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Histologia do Pâncreas, fígado e glândulas salivares

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GLÂNDULAS DO SISTEMA DIGESTIVO
Glândulas Salivares
Laura dos Santos de Souza - 104A
- Órgãos anexos do sistema digestório;
- Têm a saliva como produto de secreção;
- Maiores: são maiores em tamanho e em quantidade percentual de produção de saliva. Constituem esse grupo 3 pares de glândulas, são elas:
a) Glândula Parótida;
b) Glândula Sublingual;
c) Glândula Submandibular.
- Menores: estão distribuídas por toda a cavidade oral e recebem o nome de acordo com o local onde se encontram. São elas:
a) Labial
b) Vestibular
c) Glossopalatina
d) Palatina
e) Lingual
· Organização Histológica
As glândulas são constituídas por Ácinos Glandulares Secretores;
- Glândulas salivares maiores: Cápsula de TCD Septos Lobos Lóbulos;
· Tecido Conjuntivo Denso reveste as glândulas, seus prolongamentos formam os septos;
· Dos septos surgem os lobos e lóbulos.
- Glândulas salivares menores: não têm cápsula!
- Parênquima:
· Secretora (Ácinos): pode ser muco, seroso e misto.
· Ductal (Túbulos): devido a função exócrina.
- Salivon = Ácino + Ducto Intercalar + Ducto Excretor.
· Componente funcional das glândulas salivares maiores.
- Nas glândulas salivares maiores identificamos uma variação do epitélio das células que constituem os diferentes tipos de ductos.
· Conforme os ductos vão se formando e se aproximando da cavidade oral – onde ocorrerá a liberação da secreção – esses ductos se tornam maiores.
· Na lâmina a maior diferença que conseguimos enxergar é na porção secretora – ácino.
· Parótida é a única com um só tipo de ácino, pois é toda serosa.
· Nas outras glândulas maiores existe uma razão entre os dois tipos de ácinos (mucoso ou seroso) que vai variando.
a) Submandibular: mista, porém há uma proporção muito maior de ácino seroso.
b) Sublingual: mista, porém há uma proporção muito maior de ácino mucoso.
· Relembrando Ácinos
- Seroso:
· Secreta substância mais fluida rica em proteína
· Células com formato piramidal (base mais alargada e ápice mais estreito)
· Núcleos mais redondos localizados no meio da célula
· Grânulos de secreção na região apical
· Citoplasma mais corado
- Mucoso:
· Núcleos achatados localizados na base da célula
· Secreta substância mais densa
· Citoplasma pouco corado
- Mista:
· Encontramos os dois tipos anteriores
· Na imagem histológica temos a presença de uma meia lua serosa
· Células mioepiteliais
- Encontradas nas glândulas salivares maiores;
- São células epiteliais que realizam uma função de contração e ajudam na mobilização dos produtos secretores em direção ao ducto excretor.
- Ficam coladas na base das células acinares entre os ácinos.
· Ductos Salivares
- Preciso deles para que a secreção produzida pelas glândulas salivares seja conduzida e liberada na cavidade oral.
- Ducto intercalar: epitélio cúbico simples e conforme vai se afastando do lúmen ele vai começando a modificar esse epitélio. O primeiro a se formar bem no lúmen da porção secretora
- Ducto estriado: quando esse epitélio deixa de ser cúbico e vira cilíndrico simples temos esse tipo de ducto. Recebem essa nomenclatura devido as invaginações presentes na base de suas células.
· Nas sublinguais podemos não encontrar esse segmento.
- Ducto excretor: epitélio estratificado pavimentoso. Podemos chamá-lo de ducto final pois já se abre na cavidade oral.
- Ao modificar o epitélio o tamanho dos ductos vai aumentando conforme se aproximam da cavidade oral.
· Glândulas Salivares Maiores
· Glândula Parótida
- É a maior dos 3 pares;
- Estão localizadas entre o ramo da mandíbula e o ouvido externo;
- Presença apenas de ácino seroso constituindo o seu parênquima;
- Presença de adipócitos entremeando os ácinos.
