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Pontuação, Regência e Crase

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Aula 5 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Pontuação, Regência e Crase 
Professor: Albert Iglésia 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 5 – Pontuação, Regência e Crase 
Prof. Albert Iglésia 
 
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Olá! Como você passou a semana? Espero que esteja aí bem 
disposto para mais uma aula de Língua Portuguesa. 
 
Pontuação 
Começaremos a aula de hoje tratando do emprego dos sinais de 
pontuação. O uso adequado deles é extremamente relevante para o significado 
de uma frase. 
Nas provas de concursos, o mais explorado é a vírgula. É 
compreensível que seja assim, pois o uso dela requer atenção especial, em 
virtude de sua variabilidade de aplicações e efeitos. 
Para você ter apenas uma ideia do que isso significa, leia a história 
seguinte. Conta-se que a czarina russa Maria Fyodorovna certa vez salvou a vida 
de um homem, mudando apenas a vírgula de sua sentença de lugar. Muito 
inteligente, ela, que não concordava com a decisão de seu marido (Alexandre 
II), usou um artificio. O Czar enviou o homem para ser preso e morrer no 
calabouço da Sibéria. No fim da ordem de prisão, vinha escrito “Perdão 
impossível, enviar para sibéria”. Maria ordenou que redigissem nova ordem e, 
fingindo ler o documento original, mudou a vírgula de posição, transformando a 
ordem em “Perdão, impossível enviar para Sibéria”. Resultado: o prisioneiro foi 
libertado! 
Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma 
frase? A vírgula também pode influenciar a economia de um país. Na lei de tarifa 
alfandegária aprovada pelo Congresso dos EUA, em 6 de junho de 1872, uma 
lista de artigos livres de impostos incluía “plantas frutíferas, tropicais e 
semitropicais”. Na hora de escrever o documento, um funcionário público 
distraído acrescentou sem perceber uma nova vírgula, deixando o texto assim: 
“plantas, frutíferas, tropicais e semitropicais”. Isso fez com que todos os 
importadores de plantas americanos pleiteassem o direito de importação livre 
de impostos. Isso causou um grande prejuízo aos cofres dos EUA, e a lei só foi 
reescrita em 9 de maio de 1894. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 5 – Pontuação, Regência e Crase 
Prof. Albert Iglésia 
 
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núcleo núcleo núcleo núcleo 
Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior frequência 
nas provas de concurso, convém estudarmos os demais. 
 
� VÍRGULA (assinala uma pequena pausa) 
 
I. Entre os termos da oração, serve para: 
 
a) separar elementos coordenados que possuem a mesma função 
sintática: 
Ex.: Os livros, os cadernos, os lápis e as borrachas estão sobre a 
mesa. 
 
Obs.: havendo repetição da conjunção E para separar os elementos 
de mesma função sintática, a vírgula pode se repetir. 
Ex.: Comprou sapato, e bolsa, e meias. 
 
b) assinalar a omissão do verbo, ou de outro termo compreendido 
por meio do contexto (vírgula vicária): 
Ex.: No mar há os peixes; no céu, as estrelas... 
 
c) separar adjuntos adverbiais deslocados: 
Ex.: Neste momento, o pelotão se pôs em fuga. 
Obs.: aqui, o aluno deve admitir certa flexibilidade, pois há muitos 
gramáticos e escritores que não a empregam. 
 
d) separar o aposto explicativo: 
Ex.: Jorge Amado, autor de “Jubiabá”, é um excelente romancista. 
 
1. (FGV/Pref. de Florianópolis-SC/Administrador/2014) “Na minha família só 
havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era 
sujeito composto 
objeto direto 
A vírgula substitui a forma verbal “há” 
 
 
 
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professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram 
trabalhar fora”. 
A regra para o emprego de vírgula devidamente exemplificada é: 
a) oração adverbial antecipada: “na minha família só havia,...”; 
b) termo explicativo: “, inicialmente,”; 
c) presença de um aposto: “, minha mãe,”; 
d) oração adjetiva restritiva: “, que era professora”; 
e) termos de uma enumeração: “Muitos anos depois,...” 
Comentário – Alternativa A: a vírgula serviu para indicar a intercalação do 
adjunto adverbial “inicialmente”. 
Alternativa B: como já foi falado, o termo “inicialmente” é 
adjunto adverbial e está intercalado. 
Alternativa C: sim, trata-se de um aposto explicativo, que 
explicita quem de fato é a mulher citada pelo enunciador. 
Alternativa D: a vírgula jamais isolar uma oração adjetiva 
restritiva. Na verdade, a oração destacada é adjetiva explicativa. 
Alternativa E: não há essa tal enumeração. A vírgula destaca 
mais um adjunto adverbial, que agora está antecipado. 
Resposta – C 
 
e) separar o vocativo: 
Ex.: Não toque nesses doces, menino! 
f) separar datas de localidades: 
Ex.: Brasília, 1º de março de 1985. 
 
g) separar expressões de caráter explicativo (por exemplo; isto 
é; ou seja; a saber etc.): 
Ex.: Ele consegue, por exemplo, dirigir sozinho. 
 
h) separar conjunções intercaladas: 
Ex.: Ela virá; não se sabe, contudo, quando. 
 
 
 
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objeto direto objeto direto pleonástico 
i) separar objetos pleonásticos: 
Ex.: O relógio, guarda-o no bolso do paletó. 
 
j) separar o predicativo do sujeito invertido ou intercalado: 
Ex.: Decepcionado, o torcedor afastou-se lentamente. 
O torcedor, decepcionado, afastou-se lentamente. 
 
2. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Médio de Defensoria Pública) “Parece incrível, 
(1) mas os grandes operadores do sistema econômico e político tratam os 
problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os 
incômodos de cada crise, (2) quem ganha dinheiro no caos urbano toca em 
frente seus negócios e quem ganha votos, (3) sua campanha. Só alguns 
movimentos populares e organizações civis – Passe Livre, (4) Nossa São 
Paulo e outros – insistem em plataformas, (5) debates e campanhas para 
enfrentar os problemas e encontrar soluções sustentáveis”. 
Nesse parágrafo do texto aparecem cinco casos de emprego de vírgulas 
devidamente numerados; os números que indicam casos em que a vírgula 
foi empregada em função de idênticos motivos são 
a) 1/2. 
b) 1/3. 
c) 2/3. 
d) 3/4. 
e) 4/5. 
Comentário – Em “(1)”, a vírgula separa uma oração coordenada adversativa 
(repare a conjunção “mas”). Em “(2)”, a vírgula isola a oração adverbial reduzida 
que foi antecipada. Em “(3)”, a vírgula substitui o verbo tocar. Em “(4)” e em 
“(5)”, as vírgulas separam elementos coordenados, em uma série enumerativa 
e com a mesma função. 
Resposta – E 
II. Entre orações, serve para: 
 
 
 
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sujeito sujeito 
a) separar orações coordenadas assindéticas 
Ex.: Pare, olhe, siga. 
 
b) separar as orações coordenadas sindéticas, exceto as aditivas. 
Ex.: Vá, mas volte sempre. 
 
Obs.: usa-se a vírgula para separar orações coordenadas sindéticas 
aditivas de sujeitos diferentes ou com repetição da conjunção. 
Ex.: Ele foi ao Japão, e ela foi à Itália. 
 
 
(inexistindo a conjunção, o ponto e vírgula é aconselhável) 
 
E estuda, e trabalha, e dorme... 
 
3. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Os sócios e colaboradores 
dificilmente são consultados, e muitas vezes o apoio reflete mais as 
posições pessoais dos controladores do que os valores e princípios das 
empresas. (L.9-13) 
A respeito da vírgula no período acima, é correto afirmar que 
(A) está correta, pois se trata de vírgula antes da conjunção E com valor 
adversativo. 
(B) está correta, pois é caso de vírgulaantes da conjunção E que inicia oração 
com sujeito diferente do da anterior. 
(C) está incorreta, uma vez que não é necessário usar vírgula já havendo a 
conjunção E, mesmo sem valor aditivo. 
(D) está incorreta, já que introduz oração aditiva, mesmo que os sujeitos sejam 
diversos. 
(E) é facultativa, pois as orações apenas se justapõem e não se coordenam. 
 
