81 e fazer 
um enxugamento na passagem: “...existem regras... que sujeitam as 
pessoas físicas e jurídicas... à obrigação...”. O verbo destacado é TDI 
(sujeita quem a quê?). O termo em vermelho funciona como OD; o termo em 
negrito, como OI. É um objeto indireto que você deve encontrar nas 
alternativas. 
Vá para a letra B e, novamente, faça um enxugamento da 
passagem referida: “...a mudança... decorrerá... de ajustamentos...”. Aqui 
está o termo que também funciona sintaticamente como OI. 
Os demais termos destacados são complementos nominais, 
função que será estudada adiante. 
Resposta – B 
 
11. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Médio de Defensoria Pública) Sobre a 
estrutura sintática do período “Quem vive e estuda problemas, ajuda a 
achar soluções” a única alternativa com uma afirmação correta é 
a) o período é composto por coordenação. 
b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito. 
c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 22
d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto. 
e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes. 
Comentário – Alternativa A: errada. O período é misto. As duas primeiras 
orações são coordenadas entre si. Observe a conjunção coordenativa aditiva 
“e” entre elas. Mas é preciso notar também que “Quem vive e estuda 
problemas” funciona como sujeito do verbo da oração seguinte. Se uma oração 
funciona como termo sintático de outra, a relação entre elas é de 
subordinação. 
Alternativa B: certa. O pronome “quem” é sujeito dos verbos 
“vive” e “estuda”. 
Alternativa C: errada. O termo “problema” é objeto direto. 
Alternativa D: errada. O termo “soluções” também funciona 
como objeto direto. 
Alternativa E: errada. O complemento (direto) dos verbos 
“vive” e “estuda” é o mesmo: o termo “problemas”. 
Resposta – B 
 
12. (FGV/2014/Seduc-AM/Professor) Assinale a opção em que a construção 
frasal com objeto direto ou indireto pleonásticoapresenta erro. 
a) Esta boneca, trouxe-a ontem. 
b) Eu o comprei, o dicionário pretendido. 
c) A mim me parece que o tempo vai mudar. 
d) A mim parece-me que nada vai mudar. 
e) Eram estas as atitudes que você devia toma-las 
Comentário – Antes de tudo, observe a falto do acento agudo em “tomá-la”. 
Isso já nos possibilita marcar a última alternativa como resposta. Além disso, a 
construção sintática é descabida. Não faz sentido a forma pronominal “las” 
retomar o pronome relativo “que”, o qual retoma “atitudes”. Vamos corrigir 
tudo: “Eram estas as atitudes que você devia tomar”. 
Resposta – E 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 23
2. Complemento Nominal (CN) � termo que integra ou limita o sentido 
de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre 
preposicionado e indica o alvo ou o paciente do processo. 
Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque 
complementa o sentido do advérbio “favoravelmente”). 
O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque complementa 
o significado semântico do adjetivo “prejudicial”). 
Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato 
“confiança” que tem seu valor semântico complementado pelo termo em 
negrito). 
A função de CN é representada por um substantivo ou por qualquer 
palavra substantivada, conforme se depreende dos exemplos anteriores. Isso 
quer dizer que essa função sintática também pode ser exercida por uma 
oração (subordinada substantiva completiva nominal): 
Estou com vontade de suprimir este capítulo. 
A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não 
o confundir com o adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas 
importantes: 
I. Todo termo preposicionado que depende de advérbio ou 
adjetivo é CN. 
Ela mora perto do curso. (CN) 
II. Substantivo concreto não admite CN. 
Comprei o livro de Machado de Assis. (ADJ. ADN.) 
III. Todo termo que depende de substantivo abstrato será CN se 
a preposição não for de. 
A alegria na paz é infinita. (CN) 
IV. Caso a preposição seja de, o termo preposicionado será CN 
quando sofrer a ação (termo paciente, ou o alvo do processo); e será ADJ. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 24
ADN. quando praticar a ação (termo que indica o agente ou a origem do 
processo) ou denotar ideia de posse. 
A descoberta da vacina foi benéfica. (CN – note que a expressão 
“da vacina” indica o que foi descoberto). 
A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. – agora, o 
termo “do cientista” expressa o agente da ação de descobrir). 
 
13. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Superior Jurídico) A expressão sublinhada que 
exerce uma função sintática diferente das demais, por ser considerada um 
complemento, e não um adjunto é : 
a) interesses das crianças. 
b) autonomia das mulheres. 
c) direitos de homossexuais. 
d) teses da esquerda. 
e) ampliação das liberdades. 
Comentário – Basta aplicar o que ensinei acima para você notar que apenas a 
última expressão representa o paciente ou alvo da ação. As liberdades não 
ampliam nada; elas são ampliadas, são o alvo da ampliação. 
Resposta – E 
 
14. (FGV/FNDE/TÉCNICO EM FINANCIAMENTO/2007) “É precisamente nesse 
contexto que surgem o direito à intercomunicação, a inteligência 
coletiva...” 
No trecho acima, se grafássemos o segundo A com acento indicativo de 
crase (à inteligência coletiva), ocorreria uma mudança de função sintática 
do termo à inteligência coletiva, que deixaria de ser: 
(A) sujeito e passaria a ser objeto indireto. 
(B) objeto direto e passaria a ser objeto indireto. 
(C) complemento nominal e passaria a ser adjunto adverbial. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 25
(D) sujeito e passaria a ser complemento nominal. 
(E) objeto direto e passaria a ser complemento nominal. 
Comentário – A relação original entre os constituintes sintáticos da oração 
nos permite entender que “o direito à intercomunicação” e “a inteligência 
coletiva” formam o sujeito composto do verbo “surgem”. Normalmente, 
quando o sujeito vem depois do verbo, as pessoas tendem a confundi-lo com o 
objeto, pois a ordem natural dos termos é SVO. Experimente reordenar os 
termos: É precisamente nesse contexto que o direito à intercomunicação, a 
inteligência coletiva surgem... Ficou melhor? 
Caso o acento grave fosse utilizado como o examinador 
sugeriu, o sujeito “a inteligência coletiva” se tornaria complemento do 
nome “direito”: ...direito à intercomunicação, à inteligência... 
Resposta – D 
 
