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Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria

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CUIDADO 
INTEGRAL AO 
RECÉM NASCIDO 
E A CRIANÇA
Nathália Ribas Machado
Procedimentos de 
enfermagem em 
neonatologia e pediatria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Demonstrar os principais procedimentos invasivos e não invasivos 
em neonatologia.
  Identificar os principais procedimentos invasivos e não invasivos em 
pediatria.
  Elaborar planos de ações para prevenir intercorrências em procedi-
mentos invasivos em neonatologia e pediatria.
Introdução
O profissional de enfermagem traz consigo uma ampla responsabilidade 
no que diz respeito à execução e à prestação da assistência no cuidado 
aos pacientes. No Centro de Terapia Intensiva (CTI), sua responsabilidade 
é aumentada, pois este é um ambiente em que há risco eminente de 
óbito e complicações durante a internação dos pacientes.
No CTI, recém-nascidos (RNs) e crianças devem receber cuidados 
de forma integral e suas famílias devem ser inseridas nessa assistên-
cia ao cuidado com o objetivo de manter o vínculo, principalmente o 
materno-fetal, e auxiliar no processo de recuperação desses pacientes 
sem maiores danos. 
Neste capítulo, você irá estudar os procedimentos invasivos e não 
invasivos a que os pacientes neonatos e pediátricos são submetidos, além 
de estabelecer planos de ações para prevenir intercorrências durantes 
esses procedimentos. 
Principais procedimentos invasivos e não 
invasivos em neonatologia
Neonatologia é o ramo da pediatria que atua com crianças desde o nascimento 
até o seu 28º dia de vida, quando passam a ser lactentes. Trata-se da área 
de conhecimento que é responsável pelas transformações que modifi cam o 
prognóstico e a qualidade de vida dos RNs que apresentam alguma patologia 
(TAVARES et al., 2019).
Os avanços científico e tecnológico, com seu aperfeiçoamento de téc-
nicas, procedimentos, equipamentos e pessoal, contribuem para garantir a 
sobrevivência dos RNs, reduzindo as taxas de morbimortalidade. Isso gera 
uma sofisticação nos cuidados neonatais que auxiliam na sobrevida dos RNs, 
principalmente dos prematuros, haja vista que estes têm seus órgãos e sistemas 
imaturos, por essa razão, as doenças respiratórias são o principal motivo de 
internação no CTI Neonatal.
Para o tratamento dessas doenças respiratórias, é necessário que seja ofer-
tado um suporte apropriado, com oximetria contínua e aporte do oxigênio, e, 
se necessário, posicionamento adequado do pescoço (evitar flexão ou hipe-
rextensão), regulação térmica do ambiente e modo de alimentação adequado. 
O suporte ventilatório no RN inclui soluções aplicadas de forma não invasiva, 
como elevação da mandíbula, elevação do queixo e aspiração por cateter, e 
a oxigenoterapia por intermédio de cânula nasal, máscara simples de oxigê-
nio, máscara de oxigênio de não reinalação e bolsa-válvula-máscara (BVM), 
bem como ventilação não invasiva com pressão positiva (VNIPP). Além das 
citadas, também são utilizadas algumas formas invasivas, como entubação 
endotraqueal, por exemplo.
O Quadro 1 apresenta um esquema com os procedimentos que são reali-
zados tanto em pacientes neonatais quanto nos pediátricos, haja vista que os 
realizados em neonatos também podem ser realizados em pacientes pediátricos.
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria2
Procedimentos 
invasivos
Procedimentos 
não invasivos
Entubação endotraqueal Manobra de elevação de mandíbula
Punção venosa periférica Elevação do queixo
Punção venosa central Remoção de secreções da via aérea
Cateter central de inserção 
periférica (PICC ou CCIP)
Cateter nasal
Cateterismo umbilical 
venoso/arterial
Via aérea orofaríngea (VOF) 
— Cânula de Guedel
Toracocentese Máscara simples de oxigênio
Paracentese abdominal Máscara de oxigênio de não reinalação
Sonda gástrica ou entérica Cânula nasal de alto fluxo (CNAF)
Cateterismo vesical 
(demora ou alívio)
Ventilação com pressão positiva (VPP) — BVM
Pressão arterial média (PAM) VNIPP — CPAP/BiPAP
Fototerapia
CPAP, pressão positiva contínua da via aérea, do inglês continuous positive airway pressure. 
BiPAP, pressão positiva em dois níveis, do inglês bi-level positive airway pressure.