 
 
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Comentário – A vírgula separa orações de sujeitos diferentes. O sujeito 
(composto) do verbo “são” é representado pela expressão “Os sócios e 
colaboradores”; o sujeito (simples) do verbo “reflete” é o termo “o apoio”. 
Resposta – B 
 
Atenção! Há casos em que as típicas conjunções aditivas 
introduzem orações adversativas; assim sendo, o emprego da vírgula é 
obrigatório. 
Ex.: Estudou, e não passou. (semanticamente, a conjunção “e” tem 
valor adversativo) 
 
c) separar orações adverbiais antecipadas ou intercaladas 
(quando vierem na ordem direta, o emprego será facultativo) 
Ex.: Ao anoitecer, saíram. 
Saíram ao anoitecer. 
Saíram, ao anoitecer. 
 
4. (FGV/214/DPE-RJ/Técnico Superior Especializado) “Seus antecedentes 
diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as 
passagens de Paris pelas quais flanava,(2) encantado, o Walter Benjamin. 
Ou, (3) se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”. 
Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente 
numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é. 
a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes. 
b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo. 
c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação. 
d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio. 
e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo. 
Comentário – A primeira vírgula ajuda a isolar o adjunto adverbial intercalado 
entre “as galerias de comércio de Leeds” e “as passagens de Paris”. A segunda 
 
 
 
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predicado sujeito 
sujeito predicado 
verbo OD OI 
nome 
adjunto adnominal 
com a separação do predicativo intercalado. Já a terceira marca o deslocamento 
de um oração subordinada adverbial (condicional). 
Resposta – A 
 
d) separar orações subordinadas adjetivas explicativas. 
Ex.: Jesus Cristo, que também é Deus, ressuscitou. 
 
e) separar as orações intercaladas: 
Ex.: Creio, disse ele, que esse é um caso perdido. 
 
f) separar as orações subordinadas substantivas apositivas: 
Ex.: É imprescindível que o país adote duas diretrizes, distribuir 
renda e reconstruir o ensino público. 
 
III. Não se usa vírgula 
a) entre sujeito e predicado (mesmo quando o sujeito é muito 
longo ou vem depois do predicado): 
Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim. 
 
Obs.: a intercalação de termos entre o sujeito e o predicado deve 
ser marcada por vírgulas, uma antes e outra depois. 
Ex.: Os deputados, ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do 
 
presidente da República. 
 
b) entre o verbo e seu complemento (OD ou OI): 
Ex.: Entreguei o presente ao aniversariante. 
 
c) entre o nome e seu adjunto ou complemento: 
Ex.: A todos os presentes informamos os novos valores 
dos produtos que vendemos. 
 
 
 
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nome complemento nominal 
oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Não há necessidade de tanta estupidez. 
 
d) para isolar o agente da passiva 
Ex.: As medidas econômicas foram aprovadas pelo presidente. 
 
e) para separar as orações subordinadas substantivas (exceto a 
apositiva) da sua principal. 
Ex.: Duvido de que esse prefeito dê prioridade às questões sociais. 
 
5. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a alternativa 
em que a vírgula está corretamente empregada. 
(A) O jeitinho, essa instituição tipicamente brasileira pode ser considerado, sem 
dúvida, um desvio de caráter. 
(B) Apareciam novos problemas, e o funcionário embora competente, nem 
sempre conseguia resolvê-los. 
(C) Ainda que os níveis de educação estivessem avançando, o sentimento geral, 
às vezes, era de frustração. 
(D) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos sofreriam sanções 
diariamente. 
(E) O tempo não para as transformações sociais são urgentes mas há quem não 
perceba esse fato, que é evidente. 
Comentário – Alternativa A: errada. Faltou uma vírgula (depois de “brasileira”) 
para isolar o aposto explicativo “essa instituição tipicamente brasileira”, que se 
intercalou entre o sujeito “O jeitinho” e a locução verbal “pode ser considerado”. 
Alternativa B: errada. A ausência de uma vírgula após 
“funcionário” fez com que o segmento de natureza adverbial concessiva “embora 
competente” não fosse corretamente isolado e caracterizou separação indevida 
entre o sujeito “o funcionário” e o verbo “conseguia”. 
Alternativa C: certa. A primeira vírgula separa uma oração 
subordinada adverbial antecipada; a segunda isola outro termo de valor 
adverbial, que se intercalou entre o sujeito “o sentimento geral” e o verbo “era”. 
 
 
 
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Alternativa D: errada. A primeira vírgula deveria ser 
empregada após a conjunção integrante “que”, para demonstrar o isolamento 
de uma oração subordinada adverbial condicional (“se fôssemos levar a lei ao 
pé da letra”) intercalada. A conjunção introduz o sujeito oracional “que muitos 
sofreriam sanções diariamente” e não pode ser dele separada por meio da 
vírgula. 
Alternativa E: errada. Faltou uma vírgula para separar as 
orações coordenadas com sujeitos diferentes “O tempo não para” e “as 
transformações sociais são urgentes”, como também faltou um ponto e vírgula 
para separar a oração coordenada adversativa introduzida pela conjunção 
“mas”. A última vírgula está bem empregada, pois serve para separar uma 
oração adjetiva explicativa. 
Resposta – C 
 
6. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010) O emprego correto da vírgula 
verifica-se apenas em: 
(A) A educação, saída ideal para diversos problemas sociais, requer empenho 
coletivo, e a sociedade deve oferecê-lo. 
(B) A administração do dinheiro público que é bem de todos, precisa ser 
controlada, e regulada por leis adequadas. 
(C) Embora sejam instrumentos democráticos as leis não garantem a ética na 
gestão pública, fato incontroverso no Brasil. 
(D) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra, muitos sofreriam sanções 
diariamente. 
(E) O tempo não para, as transformações sociais são urgentes mas há quem 
não perceba, que isso é evidente. 
Comentário – Alternativa A: certa. A primeira e a segunda vírgula separam 
adequadamente o aposto explicativo; a última separa uma oração coordenada 
aditiva com sujeito diferente daquele da oração coordenada inicial. 
Alternativa B: errada. Faltou a primeira vírgula que contribui 
para o isolamento da oração adjetiva explicativa “que é bem de todos”. A última 
 
 
 
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vírgula, ao contrário, está sobrando. Como as orações são coordenadas e têm o 
mesmo sujeito, ela não precisa ser usada. 
Alternativa C: errada. Faltou uma vírgula para indicar a 
antecipação da oração subordinada adverbial concessiva “Embora sejam 
instrumentos democráticos”.Alternativa D: errada. A primeira vírgula deve surgir após a 
conjunção integrante “que”, pois esta integra o sujeito oracional “que muitos 
sofreriam sanções diariamente”. Da forma como está, houve fragmentação do 
sujeito. Somente a oração subordinada adverbial condicional “se fôssemos levar 
a lei ao pé da letra” deve ser isolada. 
Alternativa E: errada. Falta um ponto e vírgula que separe a 
coordenada adversativa introduzida pela conjunção “mas”. Além disso, a última 
vírgula separou indevidamente o verbo do seu objeto direto: “perceba, que isso 
é evidente”. A primeira vírgula foi empregada corretamente para separar 
orações coordenadas. 
Resposta – A 
 
� PONTO 
I. Em relação ao mesmo parágrafo, é empregado no final de cada 
período, indicando uma pausa mais longa entre as frases. 
Ex.: A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o 
cachorro estacou diante Del. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam. (Clarice 
Lispector) 
 
II. Em relação a parágrafos distintos, assinala a passagem de um 
conjunto de ideias a outro de natureza diversa. 
Ex.: A monarquia se enterrava. Revogou-se, portanto, o exílio dos 
Braganças, trouxeram-me para cá os ossos do velho monarca e de sua esposa. 
E recebeu-se a visita do Rei Alberto, a quem ofereceram festas magníficas. 
 
