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Noções Gerais dos Distúrbios Psiquiátricos e Assistência de Enfermagem DISCIPLINA: Enfermagem em Saúde Mental Conceito É qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica e/ou mental. Tristeza x Depressão ⚫ A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave. Tristeza x Depressão ⚫ Depressão – É caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. A depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade, incita alterações fisiológicas, como baixa no sistema imune e aumento no processo inflamatório. Existem 3 graus da Depressão ⚫ Leve : É a forma mais branda da doença, surgem sintomas como: tristeza, melancolia, falta de apetite ou falta de vontade de fazer algumas atividades diárias , aparecem com frequência e desaparecem rapidamente, não prejudica o rendimento nas atividades. ⚫ Moderado: Nesse estágio ocorre a significativa diminuição das atividades de rotina diária, como queda no rendimento profissional e prejuízos nos relacionamentos. Além disso, o indivíduo fica com sensação de um gasto de energia muito maior que possa suportar fisiologicamente. ⚫ Profunda: A depressão profunda é a fase mais crítica da doença, apresenta características como: falta de energia intensa, tristeza constante, pensamentos de culpa ou ruína, dificuldade para manter o autocuidado, como tomar banho e escovar os dentes, isolamento, prejuízo de vínculos familiares, afetivos e profissionais. Fisiopatologi a e Etiologia: ⚫ As causas exatas dos transtornos depressivos ainda não foram estabelecidas. Acredita-se que esses transtornos resultam de complexas interações envolvendo diversos fatores como uma deficiência de norepinefrina e de serotonina ou alterações na quantidade e na sensibilidade dos locais receptores desses neurotransmissores. Disfunção neuroendócrina como níveis aumentados de cortisol ou hipotireoidismo. Fatores Genéticos ⚫ Em alguns estudos foram constatados uma variação genética em determinada região do gene transportador da serotonina (5-HTT) interage com a percepção de eventos estressantes (possivelmente, através de vias endócrinas) produzindo níveis mais elevados de pensamentos depressivos e suicidas do que nos indivíduos que não apresentam essa variação. Fatores medicamento sos x Fatores Psicossociais ⚫ Muitos medicamentos têm, como efeito adverso, a ocorrência de depressão, incluindo hormônios, medicamentos cardiovasculares, medicamentos psicotrópicos e anti- inflamatórios e medicamentes antiúlcera. ⚫ Associa-se com a perda de um objeto, perda familiares, divórcio ou separação, raiva, agressão, sentimentos negativos sobre si próprio, vergonha, culpa, eventos da vida, estresses ambientais, problemas estes que podem desencadear uma depressão. Assistência de Enfermage m ⚫ Evitar deixar o paciente só; ⚫ Estimular o auto cuidado ; ⚫ Ouvir suas angustias e motivá-lo; ⚫ Instruir o paciente e os membros da família sobre os sintomas de depressão; ⚫ Instruir o paciente e a família sobre o propósito dos medicamentos antidepressivos, efeitos adversos e seu controle e como reconhecer os sinais e sintomas precoces de recidiva. Personalidad e Psicopática ⚫ Conhecida como Psicopata, é um indivíduo clinicamente perverso, embora não apresente sintomas de doença mental típica ou de deficiência intelectual, se comporta socialmente de forma anormal, com muita impulsividade, com ausência de medo, ausência de sentimentos, problemas na interação social com relutância em obedecer regras e comportamentos impostos à sociedade. Assistência de Enfermagem: ⚫ Ouvir o paciente; ⚫ Orientar a família sobre os comportamentos; ⚫ Orientar a família a impor rotinas; NEUROSE ⚫ É uma doença ou transtorno psíquico que pode ser resultado de um distúrbio emocional, caracterizado por dificuldades de adaptação por parte do indivíduo, embora este seja capaz de trabalhar, estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade. Geralmente tem início na infância e acompanha a pessoa por toda a vida. Tipos de Neurose Neurose Obsessiva Compulsiva (TOC) TOC ⚫ É uma condição na qual o indivíduo experimenta pensamentos, idéias ou imagens intrusivas. Por ser um transtorno de ansiedade, está associado a sentimentos de medo, angústia e estresse constantes, tornando-se um problema no o dia a dia da pessoa, afetando negativamente a qualidade de vida dela. ⚫ Os pensamentos que causam sofrimento (obsessões) fazem com que a pessoa realize certos rituais ou ações (compulsões) para reduzir a ansiedade e se sentir melhor. As obsessões incluem o medo de se contaminar, sentimentos de dúvida (por exemplo, será que eu desliguei o gás?), Pensamentos de fazer mal a alguém, pensamentos que vão contra as crenças religiosas da pessoa, entre outros. Algumas compulsões incluem: verificar, contar, lavar, organizar repetidamente as coisas e assim por diante. ⚫ Neurose fóbica ou histeria de angustia : Trata-se de um quadro caracterizado pelo medo de determinados lugares, objetos ou situações, que determinam uma série de condutas de insegurança e evitamento. ⚫ Neurose histérica ou histeria de conversão: O conflito psíquico simboliza-se nos sintomas corporais de modo ocasional, isto é, como crises, Exemplo: crise de choro com teatralidade, ou sintomas que se apresentam de modo duradouro, como a paralisia de um membro, a úlcera etc. ⚫ Neurose traumática: Aparece após um choque emotivo do indivíduo, ligado a uma experiência em que ele correu risco de vida. Segundo Freud, uma predisposição, isto é, o traumatismo desencadeou uma estrutura neurótica preexistente. ⚫ Observação :Todas as formas de manifestação da neurose têm sua origem na vida infantil, mesmo quando se manifestam mais tarde, desencadeadas por vivencias, situações conflitivas etc. ⚫ Etiologia e fisiopatologia :Não há uma causa especifica que possa ser apontado como causa da neurose. O que se tem por estabelecido é que são distúrbios do desenvolvimento da personalidade e que se inicia na infância muito precoce, embora só possam ser detectados mais tarde. Assistência de Enfermage m ⚫ Aceitação pela sua pessoa e ser sincera nas suas interações com ele, mesmo que este apresente demonstrações dissimuladas de agressividade; ⚫ Elogiá-lo sem conotação de julgamento quando ele conseguir desempenhar as suas atividades; selecionar atividades pelas quais ele realmente se interessa; ⚫ Orientar a família a não criticar o comportamento do paciente, não ridicularizá- lo, deve estar ciente que todo o seu comportamento é decorrente da doença . Psicose ⚫ Caracterizada por uma perturbação do indivíduo na relação com a realidade. Na psicose acontece uma ruptura entre o ego e a realidade, ficando o ego sob domínio do id, isto é, dos impulsos. Posteriormente, na evolução da doença, o ego reconstrói a realidade de acordo com os desejos do id. A psicose é categorizada em três grupos principais, com base em suas respectivas causas. Estes são: ⚫ Psicose resultante de uma condição mental ou psicológica; ⚫ Psicose resultante de uma norma sanitária médica geral; ⚫ Psicose resultante do abuso de drogas e álcool Delírios ⚫ Os delírios são crenças falsas, como a ideia de que alguém está seguindo. Alucinaçõ es ⚫ Alucinações são percepções falsas, tais como ouvir, ver ou sentir algo que não existe. ⚫ Ao contrário dos delírios, que são equívocos da realidade sobre algo existente ou um objeto, ou seja, uma distorção de um estímulo externo, as alucinações são totalmente inventadas pela mente e não são produto da distorção de nenhum objeto presente, percebe-se algo sem levar em conta os estímulos externos. Por exemplo, ouvir vozes que saem de um plugue. Esquizofre nia ⚫Caracteriza-se por afastamento da realidade, o indivíduo entra em um processo de centramento em si mesmo, no seu mundo interior, ficando progressivamente, entregue as próprias fantasias. Manifesta incoerência ou desagregação do pensamento, das ações e da afetividade. Tem deterioração intelectual e afetiva. Etiologia e fisiopatolog ia ⚫ Não se conhece todos os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas relacionados a esquizofrenia, mas