· Glândula Submandibular
- Está localizada no trígono submandibular;
- Apresenta, predominantemente, ácinos serosos, mas encontramos também ácinos mistos;
· Devido a esse fato é uma glândula mista.
· Glândula Sublingual
- É a menor dos 3 pares;
- Estão na parte inferior da língua;
- Apresenta, predominantemente, ácinos mucosos, mas encontramos também ácinos mistos;
· Devido a esse fato também é uma glândula mista.
· Glândulas Salivares Menores
- Estão dispersas ao longo de toda a cavidade oral;
- Não são encapsuladas e produzem apenas 10% de total de secreção salivar;
- São elas:
1. Gls. Salivares Labiais;
2. Gls. Salivares Palatinas;
3. Gls. Salivares Bucais;
4. Gls. Salivares Linguais.
· Saliva
- Umidificar e lubrificar a mucosa e os alimentos;
- Digestão de carboidratos – amilase;
- Antibacteriana – IgA, Lisozima;
- Manter o pH da cavidade oral;
- Proteção dos dentes – película protetora.
- A modificação da saliva é realizada pelos ductos.
-Os ductos além de transportar, tem função de modificar a concentração de íons na saliva.
· Tumores nas glândulas salivares
- Acometem mais as glândulas salivares maiores;
- 80% são benignos;
- Maioria na glândula parótida;
- Adenoma pleomórfico: tecido epitelial contendo células ductais e mioepiteliais intercaladas com áreas semelhantes à substância fundamental dos tecidos conjuntivos;
- Tumefação (inchaço) indolor da glândula acometida, dormência ou fraqueza do músculo inervado;
- Remoção cirúrgica do tumor
· Na parótida: partidectomia total (cirurgia de remoção) – pode haver disfunção do nervo facial.
Pâncreas
- Órgão fundamental para o processo de digestão;
- Tanto a pancreatite aguda quanto a diabete Mellitus tipo II afetam o mesmo órgão, no entanto, o primeiro caso afeta a parte exócrina do pâncreas e no segundo caso, a parte endócrina;
- É um órgão retroperitoneal com exceção da cauda;
- É uma glândula mista pois tem secreções endócrinas e exócrina, logo células diferentes constituem essa glândula;
- Porção Exócrina: glândulas acinosas composta, ácinos e sistemas de ductos, enzimas digestivas e bicarbonatos.
· É a maior parte;
· Porção responsável pela liberação de secreção para o meio externo (duodeno) para que possamos ter o processo de digestão.
· Pancreatite aguda atinge aqui.
- Porção Endócrina: ilhotas de Langherans, insulina e glucagon.
· O que é produzido será conduzido, através dos vasos sanguíneos, para atuar em locais distintos;
· É produzida e constituída pelas ilhotas pancreáticas;
· Nessas ilhotas estarão ocorrendo a produção de alguns hormônios;
· Diabetes Mellitus tipo II nos mostra alguma anormalidade no funcionamento dessas ilhotas.
- Grande parte desse órgão, como visto na imagem, é constituída por ácinos.
· Pâncreas exócrino
- Constituído totalmente pelos ácinos serosos;
- Se diferencia da glândula parótida pela presença de células centroacinosas (núcleo cilíndrico) no interior do lúmen dos túbulos intercalares (como se fosse um balão com um cabinho sustentando).
- Ilhotas tem função importante na produção de hormônios na parte endócrina, mas aqui nessa parte teremos um número proporcionalmente menor das mesmas.
- Também apresenta a cápsula de TC que emite prolongamentos formando septos.
- É a responsável pela secreção de suco pancreático.
- Importantíssima para a digestão;
- As enzimas pancreáticas (ex: endopeptidases), amiolíticas, nucleolíticas, e lipases são produzidas como pró-enzimas e ficam reservadas nos grânulos de secreção.
