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unid_3 ANATOMIA 2

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ANATOMIA
Unidade III
SISTEMA NERVOSO
7 CONCEITO GERAL E FUNCIONAL DA NEUROANATOMIA
O sistema nervoso tem uma importante função ligada à adaptação dos seres vivos ao meio ambiente 
que habitam. Para isso, o desenvolvimento de propriedades de irritabilidade (propriedade de ser 
sensível a um estímulo), condutibilidade (impulso elétrico conduzido pelas células do tecido nervoso) e 
contratilidade (movimentos celulares) foram e são essenciais para sua sobrevivência.
Para a execução dessas propriedades, o tecido nervoso é constituído pelos neurônios e células gliais. 
Os neurônios têm funções de receber, processar e enviar informações, além de serem maiores que as 
células gliais; as células da glia atuam na sustentação, revestimento, isolamento, modulação da atividade 
neural e defesa do tecido nervoso e localizam‑se entre os neurônios.
Iremos compreender desde a origem embriológica do sistema nervoso, suas classificações anatômica 
e funcional, assim como os aspectos anatomofisiológicos do tecido como um todo.
Figura 136 – Funções do sistema nervoso
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Unidade III
7.1 Embriologia: divisões e organização geral do sistema nervoso
Embriologia
O tubo neural origina‑se da placa neural, uma área espessada do ectoderma neural na região dorsal 
média, que surge por volta da terceira semana, induzida pela notocorda e mesoderma paraxial.
Figura 137 – Formação do sulco neural e da crista neural em embrião de 20 e 21 dias
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ANATOMIA
Formação do tubo neural
A placa neural muda sua conformação, com elevação das suas bordas laterais (pregas neurais), 
passando a chamar‑se sulco neural. Da fusão das pregas neurais, forma‑se então o tubo neural. A 
formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, induzido pela epiderme da região dorsal 
e pela notocorda. O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião, sendo que as 
extremidades ainda abertas são denominadas neuroporos.
Figura 138 – Desenvolvimento do tubo neural a partir do ectoderma embrionário
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Unidade III
 Observação
Uma gestante deve fazer o controle pré‑natal, ou seja, antes do 
nascimento de seu bebê. Um ultrassom pode indicar uma má‑formação do 
tubo neural, acarretando problemas graves de desenvolvimento fetal. Isso 
ocorre uma vez a cada mil casos. 
7.1.1 Divisões e organização geral do sistema nervoso
Divisão anatômica
O sistema nervoso central localiza‑se dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral) 
e é formado pelo encéfalo (situado dentro do crânio) e medula espinhal. No encéfalo, inclui‑se o 
cérebro, o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e o cerebelo.
O sistema nervoso periférico encontra‑se fora do esqueleto axial e é constituído pelos nervos 
(estruturas esbranquiçadas que conectam o sistema nervoso central aos órgãos periféricos). Os nervos 
podem ser cranianos (quando se comunicam com o encéfalo) ou espinhais (quando se comunicam 
com a medula espinhal). Além dos nervos, fazem parte do sistema nervoso periférico os gânglios 
(dilatações dos nervos formados por corpos de neurônios existentes entre o sistema nervoso central e o 
periférico e próximas às raízes nervosas). Funcionalmente, os gânglios podem ser divididos em gânglios 
sensitivos e gânglios motores viscerais (pertence ao sistema nervoso visceral). Na porção final dos 
nervos, encontram‑se as terminações nervosas, que podem ser sensitivas (ou aferentes) ou motoras 
(ou eferentes).
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ANATOMIA
Figura 139 – Níveis de organização do sistema nervoso
Na figura anterior: (a) diagrama organizacional; (b) órgãos viscerais inervados por fibras 
sensoriais viscerais e motoras do sistema nervoso autônomo. As setas indicam a direção dos 
impulsos nervosos.
Divisão embriológica
Na divisão embriológica, o sistema nervoso central é dividido de acordo com a vesícula cefálica 
primordial que lhe deu origem: prosencéfalo (origina o telencéfalo e diencéfalo), mesencéfalo e 
rombencéfalo (forma o metencéfalo e o mielencéfalo).
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Unidade III
25 diasProsancéfalo
Mesencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Rombencéfalo
Telencéfalo
Diencéfalo
Medula 
primitiva
35 dias 40 dias 50 dias 100 dias
Figura 140 – Desenhos esquemáticos do encéfalo primitivo ilustrando as vesículas cefálicas primordiais e seu desenvolvimento
A partir do tubo neural, as vesículas primordiais são formadas e destas, vesículas encefálicas 
secundárias e estruturas adultas darão origem às cavidades neurais do encéfalo adulto.
Figura 141 – Desenvolvimento embrionário do sistema nervoso humano
Divisão funcional
A divisão funcional divide‑se em sistema nervoso da vida de relação, chamado de somático, e sistema 
nervoso relacionado à vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso somático da vida de relação é aquele 
que usa a via aferente para trazer ao sistema nervoso central o que se passa com o meio externo do nosso 
corpo por meio de receptores periféricos. O componente eferente realiza os movimentos voluntários 
levando aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos. Já o sistema nervoso visceral 
comunica‑se com as vísceras fazendo seu controle e inervação. Através da via visceral, nosso corpo consegue 
comandar órgãos de forma automática e involuntária, fazendo a manutenção da constância do meio 
interno. O componente aferente do sistema nervoso visceral, assim como na via somática, também possui 
receptores que captam informações, mas, neste caso, elas são provenientes das vísceras (visceroceptores). 
Essas informações são levadas a áreas específicas do sistema nervoso central. O componente eferente leva 
informações, por meio de impulsos nervosos, dos centros nervosos em direção às vísceras (glândulas, músculos 
lisos dos órgãos e ao músculo cardíaco). A via eferente do sistema nervoso visceral é subdivida em: sistema 
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nervoso autônomo simpático e parassimpático, de acordo com as funções inibitórias e/ou estimulatórias 
dos centros nervosos aos órgãos‑alvo, que serão estudados com mais detalhes adiante.
Figura 142 – Desenho esquemático do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático
Divisão com base na segmentação/metameria
A divisão do sistema nervoso pode ser segmentar ou suprassegmentar, sendo que a segmentação é 
evidenciada pela conexão com os nervos.
• Sistema nervoso segmentar: compreende todo sistema nervoso periférico, medula espinhal e 
tronco encefálico.
• Sistema nervoso suprassegmentar: compreendido pelo cérebro e cerebelo.
Essa divisão refere‑se a evidências funcionais e estruturais entre esses órgãos, como o córtex no 
sistema nervoso suprassegmentar, uma camada fina e externa de substância cinzenta que reveste a 
substância branca. No sistema nervoso segmentar, não há córtex e, como na medula, a substância 
cinzenta é interna em relação à branca.
 Observação
Espinha bífida: defeito do tubo neural na região espinhal, causada por 
uma divisão dos arcos vertebrais, podendo ou não envolver o tecido neural 
subjacente. Tem origem multifatorial, estando associada com hipotermia, 
ácido valpróico e hipervitaminose A. 
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7.1.2 Tecido nervoso: neurônios, sinapses, neuróglia, fibras nervosas
O tecido nervoso é formado por dois tipos celulares: os neurônios e as células gliais. As funções 
de receber e enviar estímulos, que são processados pelo sistemanervoso central, são designadas pelos 
neurônios; as células gliais também são chamadas de neuróglia e situam‑se entre os neurônios, 
tendo funções de sustentação, revestimento, isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa.
 Observação
A punção lombar pode ser realizada sem lesão medular no nível da 
cauda equina, já que nesse espaço só são encontrados feixes de raízes 
nervosas. 
Neurônios
Os neurônios são células que não se multiplicam após a diferenciação. Ainda estuda‑se a capacidade 
de regeneração deles. Uma vez danificados por efeitos de agentes tóxicos, morte natural, doenças etc, 
jamais serão substituídos. Cada vez mais, estuda‑se a possibilidade de os neurônios terem capacidade 
regenerativa, e hoje, sabe‑se que, no bulbo olfatório e no hipocampo, são gerados novos neurônios 
diariamente em grande número em pessoas adultas.
As células neuronais têm a capacidade de comunicar‑se com outros neurônios por meio de uma 
diferença do potencial de suas membranas. A comunicação entre neurônios recebe o nome de sinapse 
nervosa e é mediada por sinalizadores conhecidos como neurotransmissores que permitem a condução 
dos impulsos nervosos. Essa comunicação elétrica ocorre porque os neurônios são excitáveis e 
respondem a um estímulo através de três porções de sua estrutura celular: corpo celular, dendritos 
(do grego dédron = árvores) e axônio (do grego áxon = eixo).
