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Relatório gametogenese

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
PAULA THAYSE RAMOS DA CRUZ
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
GAMETOGÊNESE
2019
Campina Grande
INTRODUÇÃO
Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos e envolve dois tipos de divisões celulares: a mitose e a meiose. A mitose aumenta a população de células-mãe, e a meiose reduz a quantidade do material genético de diploide para haploide, proporcionando ainda a variabilidade genética através da troca de segmentos entre os cromossomos maternos e paternos e da segregação independente desses cromossomos. Esse processo é chamado de Espermatogênese no sexo masculino e Ovogênese no sexo feminino.
ESPERMATOGÊNESE
Espermatogênese é o processo de gametogênese masculina e é onde os espermatozóides são formados. As espermatogônias (fig. 02), que são as células germinativas primordiais (CGP) imaturas, durante a formação do embrião, se situam em duas ou três camadas das superfícies internas dos túbulos seminíferos (fig. 01 e fig. 02) e só iniciam suas divisões mitóticas na puberdade, proliferando-se e diferenciando-se continuamente através de uma sequência de eventos de desenvolvimento para formação de espermatozoides maduros.
A gametogênese masculina ocorre nos testículos, na parede dos túbulos seminíferos (fig. 02), e tem duração de aproximadamente 64 dias. Cada combinação de grupos de células representa um estágio da espermatogênese e a sequência de estágios forma o epitélio germinativo. O desenvolvimento dos gametas começa com as espermatogônias na periferia do túbulo seminífero próximas à membrana basal e avança até o lúmen formando espermatócitos primários, espermatócitos secundários, espermátides e espermatozoides maduros, sucessivamente (fig. 02).
A espermatogênese é subdividida em duas fases:
· Meiose: As CGP dão origem às espermatogônias após o nascimento, que permanecem quiescentes até a puberdade, quando então passam a espermatócitos primários e entram na primeira divisão meiótica. Os espermatócitos primários permanecem na prófase por 22 dias para então ocorrer a separação dos cromossomos homólogos e o término da meiose I. A partir de um espermatócito primário são formados dois espermatócitos secundários. Em seguida, os espermatócitos secundários completam a segunda divisão meiótica e originam quatro espermátides, cada uma com o número haploide de cromossomos (n=23), concluindo a fase da Meiose.
· Citodiferenciação ou espermiogênese: O espermatozoide tem o objetivo de carregar seu genoma até o sítio da fertilização gastando a menor energia possível. Para isso, as espermátides sofrem um processo de diferenciação chamado espermiogênese. Durante a passagem de espermátide para espermatozóide, essas células sofrem uma série de mudanças: condensação nuclear, formação do acrossomo, formação do flagelo e redução do citoplasma.
Para que todo esse processo ocorra, é necessária a participação de dois hormônios da neuro-hipófise:
· LH: Hormônio responsável por estimular as Células de Leydig (fig. 01) a produzirem testosterona.
· FSH: Hormônio que atua diretamente nas Células de Sertoli (que são as únicas células somáticas presentes no epitélio germinativo; fig. 02), induzindo-as a proteger, nutrir e fornecer energia as espermatogônias.
Após a formação do espermatozóide, ele é liberado na luz, onde é conduzido ao epidídimo, permanecendo durante um período de 15 a 20 dias até que atinja a maturação.
Tecido Intersticial e Células de Leydig
Túbulos seminíferos
Figura 01. Corte histológico de túbulos seminíferos. Objetiva 10x. Entre os túbulos, células de Leydig.
Membrana Basal
Lúmen
Espermátide
Célula de Sertoli
Espermatócitos
Espermatogônias
 	
Figura 02. Corte histológico de um túbulo seminífero. Objetiva 40x
OVOGÊNESE
É o processo de gametogênese feminino, responsável pela diferenciação da ovogônia em ovócitos maduros. Assim como os gametas masculinos, os gametas femininos também são derivados das células germinativas primordiais (CGP). Essas células surgem a partir do epiblasto durante a segunda semana de desenvolvimento e se movem para o saco vitelino. Entre a quarta e a quinta semana, essas células migram em direção às gônadas em desenvolvimento. Este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa.