 
 
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As finanças do Brasil não iam mal, permitiam despesas de 
vulto. Iniciaram-se então as obras contra a seca do Nordeste, que logo foram 
interrompidas. (Graciliano Ramos) 
 
7. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA/FISCAL DE TRIBUTOS/2010) 
[...] Uma vez que o ar mais quente retém mais água do que o frio, em 
algumas regiões haverá muita chuva; em outras, as secas se repetirão.[...] 
A respeito da pontuação do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. A última vírgula do período se justifica por se tratar de zeugma. 
II. A primeira vírgula do período se justifica por separar orações sintaticamente 
equivalentes. 
III. O ponto e vírgula pode ser substituído por ponto, colocando-se a palavra 
seguinte com a primeira letra em maiúscula. 
Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas II e II estiverem corretas. 
(D) Se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentário – Afirmativa I: certa. Zeugma é uma figura de linguagem que 
consiste na omissão de um termo anteriormente mencionado. Na declaração, o 
termo omitido é “regiões”, que foi substituído pela vírgula vicária. 
Afirmativa II: errada. As orações não são equivalentes. A 
primeira é subordinada adverbial causal, e a vírgula marca a antecipação dela. 
Afirmativa III: certa. O ponto, em relação ao mesmo parágrafo, 
é empregado no final de cada período para indicar uma pausa mais longa entre 
as frases. A substituição do ponto e vírgula por ele não gera prejuízo ao trecho, 
mas exige uma modificação ortográfica, conforme o examinador indicou. 
Resposta – A 
 
 
 
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� PONTO DE INTERROGAÇÃO 
I. Usado nas interrogações diretas. 
Ex.: Fazer o quê? O vazamento se dava entre o soalho e o forro, não 
havia acesso possível. Onde descobrir um bombeiro em Londres, num sábado à 
noite? (Fernando Sabino) 
 
� PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
I. Usa-se nos enunciados de entonação exclamativa, depois de 
interjeições, vocativos, verbos no imperativo. 
Ex.: Que linda manhã! 
Ai! Essa doeu. 
Filho! Vem aqui. 
Avançar! 
 
� PONTO E VÍRGULA (pausa intermediária entre o ponto e a vírgula) 
I. O emprego deste sinal de pontuação depende muito do 
contexto. Em geral, podemos seguir as orientações abaixo quanto ao seu uso: 
a) para separar, numa série, elementos que já estão 
anteriormente separados por vírgula, a fim de ressaltar a hierarquia das 
informações: 
Ex.: Encontramos na reunião: José, o presidente; Pedro, o vice; 
Carlos, o primeiro-secretário; Francisco, o tesoureiro; e outros convidados. 
b) para separar enumeração após dois pontos: 
Ex.: Os alunos devem respeitar a seguintes regras: 
 – não fumar dentro do colégio; 
 – não fazer algazarras durante o intervalo; 
 – respeitar os funcionários e os colegas; 
 – trazer sempre o material escolar. 
 
c) para separar as orações coordenadas sindéticas com 
conjunção intercalada: 
 
 
 
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Ex.: Apressou-se; não chegou, porém, a tempo. 
 
8. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) 
[...] Sem melhorar a educação pública, milhões continuarão prisioneiros do 
assistencialismo, e as empresas, desassistidas [...]. 
A respeito da pontuação do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. A segunda vírgula se justifica por separar sujeitos de orações diferentes. 
II. A terceira vírgula é caso de zeugma. 
III. Ao se retirar o E do período, no lugar da vírgula imediatamente anterior a 
ele seria melhor vir um ponto e vírgula. 
Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas 
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas 
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas 
(E) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
Comentário – A primeira vírgula foi empregada porque uma oração 
subordinada adverbial foi antecipada “Sem melhorar a educação pública”. A 
segunda vírgula se justifica por separar orações que possuem sujeitos distintos 
de orações diferentes: “milhões continuarão prisioneiros do assistencialismo” e 
“e as empresas, desassistidas”. Lembre-se de que a vírgula é recomendada 
mesmo diante da conjunção aditiva E, quando esta introduz oração coordenada 
com sujeito diferente daquele da oração anterior. No caso de inexistir a 
conjunção aditiva, realmente o emprego do ponto e vírgula é aconselhável. 
Finalmente, zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de 
termos anteriormente expressos na frase. No caso, o verbo “continuarão” foi 
omitido: “milhões continuarão prisioneiros do assistencialismo, e as empresas 
[continuarão] desassistidas”. No lugar dele, foi empregada a vírgula. 
Resposta – D 
 
 
 
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� DOIS-PONTOS 
I. Antes de uma citação. 
Ex.: Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém 
vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6) 
 
II. Para introduzir a fala de uma personagem, no discurso direto. 
Ex.: Sempre que o professor entra em sala ele diz: 
 – Essa moleza vai acabar. 
 
III. Antes de uma enumeração. 
Ex.: A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela 
combinação e b) pela comutação. 
 
IV. Para esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito. 
Ex.: Todos já sabiam: ele não seria eleito. 
 
V. Para separar uma oração subordinada substantiva apositiva. 
Ex.: Só espero uma coisa: que você estude. 
 
9. (FGV/CODESP/AUXILIAR OPERACIONAL PORTUÁRIO/2010) 
[...] De acordo com o estudo do Cindes, quatro setores seriam mais 
sensíveis: papel, celulose e gráfica; refino de petróleo e petroquímico; 
siderurgia; e produtos químicos.[...] 
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. O último ponto e vírgula é desnecessário, uma vez que já há a conjunção 
E. 
II. Os dois pontos introduzem uma enumeração. 
III. Todas as ocorrências da conjunção E têm valor aditivo. 
Assinale 
 
 
 
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(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas 
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta 
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas 
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas 
Comentário – A única afirmativa errada é a primeira. O ponto e vírgula tem 
papel importantíssimo na separação dos itens enumerados. Como existem 
elementos interligados pela conjunção aditiva “e” que constituem um conjunto 
(“papel, celulose e gráfica” e “refino de petróleo e petroquímico), a retirada do 
ponto e vírgula daria a impressão de que “siderurgia e produtos químicos” seriam 
elementos de um mesmo conjunto. Essa ideia comprometeria a coerência 
textual, pois passaria a falsa noção de existirem apenas três setores em vez dos 
quatro que foram mencionados. 
Resposta – E 
 
10. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2010) “A evolução das 
grandes regiões se diferencia: as respostas de cada uma à crise de 
hegemonia norte-americana são muito diferentes.” 
Os dois-pontos no trecho acima introduzem uma: 
(A) enumeração. 
(B) explicação. 
(C) causa. 
(D) explicitação. 
(E) consequência. 
Comentário – Há uma diferença sutil entre explicação e explicitação que a FGV 
considera: a explicação é a ação de explicar ou fazer entender algo já dito ou 
apresentado; a explicitação é a ação de revelar algo, fazê-lo conhecido. Como a 
tal diferença só é dada a conhecer após os dois-pontos, a melhor resposta 
realmente se encontra na letra D. 
Resposta – D 
 
 
 
 
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� RETICÊNCIAS 
I. Para indicar certa indecisão, dúvida, surpresa na fala da 
personagem. 
Ex.: Jaó! Diga-me... você... me traiu? 
 
II. Para indicar que, em um diálogo, a fala de uma personagem 
foi interrompida pela fala de outra. 
Ex.: – Já que todos deram sua opinião... 
 – Um momento, seu presidente, ainda falta eu. 
III. Para sugerir ao leitor que complete a frase dita. 
Ex.: Quem não se comunica... 
 
IV. Para indicar, em uma citação, que alguns trechos foram 
suprimidos. 
Ex.: “Vou contar aos senhores [...], principiou Alexandre amarrando 
o cigarro de palha.” (Graciliano Ramos) 
 
� TRAVESSÃO 
I. Nos diálogos, marca a mudança de interlocutor. 
Ex.: – Quais são os símbolos da pátria? 
 – Que pátria? 
 – Da nossa pátria, ora bolas! (Paulo Mendes Campos) 
 
II. Serve para isolar palavras, expressões explicativas, frases 
intercaladas. 
Ex.: Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia, parava 
outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado mais 
alguma coisa. (Mário Palmério) 
 
Atenção! Uso de travessões em vez de vírgulas 
 
 
 
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Muitas vezes, as vírgulas são substituídas por travessões. Isso 
confere modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja: 
1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a sua hora 
e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de "aparecer", de 
"vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz) 
 
2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão mal 
compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você sempre 
ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que não se 
pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra) 
 
3) Como temos pouco poder e voz na arena internacional – e temos 
cada vez menos –, os maus resultados por fazer a coisa certa de maneira errada 
(para não dizer, errática, como no Mercosul, por exemplo) permanecem restritos 
ao nosso território e pesam apenas sobre os nossos próprios ombros. [...] E seu 
governo, em vez de fazer certa a coisa - destravando os investimentos, para 
fazer a coisa certa, aumentar o crescimento -, optou por um choque de 
demanda: [...]. (Marco Antonio Rocha. O crescimento do Peru no pires. In: 
Estadão, 5/2/2007) 
4) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, 
alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de março 
o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das cadernetas de 
poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 
(Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha, 13/32007) 
 
5) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina estão 
eliminando infecções que são das causas mais frequentes de mortes – e com 
isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a 
contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças 
crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a vida? 
(Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008) 
 
 
 
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Você deve ter observado que, nos exemplos 3, 4 e 5, após o 
travessão, há vírgula. Por quê? Experimente tirar o que está entre os travessões. 
Você verá que a vírgula é obrigatória. 
 
11. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) É certo que a separação dos 
valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das 
empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo 
critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o 
apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para 
grande parte dos empresários. (L.19-26) 
Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o 
período acima. 
(A) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores 
dos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessa 
dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos 
tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato, ainda é 
uma atitude difícil para grande parte dos empresários. 
(B) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores 
dos valores e princípios das empresas e – mais ainda – a transformação 
dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre 
aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato 
ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. 
(C) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores 
dos valores e princípios das empresas e – mais ainda –, a transformação 
dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre 
aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato 
ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. 
(D) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores 
dos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessa 
dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos 
 
 
 
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tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma 
atitude difícil para grande parte dos empresários. 
(E) É certo que a separação dos valores e princípio pessoais dos controladores 
dos valores e princípios da empresas, e, mais ainda, a transformação dessa 
dissociação em um novo critério para a tomada de decisões, sobre aspectos 
tão sensíveis, como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é 
uma atitude difícil para grande parte dos empresários. 
Comentário– Alternativa A: errada. A vírgula antes do vocábulo “ainda” causou 
separação entre sujeito e verbo: “que a separação dos valores e princípios 
pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e... a 
transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de 
decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado 
partido ou candidato, ainda é...”. Veja como ficaria de outro jeito: ISSO, 
ainda é... 
Alternativa B: correta. No lugar das vírgulas, foram empregados 
dois travessões para assinalar a intercalação de termo de caráter enfático, que 
ressalta a inclusão da expressão seguinte (“a transformação dessa 
dissociação...”). 
Alternativa C: errada. A vírgula separa equivocadamente os 
termos que funcionam como sujeito, que se encontram coordenados e 
articulados por meio da conjunção aditiva “e”. 
Alternativa D: errada. Erro semelhante ao anterior ocorreu aqui, 
mas agora a vírgula foi antecipada. 
Alternativa E: errada. Além do mesmo erro anterior, as vírgulas 
isolaram erroneamente termo que funciona como complemento do substantivo 
“decisões”. 
Resposta – B 
 
12. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Porém, 
sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim 
como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam 
 
 
 
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sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as 
práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos 
outros segmentos da economia. (L.92-98) 
Assinale a alternativa em que a alteração do período acima tenha mantido 
adequação quanto ao seu sentido original e correção quanto à pontuação. 
(A) Sofrendo o Brasil, no entanto, os influxos de modelos legislativos 
estrangeiros – assim como estando as matrizes das empresas 
transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de 
origem –, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal 
compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. 
(B) Entretanto, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos 
estrangeiros, – assim como estando as matrizes das empresas 
transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de 
origem – não tardará para que as práticas que envolvem o criminal 
compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. 
(C) Sofrendo, contudo, o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros 
– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui 
operam sujeitas às normas de seus países de origem – não tardará para 
que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a 
diversos outros segmentos da economia. 
(D) Todavia, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, 
– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui 
operam sujeitas às normas de seus países de origem –, não tardará para 
que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a 
diversos outros segmentos da economia. 
(E) Contudo, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros 
– assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui 
operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que 
as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a 
diversos outros segmentos da economia. 
Comentário – Apesar da extensão, é mais fácil do que parece. 
 
 
 
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Alternativa A: correta. Intercalada, a conjunção adversativa 
(“no entanto”) deve vir entre vírgulas. Observe que os travessões foram 
corretamente empregados para isolar segmento intercalado. Nesse caso, 
usa-se um travessão antes e outro depois. A vírgula que surge logo após o 
segundo travessão serve para isolar a oração antecipada “Sofrendo o Brasil, no 
entanto, os influxos de modelos legislativos estrangeiros”. 
Alternativa B: incorreta. Fazendo uma breve comparação com 
o que ocorreu na alternativa anterior, nota-se que o deslocamento da vírgula 
para depois do vocábulo “estrangeiros” prejudicou a correção gramatical do 
trecho. 
Alternativa C: errada. Agora a ausência da vírgula após o 
segundo travessão é que causou incorreção ao período. 
Alternativa D: errada. É completamente descabida a virgula 
logo após o adjetivo “estrangeiros”, pois já existe um travessão cumprindo a 
tarefa de isolar o segmento intercalado. 
Alternativa E: errada. Onde foi parar o segundo travessão que 
deveria “fechar” o segmento intercalado? 
Resposta – A 
 
� PARÊNTESES 
I. Nas indicações bibliográficas. 
Ex.: “Sede assim qualquer coisa serena, isenta, fiel.” (MEIRELLES, 
Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1972, p. 109.) 
 
II. Nas indicações cênicas dos textos teatrais. 
Ex.: – Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com 
os olhos fora das órbitas. Amália se volta.) (G. Figueiredo) 
III. Para isolar termos e orações intercaladas de natureza 
semântica explicativa. 
Ex.: “... e a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, 
morrendo de fome.” (Clarice Lispector) 
 
 
 
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� ASPAS 
I. Para indicar citações. 
Ex.: “Viver é lutar”, disse Gonçalves Dias. 
II. Para assinalar neologismos, estrangeirismos, gírias, uso 
informal da língua etc. 
Ex.: Havia um “play-ground” excelente. 
 Ele era o que mais “colava” na prova. 
III. Citar títulos de obras artísticas ou científicas. 
Ex.: “Vidas Secas” ganhou vários prêmios. 
IV. Para indicar ironia. 
Ex.: Com um “amigo” desses... 
 
13. (FGV/FBN/Assistente Administrativo/2013) Comenta o autor do livro: 
“Todos têm a mesma visão, todos sentem idêntico terror, todos colaboram 
na construção do santuário. Mas o que ocorre se não existem argonautas, 
se não existem mais testemunhas de tal experiência?” 
No fragmento acima, as aspas são empregadas para 
(A) destacar palavras importantes do texto. 
(B) indicar o motivo de o autor ter escrito o texto. 
(C) mostrar que a parte entre aspas é um resumo. 
(D) registrar que as palavras ditas pertencem a outra pessoa. 
Comentário – As aspas indicam a citação do que foi dito pelo autor do livro, 
não pelo enunciador. O emprego do sinal de dois-pontos (discurso direto) e das 
aspas caracterizam o que chamamos de discurso direto, em que o personagem 
“ganha vida” no texto e fala por si mesmo. 
Resposta – D 
 
 
 
 
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 Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos 
 milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o 
 sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da 
 violência, da precariedade dos serviços públicos. [...] 
Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014. 
14. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Médio de Defensoria Pública) No primeiro 
parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas 
porque 
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. 
b) indica o tópico central do parágrafo. 
c) destaca uma ironia da autora do texto. 
d) copia uma expressão popular. 
e) enfatiza uma ideia importante do texto. 
Comentário – As aspas indicam o uso informal da língua ou popular. 
Resposta – D 
 
Regência 
Agora estudaremos a regência de alguns nomes e verbos. Digo isso 
porque a grande quantidade deles no léxico da nossa Língua não nos permiteestudar o assunto em sua inteireza. Ficaremos, então, no estudo da regência de 
um grupo de nomes e verbos cujo conhecimento não pode faltar a você. 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
 
Regência nominal é a relação entre um substantivo, adjetivo ou 
advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é 
intermediada por uma preposição. Vejamos três exemplos do que acabei de 
falar: 
(A) Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos candidatos. 
 
 
ADJ. COMP. NOMINAL 
PREP. 
 
 
 
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(B) Por causa dos cursos do Ponto, muitos candidatos estão mais 
perto da aprovação. 
 
 
(C) Todos vocês têm capacidade para passar no concurso! 
 