15. (FGV/DOCAS-SP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) Os mesmos quatro setores 
seriam sensíveis a essas medidas no resto do mundo. 
O termo sublinhado no trecho acima exerce a função sintática de 
(A) objeto direto. 
(B) complemento nominal. 
(C) adjunto adnominal. 
(D) adjunto adverbial. 
(E) predicativo do sujeito. 
Comentário – O termo sublinhado complementa o sentido do adjetivo 
“sensíveis”. Repare que esse termo vem preposicionado (o “a” não recebe 
acento grave indicativo de crase porque diante de “esse” ele é proibido). 
Termo preposicionado que complementa sentido de adjetivo exerce função de 
complemento nominal. 
Resposta – B 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 26
16. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Partidos são fundamentais para a 
consolidação da democracia e o permanente desenvolvimento da 
cidadania e devem existir – de verdade – em bases cotidianas. (L.56-59) 
Os termos sublinhados no período acima classificam-se, respectivamente, 
como 
(A) adjunto adnominal e adjunto adnominal. 
(B) complemento nominal e complemento nominal. 
(C) adjunto adnominal e complemento nominal. 
(D) complemento nominal e adjunto adnominal. 
(E) objeto indireto e objeto indireto. 
Comentário – Tanto “consolidação” quanto “desenvolvimento” são 
substantivos abstratos e têm seus sentidos complementados, respectivamente, 
pelos termos preposicionados “da democracia” e “da cidadania”. Você deve ter 
notado que a preposição é “de”, certo? Nesse caso, temos que fazer o teste 
do(a) agente/origem e do paciente/alvo. Assim, não é difícil entender que os 
termos destacados são os alvos/pacientes dos processos de “consolidação” (a 
democracia é consolidada) e “desenvolvimento” (a cidadania é desenvolvida). 
Resposta – B 
 
17. (FGV/PC-MA/Delegado de Polícia/2012) Assinale a alternativa cujo termo 
sublinhado desempenha uma função textual diferente de todas as demais. 
(A) Consumo de cocaína. 
(B) Combate ao tráfico. 
(C) Busca de aperfeiçoamento. 
(D) Enfrentamento da questão. 
(E) Custo da operação. 
Comentário – Apenas na última alternativa temos um caso de locução 
adjetiva que qualifica o substantivo “Custo”. Podemos até mesmo fazer a 
seguinte transformação: Custo operacional. Nas outras alternativas, os termos 
sublinhados complementam os substantivos abstratos correspondentes. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 27
Notamos que os termos em destaque constituem o alvo do consumo, do 
combate, da busca e do enfrentamento. Além disso, entendemos que esses 
substantivos abstratos designam nomes de ação (de consumir, do combater, 
de buscar e de enfrentar) cujos significados necessitam de um complemento. 
Resposta – E 
 
18. (FGV/PC-RJ/Perito Legista/2011)Na expressão “votação do Código 
Florestal”, o termo sublinhado é paciente do termo anterior, ou seja, o 
Código Florestal é votado. Assinale a alternativa em que o termo 
destacado exerce essa mesma função. 
(A) Exploração de terras. 
(B) Competitividade do setor. 
(C) Tamanho de interesses divergentes. 
(D) Funcionamento da base aliada. 
(E) Leque de simpatizantes. 
Comentário – Claramente se percebe a intenção do examinador de explorar a 
diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal. Na primeira 
alternativa, entendemos que terras são exploradas, ou seja, a expressão 
sublinhada é paciente do termo anterior, é o alvo da exploração. Nas outras 
opções, notamos que as expressões são agentes do temo anterior e/ou o 
qualificam. Exemplo: o setor compete (B); a base aliada funciona (D); 
“interesses divergentes” qualifica o “Tamanho”; “simpatizantes” qualifica 
“Leque”. Exercem, portanto, papel de adjunto. 
Resposta – A 
 
19. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Superior Jurídico) “Pouco importa que a prisão 
por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas 
de Sólon que facilitou a introdução da democracia em Atenas foi 
justamente o fim da servidão por dívidas – e que é quase certo que, 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 28
encarcerado, o pai da criança terá muito menor probabilidade de honrar 
seus compromissos financeiros”. 
A alternativa em que a afirmação sobre um elemento do texto mostra 
adequação é: 
a) o termo “por dívidas” traz uma ideia de consequência. 
b) o adjetivo “encarcerado” contém uma ideia de tempo. 
c) os travessões separam uma informação sobre quem foi Sólon. 
d) o termo “da democracia” é complemento nominal de “introdução”. 
e) o possessivo “seus” se refere a “criança”. 
Comentário – Alternativa A: errada. A ideia é de causa. 
Alternativa B: errada. Não. Ele expressa o estado do “pai da 
criança”. 
Alternativa C: errada. A informação elucida o porquê do 
“retrocesso de 2600 anos”. 
Alternativa D: certa. Use a dica que dei. A democracia foi 
introduzida, certo? Então, ela é o paciente da ação. Assim sendo, o termo 
funciona como complemento nominal. 
Alternativa E: errada. O pronome se refere ao pai da criança, o 
qual tem que honrar seus compromissos. 
Resposta – D 
 