- A colecistocinina atua na parte acinosa estimulando as células acinosas dessa região;
- A secretina atua nos ductos levando a secreção de alguns componentes para a formação do suco pancreático;
- Não só os hormônios são responsáveis por isso, o SNParassimpático contribui para esse estímulo pancreático também.
· Pâncreas Endócrino
- Presença de células endócrinas – células produtoras de hormônio;
- Não teremos ductos conduzindo, mas sim, vasos sanguíneos importantes para que esses hormônios sejam conduzidos pela circulação.
- Ilhotas pancreáticas: são as células que secretam hormônio. São as estruturas mais clarinhas no centro dos ácinos apontadas pelas setas. Associadas em forma de cordões (cordonais).
· São cordonais com capilares do tipo fenestrados;
· Uma fina rede de fibras reticulares circunda essa região;
· Essa característica ajuda muito na identificação do órgão;
· São encontradas nessa região células,principalmente dos tipos e responsáveis pela secreção de glucagon e insulina, respectivamente.
 
· Produção de Insulina e Doença de Alzheimer
- Diabetes Tipo II: resultado de alguma disfunção das células .
- Alzheimer: estudos já sugerem a diabete tipo III.
· Estudos mostram que essa doença pode estar relacionada com a insulina;
· Exposição crônica a substâncias tóxicas e a dietas desbalanceadas.
- Produção de lipídeos tóxicos levando a resistência insulínica do tecido nervoso e dano do mesmo;
- Obesidade (citocinas produzidas que vão gerar o dano hepático).
Açúcar alto no sangue →Insulina pelo pâncreas→formação de glicogênio no fígado e estimula a retirada da glicose no sangue. Açúcar baixo no sangue→glucagon pelo pancreas→quebra do glicogênio e liberação da glicose no sangue→ aumento da glicemia.
Fígado e Vesícula Biliar
- 2º maior órgão do corpo;
- Maior glândula;
- Subdividido em 4 lobos;
- Situa-se no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
- Tem função de Processamento e armazenamento de nutrientes absorvidos pelo tubo digestivo;
- Posição no sistema circulatório é ideal para captar, transformar e acumular metabólitos e para neutralização e eliminação das substâncias tóxicas.
· Características macroscópicas do fígado
AMEC
→ Face diafragmática
→ Face visceral 
 
· Cápsula de Glisson e Porta Hepática
- Recoberto pelo peritônio (exceto na área nua);
- Cápsula: TCD modelado (reveste o órgão); 
- Fracamente presa, exceto na porta hepática (em verde) onde ela penetra formando um conduto.
· Fisiologia Hepática
- O fígado recebe material do baço, do pâncreas e de todas as partes do intestino (através da veia mesentérica superior).
· Função endócrina
- Produz o Fator de crescimento semelhante à insulina ou IGF;
- Eritropoetina (EPO);
- Fabrica quase 90% de todas as proteínas circulantes do sangue;
· Albuminia;
· Angiotensinogênio;
· Fatores de coagulação;
· Proteínas carreadoras de ferro;
· Proteínas do sistema complemento;
· Proteínas que participam do transporte plasmático de colesterol e de triglicerídios.
· Função exócrina: Bile (produz e libera).
· Vascularização Hepática
- Interface entre o sistema digestivo e o sangue.
- Vascularização Histologia.
- O fígado recebe suprimento sanguíneo de duas fontes:
1. Veia porta – relacionada com a função do órgão (funcional) pois está veia é a junção de todas as veias que trazem nutrientes (pâncreas, intestinos e baço). Corresponde a aproximadamente 70% da irrigação do fígado.
2. Artéria hepática – relacionada com a nutrição do órgão propriamente dita (nutritiva) pois a mesma traz sangue arterial/oxigenado.