 
É importante você notar que muitos nomes seguem o mesmo regime 
dos verbos correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses 
casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. 
Abaixo está uma relação de nomes e suas regências que merecem 
sua atenção: 
Acessível a Favorável a Ódio a ou contra 
Acostumado a ou com Fiel a Odioso a ou para 
Alheio a Grato a Posterior a 
Alusão a Hábil em Preferência a ou por 
Ansioso por Habituado a Preferível a 
Atenção a ou para Inacessível a Prejudicial a 
Atento a ou em Indeciso em Próprio de ou para 
Benéfico a Invasão de Próximo a ou de 
Compatível com Junto a ou de Querido de ou por 
Cuidadoso com Leal a Residente em 
Desacostumado a ou 
com 
Maior de Respeito a ou por 
Desatento a Morador em Sensível a 
Desfavorável a Natural de Simpatia por 
Desrespeito a Necessário a Simpático a 
ADV. COMP. NOMINAL 
PREP. (de + a) 
SUBST. COMP. NOMINAL 
PREP. 
 
 
 
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Estranho a Necessidade de Útil a ou para 
Estranho a Nocivo a Versado em 
 
Atenção especial deve ser dada aos nomes que regem preposição A, 
por possibilitarem a ocorrência de crase. 
Ex:. Você é favorável à volta da CPMF? (...favorável a + a volta...) 
 
15. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Superior Especializado) Há, no texto, três 
ocorrências do acento grave indicativo da crase 
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” 
II. “Os xópis são civilizações à parte...” 
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”. 
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de 
uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são: 
a) I-II-III. 
b) apenas I-II. 
c) apenas I-III. 
d) apenas II-III. 
e) apenas II. 
Comentário – Os termos “dedicadas” (I) e “ataque” (III) solicitam a preposição 
A. Os substantivos femininos “compras” (I) e “civilização” (III) são 
acompanhados por artigo A(S). Em “à parte”, a crase ocorre porque a expressão 
é uma locução adverbial feminina. Trata-se de um caso obrigatório de crase, 
independentemente da presença de preposição A + artigo A(S). 
Resposta – C 
 
16. (FGV/Pref. de João Pessoa-PB/Agente Educacional/2014) No texto, 
observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da 
crase: 
 
 
 
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I. "...mandavam um moleque à farmácia..." 
II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..." 
III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã". 
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os 
termos dessas frases que exigem a presença da preposição "a" são, 
respectivamente, 
a) moleque / associados / comportamento. 
b) mandavam / associados / associados. 
c) mandavam / ódio / antissocial. 
d) moleque / ódio / comportamento 
e) moleque / associados / comportamento. 
Comentário – O verbo mandar exige a preposição a para reger o termo “a 
farmácia”. Em seguida, surge o termo “associados”, que também requer a 
mesma preposição para reger os termos “o ódio” e “a improdutividade”. 
Finalmente, o termo “associados” se repete e novamente exige a preposição a 
para reger os termos “o comportamento antissocial” e “a sensualidade pagã”. 
Resposta – B 
 
A seleção de uma ou outra preposição para acompanhar o nome 
regente parece não ter critérios bem definidos. Em consulta feita ao Dicionário 
de regimes substantivos e adjetivos1, de Francisco Fernandes, observam-se, por 
exemplo, variadas construções possíveis para satisfazer a regência do 
substantivo dificuldade(s), entre elas estão: 
(1) "Com pouco mais estaria o Dr. Luís em dificuldades com 
fornecedores." 
(2) "O ar carbonifica-se duma espessura ácida, que pelas 
dificuldades de o respirar propende à sonolência." 
(3) "Eu não tive dificuldade em mostrar que Felisbelo procurava 
apenas uma achega." 
 
1 FERNANDES, Francisco, 1980, Dicionário de regimes substantivos e adjetivos, Porto Alegre, Editora Globo. 
 
 
 
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VTD 
(4) "Nunca encontrou dificuldade na realização de seus projetos." 
Observa-se aqui apenas a obrigatoriedade de se contrair a 
preposição em com o artigo correspondente ao substantivo com o qual forma 
um constituinte. Isso é o que ocorre em (3). 
Há bons dicionários que nos orientam a utilizar as preposições 
adequadamente. Um deles é o Dicionário prático de regência nominal, do 
professor Celso Pedro Luft. E é importante lê-los. A omissão ou o uso inadequado 
da preposição trazem prejuízo à frase. 
Caso não tenha entendido alguma explicação, sugiro que volte a ela 
imediatamente. Não prossiga sem que as dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao 
entrarmos no tópico sobre regência verbal (faremos isso nas próximas linhas), 
é recomendável que você esteja seguro em relação ao que acabamos de estudar. 
Outras informações serão acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se 
acumulem. 
 
REGÊNCIA VERBAL 
Começo este tópico trazendo à memória conceitos de transitividade 
verbal. Você se lembra disso? 
Verbos cujos complementos (objetos diretos ou objetos 
indiretos) lhes integram os sentidos são classificados como transitivos. Estão 
divididos em: 
a) transitivos diretos: seus complementos (objetos diretos) não 
são introduzidos obrigatoriamente por preposição; 
 
(1) Quero água. 
 
(2) A médico, confessor e letrado nunca enganes. 
 
Em (2), a preposição “A” é empregada simplesmente por motivo de 
ênfase, e não pela exigência da transitividade do verbo. Nesse caso, o 
complemento vem preposicionado; contudo permanece como objeto direto. 
VTD OD 
ODP 
 
 
 
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b) transitivos indiretos: seus complementos (objetos indiretos) 
são necessariamente introduzidos por uma preposição, exceto quando 
empregado um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe); 
(3) Gosto de água. 
 
(4) Custou-me entender o assunto. 
 
c) transitivos diretos e indiretos (ou bitransitivos): reúnem, ao 
mesmo tempo, objetos diretos e indiretos; 
 
(5) Deram-lhe um presente. 
 
Há também verbos considerados de sentidos completos, por não 
exigirem complementos que lhes integrem os significados. São conhecidos como 
intransitivos. 
(6) Infelizmente, a vítima do acidente morreu. 
 
Todos esses verbos são considerados nocionais (possuem valor 
semântico, denotam acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade 
mental). 
Existe ainda uma categoria de verbos que precisa ser mencionada 
aqui. É a dos verbos de ligação,também considerados não nocionais ou 
copulativos. Esses verbos, de significados indefinidos (ou predicações 
incompletas), unem (ligam, servem de “ponte”) o sujeito da oração a seu 
predicativo (função esta desempenhada por adjetivos, substantivos ou 
pronomes). 
(7) Maria é feliz. 
 
Verbos de ligação denotam situação permanente, situação 
transitória, mudança de situação. 
 
VTI OI 
VTI OI 
VTDI OI OD 
VI 
Suj. VL Pred. 
 
 
 
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(8) João é estudioso. (situação permanente) 
(9) João está cansado. (situação transitória) 
(10) João ficou alegre. (mudança de situação) 
 
Estaria tudo muito bom se as coisas fossem tão certinhas assim, não 
é mesmo? O fato é que a classificação de um verbo em transitivo direto, 
transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo ou de ligação 
dependerá das relações semântico-sintáticas entre os termos da oração. 
 
(11) João anda cansado. 
(12) João anda depressa. 
 
Em (11), o verbo (“anda”) denota o estado de “João” no momento 
da fala e liga o sujeito da oração (“João”) ao seu predicativo (“cansado”). É, 
pois, verbo de ligação (copulativo, não nocional). 
Em (12), o mesmo verbo agora indica a ação exercida pelo sujeito. 
É, pois, verbo nocional. Note que o vocábulo “depressa” não integra o significado 
do verbo, mas indica a circunstância (de modo) em que a ação é desenvolvida. 
Uma vez entendido o porquê da classificação de um verbo em 
transitivo (direto; indireto; direto e indireto), intransitivo ou de ligação, convém 
tratar especificamente da regência de alguns verbos. Diga-se ainda que “a 
regência verbal pretende estabelecer os diversos regimes com que um verbo 
pode ser empregado”, como nos ensina o eminente professor Décio Sena. 
 
ASSISTIR 
a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu 
complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. 
b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER 
DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não assiste ao 
professor reclamar tanto. 
 
 
 
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c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige 
preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico 
assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à 
vítima. Repare o acento grave indicativo de crase (fusão da preposição A com o 
artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero gramatical). 
d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há seis anos 
assisto em Brasília. Observe a presença da preposição “em” exigida pelo verbo 
e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com 
objeto indireto). 
 