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Figura 143 
A figura anterior representa um desenho esquemático de um neurônio‑motor evidenciando o corpo 
celular, dendritos e axônio. O axônio é formado ao seu redor pela bainha de mielina (células de Schwann) 
que, após se ramificar, termina em placas motoras nas fibras musculares esqueléticas
O corpo do neurônio contém núcleo, citoplasma e as mesmas organelas encontradas em uma célula 
eucarionte animal. O citoplasma do corpo celular recebe o nome de pericário. Estruturas basófilas (grumos) 
encontrados no pericário são chamadas de corpúsculo de Nissl ou substância cromidial. Os neurônios 
possuem um citoesqueleto composto por microtúbulos, microfilamentos de actina e microfilamentos 
intermediários (mais conhecidos como neurofilamentos). No corpo do neurônio, são sintetizadas todas 
as proteínas neuronais, assim como a degradação e renovação dos constituintes celulares. Como nos 
dendritos, no corpo celular, ocorre a recepção dos estímulos por meio de contato sináptico.
Dendritos são várias e pequenas ramificações que se projetam do corpo celular, e funcionam 
como “galhos de árvores”, para captar sinais elétricos e retransmiti‑los através do axônio. Apresentam 
as mesmas organelas do pericário e são especializados em receber estímulos que são traduzidos em 
alterações do potencial de repouso da membrana dos neurônios. Este potencial propaga‑se em direção 
ao corpo do neurônio que continua sua transmissão ao axônio.
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Os axônios conduzem o impulso nervoso do corpo do neurônio até outro neurônio. A condução 
também pode terminar em um órgão efetor, como músculo ou glândulas. Os axônios são envolvidos por 
uma bainha de mielina compostas por células de Schwann (envoltórios contendo material lipídico) 
ou por oligodendrócitos (descrito com mais detalhes adiante). Essas células aumentam a velocidade 
de condução do impulso nervoso pelo axônio, tornando‑os mais rápidos. Os axônios podem ter vários 
tamanhos, dependendo da espécie e localização, podendo ter poucos milímetros a um metro de 
comprimento, como o neurônio de inervação, que parte da medula aos músculos do pé.
Geralmente, os neurônios emitem ramificações pelos axônios que sofrem arborização terminal, que 
fazem contato com outros neurônios ou órgãos efetuadores. Também, alguns neurônios têm a capacidade 
de serem secretores e seus axônios terminam em capilares sanguíneos que recebem o polipeptídeo gerado 
por esses neurônios. São conhecidos como neurossecretores e são encontrados no hipotálamo.
7.2 Sinapses nervosas
Os neurônios entram em contato com outros neurônios transportando informações através da 
sinapse nervosa. Essa comunicação ocorre entre regiões do sistema nervoso central e o periférico, 
podendo também relacionar‑se e controlar as funções de células não neuronais ou efetuadoras, como 
as células musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e as secretoras (glândulas). Existem dois tipos de 
sinapses: sinapses elétricas e sinapses químicas.
Figura 144 – Imagens de sinapses interneuronais
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Na figura anterior: (a) sinapses axodendríticas, axossomáticas e axoaxônicas; (b) microscopia 
eletrônica de varredura mostrando fibras de entrada em sinapses axossomáticas (4.000x).
7.2.1 Sinapses elétricas
Nas sinapses elétricas, os neurônios entram em contato entre si através de uma interação de canais 
iônicos, estabelecendo uma comunicação entre neurônios. Há a passagem de pequenas moléculas como 
íons de um citoplasma para outro citoplasma das células. Essas junções são chamadas de junções 
comunicantes e são utilizadas para organizar a atividade de grupos de células de tecidos epiteliais, 
muscular liso e cardíaco. Essa comunicação é bidirecional, ou seja, se faz nos dois sentidos (dendritos/
corpo do neurônio/axônio e axônio/corpo do neurônio/dendritos).
7.2.2 Sinapse química
As sinapses representam a maioria das sinapses interneuronais e neuroefetoras. Na sinapse química, 
a comunicação entre as células ocorre com a liberação de uma substância química denominada 
neurotransmissores. Exemplos de neurotransmissores: acetilcolina, glicina, glutamato, aspartato, 
ácido‑amino‑butírico (GABA), dopamina, noradrenalina, adrenalina, histamina, substância P, endorfina 
e encefalina.
As sinapses químicas apresentam como característica a polarização da membrana, elemento 
pré‑sináptico, neurotransmissor, elemento pós‑sináptico e uma fenda sináptica que separa as 
membranas sinápticas. Os neurotransmissores são armazenados em vesículas sinápticas formando 
vesículas agranulares, granulares pequenas e granulares grandes e opacas. As vesículas são produzidas 
pelo pericárdio e nas terminações axônicas por brotamento do retículo endoplasmático liso e são 
eliminadas por exocitose (figura a seguir).
Figura 145 – Sinapse química em resposta à despolarização
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As sinapses entre neurônios são chamadas de sinapses químicas interneuronais e podem ser 
axodendríticas, axossomáticas (somáticas = pericário), axoaxônicas, dendrodendríticas, dendrossomáticas, 
somatossomáticas, somatodendríticas e somatoaxônicas. Nas sinapses em que o elemento pré‑sináptico 
é o axônio, o contato interneuronal é feito por dilatações ao longo de toda arborização terminal, que 
são chamadas botões sinápticos de passagem.
A membrana pós‑sináptica tem receptores específicos formados por proteínas integrais para os 
neurotransmissores. A transmissão sináptica é resultado da junção do neurotransmissor com seu 
receptor na membrana pós‑sináptica. Cerca de 1.000‑10.000 contatos sinápticos podem ocorrer entre 
os neurônios.
Já as sinapses químicas neuroefetoras, também chamadas de junções neuroefetoras, são 
formadas por axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal. A junção pode ser 
neuroefetora somática (com uma célula muscular) ou neuroefetora visceral (com células musculares 
lisas, células musculares estriadas cardíacas ou glândulas). A junção neuroefetora somática ocorre 
pelas placas motoras, em que o elemento pré‑sináptico é a terminação axônica do neurônio motor 
somático. Esse neurônio tem seu corpo na coluna anterior da medula espinhal ou no tronco encefálico. 
Já nas junções neuroefetoras viscerais, o contato entre as terminações nervosasé dos neurônios do 
sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. O corpo celular desses neurônios localiza‑se nos 
gânglios autonômicos.
Durante a transmissão do impulso nervoso, a membrana do elemento pré‑sináptico sofre uma 
alteração de potencial de membrana, que tem por finalidade abrir os canais de cálcio, permitindo sua 
entrada no neurônio. A maior concentração de cálcio no interior do elemento pré‑sináptico resulta na 
fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré‑sináptica, ocorrendo liberação do neurotransmissor na 
fenda sináptica. Os neurotransmissores atingem os receptores da membrana do elemento pós‑sináptico. 
Os movimentos iônicos agem a favor de um gradiente de concentração (Na+, Cl‑, K+) e modificam o 
potencial de membrana, causando uma despolarização (entrada Na+), hiperpolarização (entrada de Cl–: 
aumento de cargas negativas do lado de dentro; ou saída de K+: aumento de cargas positivas do lado 
de fora).
O cone de implantação do axônio é a região integradora desses potenciais que são graduáveis 
pós‑sinápticos excitatórios e/ou inibitórios, devendo eles serem somados ou integrados. Se, na região 
integradora, chegar uma voltagem de excitabilidade do neurônio (por exemplo, uma despolarização de 
15mV), é gerado um potencial de ação.
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Figura 146 – Mecanismos dos canais iônicos
A mudança de carga elétrica da membrana dos neurônios (diferença de potencial de membrana) é 
necessária para a condução do impulso nervoso entre os neurônios.
Figura 147 – Alteração do potencial de membrana dos neurônios
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Na figura anterior, a difusão de K+ para o exterior da célula, através dos canais de vazamento, 
é fortemente promovida por seu gradiente de concentração. Pela mesma razão, o Na+ também é 
fortemente atraído para o interior celular, mas a passagem é menor devido à quase inexistência de 
canais de vazamento para o NA+. A difusão resultante de cargas positivas para fora (K+) gera o estado de 
relativa negatividade na face interna da membrana (‑70mV).
Por meio de um voltímetro, é possível medir o potencial de membrana de um neurônio. Um 
microelétrodo dentro do neurônio capta a diferença em milivolts em relação ao eletrodo de referência.
Figura 148 – Potencial de membrana medido por um eletrodo dentro da célula
Na figura anterior, a diferença de potencial entre este eletrodo e o eletrodo de referência fora da 
célula é aproximadamente‑70mV (interior negativo).
 Observação
A sinapse elétrica é aproximadamente 1.000 vezes mais rápida que a 
sinapse química. 