 Quadro 1. Procedimentos neonatais e pediátricos 
Oxigenoterapia
Conforme Stone et al. (2016), a manobra de elevação de mandíbula abre a via 
aérea aliviando a pressão que a língua ou epiglote possa ter sobre a faringe 
posterior. Para realizá-la, colocam-se os polegares em cada lado do maxilar 
do paciente e se eleva o queixo, empurrando-o anteriormente com os dedos 
no ângulo da mandíbula. A elevação do queixo tem o mesmo objetivo da 
manobra de elevação de mandíbula e só pode ser usada se não houver suspeita 
de lesão na coluna cervical. Você deve colocar uma mão na testa do paciente, 
pressionando-a para baixo, e a outra mão na ponta do queixo, elevando-o 
para frente e para cima, inclinando a cabeça para trás (STONE et al., 2016).
A remoção de secreções da via aérea (faringe e boca) limpa a abertura e 
remove quaisquer barreiras para que os canais respiratórios sejam abertos. 
3Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
Para efetuar essa extração de secreções, é utilizada a aspiração com cateter. 
É importante sempre aspirar primeiro o nariz e em seguida a boca (Figura 1) 
(STONE et al., 2016).
Figura 1. Aspiração de vias aéreas superiores (faringe e boca).
Fonte: Barbosa ([2014?]).
O oxigênio pode ser administrado por meio de cânulas plásticas nas narinas 
do paciente, sendo esta uma forma segura, simples, confortável e facilmente 
tolerada. O cateter nasal é utilizado em níveis menores que 4 L/min e é eficaz 
na administração de oxigênio em pacientes com hipóxia leve a moderada. Esse 
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria4
instrumento pode causar ressecamento de mucosas das vias aéreas, levando 
ao desconforto do paciente, por essa razão, o oxigênio inalatório deve ser 
umidificado, o que é feito com água destilada esterilizada (STONE et al., 2016).
Para os pacientes que necessitam de uma VPP, é usada a BVM. Frequen-
temente usada antes da entubação, essa técnica é aplicada sobre o nariz e a 
boca do paciente para impedir o vazamento de ar sobre a face, sem extrapolar 
os limites dos olhos e do queixo. Esse vazamento de ar é vedado, quando 
realizado o método E-C.
No método E-C, a máscara é pressionada com o polegar e o indicador na forma da 
letra C e os outros três dedos formam posteriormente a letra E abaixo do queixo 
do paciente. Em seguida, aperta-se a bolsa com a mão livre do operador ou com a 
ajuda de outra pessoa. Tanto o tamanho da bolsa quanto a frequência das inflações 
dependem da idade e da condição do paciente. Compressões inadequadas podem 
causar hipoventilação, hiperventilação, barotrauma e redução do débito cardíaco 
(STONE et al., 2016).
Pacientes com fadiga respiratória, asma, bronquiolite, pneumonia e apneia 
obstrutiva do sono têm indicação de uso de VNIPP, a qual é utilizada de forma 
eficaz para estabilizar a respiração do paciente, evitando a entubação. Existem 
dois métodos considerados VNIPP — a CPAP e a BiPAP —, sendo que ambos 
são utilizados em pacientes que necessitam de suporte ventilatório primário 
ou para desmame de ventilação mecânica (STONE et al., 2016).
 A CPAP evita a falência alveolar e, quando utilizada de forma antecipada, 
reduz o uso da ventilação mecânica invasiva (VMI), por essa razão é muito 
aplicada no CTI Neonatal e também em salas de parto. Esse sistema possibi-
lita que o cliente que respira espontaneamente receba uma pressão positiva 
contínua das vias respiratórias, mantendo a via aérea aberta para permitir o 
fluxo de oxigênio suplementar para os pulmões. Ela pode ser empregada por 
máscara facial ou tubos nasais. A BiPAP fornece níveis de pressão positiva 
inspiratória e expiratória na via aérea preestabelecidos que podem reagir à 
respiração do paciente como consequência. Algumas vezes a escolha pela 
BiPAP é preferida em relação à CPAP devido à sua capacidadede fornecer 
auxílio extra na inspiração e na ventilação.
5Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
A entubação endotraqueal envolve a inserção oral ou nasal de um tubo 
flexível pela laringe até o interior da traqueia, com a finalidade de controlar 
a via respiratória e a ventilação mecânica do paciente, fornecendo oxigênio 
e aliviando o seu trabalho respiratório. Como indicações para entubação de 
neonatos, é possível citar: instabilidade cardiopulmonar (p.ex., sinais vitais 
atípicos, sofrimento respiratório, pressão arterial baixa, frequência cardíaca 
[FC] baixa e baixa saturação), síndrome de aspiração de mecônio (atualmente 
a entubação é recomendada quando o RN apresenta tônus muscular fraco, 
FC < 100 bpm ou um esforço respiratório insuficiente) e prematuridade com 
sofrimento respiratório, o qual pode ser causado por uma insuficiência na 
produção de surfactante. A entubação endotraqueal é de responsabilidade 
médica, cabendo ao enfermeiro a responsabilidade de preparar e testar todo 
o material e a medicação solicitada (STONE et al., 2016).
O balanço do oxigênio e as trocas de gás carbônico nos pulmões e em células envol-
vem mecanismos fisiológicos complexos. Pacientes críticos requerem intervenções 
terapêuticas para a manutenção desse equilíbrio da troca respiratória, portanto, faz-se 
necessária a monitorização contínua de alguns parâmetros, como a oximetria de 
pulso, por exemplo.
Terapia venosa
As crianças e os RNs também podem passar por outros procedimentos inva-
sivos durante a internação hospitalar, como a punção venosa periférica, cujo 
objetivo é a administração de medicamentos, a correção de défi cit hídrico e/
ou a infusão de derivados do sangue. Em alguns casos, esses procedimentos 
podem ocasionar complicações, como trombose e infecções (GOODMAN et 
al., 2011). Já a punção venosa central é utilizada para obter acesso à circulação 
venosa central, monitorar a pressão venosa central e infundir nutrição paren-
teral, terapia venosa prolongada, componentes sanguíneos e grandes volumes 
de líquidos, além de possibilitar a coleta de amostras de sangue.
Para os pacientes que necessitam de terapia venosa central de longa perma-
nência, ou que necessitam de acesso venoso repetidas vezes, a melhor opção 
pode ser um CCIP, já que ele apresenta menor risco de complicações mecânicas 
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria6
e infecciosas. Ressalta-se que esse procedimento deve ser realizado por um 
profissional capacitado e treinado (DI SANTO et al., 2017).
O cateterismo umbilical venoso é indicado em casos de exsanguineotrans-
fusão, reanimação na sala de parto (acesso venoso de urgência) e infusão de 
soluções de manutenção e/ou medicações, podendo ser utilizado como acesso 
venoso para RN < 1 kg. O cateterismo umbilical arterial pode ser utilizado 
para medições frequentes e contínuas da gasometria arterial e monitorização 
contínua da pressão arterial (PA), já que é indicado nas situações de gravi-
dade, independente do peso do RN ao nascer. É importante citar que esses 
procedimentos podem ocasionar complicações, como acidentes vasculares ou 
tromboembólicos, infecção, sangramento secundário ocasionado pelo deslo-
camento do cateter devido à má fixação e alteração de perfusão de membros 
inferiores (STONE et al., 2016).
Fototerapia
Outro procedimento não invasivo é a fototerapia. O RN pode sofrer um processo 
benigno e secundário ao aumento da bilirrubina indireta, também conhecido 
como hiperbilirrubinemia indireta ou icterícia, podendo esta ser tóxica e 
causar danos neurológicos irreversíveis ou indicar alguma doença de base. 
A bilirrubina é gerada na quebra da hemoglobina. Primeiramente, ela não se 
dilui em água (bilirrubina indireta), sendo então conjugada no fígado (bilir-
rubina direta) e excretada no intestino. A icterícia pode ser tratada de várias 
formas, entre elas, pela Fototerapia, que tem sua efi cácia terapêutica associada 
à quantidade de energia luminosa (irradiância) emitida no comprimento de 
onda do espectro da luz visível (MAROSTICA et al., 2018). 
Toracocentese
A toracocentese implica a aspiração de líquido ou ar do espaço pleural. Esse 
procedimento alivia a compressão do tecido pulmonar e a angústia respiratória 
ao remover ar ou líquido acumulado em decorrência de lesão ou patologias, 
como pneumotórax hipertensivo e derrame pleural (GOODMAN et al., 2011).
Paracentese
Em casos de paciente com acúmulo de líquido no espaço peritoneal, realiza-se 
a aspiração desse líquido ascítico, denominada paracentese abdominal. Esse 
7Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
procedimento pode ser realizado junto ao leito do paciente e é usado para 
diagnóstico de ascite e também para alívio (GOODMAN et al., 2011). 