3. Agente da Passiva � termo que, na voz passiva, pratica a ação 
expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito. 
As ruas foram lavadas pelas chuvas. 
Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa. 
Atenção! Como regra geral, a voz passiva é uma flexão privativa dos verbos 
TD. Quando você tiver VTD + SE (às vezes, o pronome surge anteposto ao 
verbo), o pronome será apassivador, e não índice de indeterminação do 
sujeito. 
O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por 
preposição (por, per, de). 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 29
A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da 
ação expressa pelo verbo; 
A voz passiva analítica (ou verbal) pode apresentar agente da 
passiva, mas a sintética (ou pronominal) – como regra geral – não 
apresentará agente da passiva. 
Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa com sujeito simples: 
“Cabral”). 
O Brasil foi descoberto por Cabral. (voz passiva analítica; o termo 
destacado é o agente). 
Vendem flores. (voz ativa com sujeito indeterminado). 
Flores são vendidas. (voz passiva analítica sem agente da passiva). 
Vendem-se flores. (voz passiva sintética sem agente da passiva). 
Contudo, às vezes somos contrariados pela dinâmica da Língua, 
que nem sempre se ajusta à rigidez gramatical. Gramáticos como Cegalla 
(2008, página 356), por exemplo, são bem contundentes quando tratam desse 
assunto. Ele diz que “Na passiva pronominal [ou sintética] não se declara o 
agente”. Veja três exemplos que o eminente professor apresenta em sua obra: 
Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos pedestres. (errado) 
Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo) 
Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo) 
Agora analise a questão abaixo. 
 
20. (FGV/Potigás/Administrador Júnior/2006) Não, a política externa não pode 
se guiar por convicções e preferências partidárias. 
O termo grifado acima desempenha função sintática de: 
(A) complemento nominal. 
(B) objeto indireto. 
(C) adjunto adverbial. 
(D) agente da passiva. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 30
(E) adjunto adnominal 
Comentário – Vamos combinar uma coisa: quando você identificar um 
pronome SE na frase, imediatamente analise o verbo ao qual ele está atrelado. 
Se o verbo for TD, muito provavelmente essa construção representa voz 
passiva sintética. Como toda voz passiva sintética pode ser transformada em 
voz passiva analítica, faça a devida transformação e comprove: 
- Não, a política externa não pode se guiar por convicções e 
preferências partidárias. (voz passiva sintética) 
- Não, a política externa não pode ser guiada por convicções 
e preferências partidárias. (voz passiva analítica) 
Nos dois casos, o sujeito “a política externa” sofre ou recebe a 
ação indicada pela locução verbal. E o termo em negrito é o desencadeador ou 
agente desse processo. Este é, pois, agente da passiva. 
Resposta – D 
 
21. (FGV/BADESC/TÉCNICO DE FOMENTO/2010) Assinale a alternativa em 
que a classificação da palavra se, no trecho “a falta de caráter é algo 
intrínseco e altamente difundido na maioria das atividades que se 
desenvolvem neste país”, esteja correta. 
(A) Pronome reflexivo. 
(B) Partícula apassivadora. 
(C) Índice de indeterminação do sujeito. 
(D) Conjunção subordinativa condicional. 
(E) Parte integrante do verbo. 
Comentário – Se você seguiu o meu conselho, deve ter verificado que o “se” 
forma com o verbo “desenvolvem” (= transitivo direto) voz passiva sintética 
(ou pronominal): 
- ...na maioria das atividades que se desenvolvem neste país. 
(voz passiva sintética) 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 31
- ...na maioria das atividades que são desenvolvidas neste 
país. (voz passiva analítica) 
Nos dois casos, o verbo concorda com o termo “na maioria das 
atividades”, antecedente do pronome relativo “que” (este é o verdadeiro 
sujeito do verbo – não se preocupe, por enquanto, com esse tipo de 
concordância, pois será detalhada na aula específica). Repare que o agente da 
passiva (que não é obrigatório) não está indicado no trecho. 
Resposta – B 
 
Já que a questão acima nos permite, vamos estender a explicação 
sobre as funções do SE. 
• Valores morfológicos: 
1. Parte integrante do verbo (acompanha os chamados verbos reflexivos 
essenciais, os seja, expressam uma ação que o sujeito não pode exercer 
efetivamente sobre outro ser) 
Ex.: A turma queixou-se da prova. 
2. Partícula expletiva ou de realce (usado simplesmente por uma questão 
de estilo ou ênfase) 
Ex.: Todos já se foram. 
Ela riu-se com a pergunta. 
3. Substantivo (acompanhado de artigo ou de pronome adjetivo) 
Ex.: Nenhum “se” deixará de ser estudado. 
O revisor retirou o se da frase. 
4. Conjunção (conecta orações) 
Ex.: Não sei se ele virá. (integrante) 
Se vier, traga uma garrafa de refrigerante. (condicional) 
Se não me amas, só me resta partir. (causal) 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésiawww.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 32
5. Pronome apassivador (ocorre com verbos transitivos diretos ou 
transitivos diretos e indiretos em estrutura de voz passiva sintética; indica 
que a ação verbal é sofrida pelo sujeito) 
Ex.: Vendem-se casas. 
Doaram-se alguns livros à escola. 
6. Índice de indeterminação do sujeito 
Ex.: Precisa-se de ajudantes. (VTI + SE) 
Brinca-se muito neste lugar. (VI + SE) 
É-se feliz aqui. (VL + SE) 
Ama-se a Deus. (VTD + SE + PREPOSIÇÃO) 
• Sintaticamente, o SE (= pronome reflexivo) pode desempenhar as 
seguintes funções, retomando por coesão anafórica o sujeito do 
verbo, substituindo-o: 
1. Objeto direto (indica que o agente e o paciente da ação verbal são os 
mesmos) 
Ex.: A vítima medicou-se. 
2. Objeto indireto 
Ex.: Ele impôs-se severo regime. 
3. Sujeito (de verbo no infinitivo; faz parte de um período composto) 
Ex.: Deixou-se ficar na cadeira de balanço. 
Bem, estamos chegando ao fim desta aula. É compreensível que 
você esteja meio cansado. Tenho consciência de que é muita informação ao 
mesmo tempo. Mas, sinceramente, julgo importante este assunto. Se você não 
conseguir compreender a relação estabelecida entre os termos da oração, terá 
dificuldades de responder corretamente às questões de prova e de 
compreender algumas relações sintáticas entre as orações. Logo, avance mais 
um pouquinho. Vamos lá! 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 33
Núc. do OD Núc. do Suj. 
Termos Acessórios da Oração 
1. Adjunto Adnominal � é termo de valor adjetivo que serve para 
especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso 
por: 
a) adjetivo: Compareceram pessoas interessadas. 
b) locução adjetiva: Era um homem de consciência. 
c) artigo: O mar era um lago sereno e azul. 
d) pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua. 
e) numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas. 
f) oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, 
caíram-lhe pelo rosto. 
Observação: o mesmo substantivo pode vir acompanhado por 
mais de um adjunto adnominal: 
As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. 
Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com 
predicativo do objeto, e vice-versa. Abaixo, separei algumas dicas para facilitá-
lo a distinguir um e outro. 
Assim como o complemento nominal, o adjunto adnominal 
também é parte efetiva do mesmo termo que tem o substantivo como 
núcleo. Basta substituir esse termo por um pronome substantivo e perceber 
que o adjunto adnominal também desaparece: 
 