7.2.3 Neuróglia
As células da glia, neuróglia ou gliócitos são do tecido nervoso central e periférico, encontradas 
entre os neurônios e presentes em maior número que eles. No sistema nervoso central, as células da glia 
são classificadas em: astrócitos e oligodendrócitos (macróglia) e microgliócitos (micróglia).
Os astrócitos (nome devido à semelhança com as estrelas) controlam os níveis de potássio 
extraneuronal, são o principal sítio de armazenamento de glicogênio do sistema nervoso central e também 
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auxiliam na fagocitose de botões sinápticos em casos de degeneração axônica. Após injúrias, sofrem 
mitoses e aumentam sua quantidade nas áreas lesionadas. As células são caracterizadas por inúmeros 
prolongamentos, sendo identificados dois tipos: astrócitos protoplasmáticos (prolongamentos mais 
espessos e curtos), localizados na substância cinzenta, e astrócitos fibrosos (prolongamentos finos e 
longos), na substância branca.
Os oligodendrócitos apresentam poucos prolongamentos e são menores que os astrócitos. São 
responsáveis pela formação da bainha de mielina no sistema nervoso central. Existem dois tipos 
de oligodendrócitos classificados de acordo com sua localização: o oligodendrócito satélite (ou 
perineuronal), encontrado no pericário ou nos dendritos; e o oligodendrócito fascicular, encontrado 
nas fibras nervosas.
Os microgliócitos são células com poucos prolongamentos, pequenas, alongadas, encontradas 
tanto na substância branca como na cinzenta, que apresentam funções fagocíticas, removendo 
restos de células mortas e micro‑organismos invasores. Evidências sugerem a origem dos 
microgliócitos monócitos. Em casos de inflamação, essas células são mais numerosas devido 
ao suporte sanguíneo que fornece monócitos (são os microgliócitos reativos que podem conter 
vacúolos digestivos).
As células ependimárias fazem o revestimento epitelial simples das paredes dos ventrículos 
cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal central da medula. Apresentam microvilosidades e são ciliadas. 
Também formam os plexos coroides nos ventrículos cerebrais, que são responsáveis pela produção do 
líquido cerebrospinal.
No sistema nervoso periférico, a neuroglia é formada pelas células satélites ou anfícitos, 
localizadas nos pericários dos neurônios dos gânglios sensitivos do sistema nervoso autônomo, e 
pelas células de Schwann, que envolvem os axônios formando envoltórios chamados bainha de 
mielina e o neurilema. Em casos de lesões nos nervos, as células de Schwann realizam o papel de 
regeneração da fibra nervosa.
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Figura 149 – Células da glia (a‑d)
Na figura anterior, estão os tipos de neuroglia encontrados no sistema nervoso central. Em (d), 
prolongamento de oligodendrócito que forma a bainha de mielina em torno das fibras nervosas do 
sistema nervoso central; em (e), a relação das células de Schwann e células satélites de um neurônio 
sensorial no sistema nervoso periférico.
 Observação
As células da glia participam do processo de comunicação celular no 
sistema nervoso central. Tal observação, feita no final do século passado, 
impulsionou o estudo desse grupo de células nervosas. 
7.2.4 Fibras nervosas
As fibras nervosas são formadas pelo axônio e sua bainha de mielina quando presente. A bainha de 
mielina age como um isolante elétrico e forma as fibras nervosas mielínicas. Axônios sem bainha de 
mielina são classificados como fibras nervosas amielínicas. Os dois tipos ocorrem no sistema nervoso 
central e periférico, sendo que no central, a bainha de mielina é formada por oligodendrócitos, e no 
periférico, pelas células de Schwann.
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Figura 150 – Relação de células de Schwann com os axônios do sistema nervoso periférico (a‑c). Mielinização de uma fibra 
nervosa (axônio) (d). Eletrofotomicrografia de uma secção transversal de axônio mielinizado
O sistema nervoso é formado por substância branca e substância cinzenta. Trata‑se de uma 
classificação macroscópica no qual a substância branca contém basicamente fibras nervosas mielínicas e 
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neuróglia, ao passo que a substância cinzenta possui corpos de neurônios, fibras amielínicas e neuróglia. 
No sistema nervoso central, as fibras nervosas estão concentradas em tractos ou fascículos, e no 
sistema nervoso periférico, estão agrupados em feixes formando os nervos.
Figura 151 – Estruturas encontradas no nervo
Na figura anterior: em (a), microscopia eletrônica de varredura de uma secção transversal de um 
segmento de um nervo (500x); em (b), vista tridimensional de um segmento de um nervo mostrando os 
envoltórios de tecido conjuntivo.
No sistema nervoso periférico, os axônios motores e a maioria dos sensitivos dos nervos são 
constituídos por duas bainhas: a mielina e o neurilema. Essas bainhas são formadas pelas células de 
Schwann, que circundam todo o axônio em intervalos ao longo de sua extensão. Esses intervalos são 
chamadosde nódulos de Ranvier, e os segmentos entre esses nódulos são denominados internódulos, 
compreendendo a região ocupada por uma célula de Schwann.
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ANATOMIA
Figura 152 – Células de Schwann formando a bainha de mielina em torno do axônio
Já no sistema nervoso central, os oligodendrócitos, por meio de seus prolongamentos, formam a 
bainha de mielina. A principal função da bainha de mielina é permitir a condução do impulso nervoso 
de forma mais rápida, saltatória, utilizando‑se do potencial de ação.
Figura 153 – Condução do impulso nervoso de forma saltatória em um axônio mielinizado
Na figura anterior, nas fibras nervosas mielinizadas, as correntes locais (setas pretas finas) dão origem 
ao potencial de ação propagado (seta rosa e vermelha), que parece pular de nó em nó.
As fibras nervosas amielínicas são impedidas de fazer a transmissão dos impulsos nervosos de forma 
saltatória pela ausência da mielina. Os canais de sódio e potássio não se distanciam, e a condução do impulso 
é feita mais lentamente. São encontradas no sistema nervoso periférico, nas fibras pós‑ganglionares do 
sistema nervoso autônomo e em algumas fibras sensitivas muito finas que são envolvidas por neurilema 
(células de Schwann), mas sem a formação de mielina. Danos à bainha de mielina causam interferência 
na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras áreas do seu corpo. Essa condição pode 
resultar na deterioração dos próprios nervos em um processo irreversível, causando a doença chamada 
esclerose múltipla. Ao longo do tempo, a degeneração da mielina provocada pela doença vai causando 
lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral.
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Unidade III
Os nervos são formados por fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo (fibras colágenas) e são 
divididos em nervos espinhais e cranianos (descrito com detalhes adiante). Grandes nervos (nervo isquiático, 
mediano, radial etc.) são mielínicos e apresentam um envoltório de tecido conjuntivo chamado epineuro. 
As fibras nervosas se localizam em seu interior e formam fascículos delimitados pelo perineuro. Dentro de 
cada fascículo, fibras colágenas delicadas formam o endoneuro, que envolve cada fibra nervosa. Os axônios 
possuem a capacidade de regeneração devido ao suporte fornecido pelas células de Schwann e macrófagos.
Figura 154 – Regeneração de uma fibra nervosa em um nervo periférico
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ANATOMIA
Na figura anterior: (a) fragmentação do axônio no local da lesão; (b) macrófagos destroem o axônio 
distal à lesão; (c) filamentos axonais crescem através de um tubo formado por células de Schwann; (d) 
axônio regenerado e formação de uma nova bainha de mielina.
8 CONCEITO E DESCRIÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O sistema nervoso central é responsável por receber e processar informações. É formado pelo 
encéfalo e medula espinal e protegidos pelo crânio e coluna vertebral. O encéfalo é subdividido em 
cérebro, tronco encefálico e cerebelo.
Medula espinal
A medula espinal é o centro dos arcos reflexos. Encontra‑se organizada em segmentos (região 
cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É uma estrutura subordinada ao cérebro que pode 
agir independente dele.
Cérebro
O cérebro é um órgão capaz de armazenar informações e é considerado o centro da inteligência 
e do aprendizado. Está relacionado com a maioria das funções do organismo, como a recepção de 
informações visuais e movimentos do corpo que requerem coordenação de grande número de partes do 
corpo. Ele tem uma superfície cheia de sulcos e giros cerebrais e é dividido em dois hemisférios cerebrais: 
direito e esquerdo. O cérebro encontra‑se protegido pelas meninges: pia‑máter, dura‑máter e aracnoide.