Sondagem gástrica/enteral
Com o objetivo de facilitar o acesso à cavidade gástrica, utiliza-se a sonda 
nasogástrica (SNG) ou orogástrica (SOG), as quais são instaladas no estômago 
para que seja feita a descompressão do trato gastrintestinal superior, a lavagem 
gástrica ou a administração de dieta enteral e medicamentos em pacientes 
comatosos ou incapacitados. Para a nutrição enteral de longa duração, utiliza-se 
a sonda nasoenteral (SNE) ou a sonda oroenteral (SOE), que são instaladas no 
intestino. Essas sondas são produzidas de polietileno, sendo, portanto, mais 
resistentes às secreções gástricas. A SNE e a SOE têm a sua ponta distal, 
mantendo-se bem posicionadas por essa razão, e são radiopacas, o que permite 
que sejam visualizadas por meio de exames radiológicos para confi rmar o seu 
posicionamento. Ambas são numeradas e escolhidas de acordo com o tamanho 
e a idade da criança (MAROSTICA et al., 2018).
Sondagem vesical
O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter estéril na bexiga 
pela uretra, com técnica asséptica, visando a drenar a urina. No cateterismo 
vesical de alívio, é feita a introdução de um cateter para esvaziamento da 
bexiga com retenção urinária e coleta de amostras de diurese para análise 
laboratorial. Sua retirada é imediata. Já no cateterismo vesical de demora, 
o cateter é introduzido para esvaziamento da bexiga, mas com permanência 
prolongada, cujo objetivo é possibilitar o controle hídrico adequado e o tra-
tamento de retenção urinária (pós-operatório, hipertrofi a prostática, bexiga 
neurogênica) e obter amostra de urina para exames (GOODMAN et al., 2011).
Principais procedimentos invasivos e não 
invasivos em pediatria
Todos os procedimentos utilizados em neonatos servem também para os 
pacientes pediátricos, entretanto, com os pediátricos podem ser realizados 
outros procedimentos além destes. Para ventilar um paciente pediátrico com 
esforço respiratório, a VOF é uma forma benéfi ca, a qual também é conhecida 
como Cânula de Guedel (Figura 2). Conforme Stone et al. (2016), o tamanho de 
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria8
uma VOF é medido por meio da distância entre os cantos da boca e o ângulo 
da mandíbula. Uma VOF é inserida de forma que sua porção convexa fique 
posicionada para cima e a côncava para baixo, acompanhando a curvatura da 
língua, conforme ilustrado na figura 2.
Figura 2. Inserção da Cânula de Guedel.
Fonte: Nehris/Shutterstock.com; Stone et al. (2016).
Na máscara simples de oxigênio, este flui por meio de um portal de entrada 
no fundo da máscara, saindo por furos ao lado dela. Quando mal ajustada, a 
máscara pode fornecer concentrações imprevisíveis de oxigênio, já que elas se 
diluem no ar ambiente. A máscara simples de oxigênio é usada em pacientes 
9Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
com hipoxemia, mas não pode ser utilizada em terapia prolongada, devido à 
imprecisão (STONE et al., 2016). Já na máscara de oxigênio de não reinalação, 
durante a inspiração, a válvula inspiratória unidirecional se abre, direcionando 
o oxigênio de uma bolsa reservatória para a máscara. Durante a expiração, o 
gás deixa a máscara por intermédio das válvulas expiratóriasunidirecionais 
e vai para a atmosfera, fazendo com que o paciente respire apenas o ar da 
bolsa. A máscara administra a mais alta concentração possível de oxigênio 
(60–90%) e é efetiva para terapias em curto prazo.
A CNAF é utilizada em casos de sofrimento respiratório em RNs e crianças, 
de modo a possibilitar uma melhora na conduta das vias aéreas, fornecendo 
pressão positiva em baixos níveis. Essa estratégia proporciona misturas de 
gases aquecidos e umidificados por meio de uma cânula nasal específica. A 
fração inspirada de oxigênio fornecida é de até 1,0 e o fluxo máximo é de 60 
L/min (PIRES; MARQUES; MASIP, 2018). 