O novo método facilitou os alunos despreparados. 
 
 
Ele facilitou-os. 
 
A mesma substituição não pode ser feita para o predicativo do 
objeto: 
 
AA AA AA AA 
Suj. OD 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 34
Núc. do OD Núc. do Suj. 
Sua atitude deixou seus amigos perplexos. 
 
 
Ela deixou-os perplexos. 
 
 
22. (FGV/PREF. DE ANGRA DOS REIS-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) [...] Já há 
evidências de que mudanças climáticas introduziram epidemias em regiões 
anteriormente livres delas.[...] 
Em relação à estrutura sintática do período acima, analise as afirmativas a 
seguir: 
I. Há, em todo o período, dois casos de complemento nominal. 
II. Há, em todo o período, dois casos de objeto direto. 
III. Há, em todo o período, dois casos de adjunto adnominal. 
Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
Comentário – Item I: os dois complementos nominais são “...de que 
mudanças climáticas...”, que complementa o sentido do substantivo abstrato 
“evidências”, e “...delas”, que complementa o valor semântico do adjetivo 
“livres”. Item correto. 
Item II: os dois objetos diretos são “evidências”, que 
complementa o significado da forma verbal “há”, e “epidemias”, que encerra a 
significação do verbo “introduziram”. Item correto. 
Item III: os dois adjuntos adnominais são representados pelo 
adjetivo “climáticas”, que qualifica o substantivo “mudanças”, e pelo adjetivo 
“livres”, que classifica o substantivo “regiões”. Item correto. 
AA AA POD 
Suj. OD POD 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 35
Resposta – B 
 
2. Adjunto Adverbial � é termo de valor adverbial que denota as 
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o 
sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio, podendo ser expresso por: 
a) advérbio: Aqui não fica ninguém reprovado. 
b) locução ou expressão adverbial: Lá embaixo, nós 
começamos a dançar sob o sol do meio-dia. 
c) oração subordinada adverbial: Quando acordou, não havia 
mais ninguém por perto. 
Os adjuntos adverbiais recebem diversas classificações, todas de 
acordo com a circunstância que indicam. A seguir, há apenas uma pequena 
relação: 
a) causa: Por que lhes daria tanta dor? 
b) companhia: Vivia com Daniela. 
c) condição: Sem estudar, não passará. 
d) concessão: Apesar de tudo, estudamos muito. 
e) dúvida: Acaso fizeste mesmo isso? 
f) fim: Há homens para tudo. 
g) instrumento: Bati-lhe com o chicote. 
h) intensidade: Gosto muito de ti. 
i) lugar: Veja aonde vai. 
j) matéria: Esta é feita de barro. 
k) meio: Voltamos de bote. 
l) modo: Vagarosamente ela recolheu o fio. 
m) negação: Não desanimem. 
n) preço: O curso custa cem reais. 
o) tempo: Estudaremos até as duas horas. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 36
Observação: Às vezes não é possível precisar a circunstância 
expressa pelo adjunto adverbial. Neste exemplo, é difícil distinguir se o adjunto 
adverbial é de modo ou de intensidade: 
Entreguei-me calorosamente àquela causa. 
 
23. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) O ensino técnico profissionalizante 
de fato precisa hoje correr contra o relógio, pois, se persistir a falta de 
pessoal qualificado, as oportunidades acabam definitivamente perdidas 
pela desistência dos potenciais empregadores. 
O termo sublinhado no período acima exerce a função sintática de 
(A) adjunto adverbial. 
(B) agente da passiva. 
(C) complemento nominal. 
(D) adjunto adnominal. 
(E) objeto indireto. 
Comentário – O termo sublinhado tem valor semântico de causa da perda 
definitiva das oportunidades; sintaticamente, funciona como adjunto 
adverbial. 
Resposta – A 
 