Tronco encefálico
O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano. O mesencéfalo está 
localizado ao lado do tálamo e hipotálamo e é responsável pelos reflexos visuais e auditivos. A ponte é o 
centro de retransmissão de impulsos e se constitui de fibras nervosas que se unem ao cerebelo e ao córtex 
cerebral. O bulbo raquidiano, também chamado de medula oblonga, é constituído de importantes regiões 
que controlam as funções vitais, como ritmo cardíaco, vasoconstrição, respiração etc.
Cerebelo
O cerebelo é responsável pelo controle motor e pesquisas recentes sugerem a atribuição de funções 
na coordenação sensorial, além do controle motor.
 Lembrete
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro 
e medula espinhal e degenera a bainha de mielina nos nervos. Pessoas 
com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de 
andar ou falar. 
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Unidade III
8.1 Meninges e líquor
As meninges são membranas formadas por tecido conjuntivo que envolvem o sistema nervoso. São 
divididas em: dura‑máter, aracnoide e pia‑máter. A aracnoide e pia‑máter são formadas por um só 
folheto embrionário, sendo, por isso, classificadas no grupo das leptomeninges (membranas finas). Já 
a dura‑máter é classificada no grupo das paquimeninges, ou membranas espessas. As meninges têm 
um papel importante na proteção do sistema nervoso central. Sua infecção pode causar a meningite, e 
tumores podem se desenvolver nas meninges, sendo chamados de meningiomas.
Figura 155 – Meninges cranianas. Em (a), visão frontal mostrando a relação entre a dura‑máter, aracnoide e pia‑máter; 
Em (b), visão posterior do encéfalo mostrando a dura‑máter e seus seios
A dura‑máter é a meninge mais superficial, resistente e formada por tecido conjuntivo com 
abundantes fibras colágenas. No encéfalo e na medula espinhal, a dura‑máter se comporta de forma 
diferente. No encéfalo, ela tem dois folhetos: um interno e outro externo, que adere aos ossos do crânio, 
comportando‑se como periósteo desses ossos. Na medula espinhal, a meninge é formada apenas pelo 
folheto interno da dura‑máter. Em algumas regiões, o folheto interno da dura‑máter forma pregas (foice 
do cérebro, tenda do cerebelo, foice do cerebelo, diafragma da sela), dividindo a cavidade craniana em 
compartimentos. A dura‑máter é vascularizada e inervada, sendo que a terminação nervosa sensitiva 
intracraniana se localiza na dura‑máter, ocasionando a maioria das dores de cabeça.
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Figura 156 – Projeção da dura‑máter formando a foice do cérebro
Justaposta, a dura‑máter encontra‑se na camada aracnoide, uma membrana delicada que se 
separa da dura‑máter pelo espaço subdural. A aracnoide também se separa da pia‑máter pelo 
espaço subaracnoideo que contém o líquido cerebrospinal (também chamado de líquor ou líquido 
céfalo‑raquidiano). Fazendo ligações com a pia‑máter, as trabéculas aracnóideas partem da aracnoide 
e se assemelham a teias de aranha, dando origem ao seu nome. Em algumas regiões, a aracnoide forma 
projeções que penetram no interior dos seios da dura‑máter, formando granulações aracnóideas. Em 
pessoas adultas e mais velhas, algumas granulações tornam‑se maiores, formando corpos de Pacchioni, 
que sofrem calcificação, deixando impressões na abóboda craniana.
Aracnóide
Granulação
aracnóide
Seio sagital 
superior
Pia máter
Pia máter
Espaço 
perivascular
Espaço 
subaracnoideo
Espaço 
(dilatado)
Figura 157 – Ilustração das meninges e formação das granulações aracnóideas
A membrana mais interna das meninges é a pia‑máter. Está aderida à superfície do encéfalo e da 
medula, acompanhando as depressões e saliências do tecido nervoso, dentre elas, os sulcos e giros cerebrais. 
Apresenta função de fornecer suporte aos órgãos nervosos e é acompanhada por vasos que penetram no 
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Unidade III
tecido nervoso a partir do espaço subaracnoideo, denominado espaço perivascular. Nele, está presente o 
líquor que protege os vasos, amortecendo o efeito da pulsação das artérias no tecido adjacente.
A dura‑máter craniana continua com a dura‑máter espinhal, envolvendo toda a medula e formando o saco 
dural. Em sua porção caudal, a dura‑máter termina em um fundo de saco ao nível da vértebra S2. Lateralmente 
à medula espinhal, partem prolongamentos da dura‑máter encapsulando as raízes dos nervos espinhais, que 
continuam a formar os nervos, estes revestidos pelo tecido conjuntivo rico em colágeno: o epineuro.
Canal central
Substância 
branca
Coluna dorsal/posterior da 
substância cinzenta
Coluna lateral da 
substância cinzenta
Coluna ventral/anterior da 
substância cinzenta
Pia‑máter
Aracnoide
Dura‑máter
Raiz ventral do 
nervo espinhal
Raiz dorsal do 
nervo espinhal
Nervo espinhal
Gânglio da raiz dorsal
Figura 158 – Esquema ilustrativo das meninges
A aracnoide espinhal se dispõe na mesma forma que a meninge craniana. Já a pia‑máter penetra na 
fissura mediana anterior, continuando caudalmente, mesmo após a medula terminar no cone medular, e 
formando um filamento esbranquiçado chamado filamento terminal. Existem, na medula das meninges, 
os espaços epidural, subdural e subaracnoideo. O espaço epidural ou extradural encontra‑se entre a 
dura‑máter e o periósteo do canal vertebral (local de aplicação de anestesia epidural na região lombar 
que se difunde, alcançando as raízes dos nervos espinhais). O espaço subdural situa‑se entre a dura‑máter 
e a aracnoide e tem pequena quantidade de líquido a fim de evitar a aderência entre as paredes.
Quadro 1 
Características dos espaços meníngeos
Espaço Localização Conteúdo
Epidural (extradural) Entre a dura‑máter e o periósteo do canal vertebral
Tecido adiposo e plexo venoso 
vertebral interno
Subdural Espaço virtual entre a dura‑máter e a aracnóide Pequena quantidade de líquido
Subaracnoideo Entre a aracnóide e a pia‑máter Líquido cérebro‑espinhal (ou líquor)
Adaptado de: Machado (2014, p. 43).
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 Saiba mais
Os filmes a seguir podem propiciar uma inter‑relação com os conteúdos 
da unidade:
PARA SEMPRE ALICE. Dir. Richard Glatzer. EUA: Wash Westmoreland, 
2015. 99 minutos.
DECISÕES EXTREMAS. Dir. Tom Vaughan. EUA: CBS Films, 2010. 105 minutos.
Aorta
Gordura do 
espaço epidural
Gânglio simpático
Raiz ventral
Raiz ventral
Ramos comunicantes 
brancos e cinzentos
Nervo espinhal
Nervo ventral 
(nervo intercostal)
Ramo dorsal
Ramo dorsal
Gânglio espinhal 
sensitivo (raiz dorsal)
Gânglio espinhal 
sensitivo (raiz dorsal)
Ramo ventral (contribui na formação do plexo lombar)
Secção de uma vértebra torácica
Secção de uma vértebra torácica
Nervo espinhal
Raiz dorsal
Raiz dorsal
Filum terminal interno
Coluna lateral da substância 
cinzenta da medula espinhal
Plexo venoso interno (epidural)Ramo medial
Pulmão
Pleura
Ramos meníngeos 
recorrentes do nervo 
espinhal
Pia‑máter
Espaço sub‑aracnoideo
Aracnoide
Aracnoide
Dura‑máter
Dura‑máter
Corpo vertebral
Ramo medial 
dorsal do nervo 
espinhal
Gânglio 
simpático
Ramo 
comunicante 
cinzento
Gordura 
do espaço 
epidural
Raízes dorsais e ventrais 
dos nervos espinhais 
lombares formando a 
cauda equina
Ramo lateral
Ligamento dentado
Figura 159 – Meninges na medula espinhal
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Unidade III
O espaço subaracnoideo é o mais importante do ponto de vista clínico, pois contém uma quantidade 
considerável de líquor e é a área ideal para sua punção com finalidades terapêuticas e de diagnósticos. 
Não há perigo de lesão na medula, uma vez que a introdução de agulha é feita abaixo do espaço 2L, 
local com ausência da medula espinhal. Nessa região também é feita a administração de substâncias de 
contrastes em radiografias (mielografia) e de fármacos, como na anestesia raquidiana.
Figura 160 – Visualização da punção lombar
O líquido cerebrospinal (líquor) é um fluído aquoso, incolor, localizado no espaço subaracnoideo e nas 
cavidades ventriculares com função de proteção mecânica. Seu volume total é de cerca de 100‑150 cm3, 
renovando‑se a cada oito horas. É secretado pelo epitélio ependimário dos plexos corioides, epêndima 
das paredes ventriculares e vasos da leptomeninge. É reabsorvido no sangue principalmente através das 
granulações aracnoideas.