Nos pacientes em choque com elevada resistência vascular periférica, podem 
ser registradas divergências significativas na mensuração da pressão arterial 
sistêmica ao comparar os métodos convencionais (auscultatório/palpatório) com 
a técnica de mensuração direta por cateter intra-arterial. A monitoração direta 
da PA é um método mais preciso, pois possibilita a mensuração contínua das 
pressões sistólica, diastólica e média e também a coleta de amostras de sangue 
arterial. Nos casos de pacientes que requerem altas doses de drogas vasoativas 
potentes ou que necessitem de frequentes coletas de amostras de sangue, é de 
fundamental importância uma mensuração frequente e, se possível, contínua 
da PA. Nesses momentos, o médico pode optar por uma punção arterial com 
um cateter intra-arterial para a monitorização da PAM.
 A entubação endotraqueal em bebês e crianças é indicada em casos de 
obstrução da via aérea causada por edema, lesão na traqueia, laringe ou brôn-
quios ou até mesmo devido à presença de corpo estranho (Figura 3). Crianças 
com insuficiência respiratória apresentam sintomas diferentes, dependendo 
da etiologia e da idade. Um sintoma clínico precoce e comum em qualquer 
idade é a taquipneia, porém, tiragens intercostais e subdiafragmática, tiragem 
de fúrcula, batimento de asa de nariz, dispneia e diminuição ou ausência dos 
sons respiratórios são comuns a qualquer etiologia no desconforto respiratório. 
Quando a causa do bloqueio respiratório é ultrapassada pelo tubo endotraqueal, 
a via aérea do paciente é aberta, preservando a respiração normal (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE PEDIATRA, [2017?]; STONE et al., 2016).
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria10
Planos de ações para prevenir intercorrências 
em procedimentos invasivos em neonatologia 
e pediatria
A efi cácia do tratamento de pacientes com procedimentos invasivos requer a 
elaboração de um plano de cuidados da equipe multidisciplinar. Uma abor-
dagem coordenada do cuidado é útil para a coordenação do cuidado com o 
paciente, além de aperfeiçoar os resultados.
O plano de cuidados é um processo específico do diagnóstico e faz com que 
toda a equipe multidisciplinar esteja focada nos resultados esperados para o 
paciente (CHULAY; BURNS, 2012). A enfermagem deve estar sempre atenta 
para minimizar os riscos de segurança inerentes ao ambiente hospitalar. É 
necessário considerar todos os aspectos que envolvem o ambiente, como o uso 
inadequado de um equipamento, trilhos da cabeceira e cabos e tubulações no 
chão. Além disso, a equipe multidisciplinar deve manter uma comunicação 
efetiva com o paciente e a sua família.
O paciente doente já é predisposto a várias complicações fisiológicas e 
patológicas, sendo assim, a função da equipe que atua junto a ele é prevenir 
complicações associadas à doença crítica e aos procedimentos invasivos a que 
ele é submetido (CHULAY; BURNS, 2012). Dessa forma, faz-se necessário 
Figura 3. Entubação endotraqueal.
Fonte: KITTIPONG SOMKLANG/Shutterstock.com. 
11Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
entender que todo cuidado com o paciente pediátrico envolve também o cuidado 
com a sua família, sendo assim, é imprescindível que a equipe desenvolva uma 
parceria e um relacionamento de confiança com a família. Ressalta-se que o 
plano de cuidados ao paciente em uso de procedimentos invasivos inclui lavar 
as mãos antes de manipular quaisquer procedimentos invasivos (Quadro 2).