LEMBRAR/ESQUECER 
É comum que algumas pessoas se atrapalhem com o uso desses 
verbos. Isso ocorre porque eles apresentam variados regimes. Vamos a eles! 
a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxílio do 
pronome (parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada detalhe. 
Temos aqui: 
I) sujeito oculto: eu e ele; 
II) objeto direto: “o livro” e “cada detalhe”. 
b) Transitivos indiretos quando conjugados pronominalmente 
(parte integrante do verbo): Esqueci-me do livro. Lembrou-se de cada detalhe. 
O que temos agora? 
I) parte integrante do verbo: “me” e “se”; 
II) objeto indireto: “do livro”; “de cada detalhe”. 
c) Transitivos indiretos quando em construções nas quais a 
coisa esquecida assume a função de sujeito e a pessoa (normalmente 
representada pelo pronome oblíquo) representa o objeto indireto: Esqueceu-
me o livro. Lembrou-me cada detalhe. Perceba: 
I) sujeito: “o livro” e “cada detalhe”; 
II) objeto indireto: “me”. 
 
RESPONDER 
 
 
 
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a) Transitivo direto e indireto (exige preposição A) com objeto 
direto representado por coisa e objeto indireto representado por pessoa: 
Respondi o telegrama ao amigo. 
b) Transitivo indireto (exige preposição A) com relação à 
pergunta feita: Ele respondeu ao interrogatório. 
c) Transitivo direto com relação ao que foi respondido ou à 
resposta dada: Ele respondeu que não iria à praia. 
 
ATENDER 
Pode ser trnasitivo direto ou indireto (neste caso, exige preposição 
A). Por exemplo: Atendi o chamado imediatamente. ou Atendi ao chamado 
imediatamene. 
Seguem o mesmo regime de ATENDER os verbos SATISFAZER e 
PRESIDIR. O diretor presidiu a(à) reunião. Satisfarei (a)o teu desejo. 
 
ASPIRAR 
a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo. 
b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo 
de gerente. 
 
CHAMAR 
a) VTD = convocar, solicitar a presença: Chamei o professor. 
b) VTI (prep. POR) = invocar, pedir ajuda: Chamei por Deus. 
c) VTD ou VTI = qualificar, nomear, apelidar: Chamei-o patriota 
(de patriota) // Chamei-lhe patriota (de patriota). 
 
CUSTAR 
a) VTI (conjugado na 3ª pessoa) = ser difícil, ser penoso: Custou-
me entender este assunto. 
b) VTDI = acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. 
c) VI = estabelecer preço: Este rádio custou vinte reais. 
 
 
 
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IMPLICAR 
a) VTD = acarretar, trazer consequência: Teu nervosismo implicou 
a tua reprovação. 
b) VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu 
irmão. 
c) VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situações 
delicadas. 
17. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Infelizmente, ainda hoje 
assistimos no Brasil a fenômenos... (L.67-68) No trecho acima, foi 
empregada a regência do verbo em completo acordo com a norma culta. 
Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) O povo aspira a governos menos corruptos. 
(B) Ele assiste em Belém. 
(C) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas. 
(D) As empresas pagaram aos funcionários na data correta. 
(E) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos. 
Comentário – Alternativa A: certa. O verbo “aspira” (= desejar, almejar) é 
transitivo indireto e a preposição “a” foi bem empregada. 
Alternativa B: certa. O verbo “assiste” (= morar, residir) é 
intransitivo e pede a preposição “em” para reger seu adjunto adverbial. 
Alternativa C: errada. A forma verbal “implica”(= acarretar) tem 
regência transitiva direta e não admite a preposição “em”, muitas vezes usadas 
na fala informal. 
Alternativa D: certa. O verbo pagar (assim como perdoar) 
possui objetodireto representado por coisa e objeto indireto representado por 
pessoa, assim: Pagamos o valor acordado ao funcionário. Perdoamos aos nosso 
ofensores. Notou a preposição a regendo corretamente os objetos indiretos? 
Alternativa E: certa: Não confunda os verbos pronominais 
lembrar-se e esquecer-se com lembrar e esquecer. Aqueles são transitivos 
indiretos e exigem preposição de; estes são transitivos diretos e dispensam 
preposição. 
 
 
 
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Resposta – C 
 
INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR 
a) VTDI: Informei a prova ao aluno. 
Informei o aluno da (de + a) prova. 
Aqui, o que não pode acontecer é que coisa e pessoa sejam objeto 
direto ou objeto indireto: 
Informei a prova o aluno. (errado) 
Informei-lhe da prova. (errado) 
 
18. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/214) O segmentodo texto 2 em que a 
preposição destacada faz parte de um adjunto e NÃO é solicitada 
obrigatoriamente por nenhum termo anterior é: 
a) Estamos no trânsito de São Paulo”; 
b) “salvo de acidentes”; 
c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”; 
d) “assistindo ao seu seriado preferido”; 
e) “basta informar ao computador”. 
Comentário – A questão é fácil. Um pouquinho de atenção ao que diz o 
enunciado é suficiente para faturar o ponto. Você nem precisa do texto. Observe 
a primeira alternativa. A locução adjetiva “de São Paulo” caracteriza o 
substantivo “trânsito”. Na oração a que pertence, a locução adjetiva funciona 
sintaticamente como adjunto adnominal. Nos demais casos, as preposições 
decorrem da regência dos termos anteriores a elas. 
Resposta – A 
 
PREFERIR 
a) VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): 
Prefiro cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO – artigo 
 
 
 
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de um lado, artigo também de outro lado!). Prefiro mais cinema do (de + o) que 
televisão. (ERRADO). 
Observação – O significado de PREFERIR não admite gradações 
(mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege 
seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A. 
 
19. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase “as ações que nós 
reproduzimos em nosso cotidiano”, a regência do verbo em destaque é a 
mesma de: 
(A) Alguns atribuem valor positivo ao famoso jeitinho. 
(B) Essa crítica, sem dúvida, cabe a todos os brasileiros. 
(C) Prefiro oposição inteligente a adesões inseguras. 
(D) Sem dúvida, a noção de civismo está na pauta de debates. 
(E) O comodismo contamina o indivíduo cansado de lutar em vão. 
Comentário – O verbo reproduzir possui regência transitiva direta; seu 
complemento direto está representado pelo pronome relativo “que”, o qual 
substitui o antecedente “as ações”. 
Alternativa A: o verbo atribuir é transitivo direto e indireto. O 
termo “valor positivo” é o seu objeto direto, e “ao famoso jeitinho” é seu objeto 
indireto. 
Alternativa B: o verbo caber foi usado como transitivo indireto. 
O termo “a todos os brasileiros” é seu objeto indireto. 
Alternativa C: o verbo preferir, como já foi falado, é transitivo 
direto e indireto. 
Alternativa D: utilizou-se o verbo estar como intransitivo. O 
termo “na pauta de debates” é adjunto adverbial. 
Alternativa E: contaminar também é transitivo direto. O termo 
seguinte é seu objeto direto. 
Resposta – E 
 
 
 
 
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VISAR 
a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre. 
b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque. 
c) VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom 
ensino da linguagem. 
 
MORAR/RESIDIR/SITUAR 
a) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. 
(CERTO) / Ela reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO) 
 
OBEDECER/DESOBEDECER 
a) VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus pais. 
 
20. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) A construção da frase 
“tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – um conhecido, 
uma cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbos 
possuir e gostar. 
De acordo com a norma padrão, assinale a alternativa que apresente erro 
de regência. 
(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar. 
(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas. 
(C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade. 
(D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento. 
(E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas. 
Comentário – Alternativa A: quem se orienta se orienta por algo ou alguém. 
Então, a preposição que rege o complemento do verbo orientar não pode ser a 
preposição a: “a cujas ideias”. Eis a correção: Apresentam-se algumas teses por 
cujas ideias procuro me orientar. 
Alternativa B: use o mesmo raciocínio aqui também: quem se 
identifica se identifica por (per). Com o vocábulo a que integra o pronome 
 
 
 
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relativo a qual, tem-se pelo, que rege o complemento do verbo, semanticamente 
representado pelo pronome relativo. 
Alternativa C: também não se verifica erro de regência aqui. 
Note que agora não se faz necessária nenhuma preposição antes do pronome 
relativo (“cujo”), pois o verbo da oração a que ele pertence (“cujo objetivo 
principal é a reflexão sobre a brasilidade”) é de ligação. 
Alternativa D: acertadamente, foi empregada a preposição 
“de” antes do relativo “que”. Semanticamente, esse relativo representa o 
complemento do nome “conhecimento”. Como todo complemento nominal, deve 
ser precedido por preposição. 
Alternativa E: a locução verbal “foi lançado” requereu a 
preposição em para introduzir o adjunto adverbial que indica o lugar de 
lançamento do romance: “a livraria”. Esse adjunto adverbial é semanticamente 
representado pelo pronome relativo “onde”, que não se contrai com a preposição 
em, esta desaparece diante dele. 
Resposta – A 
 
Crase 
No último assunto da aula de hoje, vamos estudar os casos de 
ocorrência (ou não) de crase, um fenômeno linguístico que consiste na 
pronúncia de vogais idênticas e sequenciais em uma mesma sílaba. Observe 
como isso se dá nos versos do poeta Casemiro de Abreu: 
“Teu pensamento é como o Sol que morre 
Há de cismando mergulhar-se em mágoas 
Durante a noite quando o orvalho desce.” 
Entretanto, o que nos interessa nesta aula são apenas os casos de 
crase envolvendo a preposição A e a vogal A, que recebem notação gráfica 
específica (acento grave): À. 
(A) Fomos à (a + a) festa de aniversário do nosso vizinho. 
 