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Figura 161 – Formação, localização e circulação do líquido cerebrospinal
Os ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico, que passa ao terceiro ventrículo 
pelos forames interventriculares e em seguida ao quarto ventrículo através do aqueduto cerebral.
Figura 162 – Ventrículos do sistema nervoso central
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Unidade III
 Lembrete
A meningite é uma infecção das meninges, podendo ser viral ou 
bacteriana. O exame do líquor é o diagnóstico mais adequado para 
determinar qual tipo de meningite é apresentada por um paciente. Desse 
modo, com um diagnóstico correto, o tratamento é mais eficaz. 
8.2 Tronco encefálico
O tronco encefálico se encontra entre a medula e o diencéfalo, anteriormente ao cerebelo. É formado 
por corpos de neurônios que formam núcleos e fibras nervosas. O conjunto de fibras nervosas formam 
os feixes que, agrupados, originam os tractos, fascículos ou lemniscos. Vários núcleos do tronco 
encefálico recebem ou enviam fibras nervosas que formam os 10 dos 12 pares de nervos cranianos. O 
tronco encefálico é dividido em: mesencéfalo, ponte e bulbo.
Figura 163 – Secção sagital mediana do encéfalo mostrando o diencéfalo e tronco encefálico
Interposto entre a ponte e o cérebro, localiza‑se o mesencéfalo. Está separado por um plano que liga 
os corpos mamilares (diencéfalo) à comissura posterior. É atravessado pelo aqueduto cerebral, que 
une o terceiro ao quarto ventrículo. Dorsalmente ao aqueduto encontra‑se o tecto do mesencéfalo; 
ventralmente aparecem os dois pedúnculos cerebrais. Colículos superiores e inferiores são vistos no 
plano dorsal do tecto do mesencéfalo, sendo formados por quatro eminências arredondadas.
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A ponte está situada entre o mesencéfalo e bulbo. Sua porção anterior é separada do bulbo pelo 
sulco bulbo‑pontino, de onde emergem o sexto, sétimo e oitavo pares de nervos cranianos. Sua porção 
dorsal constitui o assoalho do quarto ventrículo.
O bulbo ou medula oblonga continua inferiormente com a medula espinhal, e seu limite 
superior é delimitado pelo sulco bulbo‑pontino. Sua superfície é formada por sulcos que delimitam 
as áreas anterior e posterior. Uma fissura mediana anterior forma o forame cego e as pirâmides 
(eminência alongada). Na porção inferior do bulbo, fibras cruzam obliquamente o plano mediano, 
formando a decussação das pirâmides. A oliva é uma eminência oval na área lateral do bulbo e é 
formada por substância cinzenta. Também são encontrados os núcleos grácil e cuneiforme (formados 
por substância cinzenta) e o pedúnculo cerebelar inferior, que é formado por fibras fletindo‑se 
dorsalmente em direção ao cerebelo.
Figura 164 – Visão ventral do encéfalo humano mostrando as três regiões do tronco encefálico
8.3 Diencéfalo
O prosencéfalo origina o diencéfalo e o telencéfalo, sendo que o cérebro corresponde a essas 
estruturas, representando 80% da cavidade craniana. O diencéfalo se localiza na face mediana e, 
portanto, na região interna e inferior do cérebro. É dividido em: tálamo, hipotálamo, epitálamo e 
subtálamo.
O diencéfalo possui uma cavidade estreita chamada terceiro ventrículo,que se comunica com o 
quarto ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais. O sulco hipotalâmico delimita 
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o tálamo do hipotálamo e no assoalho do terceiro ventrículo estão o quiasma óptico, o infundíbulo, 
o túber cinéreo e os corpos mamilares (pertencentes ao hipotálamo) A parede posterior do terceiro 
ventrículo forma o epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico.
Parte lateral da face 
superior do tálamo
Fornix
Parte medial da face 
superior do tálamo
Cápsula interna
Tálamo
Hipotálamo
Núcleo subtalâmico
Base do 
pedúnculo cerebral
Base da ponteFossa interpeduncular
Subtálamo
Terceiro ventrículo
Estria medular do tálamo
Fissura transversa 
do cérebro
Plexo corroide do 
ventrículo lateral
Parte central do 
ventrículo lateral
Corpo caloso
Fissura longitudinal 
do cérebro
Lobo frontal
Figura 165 – Secção frontal do cérebro passando pelo terceiro ventrículo
De cada lado do diencéfalo, são encontrados os tálamos, duas massas ovoides. A face inferior do 
tálamo continua com o hipotálamo e subtálamo e, na extremidade posterior, apresenta o pulvinar 
projetado sobre os corpos geniculados lateral e medial. Sua porção medial constitui juntamente com 
tecto do terceiro ventrículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro, como o tecto formando o fórnix 
e o corpo caloso do telencéfalo.
O hipotálamo é encontrado abaixo do tálamo e compreende estruturas situadas nas paredes 
laterais do terceiro ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico. Tem funções ligadas ao controle das 
atividades viscerais e também pertence ao hipotálamo: corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinério 
e infundíbulo.
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Figura 166 – Estruturas do tálamo e hipotálamo no diencéfalo: em (a), principais núcleos do tálamo; 
em (b), principais núcleos hipotalâmicos
O epitálamo é encontrado posteriormente ao terceiro ventrículo, acima do sulco hipotalâmico e 
na transição com o mesencéfalo. Nele está presente a glândula pineal, uma glândula endócrina de 
forma piriforme, ímpar e mediana, apoiando‑se sobre o tecto do mesencéfalo. A base da glândula pineal 
prende‑se às comissuras anteriores das habênulas.
O subtálamo está presente na zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo 
e abaixo do tálamo. É de difícil visualização, sendo melhor observado em secção frontal do encéfalo. 
Sua limitação lateral é dada pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo, sendo o núcleo 
subtalâmico seu elemento mais evidente.
8.4 Telencéfalo
O telencéfalo é compreendido pelos hemisférios cerebrais direito e esquerdo e por uma porção 
mediana denominada diencéfalo. A fissura longitudinal separa de forma incompleta os hemisférios 
cerebrais e, no assoalho da fissura, há uma larga faixa de fibras comissurais chamada corpo caloso. 
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades conhecidas como ventrículos laterais direito e esquerdo, e 
cada hemisfério é dividido nos polos frontal, occipital e temporal e nas faces súpero‑lateral e convexa, 
medial e plana, inferior ou na base do cérebro.
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Figura 167 – Corte sagital mediano do encéfalo
A superfície do cérebro apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros cerebrais, 
aumentando a superfície do córtex. É variável o padrão de sulcos e giros do cérebro, mas há a prevalência 
de sulcos importantes, como sulco lateral e sulco central. O sulco central é limitado pelos giros 
pré‑central e pós‑central.
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Figura 168 – Em (a), lobos e fissuras dos hemisférios cerebrais e estruturas do telencéfalo; em (b), vista lateral do encéfalo
Os sulcos cerebrais delimitam os lobos cerebrais que recebem sua denominação de acordo com os 
ossos do crânio. Dessa forma, são encontrados os lobos frontal, da ínsula, parietal e occipital.
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Lobo frontal
Lobo frontal Lobo parietal
Lobo parietal
Lobo occipital
Lobo occipital
Incisura pré‑occipital
Lobo temporal
Sulco central
Sulco central
B
A
Corpo caloso
Lobo temporal
Sulco lateral (ramo posterior)
Sulco parieto‑occipital
Sulco parieto‑occipital
Figura 169 – Lobos do cérebro vistos lateralmente e medialmente
O lobo da ínsula também é encontrado profundamente ao sulco lateral e sem relação com os ossos 
do crânio.
Figura 170 – Lobo da ínsula
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ANATOMIA
São encontrados no telencéfalo os principais sulcos: pré‑central, frontal superior e inferior, temporal 
superior e inferior, pós‑central, pré‑central, intraparietal, calcarino, parieto‑occipital, do corpo caloso, 
do cíngulo, occipito‑temporal, colateral, do hipocampo e olfatório.
Figura 171 – Sulcos e giros cerebrais
São encontrados no telencéfalo os principais giros: frontal superior, frontal inferior, pré‑central, 
temporal superior, temporal médio, temporal inferior, pós‑central, supramarginal e angular (do 
lóbulo parietal inferior), cúneus, pré‑cúneus, occipito‑temporal medial e lateral, para‑hipocampal, 
do cíngulo e reto.
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Unidade III
Figura 172 – Giros cerebrais
Figura 173 – Sulcos e giros cerebrais
As áreas situadas adiante do sulco central relacionam‑se com a motricidade, enquanto as situadas 
atrás desse sulco estão ligadas com a sensibilidade.
