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IE3 Aula 03 - Projeto Luminotécnico

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Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – CPS 
Escola Técnica Estadual Lauro Gomes - ETEC Lauro Gomes 
Habilitação: TN Disciplina: IE3 Série/Turma: 4ºV Professores: Claudio Goffi / Wilson Sanchez 
Assunto: Projeto Luminotécnico 
Aula: 03 Data:11/03/2.021 
 
 Objetivos 
 Ao final desta Aula o Aluno deverá ser capaz de: 
1. Projetar a Iluminação Elétrica p/um ambiente laboral, segundo a NBR ISO/CIE 8995-1/13; 
 
 Projeto 
 Existem dois Métodos para Projetar a Iluminação Elétrica de uma área: 
1. Do Fluxo Luminoso ou dos Lumens, aplicado em ambientes internos; 
2. Da Intensidade Luminosa ou do Ponto a Ponto, aplicado em ambientes externos; 
 
 O segundo fundamenta-se nas Leis de Lambert e é empregado quando a dimensão da fonte lu- 
minosa é desprezível em relação ao plano a ser iluminado. O Método da Intensidade Luminosa 
não será contemplado pela Disciplina IE 3. 
 
 Método dos Lúmens 
 Destinado à iluminação geral de um ambiente, objetiva determinar e posicionar a quantidade 
de luminárias necessárias para distribuir de modo uniforme, o valor adotado de Iluminamento 
Médio Mantido (EM) na superfície de trabalho. 
 
 O cálculo fundamenta-se na fórmula: EM= (ØT ÷ S), onde: 
EM é o Iluminamento Médio Mantido, cuja unidade é o lux (lx); 
ØT é o fluxo luminoso total na superfície, cuja unidade é o lumen (lm); 
S é a área da superfície considerada, cuja unidade é o metro quadrado (m2); 
 
 Outro conceito importante na aplicação desse método é o de Curva de Distribuição Luminosa 
(CDL) já apresentado, pois os valores de Iluminamento Médio Mantido sugeridos na norma NBR 
ISO/CIE 8995-1/13 (Iluminação de Ambientes Laborais Internos) consideram a luminária equipada 
com uma fonte luminosa padrão, com fluxo luminoso total (ØT) de 1.000 lm. Se a lâmpada pro- 
duz um fluxo diferente, esses valores deverão ser corrigidos proporcionalmente. 
 
 Essa norma considera não apenas o Iluminamento Médio Mantido para diversos locais de tra- 
balho e tipos de tarefas, mas também o limite relativo ao desconforto por ofuscamento (UGRL) e 
o Índice de Reprodução de Cor mínimo (Ra) da fonte de luz elétrica. 
 
 Existem vários softwares para Projeto Luminotécnico no mercado, apresentando vários recur- 
sos, desde a definição da quantidade de luminárias a serem instaladas em um ambiente até a ge- 
ração de gráficos com os níveis pontuais de Iluminamento. 
 
 Algumas empresas oferecem esses programas gratuitamente, pois o interesse de seus desen- 
volvedores é justamente vender os produtos relacionados. Um deles é o software Lumisoft, dis- 
ponibilizado pela Lumicenter (<http://www.lumicenter.com/empresa.php>), cujo download pode 
ser realizado no link: <http://www.ctktim.com.br/lumicenter/Lumisoft2008.zip>. Outro software 
 
 
com muitos recursos é o Softlux, fornecido pela ITAIM Iluminação, cujo link pode ser baixado da 
internet é: <http://www.itaimiluminacao.com.br/novo/index_main.cfm?p=d>. 
 
 O Método dos Lumens pode ser descrito através do roteiro a seguir: 
 
1- Definir o Sistema de Iluminação, a Lâmpada e a Luminária, considerando os aspectos: 
 Funcional - Atividade realizada no ambiente que será iluminado; 
 Técnico - Características da iluminação (lâmpada); 
 Físico - Dimensional do ambiente e disposição do mobiliário neste; 
 Decorativo - Padrão estético desejado para a iluminação; 
 Financeiro - Custo da iluminação. 
 
2- Obter o valor de Iluminamento Médio Mantido, a partir das tabelas apresentadas no frag- 
mento da norma ISO/CIE 8995-1/13 do Anexo; 
 
 
3- Obter o Fator de Utilização (fU) para a luminária escolhida, sendo antes necessário: 
 
 
A- Calcular o Índice de Recinto ou Índice de Local (k), que avalia a geometria do ambien- 
te e possibilita distinguir ambientes com a mesma área, porém com formatos diferentes. 
Fórmula: k= {(c x l) ÷ [(c + l) x hU]}, sendo: 
hU - altura de montagem das luminárias em relação ao plano laboral (m); 
c - comprimento do local, considerando quadrilátero (m); 
l - largura do local (m). 
 