 
 
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Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome, seja 
verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado pelo artigo 
feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave (`), 
como no exemplo acima. 
Também merecem destaque os casos de crase que surgem do 
encontro da preposição A com a letra A que inicia os pronomes demonstrativos 
AQUELA(S), AQUELE(S) e AQUILO, bem como com o A (= aquela) pronome 
demonstrativo. 
(B) O aluno referia-se àquela questão anulada da prova. 
(C) O prêmio foi dado à que chegou primeiro. 
Em (B), a forma verbal “referia-se” (“se” é parte integrante do 
verbo) é transitivo indireto. Seu complemento é regido pela preposição A, que 
se une ao A inicial do pronome demonstrativo “aquela”. 
Em (C), o complemento indireto de “dado” é regido também pela 
preposição A, que se aglutina com o pronome demonstrativo A (= aquela). 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS 
 
1. Nas locuções adverbiais femininas 
(A) Sairás às pressas. 
(B) Todos, à uma, aplaudiram a decisão do professor. 
 
21. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Superior Especializado – Administração) Há, no 
texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase: 
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” 
II. “Os xópis são civilizações à parte...” 
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”. 
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de 
uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são: 
a) I-II-III. 
 
 
 
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b) apenas I-II. 
c) apenas I-III. 
d) apenas II-III. 
e) apenas II. 
Comentário – Em II, o emprego do acento grave é motivado pelo uso da 
locução adverbial feminina “à parte”. 
Resposta – C 
 
2. Nas locuções prepositivas femininas 
(C) Vivia às expensas do (de + o) tio. 
(D) A polícia saiu à procura da (de + a)quadrilha. 
Observação – A crase será de rigor quando uma locução prepositiva 
terminada por a estiver diante de artigo feminino que acompanha substantivo. 
Veja um exemplo abaixo (texto extraído de uma prova de concurso). 
“[...] Por outro lado, creio também que se 
 pode questionar, não somente quanto à aplicação de 
7 conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou 
 nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à 
 distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade.” 
 
22. (FGV/2014/DPE-RJ/Técnico Médio de Defensoria Pública) “A gestão é 
fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação 
submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de recursos que 
vão para as grandes obras de fachada”. 
Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo 
da crase; sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que 
a) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente 
a mesma. 
b) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo definido 
feminino singular a. 
 
 
 
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c) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome 
demonstrativo a. 
d) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução 
prepositiva formada com uma palavra feminina. 
e) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade 
de esclarecer uma possível ambiguidade. 
Comentário – A primeira ocorrência se deve à contração da preposição “a” – 
por causa da regência de “submetida” (submetida a quê?) – com o artigo “a” – 
que acompanha o substantivo feminino “especulação”. Já a segunda tem motivo 
diferente. O acento grave foi usado por causa da locução prepositiva feminina 
“à espera de”. 
Resposta – D 
 
3. Nas locuções conjuntivas femininas 
(E) À medida que estudo, mais aprendo. 
(F) À proporção que vocês estudam, mais se aproximam da 
aprovação. 
4. Antes de pronome possessivo feminino substantivo (retornem à aula 
2, página 4, se vocês tiverem dúvidas quanto ao que seja pronome 
substantivo) 
(G) Sou favorável à proposta dele e não à sua. 
(H) Refiro-me a sua proposta e à minha. 
5. Antes de nomes masculinos quando possamos subentender as 
palavras MODA, MANEIRA 
(I) Cortou cabelo à (maneira de) príncipe Danilo. 
(J) Usava sapatos à (moda) Luís XV. 
 
23. (FGV/CAERN/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2010) 
[...] Como a cultura escrita está reagindo às diferentes inovações? [...] 
 
 
 
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Na frase acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo do 
fenômeno da crase. 
Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
(A) Estaremos prontos às 18 horas. 
(B) O curso vai de segunda à sexta 
(C) Iremos à Natal dos nossos antepassados 
(D) Ele saiu à francesa. 
(E) Responderemos às suas indagações. 
Comentário – Em “...está reagindo às diferentes inovações?”, a preposição A 
exigida pelo verbo REAGIR (transitivo indireto) aglutinou-se com o artigo AS que 
acompanha o objeto indireto (“as diferentes inovações”). 
Na alternativa A, temos um caso de crase obrigatória com 
locução adverbial feminina. 
Na alternativa B, a falta de paralelismo no segmento “de 
segunda à sexta” impede a existência de crase. Note que de um lado da 
expressão há somente preposição (“de”); do outro, há preposição e artigo (a + 
a). Eis a correção: “de segunda a sexta”. Isso também vale para as indicações 
de horas: de 8h a 10h; das 8h às 10h. 
Na alternativa C, é possível atestar a ocorrência da crase usando 
um artifício: se vou a e volto da, crase há; se vou a e volte de, crase para quê? 
Vamos conferir? Vou à Natal dos nossos antepassados, volto da Natal dos nossos 
antepassados. Caso a cidade viesse sem especificação, a crase não ocorreria: 
vou à Natal, volto de Natal. 
Na alternativa D, existe outra locução adverbial feminina: “à 
[moda ou maneira] francesa”, o que fundamenta o emprego do acento grave. 
Na alternativa E, o verbo RESPONDER é transitivo indireto e 
exige preposição A, que se contraiu com o artigo definido AS pertencente ao 
objeto indireto “as suas indagações”. 
Resposta – B 
 
 
 
 
 
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CASOS FACULTATIVOS 
1. Antes de nome próprio feminino (se for personagem histórica, o uso é 
proibido) 
(A) Refiro-me a (à) Joana. 
(B) Refiro-me a Joana d’Arc. 
2. Antes de pronome possessivo feminino adjetivo. 
(C) Dedico a (à) minha irmã todo o meu trabalho. 
Convém ressaltar que o emprego facultativo do acento deriva da 
possibilidade de se omitir o artigo feminino A que antecede pronomes 
possessivos femininos que acompanham substantivos. 
 
24. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Dos trechos transcritos do 
texto, assinale aquele em que se poderia empregar opcionalmente o acento 
indicativo de crase. 
(A) Preferência a respeito das ações humanas. 
(B) Diante da multiplicidade de caminhos a nossa disposição. 
(C) Na verdade, somos obrigados a escolher. 
(D) Podem ser predicados a todos os atos humanos. 
(E) Não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos. 
Comentário – Alternativa A: caso proibido, pois estamos diante de nome 
masculino (“respeito”). 
Alternativa B: caso facultativo, pois estamos diante de pronome 
possessivo adjetivo (“nossa”). 
Alternativa C: caso proibido, pois estamos diante de verbo 
(“escolher”). 
Alternativa D: a crase é proibida diante de nome masculino, 
pronome indefinido e na estrutura SINGULAR + PLURAL (“a todos”). 
Alternativa E: novamente a crase é proibida, pois estamos 
diante de nome masculino (“fenômenos”) e da estrutura SINGULAR + PLURAL. 
 
 
 
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Resposta – B 
 
3. Quando o A (artigo) vem precedido pela preposição ATÉ. 
(D) Correu até a (à) árvore. 
Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo, 
perceberemos que a preposição A (“...até ao poste”) não foi empregada 
comcomitantemente à preposição “até”. Daí vem a alegação de que o emprego 
da preposição A é facultativo em casos semelhantes. 
 