8.5 Cerebelo
O cerebelo localiza‑se dorsalmente ao bulbo e a ponte e forma o tecto do terceiro ventrículo. 
Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e liga‑se à medula e ao bulbo por meio do pedúnculo 
cerebelar inferior e à ponte e ao mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior. Tem 
funções relacionadas ao equilíbrio e controle dos movimentos musculares.
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ANATOMIA
Figura 174 – Vista sagital mediana do cerebelo
O cerebelo possui dois hemisférios cerebelares e uma porção intermediária aos hemisférios 
denominada vérmis. A superfície do cerebelo apresenta sulcos, que demarcam lâminas finas chamadas 
folhas do cerebelo. As fissuras do cerebelo delimitam os lóbulos, que podem conter várias folhas. 
Em seu interior, há a presença de substância branca, e na periferia, o revestimento é formado pelo 
córtex cerebelar.
A divisão do cerebelo não tem importância funcional. Para seu melhor entendimento, é sugerido um 
estudo por meio do corte sagital mediano do cerebelo. Os lóbulos recebem denominações diferentes no 
vérmis e nos hemisférios (veja a figura anterior e a seguinte).
Fazem parte dos lóbulos do cerebelo: língula, lóbulo central, cúlmen, declive, folium, túber, pirâmide, 
úvula e nódulo. Constituem as fissuras: pré‑central, pré‑culminar, prima, pós‑clival, horizontal, 
pré‑piramidal, pós‑piramidal, póstero‑lateral.
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Unidade III
Figura 175 – Vista inferior do cerebelo
Fazem parte dos hemisférios do cerebelo: asa do lóbulo posterior, parte anterior do lóbulo 
quadrangular, parte posterior do lóbulo quadrangular, lóbulo semilunar superior, lóbulo semilunar 
inferior, lóbulo biventre, tonsila, flóculo.
Figura 176 – Vista superior do cerebelo
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ANATOMIA
8.6 Conceito e descrição do sistema nervoso periférico: nervos espinais e 
cranianos
O sistema nervoso periférico é aquele que está fora do esqueleto axial e é composto pelos nervos 
espinhais, nervos cranianos,gânglios e receptores nervosos.
Figura 177 – Classificação do sistema nervoso, com destaque ao sistema nervoso periférico
8.6.1 Nervos espinais
Os nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela 
inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados 
os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. 
Estão distribuídos em: oito pares de nervos cervicais; 12 pares de nervos torácicos; cinco pares de nervos 
lombares; cinco pares de nervos sacrais; um par de nervos coccígeos.
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Figura 178 – Distribuição dos nervos espinhais
As fibras nervosas dos nervos se modificam, formando terminações nervosas que podem ser 
sensitivas ou motoras. As terminações nervosas sensitivas quando estimuladas (calor, luz etc.) 
originam impulsos nervosos que são levados ao sistema nervoso central para serem interpretados. Já 
as terminações nervosas motoras são os elementos de ligação entre as fibras nervosas e os órgãos 
efetuadores: músculos ou glândulas. O nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) 
e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da 
medula através de filamentos radiculares.
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Figura 179 – Distribuição dos nervos espinhais
A raiz ventral projeta‑se da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou 
filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximos ao forame intervertebral. A 
raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas. Elas prendem‑se ao longo do 
sulco lateral posterior da medula espinhal e unem‑se para formar dois feixes que penetram no gânglio 
espinhal.
As raízes ventral e dorsal juntam‑se para formar o nervo espinhal, que então emerge através do 
forame inter‑espinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo 
espinhal com forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se encontra. Encontra‑se próximo 
ao forame intervertebral.
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Unidade III
Figura 180 – Vista posterior da estrutura macroscópica da medula espinhal
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ANATOMIA
Na figura anterior: (a) os arcos ósseos vertebrais foram removidos para visualização da medula 
espinhal e de suas raízes nervosas, e a dura‑máter e a aracnoide foram seccionadas e arremetidas 
lateralmente; (b) região cervical da medula espinhal; (c) região torácica da medula espinhal, mostrando 
o ligamento denticulado; (d) região inferior da medula espinhal, mostrando o cone medular, a cauda 
equina e o filamento terminal.
Os receptores sensitivos são encontrados nas terminações nervosas sensitivas do sistema nervoso 
periférico e captam informações da periferia do corpo (via aferente ou sensitiva), que são enviadas 
ao sistema nervoso central. Os receptores especiais fazem parte dos órgãos dos sentidos, estando 
presentes na visão, audição, equilíbrio, gustação e olfação. Os receptores gerais ocorrem em todo o 
corpo, sendo encontrados em maior concentração na pele.
Os receptores motores ou as terminações nervosas motoras terminam nas junções neuroefetoras 
e se assemelham às junções das sinapses nervosas. As terminações nervosas podem ser somáticas, 
quando terminam em um músculo estriado esquelético, ou viscerais, quando entram em contato com 
as glândulas, músculo liso ou músculo cardíaco (fazem parte do sistema nervoso autônomo).
Os ramos dorsais dos nervos espinhais são menores que os ventrais correspondentes e se distribuem 
aos músculos e à pele da região dorsal do tronco, da nuca e da região occipital. Os ramos occipitais 
representam a continuação do tronco do nervo espinhal, distribuindo‑se pela musculatura, pela pele, 
pelos ossos e pelos vasos dos membros, bem como na região ântero‑lateral do pescoço e do tronco.
Muitos dos sistemas de controle homeostático do organismo têm como base fisiológica 
uma sequência de estímulo‑resposta chamada de reflexo. Em muitos reflexos, o indivíduo tem 
consciência do estímulo e/ou da resposta, mas nos que regulam o meio interno, não existe 
qualquer consciência por parte do indivíduo. O arco reflexo é a via usada por um reflexo e pode 
ser monossináptico ou polissináptico.
O arco reflexo é a resposta involuntária rápida que busca a proteção do organismo. É originado 
de um estímulo externo antes mesmo de o cérebro tomar conhecimento do estímulo periférico e é 
comandado pela substância cinzenta da medula espinhal e do bulbo. É constituído por um órgão 
sensitivo (um neurônio aferente), uma (monossináptica) ou mais sinapses (polissináptico) numa estação 
de integração, um neurônio eferente e outro efetor.
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Unidade III
Figura 181 – Ilustração do reflexo de estiramento
Na figura anterior: (a) eventos do reflexo de estiramento pelo qual o estiramento do músculo é 
refreado; (b) reflexo patelar exitando fusos musculares no músculo quadríceps. Impulsos aferentes 
seguem para a medula espinhal, onde fazem sinapses com neurônios motores e interneurônios. Os 
neurônios motores enviam impulsos que ativam o quadríceps, provocando sua contração, o que resulta 
na extensão do joelho e no movimento para frente do pé, impedindo o estiramento inicial.
A atividade no arco reflexo tem início num receptor sensitivo com um potencial receptor e com uma 
amplitude proporcional à intensidade do estímulo. Se o estímulo for suficientemente intenso, gera‑se em 
seguida um potencial de ação no nervo aferente. Os potenciais de ação dos nervos aferentes originam‑se 
no sistema nervoso central potenciais sinápticos inibitórios ou excitatórios. No nervo eferente, são gerados 
novamente potenciais de ação que quando atingem o efetor, originam uma resposta.
8.6.2 Nervos cranianos
Os nervos cranianos fazem conexão com o encéfalo, e a maioria deles tem relação com o tronco 
encefálico (exceto os nervos olfatório e óptico). São 12 pares de nervos cranianos numerados 
pela sequência crânio‑caudal. Os nervos I e II são os nervos olfatório e óptico, respectivamente. 
Os nervos III, IV e VI inervam o músculo do olho. O nervo trigêmeo, o V par, dá origem aos 
ramos oftálmico, maxilar e mandibular. O par VII é o nervo facial, compreendendo também o 
nervo intermédio. O nervo vestíbulo‑coclear é o VIII par de nervo craniano, representando a parte 
coclear (audição) e vestibular (equilíbrio). O nervo glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso 
formam, respectivamente, o IX, X, XI e XII par de nervos cranianos (figura a seguir).
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ANATOMIA
A extremidade cefálica dos animais desenvolveu‑se durante a evolução dos órgãos dos sentidos 
mais complexos, como visão, audição, gustação e olfação. Os receptores encontrados nesses 
órgãos são especiais e em todo o corpo são ditos gerais. Esses são os componentes aferentes dos 
nervos cranianos. Os componentes eferentes inervam pelas fibras eferentes viscerais especiais 
os músculos viscerais (músculos lisos, cardíaco e das glândulas). As fibras eferentes viscerais 
gerais pertencem à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e terminam em 
gânglios viscerais que, por sua vez, levam os impulsos nervosos a diversas estruturas viscerais. A 
figura a seguir mostra no plano ínfero‑superior da base do encéfalo a projeção dos 12 pares de 
nervos cranianos.