 [...] 
 O consumidor leva prejuízo porque as 
 sacolas escolhidas para substituir o plástico são as 
30 de milho. Relativamente caras, custarão R$ 0,19 
 cada uma. É questionável ainda a ideia de embalar 
 comida com comida. Tirar milho de galinhas e 
 pipoqueiros para produzir invólucros tende a 
 inflacionar o setor de alimentos. 
 [...] 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 37
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 24 de janeiro de 2012) 
24. (FGV/2012/Senado Federal/Técnico Legislativo) É questionável ainda a 
ideia de embalar comida com comida. (L.31-32). Assinale a alternativa em 
que o termo sublinhado tenha classificação idêntica à do adjunto adverbial 
sublinhado no período acima. 
a) Saíram mais cedo com os amigos. 
b) Encheram a garrafa com funil. 
c) Fizeramos ovos com manteiga. 
d) Massageou os pés com maciez. 
e) Construíram o muro com pedras. 
Comentário – Questão maravilhosa! Presumo que errou a resposta quem 
desprezou o contexto em que a expressão destacada pelo examinador aparece. 
Ela, na verdade, indica a matéria utilizada para confeccionar as sacolas. Esse 
uso incomum do milho – uma espécie de alimento – é que promove a 
confecção delas. Nas demais opções, temos os seguintes adjuntos adverbiais 
respectivamente: de companhia; de instrumento; de modo (indica a maneira 
de preparação dos ovos); de modo outra vez; e de matéria também (as pedras 
compõem o material de confecção do muro). 
Resposta – E 
 
3. Aposto � é termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, ou 
a qualquer palavra substantivada, para explicá-lo, especificá-lo, esclarecê-lo, 
desenvolvê-lo ou resumi-lo, classificando-se em: 
a) explicativo: O professor, um homem muito estudioso, 
escreveu vários livros. 
b) especificativo: A cidade de Paracambi é linda. 
c) enumerativo: Ele reivindicava várias coisas: melhor salário, 
assistência médica e redução da carga horária. 
d) distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras 
alegres. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 38
e) resumitivo ou recapitulativo: Amor, alegria, saudade, tudo 
era paixão. 
O aposto também pode vir representado por uma oração (oração 
subordinada substantiva apositiva). 
Só quero uma coisa: que vocês estudem. 
Sintaticamente, o aposto equivale ao termo a que se refere 
(sujeito, predicativo, complemento verbal, complemento nominal, agente da 
passiva, etc.). 
 
Ela, Dora, foi muitíssimo discreta. 
 
As escrituras eram duas: a da hipoteca e a da venda das 
propriedades. 
 
O aposto especificativo não vem marcado por sinais de pontuação 
(dois-pontos, vírgulas, travessão). Esse tipo de aposto é, normalmente, um 
substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a 
ele diretamente ou por meio de preposição. 
A cidade de Lisboa é linda. 
O cantor Caetano Veloso foi premiado novamente. 
O mês de maio é o mês das noivas. 
 
25. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/ENGENHEIRO CIVIL/2006) Assinale a 
alternativa que apresente caso de aposto. 
(A) “...você localiza em Rio Branco, no bairro Chico Mendes, uma rua Gregório 
Filho...” 
(B) “...uma casa de encantamentos, tem cerca, canteiros verdes, goiabeiras e 
cupuaçuzeiro...” 
(C) “...Uma varanda aberta, acolhedora, envolve a casinha de madeira 
reformada...” 
Suj
. 
Pred. do Suj. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 39
(D) “...ao alcance das mãos e olhos ávidos, curiosos, remexendo o acervo dos 
livros...” 
(E) “...troncos naturais polidos e cortados sustentam outras coleções como 
mesas de apoio, enquanto os muito pequenos, sentados lado a lado em 
esteiras de palha de bananeira, rolam as páginas coloridas...” 
Comentário – O termo “Chico Mendes” (substantivo próprio) especifica o 
“bairro” (substantivo comum) e funciona como aposto. 
Alternativa B: a expressão “canteiros verdes”, juntamente com 
“cerca”, “goiabeiras” e “cupuaçuzeiro”, constitui o complemento direto do 
verbo “tem”. 
Alternativa C: o adjetivo “acolhedora” qualifica o substantivo 
“varanda” (note a concordância de gênero e número entre ambos), 
funcionando como adjunto adnominal dele. 
Alternativa D: semelhantemente, o adjetivo “curiosos” 
caracteriza os substantivos “mãos” e “olhos”, exercendo função típica adjunto 
adnominal. A concordância com o masculino se dá por causa da prevalência 
dele numa situação de concorrência com o gênero feminino (isso será 
retomado na aula sobre regras de concordância). 
Alternativa E: toda a expressão sublinhada é outro adjunto 
adnominal dos “troncos”, termo subentendido na expressão “os (troncos) 
muito pequenos”. 
Resposta – A 
 
26. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) “O desenvolvimento 
sustentável é política de governo em algumas cidades, e não apenas um 
conjunto de medidas dirigidas a questões pontuais”, diz Laura Valente de 
Macedo, diretora regional para América Latina e Caribe do ICLEI – 
Governos Locais pela Sustentabilidade. 
No trecho acima, há quantas ocorrências de aposto? 
(A) Uma. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 40
(B) Nenhuma. 
(C) Três. 
(D) Quatro. 
(E) Duas. 
Comentário – Há apenas duas ocorrências de aposto: 
- “diretora regional para América Latina e Caribe do ICLEI”, que 
explica/esclarece quem de fato é “Laura Valente de Macedo”; e 
- “Governos Locais pela Sustentabilidade”, que 
explica/esclarece o significado de “ICLEI”. 
Resposta – E 
 