 General Electric e a Osram fornecem o Índice do Local 
a partir de tabelas, identificado com letras de A a J, funções 
da largura, comprimento do ambiente e outros parâmetros 
geométricos: 
- Altura do teto, para sistemas de iluminação indireto ou 
semi-indireto; 
- Distância do foco luminoso ao piso ou ao plano laboral, 
para sistemas de iluminação direto ou semi-direto. 
 
B- Ponderar o Índice de Reflexão (ρR) do teto, paredes e pi- 
so do ambiente. A tabela ao lado apresenta os valores de ρR 
tipicas de diversos materiais e superfícies, pintadas com vá- 
rias cores. 
 
C- Identificar o tipo de luminária a partir das tabelas apresentadas no fragmento da norma 
ISO/CIE 8995-1/13 do Anexo. 
 
 Com as informações anteriores, nas tabelas apresentadas no fragmento da ISO/CIE 8995-1/13, 
o coeficiente de utilização (fU) é resultado da intersecção da coluna dos valores combinados 
de Refletância de teto, paredes e piso com a linha do valor do índice de recinto (k). 
 
 Os catálogos de alguns fabricantes de lâmpadas, entre eles a Phillips, apresentam tabelas do 
coeficiente de uso (fU) para cada tipo de luminária. Apesar de serem similares às tabelas de 
eficiência do recinto, os valores nelas encontrados não precisam ser multiplicados pela efi- 
ciência da luminária para obter o valor final do fU, uma vez que cada tabela é dedicada a um 
tipo de luminária e já inclui sua perda na emissão do Fluxo Luminoso (ØL). 
 
 Apenas para informação, existe outro modo de ajuste da luminária/lâmpada às condições 
reais do Projeto de Iluminação Elétrica: O Fator RCR, no Método das Cavidades Zonais 
(adotado pela norma IESNA), que contem- 
pla a eficiência luminosa do conjunto lumi- 
nária/ lâmpada. 
 
 Essa eficiência é traduzida pelo coeficiente 
de desempenho indicado na tabela ao lado, 
pois sendo a lâmpada instalada dentro da lu- 
minária, o fluxo luminoso efetivo é menor 
que aquele irradiado pela lâmpada, devido 
à absorção e à reflexão da luz pelos mate- 
riais que compõem a luminária. 
 
4- Determinar para o local o Fator de Depreciação (fD), um coeficiente que traduz a ponderação 
relativa à perda de Eficiência Luminosa do conjunto luminária/lâmpada, devido ao decurso 
da sua vida útil e à contaminação do ambien- 
te, já que com o tempo a sujeira diminuirá a 
Refletância do teto e das paredes, bem como 
a poeira acumulada nas luminárias/lâmpadas 
reduzirá a quantidade de luz por elas emitida. 
 
 Em diversas Literaturas esse fator também 
depende da peridiocidade de limpeza e em al- 
gumas ainda segregam esse índice para lumi- 
nária aberta ou fechada (com lente). Na tabe- 
la da figura 1 ao lado constam valores de fator 
de depreciação para vários períodos. 
 Figura 1 - Fatores de Depreciação 
 
5- Calcular o Fluxo Luminoso Total (ØT) que as luminárias deverão produzir no ambiente, de a- 
cordo com a fórmula prática: ØT= [(EM x S) ÷ (fD x fU)], sendo: 
 
EM- iluminamento médio mantido (lm), selecionado na etapa 2; 
S= (c x l) - área do local (m2); 
fD - fator de depreciação, definido na etapa 4; 
fU - fator de utilização,definido na etapa 3. 
 
6- Determinar o Número Luminárias (NL) necessário, através da fórmula: NL= (ØT ÷ ØL), onde: 
 
ØT- fluxo luminoso total, calculado na etapa 5; 
ØL- fluxo luminoso de uma luminária, valor conhecido ao consultar a tabela do fabricante 
da lâmpada escolhida na etapa inicial; 
 
7- Ajustar o Número de Luminárias, para obter um arranjo uniforme de distribuição, de mo- 
do que o número de luminárias seja o mais próximo possível do valor calculado na etapa 6. 
 
 
8- O distanciamento entre Luminárias (a) deve ter valor entre (0,8 x hU) e (1,5 x hU), já o afas- 
tamentoda primeira e da última luminária em relação à parede deve ser metade do valor de 
espaçamento a, conforme ilustrado na figura 2 da próxima página. 
 
9- Calcular o valor efetivo do Iluminamento (EMC) 
no plano de trabalho, após ter ajustado o núme- 
ro efetivo de luminárias por linha e coluna, 
usando a expressão: EMC= [(ØTC x fU x fD) ÷ S]. 
 
 A Tabela Resumo ilustrada na figura 3 a seguir é um 
dos modelos apresentados pelos Projetistas no Memo- 
rial Descritivo do Projeto Luminotécnico. 
 
 Figura 2 - Espaçamento a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Tabela Resumo do Memorial de Cálculo do Projeto Luminotécnico

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