Figura 182 – Localização e função dos nervos cranianos. Em uma visão ventral, o encéfalo humano
8.7 Sistema nervoso autônomo (SNA): conceitos, divisões,considerações 
anatômicas e fisiológicas
A divisão funcional do sistema nervoso separa‑o em somático e visceral. O sistema nervoso somático 
é o da vida e relaciona o organismo com o meio. O sistema nervoso visceral é o da vida vegetativa e 
relaciona‑se com a inervação das estruturas viscerais, sendo importante na manutenção da homeostase. 
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Assim como no sistema nervoso somático, o sistema nervoso visceral apresenta uma divisão aferente 
ou sensorial e outra eferente ou motora.
Figura 183 – Divisão funcional do sistema nervoso, com destaque para a porção motora do sistema nervoso autônomo
Denomina‑se sistema nervoso autônomo apenas o componente eferente do sistema nervoso visceral. 
Por sua vez, sistema nervoso autônomo divide‑se em simpático e parassimpático.
As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos nervosos originados em receptores das 
vísceras chamados visceroceptores. Os impulsos nervosos aferentes viscerais passam por 
gânglios sensitivos em direção ao sistema nervoso central. Já nos impulsos que percorrem os 
nervos espinhais, passam por gânglios espinhais, não havendo gânglios diferentes para fibras 
espinhais e somáticas.
Os impulsos nervosos que seguem pelo sistema nervoso autônomo terminam em músculo 
cardíaco, músculo liso e glândulas, sendo, portanto, involuntários. Os neurônios do sistema 
nervoso autônomo podem ter corpos localizados fora do sistema nervoso central dentro de 
gânglios chamados neurônios pós‑ganglionares. Já os neurônios que têm seus corpos dentro do 
sistema nervoso central são denominados neurônios pré‑ganglionares. Outra diferença entre 
o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático é o local de sua comunicação com o 
sistema nervoso central.
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Figura 184 – Subdivisões do sistema nervoso autônomo
No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pré‑ganglionares localizam‑se no tronco encefálico 
e na medula sacral (S2, S3, S4), sendo, portanto, craniossacrais.
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Figura 185 – Divisão parassimpática craniossacral do sistema nervoso. As linhas inteiras indicam fibras pré‑ganglionares. As linhas 
tracejadas representam fibras pós‑ganglionares
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ANATOMIA
Já no sistema nervoso simpático, os neurônios pré‑ganglionares localizam‑se na medula torácica e 
lombar (entre T1 e L2), sendo, portanto, tóraco‑lombares.
Figura 186 – Divisão simpática da região tóraco‑lombar do sistema nervoso autônomo
Na figura anterior, as linhas inteiras indicam fibras pré‑ganglionares e as linhas tracejadas 
representam fibras pós‑ganglionares. A inervação simpática para estruturas periféricas é mostrada 
apenas na região cervical, porém ocorre em todas as outras áreas.
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O tronco simpático é formado por uma cadeia de gânglios simpáticos unidos através de gânglios 
interganglionares. No sistema nervoso autônomo simpático, o corpo do neurônio pré‑ganglionar, 
localizado na coluna vertebral da medula (entre T1 a L2), emite fibras pré‑ganglionares pelas raízes 
ventrais do nervo espinhal. Essas fibras pré‑ganglionares se dirigem ao nervo espinhal correspondente 
passando pelo tronco simpático. Essas fibras terminam fazendo sinapse com neurônios pós‑ganglionares 
que estão longe das vísceras e próximo da coluna vertebral. Esses neurônios podem ser encontrados em 
três posições: em dois gânglios paravertebrais ou em um gânglio pré‑vertebral do tronco simpático. 
Desses gânglios que saem as fibras pós‑ganglionares com destino às glândulas, músculo liso ou cardíaco.
A inervação visceral possui o papel de manter a homeostase ideal para o meio interno. Em resposta à 
emoção e ao meio externo, a atividade dos músculos lisos e das glândulas e o músculo cardíaco regulam os 
reflexos viscerais. Os sinais aferentes chegam ao sistema nervoso central através de neurônios sensitivos 
primários e esses impulsos desencadeiam respostas reflexas nas vísceras e sensações de plenitude de 
órgãos cavitários, como estômago, intestino grosso e bexiga urinária.
A sensibilidade visceral difere da somática por ser mais difusa e sem localização precisa. Sentimos a dor 
da ponta dos dedos, mas não somos capazes de identificar uma dor local no colo descendente do intestino 
grosso. Os estímulos que determinam dor na via somática e visceral são diferentes. Um corte na pele causa 
dor; em uma víscera, não. Frequentemente, nota‑se que certos processos inflamatórios das vísceras e órgãos 
internos acarretam em manifestações dolorosas nos territórios cutâneos. Processos irritativos no diafragma 
podem causar hipersensibilidade na pele e ombro, assim como apendicite pode causar hipersensibilidade 
cutânea na parede abdominal da fossa ilíaca direita. Esse fenômeno é denominado dor referida.
Figura 187 – Dor referida de órgãos viscerais
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O sistema nervoso autônomo está relacionado ao controle e à comunicação interna do organismo 
e do estado vegetativo, controle de vasos sanguíneos, vísceras, glândulas e respiração, regulação de 
temperatura e digestão. O hipotálamo é um importante órgão que regula essas atividades autonômicas 
do sistema nervoso central
As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam‑se direta ou indiretamente com 
as fibras que penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo.
Cada filamento radicular da raiz dorsal divide‑se em dois grupos de fibras: um grupo lateral e outro 
medial. As fibras do grupo lateral dirigem‑se ao ápice da coluna posterior, enquanto as fibras do grupo 
medial projetam‑se à face medial da coluna posterior. Antes de penetrar na coluna posterior, cada 
uma destas fibras se bifurca, formando um ramo descendente e outro ascendente, além de um grande 
número de ramos colaterais mais finos (figura 188).
Figura 188 – Vias de tractos ascendentes da medula espinhal
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Na figura anterior, em (a), à direita, vemos vias específicas para tato discriminativo e a propriocepção 
consciente, conduzidas pelos fascículos grácil e cuneiforme, que continuam no lemnisco medial; à esquerda, 
vemos o trato espinocerebelar posterior (que segue apenas para o cerebelo); em (b), vemos as vias não 
específicas para a nocicepção, a termocepção e o trato grosseiro, conduzidos pelo trato espino‑talâmico lateral, 
que compõe o sistema ântero‑lateral. Todo o trajeto da via é mostrado para cada caso.
As vias descendentes são formadas por fibras que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas 
do tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com os neurônios da medula. Algumas terminam nos 
neurônios pré‑ganglionares do sistema nervoso autônomo, constituindo as vias descendentes viscerais. 
Outras terminam fazendo sinapse com neurônios da coluna posterior e participam dos mecanismos 
que regulam a entrada dos impulsos sensoriais no sistema nervoso central. Uma importante porção da 
via termina direta ou indiretamente nos neurônios motores somáticos, constituindo as vias motoras 
descendentes somáticas, que se divide em dois grupos: vias piramidais e vias extrapiramidais. As vias 
piramidais passam pelas pirâmides bulbares, ao passo que as extrapiramidais não passam pelas pirâmides.
Figura 189 – Vias de tractos descendentes para a medula espinhal
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ANATOMIA
Na figura anterior, em (a), vemos as vias diretas, ou seja, os tratos piramidais(tratos corticospinais 
lateral e anterior) que carregam impulsos para o controle dos músculos esqueléticos; em (b), vemos o 
trato rubro‑espinal, um dos tratos indiretos ou extrapiramidais, que auxilia na regulação do tônus em 
músculos localizados no lado oposto do corpo.
 Saiba mais
Os artigos a seguir podem propiciar uma inter‑relação com os conteúdos 
da unidade:
CARDOSO, A. S. et al. O processo de envelhecimento do sistema nervoso e 
possíveis influências da atividade física. Publicatio UEPG: Ciências Biológicas 
e da Saúde, Ponta Grossa, v. 3/4, n. 13, p. 29‑44, set./dez. 2007. <http://
www.revistas2.uepg.br/index.php/biologica/article/viewFile/457/458>. 
Acesso em: 24 jun. 2016.
SARTORI, J. et al. Reabilitação física na lesão traumática da medula espinhal: 
relato de caso. Neurociências, Rio de Janeiro, v. 4, n. 17, p. 364‑70, 2009. 