27. (FGV/SSP-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2010) A alternativa que analisa 
corretamente a função sintática do fragmento sublinhado é: 
(A) “Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo 
equilíbrio de hierarquia e individualismos...”– aposto. 
(B) “A sociedade civil, por si só, é insuficientemente organizada para enfrentar 
esses desafios e criar alternativas...” – objeto direto. 
(C) “Na sociedade tradicional, com sua violência constitutiva, existiam 
mecanismos de controle social que marcaram uma moralidade básica 
compartilhada.” – sujeito. 
(D) “Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo 
estabelecimento de uma política...” – adjunto adnominal. 
(E) “A perda de credibilidade...” – objeto indireto. 
Comentário – Alternativa A: compare o que afirmou o examinador com o que 
eu expliquei sobre as características de um aposto. Não há no segmento 
nenhum termo que seja explicado, especificado, esclarecido, 
desenvolvido ou resumido pelo termo sublinhado. Item errado. 
Alternativa B: objeto direto é termo que complementa sentido 
de verbo transitivo direto. O particípio “organizada” é o próprio verbo, que com 
o auxílio do verbo “é” forma a voz passiva analítica. Item errado. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 41
Alternativa C: aqui, o cuidado que você deve tomar é não 
confundir sujeito com objeto direto. O mais comum é realmente o sujeito 
surgir anteposto ao verbo e o objeto, posposto a ele. Mais essa regra geral às 
vezes não é seguida. Em “existiam mecanismos de controle social”, o termo 
sublinhado é o sujeito da forma verbal (O que existia? Mecanismos de 
controle social existiam.). Item certo. 
Alternativa D: “inevitavelmente” é termo de valor adverbial 
que denota a circunstância em que se desenvolve o processo verbal. Funciona, 
portanto, como adjunto adverbial. É comum o sufixo –mente 
unir-se a adjetivos para formar advérbios (infeliz + mente = infelizmente, legal 
+ mente = legalmente). Item errado. 
Alternativa E: para ser objeto indireto, um termo tem que 
complementar o sentido de um verbo. O vocábulo “perda” é substantivo 
abstrato; seu significado é complementado pelo termo “de credibilidade”. Faça 
o teste: a credibilidade perde ou é perdida? Ela é perdida, percebe? Então, se é 
paciente, sua função sintática é complemento nominal. Item errado. 
Resposta – C 
 
Vocativo 
Por fim, quero apresentar-lhe o vocativo. Ele é um termo isolado, 
não faz parte dos termos essenciais, dos termos integrantes nem dos termos 
acessórios. A função do vocativo é chamar ou interpelar a pessoa a 
quem nos dirigimos. Vem sempre marcado por pontuação, admite a 
anteposição de interjeição e não deve ser confundido com o sujeito da oração.Meu amigo, que horas são? (sujeito inexistente) 
A ordem, meus amigos, é a base do governo. (sujeito: “A 
ordem”) 
Ó minha amada, que olhos os teus! (frase nominal). 
Fique agora com algumas questões da FCC, para ajudá-lo a fixar o 
conteúdo estudado nesta aula. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 42
28. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite 
transposição para a voz passiva é: 
(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes. 
(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso. 
(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. 
(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política. 
(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica. 
Comentário – A voz passiva é formada, a rigor, a partir de um verbo 
transitivo direto. É na segunda alternativa que encontramos essa condição, ao 
nos depararmos com o verbo “incluir” (verbo principal da locução verbal 
“poderá incluir”). Veja a transformação: “O retorno do ensino religioso poderá 
ser incluído pela Concordata”. 
Nas letras A, D e E, os verbos são de ligação, o que impede a 
transposição para a voz passiva. 
E o que dizer da opção C? O verbo haver, no sentido de existir, 
não possui sujeito e é transitivo direto. O termo “estatísticas controvertidas 
sobre esse poder eclesiástico” é seu objeto direto. Considerando que o objeto 
direto torna-se sujeito do verbo na transposição de voz ativa para voz passiva 
e que o verbo haver não tem sujeito (é impessoal), impossível se torna a 
transposição requerida pela banca examinadora. 
Resposta – B 
 
29. (FCC/TCE-SP/AG. DE FISCALIZ. FINANC./2010) A forma verbal da voz 
passiva correspondente exatamente à construção: 
(A) Se examinarmos as fábulas populares é: Se as fábulas populares 
forem por nós examinadas. 
(B) um jovem a conduza é: fosse por um jovem conduzida. 
(C) exprimem o desejo popular é: têm expressado o desejo popular. 
(D) representam apenas uma ilusão miraculosa é: estão apenas 
representando uma ilusão miraculosa. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 43
(E) deve reconquistar seu reino é: terá reconquistado seu reino. 
Comentário – Na alternativa A, o sujeito “nós” (oculto na voz ativa) assumiu 
o lugar do agente na voz passiva, aquele que vai examinar as fábulas 
populares. O objeto direto “fábulas populares” transformou-se no sujeito-
paciente, que sofrerá a ação de ser examinada. A forma verbal “examinarmos” 
(futuro do subjuntivo) adquiriu forma nominal de particípio. Além disso, o 
verbo auxiliar (ser) flexionou-se corretamente no mesmo tempo e modo 
(futuro do subjuntivo) do verbo “examinarmos”. A correspondência está 
perfeita! 
Resposta – A 
 
30. (FCC/DEF. PÚB.-SP/AGENTE/2010) Há alteração de voz verbal e de 
sentido na passagem da construção 
(A) Sua gestão ficou marcada para Sua gestão restou marcada. 
(B) É uma peça de estilo raro para Trata-se de uma obra de linguagem 
incomum. 
(C) (...) que a tornam indevassável para que a fazem incompreensível. 
(D) (...) devem expor à luz (...) a mensagem para precisam revelar (...) o 
comunicado. 
(E) O exemplo de Graciliano diz tudo para tudo é dito como exemplo para 
Graciliano. 
Comentário – Na última alternativa, temos: “O exemplo de Graciliano” = 
sujeito-agente; “diz” = verbo transitivo direto (VTD); “tudo” = objeto direto 
(OD). Estão aqui todas as condições para que haja mudança de voz ativa para 
passiva. Veja como ficou: “tudo” = sujeito-paciente; “é dito”= locução verbal 
indicativa de voz passiva analítica (o verbo principal fica no particípio e o verbo 
auxiliar assume o tempo e o modo do verbo da voz ativa – presente do 
indicativo). Tudo muito bem, tudo muito bom; mas... o sujeito que deveria 
transformar-se no agente da passiva não existe aqui!!! Semanticamente, o 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 44
exemplo de Graciliano deixou de ser o agente causador da ação de dizer. 
“Graciliano” assume o papel de receptor daquilo que é dito como exemplo. 
Resposta – E 
 