Esse processo se divide em dois períodos: antes e depois do nascimento.
1. Período pré-natal:
Assim que as células germinativas primordiais chegam ao ovário em formação, elas se diferenciam em ovogônias. Quando o período de proliferação termina, por volta da décima segunda semana de desenvolvimento, o gameta feminino entra em meiose I e estaciona no estágio de prófase (diplóteno). O ovócito primário (fig. 03) permanece neste estágio até que a maturidade sexual seja atingida.
Uma camada de células epiteliais pavimentosas envolve cada ovócito primário (fig. 03). Essa camada de células associada ao ovócito primário (fig. 03) constitui o folículo primordial (fig. 03). São as células foliculares que produzem o fator inibidor de maturação do ovócito (IMO), um peptídeo responsável pela manutenção do estado de quiescência dos ovócitos primários. O número de folículos primordiais chega a 7 milhões no 5° mês de desenvolvimento pré-natal, porém a maioria degenera e ao nascimento restam cerca de 700.000. Na puberdade este número é reduzido a cerca de 400.000 e destes apenas 500, aproximadamente, serão ovulados. Os folículos primordiais (fig. 03) são os únicos presentes no nascimento.
2. Período pós-natal:	
Após a puberdade, ciclos mensais de secreção de hormônios controlam um ciclo de maturação de um único ovócito e seu folículo. A cada ciclo, de forma independente da secreção de gonadotrofinas, um grupo de folículos primordiais (fig. 03) começam a crescer e as células foliculares tornam-se cuboides, sendo chamados agora de folículos primários unilaminares(fig. 03). Sob estímulo hormonal, cerca de 15 a 20 folículos primários são estimulados a continuar a maturação. O epitélio destes folículos prolifera para formar um epitélio estratificado de células foliculares, formando os folículos primários multilaminares (fig. 03). As células deste epitélio estratificado e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas na superfície do ovócito, que formam a zona pelúcida (fig. 03).
Alguns destes folículos multilaminares (fig. 03) degeneram, outros continuam a crescer e formam-se pequenas cavidades cheias de líquido entre as células foliculares, formando então o folículo secundário. Somente um folículo se torna dominante e os restantes degeneram por atresia. A coalescência das cavidades, formam o antro (fig. 04). Portanto, este folículo dominante, que atingiu a maturidade completa, é o folículo antral ou folículo maduro de Graaf (fig. 04). Quando atinge a maturidade, este folículo chega a até 25 mm de diâmetro ou mais. Em torno dele, o tecido conjuntivo se organiza e se diferencia nas tecas foliculares (fig. 04): teca interna e teca externa. A teca interna é composta por células que secretam esteroides e é rica em vasos sanguíneos. Em cooperação, as células da teca interna e as células foliculares da camada granulosa produzem estrógenos. A teca externa contrai o folículo na ovulação, para que o ovócito seja liberado.
Vários folículos começaram a se desenvolver, mas somente um chega à maturidade completa. Quando este está maduro, um pulso de hormônio luteinizante estimula o ovócito primário do folículo maduro de Graaf (fig. 04) a terminar a meiose I, resultando na formação de um ovócito secundário (que recebe a maior parte do citoplasma) e o primeiro corpúsculo polar. O ovócito secundário logo inicia a meiose II, mas fica parado no estágio de metáfase durante aproximadamente três horas antes da ovocitação. A meiose II só irá se completar caso aconteça a fecundação e, então, serão formados o óvulo e o segundo corpúsculo polar. Caso não ocorra a fecundação, o ovócito secundário sedegenera em aproximadamente 24 horas após a ovulação.
Zona Pelúcida
Folículos Primordiais
Folículo Primário Unilaminar
Folículo Primário Multilaminar
Ovócito Primário
Figura 03. Corte histológico de ovário. Objetiva 10x.
Tecas Foliculares
Camada Granulosa
Antro
Corona Radiata
Folículo Maduro de Graaf
Ovócito Primário
Figura 04. Corte histológico de ovário. Objetiva 40x.
REFERÊNCIA
Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 10a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2016.