Disponível em: <http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%20
17%2004/224%20relato%20de%20caso.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2016.
8.8 Terminologia, localização e reconhecimento na prática
A Anatomia tem sua linguagem própria. Nomenclatura anatômica é o conjunto de termos 
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes. As mesmas estruturas do corpo 
humano recebiam denominações diferentes no século passado, sobretudo na Itália, França, Inglaterra 
e Alemanha. A partir dessa situação, mais de 20.000 termos anatômicos chegaram a ser consignados. 
Hoje são poucos mais de 5.000 termos e, em 1895, houve a primeira tentativa de uniformizar e criar 
uma nomenclatura anatômica internacional. Nos dias atuais, a língua oficialmente adotada é o latim, 
porém, cada país pode traduzi‑la para seu próprio vernáculo.
 Resumo
O sistema nervoso (SN) nos permite perceber e interagir com o ambiente 
externo que nos rodeia, sendo a sede de todas as funções cognitivas. O 
sistema nervoso é dividido anatomicamente em sistema nervoso periférico 
(SNP) e central (SNC) e seus componentes celulares podem ser divididos em 
neurônios e células gliais.
Os neurônios são células excitáveis organizadas em redes e são as 
vias que processam toda a informação consciente e inconsciente. Essa 
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Unidade III
comunicação no sistema nervoso se dá por sinais elétricos mediados por 
íons que permitem as sinapses entre os neurônios.
A divisão funcional do sistema nervoso se baseia nos sistema nervoso 
somático, que tem por função reagir a estímulos provenientes do 
ambiente externo (aferente). Ele é constituído por fibras motoras que 
conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos 
(eferente). O sistema nervoso autônomo (SNA) é, por sua vez, subdividido 
em parassimpático, simpático e entérico e funciona independentemente 
de nossa vontade. Tem por função regular o ambiente interno do corpo 
captando estímulos das vísceras para o sistema nervoso central (aferente), 
controlando a atividade dos sistemas digestório, cardiovascular, excretor 
e endócrino. Ele contém fibras nervosas que conduzem impulsos do 
sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura 
do coração (eferente). No SNC, encontram‑se os giros e sulcos cerebrais 
do telencéfalo. Na base do encéfalo, o tronco encefálico faz comunicação 
com a medula espinhal e grande parte dos nervos cranianos também é 
encontrada nessa região.
O encéfalo é formado em sua periferia por uma substância cinzenta 
e seu interior é formado por uma substância branca, estando essas 
substâncias invertidas topograficamente na medula espinhal. As meninges 
estão protegendo todo o SNC, além de também auxiliarem na produção do 
líquido cérebro‑espinhal (líquor). Da medula espinhal partem 31 pares de 
nervos espinhais que inervarão diversas partes do corpo.
O sistema nervoso está espalhado por todo o organismo e interage com 
diferentes tecidos. É um órgão complexo, especializado e vital que rege as 
funções dos sistemas que formam o corpo do ser humano.
 Exercícios
Questão 1 (Fuvest 1999). A figura representa um arco‑reflexo: o calor da chama de uma vela 
provoca a retração do braço e o afastamento da mão da fonte de calor. Imagine duas situações: em A, 
seria seccionada a raiz dorsal do nervo e, em B, a raiz ventral.
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ANATOMIA
Figura 190
Considere as seguintes possibilidades relacionadas à transmissão dos impulsos nervosos neste 
arco‑reflexo:
I – A pessoa sente a queimadura, mas não afasta a mão da fonte de calor.
II – A pessoa não sente a queimadura e não afasta a mão da fonte de calor.
III – A pessoa não sente a queimadura, mas afasta a mão da fonte de calor.
Indique quais dessas possibilidades aconteceriam na situação A e na situação B, respectivamente:
A) I / II.
B) I / III.
C) II / I.
D) II / III.
E) III / II.
Resposta correta: alternativa C.
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Unidade III
Justificativa: o nervo espinal liga‑se à medula por duas raízes: a dorsal (sensorial) e a ventral 
(motora). No primeiro caso – secção da raiz dorsal (corte A) –, o indivíduo não sente a dor e o 
arco‑reflexo não é completado; assim, ele não afasta a mão da chama. No segundo caso – secção da 
raiz ventral (corte B) –, a pessoa sente a queimadura, mas não afasta a mão da fonte de calor, pois o 
impulso não chega ao músculo por causa da interrupção do nervo motor.
Questão 2 (UFSC 2007, adaptada). Em relação à condução do impulso nervoso e considerando os 
desenhos a seguir, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas.
Figura 191
1 – ( ) As regiões I, II e III do desenho representam, respectivamente, o axônio, o corpo celular 
e o dendrito.
2 – ( ) A região V do desenho é o local onde ocorre a sinapse.
3 – ( ) A região VI do desenho indica que aquela parte da fibra está polarizada.
4 – ( ) A propagação do impulso nervoso em um neurônio ocorre sempre no sentido III, II, I.
5 – ( ) A região IV do desenho representa um nódulo de Ranvier. Tais nódulos são vistos somente 
nos neurônios mielinizados e são responsáveis pelo aumento da velocidade do impulso neles. Como a 
inversão da polaridade na fibra ocorre somente nesses nódulos, o impulso se propagará “saltando” de 
nódulo em nódulo e aumentando sua velocidade na fibra.
Assinale a alternativa correta quanto às afirmativas anteriores.
A) 1‑F; 2‑V; 3‑V; 4‑F; 5‑V.
B) 1‑V; 2‑V; 3‑V; 4‑F; 5‑F.
C) 1‑F; 2‑F; 3‑V; 4‑F; 5‑V.
D) 1‑F; 2‑V; 3‑V; 4‑V; 5‑V.
E) 1‑V; 2‑F; 3‑F; 4‑F; 5‑F.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
REMBRANDT. A lição de anatomia do Dr. Deyman. 1656. 1 original de arte, 1 óleo sobre tela, 100 cm x 
134 cm.
Figura 2
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 4. ed. São 
Paulo: Artmed, 2001. p. 10.
Figura 17
A) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 40.
Figura 17
B) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 42.
Figura 18
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 6.
Figura 19
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 11.
Figura 20
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 7.
Figura 21
A) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 33.
Figura 21
B) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 50.
Figura 22
A) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 165.
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Figura 22
B) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Riode Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 264.
Figura 23
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 38.
Figura 24
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 184.
Figura 25
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 386.
Figura 26
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 276.
Figura 27
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 154.
Figura 28
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 179.
Figura 29
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 286.
Figura 30
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 64.
Figura 31
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 62.
Figura 32
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 41.
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Figura 33
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 277.
Figura 34
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 277.
Figura 35
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 277.
Figura 36
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 4.
Figura 37
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 6.
Figura 38
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 12.
Figura 39
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 33.
Figura 40
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 2.
Figura 41
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 2.
Figura 42
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 34.
Figura 43
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 35.
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Figura 44
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 42.
Figura 45
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 45.
Figura 46
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 88.
Figura 47
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 88.
Figura 48
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 89.
Figura 49
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 90.
Figura 50
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 92.
Figura 51
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 93.
Figura 52
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 96.
Figura 53
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 98.
Figura 54
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 190.
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Figura 55
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 193.
Figura 56
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 194.
Figura 57
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 195.
Figura 58
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 196.
Figura 59
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 198.
Figura 60
WOLF‑HEIDEGGER. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 200.
Figura 61
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 8.
Figura 62
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 9.
Figura 63
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 9.
Figura 64
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 9.
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Figura 65
A) PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 18.
Figura 65
B) PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 18.
Figura 66
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 19.
Figura 67
ROHEN, J. W.; YOKOCHI, C.; LUTJEN‑DRECOLL, E. Anatomia humana: atlas fotográfico de anatomia 
sistêmica e regional. 5. ed. São Paulo: Manole, 1993. p. 33.
Figura 68
ROHEN, J. W.; YOKOCHI, C.; LUTJEN‑DRECOLL, E. Anatomia humana: atlas fotográfico de anatomia 
sistêmica e regional. 5. ed. São Paulo: Manole, 1993. p. 33.
Figura 69
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 23.
Figura 70
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 24.
Figura 71
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 23.
Figura 72
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 23.
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Figura 73
A) PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 22.
Figura 73
B) PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 23.
Figura 74
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 9.
Figura 75
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 24.
Figura 76
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 28.
Figura 77
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 23.
Figura 78
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
Figura 79
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
Figura 80
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
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Figura 81
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
Figura 82
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
Figura 83
PROSDÓCIMI, F. C; NOGUEIRA, M. I. Anatomia: caderno ilustrado de exercícios. São Paulo: Manole, 
2009. p. 21.
Figura 84
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006. p. 69.
Figura 85
A) SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 182.

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