Agora tente resolver o simulado que surge na próxima página. Só 
depois confira o gabarito dele. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 45
 
 
 
A minha mãe falava sério! 
Thalita Rebouças 
- Isso aqui é um 1chiqueiro! Não acredito que você trocou nossa 21casa 
superacolhedora, limpíssima e sempre arrumadíssima por essa 2pocilga. Fala 
sério, Maria de Lourdes! - exasperou-se minha mãe, mãos na cintura, a última 
vez que veio me visitar. 
15Eu nunca encontro palavras para dizer nessas horas. Durante seus 
ataques, prefiro me recolher ao mais puro silêncio de consentimento. 
Estou há sete meses dividindo com a Helô e a Bené um 23ridiculamente 
pequeno 8apartamento. 
Bem disse minha mãe, nada cabe no apartamento. Nada mesmo! 
24Sinceramente, eu e as meninas mal cabemos no “apertamento”, como 
chamamos 25carinhosamente nosso lar-microlar. 
Para piorar, a Helô é 11superbagunceira, eu sou a megabagunceira e a 
Bené é hiperbagunceira. Bené, aliás, tem um outro 13probleminha que é bem 
chatinho: vive com o namorado antipático para cima e para baixo. Outro dia 3o 
sem graça me viu de 14calcinha e sutiã antes de uma festa. 18Quer mico maior 
que esse? Morri de vergonha. Ele morreu de rir. 4Palhaço! 
5Morar longe de casa não tem sido exatamente o paraíso que eu 
imaginava, mas dias melhores virão. Serei efetivada no meu estágio 17(oba!), 
vou ganhar um salário decente e 16acho que logo, logo estarei pronta para 
alugar o meu próprio cantinho. Decidi: amo as meninas, mas quero, preciso 
morar sozinha. Pelo bem da nossa amizade. 
Para dar uma ideia do 6caos que é nossa convivência, outro dia cheguei 
em casa e vi repousando no chão da microssala, repetindo, no chão da 
microssala, vários, de novo, vários objetos. Foi difícil desviar deles. Primeiro, 
passei raspando por um CD do Nando Reis, depois, quase pisei na caixa do CD 
do Nando com um disco de funk dentro, na caixa do DVD de Sex and the City, 
numa lixa de unha, num papel de bala, num ventiladorzinho portátil, num tênis 
Simulado 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 46
amarelo imundo, num pedaço de papel com um número de telefone anotado e 
em entupidos sacos de roupa suja. 
- A gente precisa comprar uma máquina de lavar roupa para essa casa! 
Ou 22tomar vergonha na cara e lavar a roupa! A gente não pode achar normal 
esses sacos estarem no meio da sala há uma semana! - reclamei, antes de 
dizer boa-noite para as minhas amigas. 
- Não cabe máquina de lavar aqui no apartamento - disseram-me as 
duas 26calmamente. 
A casa estava um horror. 
Nós três somos terríveis juntas. 
19A Helô, então, é sem noção. É capaz de deixar durante dias uma maçã 
comida sobre a pia da cozinha. 
Isso porque a lixeirinha fica ao lado da torneira. 
Andando irritada, pisei forte e ouvi um nítido e crocante “créééc”. 
- Quanto farelo, gente! Quem foi que comeu biscoito sem pratinho 
embaixo? Cadê o aspiradorzinho que a minha mãe deu pra gente? 
As duas começaram a rir. 
Permaneci séria, 27eu estava muito brava, muito brava. 
- Malu! 20Desestressa! - disse Helô. 
- Comemos sem pratinho, sim, depois 10a gente limpa - completou Bené. 
- Depois quando?- Depois... 
- Que biscoito foi? De polvilho? - eu quis saber. 
- Arrã - fizeram as duas, sapecas. 
- Tem ainda? - Rendi-me à gula e à bagunça. 
Comi o último do pacote e acabei rindo com elas. Eu até gosto de 
bagunça. Sempre gostei. 
Mas o apê estava tão bagunçado que tinha ultrapassado até o meu nível 
permitido de bagunça. 
- Pô, 9gente, assim não dá! A gente precisa tomar vergonha na cara. 
Nossa casa está uma 7zona! 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 47
(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de Janeiro: Rocco, 2006) 
1. Analise as proposições abaixo a respeito dos elementos linguísticos 
presentes no texto. 
I) Na referência 9, o vocábulo “gente” é utilizado com funções diferentes. 
Em “- Pô, gente”, funciona como vocativo, ao passo que, em “A gente 
precisa”, forma, juntamente com o artigo “a”, uma expressão que atua 
como pronome da primeira pessoa do plural. 
II) Em “a gente limpa” (ref.10), a conjugação do verbo na terceira pessoa do 
singular concordando com a expressão “a gente” é comum na fala 
coloquial. 
III) Nos vocábulos “superbagunceira”, “megabagunceira” e “hiperbagunceira” 
(ref.11), a autora utiliza os adjetivos de intensidade super, mega e hiper 
para indicar a flexão de grau do adjetivo bagunceira. 
IV) Em “Morri de vergonha” (ref.12), o verbo morrer é utilizado no sentido de 
experimentar sentimento intenso, e, em “Ele morreu de rir”, é utilizado 
para indicar intensidade. 
V) O diminutivo é utilizado pela autora para se referir de forma pejorativa a 
substantivos de tamanho pequeno: “probleminha” (ref.13), “chatinho” 
(ref.13), “calcinha” (ref.14). 
Marque a alternativa correta: 
a) somente a proposição I está correta. 
b) somente as proposições II e IV estão corretas. 
c) somente a proposição III está incorreta. 
d) somente as proposições IV e V são corretas. 
e) somente as proposições III e V são incorretas. 
 