CASOS PROIBIDOS 
1. Antes de nomes masculinos 
(A) Comprou a prazo. 
(B) Dei aquela calça a este homem. 
 
25. (FGV/CODESP/AUXILIAR OPERACIONAL PORTUÁRIO/2010) Em “À beira do 
cais”, empregou-se corretamente o acento indicativo da crase. 
Assinale a alternativa em que NÃO se seguiram as regras gramaticais do 
emprego do acento da crase. 
(A) A prova vai até as 17 horas 
(B) O cartão não pode ser marcado a lápis 
(C) O caderno de questões só pode ser levado a partir das 16 horas. 
(D) Não é possível realizar a prova com aparelhos eletrônicos à tiracolo 
(E) Cuidado para não chutar a carteira do candidato a sua frente 
Comentário – Alternativa A: com a preposição até, a crase é facultativa. 
Alternativa B: a crase é proibida diante de palavra masculina. 
Alternativa C: a crase também é proibida diante de verbo. 
Alternativa D: a palavra tiracolo é um substantivo masculino, 
portanto afasta a possibilidadede ocorrência de crase. 
 
 
 
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Alternativa E: com pronome possessivo adjetivo a crase pode ou 
não ocorrer. 
Resposta – D 
 
2. Antes de verbo. 
(C) Começou a chover. 
3. Antes de pronome de tratamento (exceções: SENHORA, SENHORITA, 
MADAME) 
(D) Referiu-se a Vossa Excelência. 
4. Antes de pronomes oblíquos 
(E) Dedico o meu trabalho a ela. 
5. Antes de pronomes indefinidos 
(F) Ofereci um presente a alguém desta sala. 
 
26. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010) Ao substituir a expressão 
sublinhada no fragmento “se reduz à crítica que não busca alterar a 
realidade“, assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase deve 
ser empregado. 
(A) se reduz a mesma crítica. 
(B) se reduz a certa crítica. 
(C) se reduz a qualquer crítica. 
(D) se reduz a alguma crítica. 
(E) se reduz a toda crítica. 
Comentário – Vamos verificar a ocorrência ou não de crase por meio de outro 
artifício: se usarmos ao(s) diante de palavra masculina, usaremos à(s) diante 
de palavra feminina. 
Alternativa A: se reduz ao mesmo crítico; então há crase em se 
reduz à mesma crítica. 
 
 
 
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Alternativa B: se reduz a certo crítico; então não há crase em 
se reduz a certa crítica. 
Alternativa C: se reduz a qualquer crítico; então não há crase 
em se reduz a qualquer crítica. 
Alternativa D: se reduz a algum crítico; então não há crase em 
se reduz a alguma crítica. 
Alternativa E: se reduz a todo crítico; então não há crase em se 
reduz a toda crítica. 
Resposta – A 
 
6. Antes de artigo indefinido 
(G) Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre. 
Você deve comparar este exemplo com o que traz uma locução 
adverbial feminina e constitui-se em caso obrigatório de crase: Todos, à uma, 
aplaudiram a decisão do professor. (pág. 24) 
7. Quando o A precede palavras femininas no plural 
(H) Respondeu a cartas pouco elogiosas. 
Aqui, existe apenas a preposição A, em decorrência da regência da 
forma verbal “Respondeu”. A ausência do artigo feminino plural (as) precedendo 
o substantivo “cartas” amplia, generaliza, indetermina o alcance semântico dele. 
Em resumo, é o seguinte: nunca use crase na seguinte estrutura: singular (a) 
+ plural (cartas). 
8. Quando a preposição A se encontra entre palavras idênticas 
(I) Perdeu o gol cara a cara com o goleiro. 
 
27. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Em ...devido à 
proximidade com o Porto de Santos... , empregou-se corretamente o acento 
indicativo do fenômeno da crase. Assinale a alternativa em que isso NÃO 
tenha ocorrido 
(A) O horário de trabalho é das 8h às 18h, de segunda a sábado 
 
 
 
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(B) Fomos à Santos da modernidade portuária 
(C) Estávamos face à face com o perigo 
(D) Ele sempre compra à vista. 
(E) Preferimos nosso filé à Osvaldo Aranha 
Comentário – Alternativa A: compare as expressões “das 8h às 18h” e “de 
segunda a sábado” e note que na primeira existe o emprego paralelo do artigo 
“as”, o que fundamenta o uso do acento grave. 
Alternativa B: utilize o artifício para comprovar o emprego 
correto do acento grave: Fomos à Santos da modernidade portuária, voltamos 
da Santos da modernidade portuária. Sem a locução adjetiva, o acento torna-se 
proibido: Fomos à Santos, voltamos de Santos. 
Alternativa C: é totalmente errado usar acento grave entre 
palavras repetidas. 
Alternativa D: a crase é obrigatória com locução adverbial 
feminina. 
Alternativa E: está subentendida a locução à moda de ou à 
maneira de. 
Resposta – C 
 
9. Com o pronome relativo CUJO(S), CUJA(S) 
(J) A pessoa a cuja filha me refiro estuda neste colégio. 
O “a” que surge antes do pronome relativo é simplesmente a 
preposição exigida pela regência do verbo pronominal REFERIR-SE. Como o 
pronome relativo CUJO (e suas variações) não admite o uso de artigo que o 
acompanhe, não há o encontro de dois sons iguais. 
10. Com pronome relativo QUEM 
(K) A pessoa a quem me refiro estuda neste colégio. 
Vale também para este caso a explicação dada anteriormente. 
 
 
 
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Atenção! É necessário ter cuidado com os pronomes relativos QUE 
e A QUAL. Em relação ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior a ele 
(seja verbo, seja nome) reger preposição A e o termo seguinte for um dos 
pronomes demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO 
(L) Dirigi-me às que estavam de serviço na recepção. 
Perceba que existe a contração da preposição A, exigida pelo verbo 
DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas). 
(M) Sou favorável à que chegou primeiro. 
Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá se o termo 
posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição imediatamente 
anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o integra. 
(N) A festa à qual nos dirigimos começará agora. 
 
28. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Na frase “é ingênuo 
creditar a postura brasileira apenas à ausência de educação adequada” foi 
corretamente empregado o acento indicativo de crase. 
Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está 
corretamente empregado. 
(A) O memorando refere-se à documentos enviados na semana passada. 
(B) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiência urgente. 
(C) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com pessoas já 
desestimuladas. 
(D) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome consta na lista. 
(E) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário flexível e são 
responsáveis. 
Comentário – Alternativa A: cometeu-se o erro de empregar o acento grave 
indicativo de crase diante de palavra masculina. Além disso, não existe crase na 
estrutura SINGULAR + PLURAL (lembra?). 
 
 
 
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Alternativa B: pronomes de tratamento também afastam a 
ocorrência de crase. 
Alternativa C: diante de verbo também está proibido o uso do 
acento grave. 
Alternativa D: houve correta contração da preposição “a” 
exigida pela regência do verbo “falará” (falará a quem?) com o a inicial do 
pronome demonstrativo “aquele”. 
Alternativa E: acentuou-se erradamente o “a” que antecede o 
pronome possessivo masculino “meus”. Observe que a estrutura SINGULAR + 
PLURAL se repetiu. 
Resposta – D 
 
11. Diante de qualquer preposição diferente de ATÉ 
(O) Ele o esperava desde as oito horas. 
(P) O trabalho ficará pronto após as seis horas. 
29. (FGV/CODESP/AUXILIAR OPERACIONAL PORTUÁRIO/2010) Em “À beira do 
cais”, empregou-se corretamente o acento indicativo da crase. 
Assinale a alternativa em que NÃO se seguiram as regras gramaticais do 
emprego do acento da crase. 
(A) A prova vai até as 17 horas 
(B) O cartão não pode ser marcado a lápis 
(C) O caderno de questões só pode ser levado a partir das 16 horas. 
(D) Não é possível realizar a prova com aparelhos eletrônicos à tiracolo 
(E) Cuidado para não chutar a carteira do candidato a sua frente 
Comentário – Alternativa A: com a preposição até, a crase é facultativa. 
Alternativa B: a crase é proibida diante de palavra masculina. 
Alternativa C: a crase também é proibida diante de verbo. 
Alternativa D: a palavra tiracolo é um substantivo masculino, 
portanto afasta a

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