Procedimento Cuidados
Entubação 
endotraqueal
  Confirmar o posicionamento do tubo endotraqueal 
após a punção por raio X
  Aspirar as secreções conforme necessidade do paciente 
para evitar obstrução do tubo endotraqueal
  Atentar-se ao tamanho da sonda de aspiração e utilizar 
luva plástica estéril para efetuar tal procedimento
  Verificar se a fixação do tubo endotraqueal está correta 
para evitar extubação acidental
  Conter membros superiores para evitar extubação 
acidental
Punção venosa 
periférica
  Avaliar a cada 24 h o local de inserção do cateter com 
o uso de curativo semipermeável transparente e 
observar se existem sinais flogísticos (p.ex., rubor, calor, 
infiltração, edema, dor local)
  Realizar antissepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% 
antes da infusão de qualquer solução
Punção venosa 
central
  Confirmar o posicionamento do cateter após a punção 
por meio de raio X
  Irrigar o cateter rotineiramente para evitar obstrução
  Lavar o cateter com SF (soro fisiológico) 0,9% ao 
término de cada administração de medicamentos para 
deixá-lo limpo
  Trocar o curativo todos os dias em caso de curativos 
oclusivos com gaze, mas a preferência é que seja 
realizado com curativo semipermeável transparente 
com intervalos de 3 a 7 dias e mais frequentemente se 
o curativo tiver a integridade comprometida
  Avaliar a cada 24 h o local de inserção do cateter com 
o uso de curativo semipermeável transparente e 
observar se existem sinais flogísticos (p.ex., rubor, calor, 
infiltração, edema, dor local)
 Quadro 2. Plano de cuidados em paciente em uso de procedimentos invasivos 
(Continua)
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria12
 Quadro 2. Plano de cuidados em paciente em uso de procedimentos invasivos 
Procedimento Cuidados
  Realizar antissepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% 
antes da infusão de qualquer solução
CCIP  Inserção por um profissional capacitado e treinado
  Confirmar o posicionamento do cateter após a punção 
por meio de raio X
  Realizar a técnica com turbilhonamento ao infundir 
medicamentos e, ao término, lavar com SF 0,9% para 
evitar obstrução do cateter
  Trocar o curativo todos os dias em caso de curativos 
oclusivos com gaze, mas a preferência é que seja 
realizado com curativo semipermeável transparente 
com intervalos de 3 a 7 dias e mais frequentemente se 
o curativo tiver a integridade comprometida
  Realizar antissepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% 
antes da infusão de qualquer solução
  Avaliar a cada 24 h o local de inserção do cateter com 
o uso de curativo semipermeável transparente e 
observar se existem sinais flogísticos (p.ex., rubor, calor, 
infiltração, edema, dor local)
Cateterismo 
umbilical 
venoso e arterial
  Utilizar SF 0,09% para manter a permeabilidade do 
cateter em infusão contínua
  Confirmar o posicionamento do cateter após a punção 
por meio de raio X
  Observar sinais de isquemia em pés, se for realizado o 
cateterismo arterial
Toracocentese  Explicar o procedimento ao paciente
  Estar atento para não contaminar campos estéreis 
durante o procedimento, evitando infecções por 
contaminação
  Avaliar sinais vitais durante o procedimento
SNG e SNE  Observar fixação de sonda para evitar lesão em aleta 
nasal por pressão da sonda
  Trocar fixação a cada 24 h
  Certificar-se que a sonda está no estômago antes da 
infusão de dietas e medicamentos
  Lavar a sonda a cada 4 h para evitar obstrução
  Elevar a cabeceira a 45° para infundir dieta enteral ou 
para realizar a lavagem da sonda
(Continuação)
(Continua)
13Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria
Procedimento Cuidados
Paracentese 
abdominal
  Explicar procedimento ao paciente
  Estar atento para não contaminar campos estéreis 
durante o procedimento, evitando infecções por 
contaminação
  Avaliar sinais vitais durante o procedimentoCateterismo 
vesical de alívio 
e demora
  Explicar o procedimento ao paciente
  Estar atento para não contaminar campos estéreis 
durante procedimento, evitando infecções por 
contaminação
  Fixar a sonda na parte lateral da coxa em mulheres e na 
região suprapúbica em homens
  Insuflar o balonete após a introdução de toda a sonda e 
o retorno da diurese, a fim de evitar lesão na uretra por 
insuflação do balonete
PAM  Trocar o curativo todos os dias em caso de curativos 
oclusivos com gaze
  Realizar antissepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% 
antes de coletar amostras de sangue
  Avaliar a cada 24 h o local de inserção do cateter com 
o uso de curativo semipermeável transparente e 
observar se existem sinais flogísticos (p.ex., rubor, calor, 
infiltração, edema, dor local, hematoma)
 Quadro 2. Plano de cuidados em paciente em uso de procedimentos invasivos 
(Continuação)
Procedimentos de enfermagem em neonatologia e pediatria14
BARBOSA, B. Cuidados imediatos e mediatos ao RN. Brasil, [2014?]. Disponível em: https://
slideplayer.com.br/slide/1642925/. Acesso em: 8 jul. 2019.
CHULAY, M.; BRUNS, S. M. Fundamentos de enfermagem em cuidados críticos da AACN. 
2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
DI SANTO, M. K. et al. Cateteres venosos centrais de inserção periférica: alternativa ou 
primeira escolha em acesso vascular? Jornal Vascular Brasileiro, v. 16, n. 2, p. 104−112, 
2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jvb/v16n2/1677-5449-jvb-16-2-104.pdf. 
Acesso em: 8 jul. 2019.
GOODMAN, D. M. et al. Current: procedimentos em Pediatria. Porto Alegre: AMGH, 
2011. (Série Lange).
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Rápida).
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