2. Leia a tira e analise as três afirmações. 
 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 48
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. A palavra pelada assume sentidos diferentes para o pai e para o filho, 
razão pela qual este se mostra irritado no último quadrinho. 
II. No contexto, a locução verbal estou indo curtir indica uma ação cuja 
realização está no futuro imediato. 
III. Observando a fala do pai e a do filho, constata-se que as expressões 
Querida e Paiêêê têm a mesma função na estrutura de frase de ambos. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Como e porque sou romancista 
Minha mãe e minha tia se ocupavam com trabalhos de costuras, e as 
amigas para não ficarem ociosas as ajudavam. Dados os primeiros momentos 
à conversação, 2passava-se à leitura e era eu chamado ao lugar de honra. 
Muitas vezes, confesso, essa honra me arrancava bem a contragosto de 
um sono começado ou de um folguedo querido; 3já naquela idade a reputação 
é um fardo e bem pesado. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 49
Lia-se até a hora do chá, e tópicos havia tão interessantes que eu era 
obrigado à repetição. Compensavam esse excesso, as pausas para dar lugar às 
expansões do auditório, o qual desfazia-se em recriminações contra algum 
mau personagem, ou acompanhava de seus votos e simpatias o herói 
perseguido. 
Uma noite, daquelas em que eu estava mais possuído do livro, 4lia com 
expressão uma das páginas mais comoventes da nossa biblioteca. As 
senhoras, de cabeça baixa, levavam o lenço ao rosto, e poucos momentos 
depois não puderam conter os soluços 8que rompiam-lhes o seio. 
[...] 
JOSÉ DE ALENCAR 
Como e porque sou romancista. Campinas: Pontes, 1990. 
1remoque: zombaria, caçoada 
3. que rompiam-lhes o seio. (ref. 8) 
O vocábulo sublinhado faz referência a uma palavra já enunciada no 
texto. 
Essa palavra a que se refere o vocábulo lhes é: 
a) soluços 
b) páginas 
c) senhoras 
d) momentos 
 
POLÍTICAS CULTURAIS NO BRASIL 
 O problema da identidade nacional 2coloca-se de forma incisiva e 
recorrente aos intelectuais da América Latina antes mesmo da constituição de 
suas nações independentes. Qual o caráter dessa população de brancos 
10colonizados, vivendo em meio a negros 11boçais e índios 12indolentes? 
Questionavam-se nossos pensadores, informados pelas teorias sociobiológicas 
e racistas vigentes no século XIX. Ou 1quais as características dessas 
civilizações miscigenadas, crioulizadas, híbridas, transculturais, 13que se 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 50
estabeleceram nos trópicos? 16Vêm se perguntando teóricos das mais diversas 
correntes culturalistas desde o início do século passado até dias correntes 
(ABDALA JÚNIOR, 2004). 
 3No Brasil, a discussão sobre a identidade nacional tornou-se, talvez, 
mais recorrente do que nos seus vizinhos latino-americanos; 4em primeiro 
lugar, 20pelo tamanho continental do país e o processo histórico de sua 
ocupação, 14que envolveu não apenas o colonizador português, mas também 
diversas etnias indígenas e africanas, 6afora outros migrantes europeus e 
asiáticos, 7além dos fortes fluxos migratórios internos; 5em segundo lugar, 
21pela pobreza, ou mesmo inexistência, de um campo intelectual no Brasil 
colonial, imperial e republicano até, no mínimo, os anos 30, o que sempre 
dificultou reflexões críticas e independentes no país, bem como sua 
sistematização e permanência. É vastamente conhecida a proibição da 
metrópole portuguesa no que diz respeito à criação de instituições de ensino — 
seja qual for o nível — de editoras, de jornais, 19enfim, de toda instituição 
produtora de bens simbólicos na sua colônia americana. As coisas só começam 
a mudar, e muito lentamente, com a vinda de D. João VI e toda sua corte, em 
1808, para tomar um impulso considerável para a época no período de D. 
Pedro II — impulso motivado pela preocupação do Imperador em estabelecer 
alguns elementos iniciais de nacionalidade. 
 São exemplos desse melhoramento da vida intelectual e artística e de 
constituição mínima do campo cultural no século XIX: a vinda da Missão 
Artística Francesa, as bolsas de estudos concedidas aos artistas, a criação do 
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Imperial de Belas-
Artes, da Biblioteca e do Museu Nacional, entre outros. 
 O período da velha Primeira República não facilita este processo 
constitutivo. Diante de um excipiente mercado de bens simbólicos, 17sobressai, 
em todo esse período, a forte dependência de nossos artistas e pensadores em 
relação aos aparelhos estatais (raramente ligados a questões culturais), 
configurada nas sinecuras, ou seja, em cargos no funcionalismo público 15que 
permitem sua sobrevivência material. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 3 – Análise Morfossintática dos Termos da Oração 
Prof. Albert Iglésia 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 51
 A situação se diversifica a partir do período getulista, com a construção 
institucional na área da cultura, o fortalecimento de indústrias culturais — 
como a cinematográfica, a radiofônica, a editorial e a jornalística — e com o 
surgimento das primeiras universidades, permitindo alguma independência aos 
nossos produtores simbólicos. 
 De todo modo, na sociedade brasileira, em que, historicamente, a 
representação

Continue navegando