3. Veia Hepática – relacionada com a drenagem de todo o material que chega ao fígado. Desemboca na veia cava inferior.
 
· Sistema porta-hepático
- Os capilares sinusoides formados a partir da veia porta vão misturar o seu sangue com o sangue dos capilares sinusoides que vieram das arteríolas, logo, ocorre uma mistura dentro do fígado de sangue venoso com sangue arterial.
-Parênquima: é a parte funcional do órgão.
· O material sanguíneo que chega para o hepatócito processar vai se misturar com o sangue que está trazendo oxigênio, glicose etc.
· Lóbulos Hepáticos
- Tecido conjuntivo escasso Células parenquimatosas uniformes (hepatócitos).
- Em formato hexagonal;
- Todas as estruturas do lóbulo hepático são organizadas em relação aos vasos sanguíneos visto acima;
- No meio do lóbulo temos a veia centrolobular;
- Em cada extremidade do lóbulo vemos a “tríade portal” (ramos da art. Hepática, da veia porta e do ducto biliar)
- Hepatócitos dispostos em placas como se fossem cordões;
- Quase toda estrutura do fígado é composta pelos hepatócitos, logo, praticamente toda a estrutura do fígado é composta pelo parênquima – sua parte funcional;
· Hepatócitos
- Células poliédricas cujas superfícies estão em contato com a parede de sinusoides podendo emitir microvilosidades (Espaço perissinusoidal de Disse);
· Aumenta a superfície de contato com o que está passando dentro do vaso sanguíneo.
- Células com abundância de:
· Mitocôndrias;
· Lisossomos e Peroxissomos;
· Reservas de Glicogênio;
· Retículos endoplasmáticos (liso e rugoso);
· Reserva de vitamina A.
· Histologia da Secreção da Bile
- É o hepatócito que faz tudo que a gente conhece que o fígado faz;
- Canalículo se anastomosam e vão aumentando até formarem os ductos biliares;
- Os canalículos são por onde a bile é secretada.
· Outros tipos celulares: 
1. Células de Kupffer
- Aproximadamente 15% do total de células do fígado;
- São macrófagos residentes (células da imunidade inata);
- Na superfície luminal das células endoteliais (estão intimamente associadas a parede dos capilares);
- Estão posicionadas nessa região de forma estratégica para “fiscalizar” o que está vindo do sangue.
2. Células de Ito (Célula Estrelada Hepática)
- São a minoria
- Com grandes inclusões lipídicas ricas em vitamina A;
- Armazenamento e liberação de retinoides;
- Síntese e secreção de proteínas de MEC e proteoglicanos;
- Produção de fatores de crescimento (responsáveis pela regeneração hepática);
- Produção de citocinas;
- Fatores vasorreguladores.
· Histologia Hepática
 
3 conceitos de lóbulos hepáticos
a) Lóbulo Clássico: V. Porta/Art. Hepática Veia Central.
b) Lóbulo Portal: Bile.
c) Ácino Hepático: Sangue arterial para nutrir hepatócitos.
- Hepatócitos que estão na periferia (peritubulares) recebem mais O2 que os que estão mais no centro (centrolobulares).
 Vesícula Biliar
- Parede: 
a) Mucosa com epitélio colunar simples + lâmina própria;
b) Músculo Liso;
c) TC primuscular (ou próprio da vesícula biliar);
d) Serosa.
- É uma mucosa absortiva pois a vesícula tem como função concentrar a bile (tem também microvilosidades).
- Ácidos Graxos na dieta Células enteroendócrinas da parede do intestino delgado são estimuladas Colescistoquinina Contração do músculo da vesícula.
- Possuem pregas que, conforme a vesícula vai se enchendo elas vão desaparecendo.
Casos clínicos
Icterícia: dá o aspecto amarelada a pele, nos olhos
Esquistossomose: as cercarias que entram na pele migram até o fígado, onde ira se desenvolver e se tornar um verme adulto. Há o granuloma, uma hipersensibilidade para conter essa ameaça, assim há formação de fibroses no fígado.

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