sabe- se que se trata de uma doença química cerebral decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias neuronais cerebrais. Esquizofre nia: Tipos ⚫ Esquizofrenia Paranoide :Com predominância de alucinações e delírios ⚫ Esquizofrenia heberfrênica ou desorganizada: Com predominante pensamento e discurso desconexo. ⚫ Esquizofrenia catatônica: em que o paciente apresenta mais alterações posturais, com posições bizarras mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a tentativas de mudar a posição do indivíduo. ⚫ Esquizofrenia simples: em que a pessoa, sem ter delírios, alucinações ou outras alterações mais floridas, progressivamente vai perdendo sua afetividade, capacidade de interagir com pessoas, ocorrendo um progressivo prejuízo de seu desempenho social e ocupacional, por vezes levando os indivíduos afetados a uma vida de sem-teto e vagando pelas ruas. Assistência de Enfermage m ⚫ Orientar o paciente a não descontinuar o tratamento; ⚫ Explicar a importância de uma rotina diária com horários estabelecidos para alimentação, descanso; ⚫ Estimular o paciente a participar de grupos já existentes; ⚫ Passar confiança para ele, ajudando-o a desenvolver relacionamentos com outras pessoas. Oligofrenia ⚫ É uma deficiência mental. O termo provém do idioma grego e significa “pouca inteligência.” Esta impede que a pessoa desenvolva um nível intelectual, emocional e racional normal de acordo com os parâmetros cientificamente aceitados para cada categoria de idade. Não é causado por agentes ambientais, por negligência na educação ou alimentação. Etiologia e Fisiopatologi a ⚫ A oligofrenia é uma patologia inerente ou adquirida na primeira infância. Os especialistas associam a doença a distúrbios genéticos, orgânicos e metabólicos. Podem ser divididas em pré-natal (fetal), perinatal (de 28 a 40 semanas de gestação) e pós-natal (pós- parto). Distúrbios pré-natais podem ser causados por infecções da mãe (vírus da rubéola, treponema, toxoplasma, herpes vírus, citomegalovírus, listeria); efeitos teratogênicos sobre o embrião de álcool, certas drogas; intoxicações (fenóis, pesticidas, chumbo) ou níveis elevados de radiação. Assim, a oligoprenia rubeolar é uma consequência do fato de que a mulher grávida na primeira metade da gestação tinha rubéola e o embrião contraído pela mãe através do sangue. Graus da Oligofrenia ⚫ Profundamente - é idiotice. QI <20 ⚫ Pesado - imbecilidade, mental pesado. QI 20-34. ⚫ Moderado - imbecilidade. QI 35-49. ⚫ Fácil - debilidade. QI Assistência de Enfermagem ⚫ Tratar com naturalidade; ⚫ Orientar pacientes e família sobre a importância da continuidade do tratamento; ⚫ Manter restrições de movimentos adequada na fase aguda; ⚫ Manter o paciente sempre higienizado; Toxicomani a ⚫ Deriva de duas palavras gregas: toxikon (veneno) e mania (loucura). É conhecida como mania ou um distúrbio onde o indivíduo sente uma vontade avassaladora para o consumo de drogas (cocaína, êxtase etc.) e outras substancias (álcool, cigarro), essas sempre em quantidades maiores tornando um ciclo compulsivo, também pode ser desencadeado por um problema social. ⚫ A toxicomania é uma situação de dependência física e psicológica em relação ao consumo habitual de uma substância que provoca alterações transitórias do estado de consciência e danos mais ou menos permanentes do ponto de vista psíquico e físico ao organismo. Elementos implícitos são: ⚫ 1. Impossibilidade ou extrema dificuldade em se livrar da dependência; ⚫ 2. Comparecimento de distúrbios físicos, ou seja, dependência física e química, com possível apresentação de sintomas de abstinência; ⚫ 3. Tendência a aumentar a dose, isto como consequência do inserimento de drogas no metabolismo, que implica a necessidade de aumentar a dosagem; ⚫ 4. Ilusão inicial de poder interromper o consumo da droga em qualquer momento, com consequente percepção de ter-se tornado toxicômano quando é tarde demais. Assistência de Enfermage m: ⚫ Incentivar a participar de grupos para dependentes químicos; ⚫ Incentivar a mudanças de hábitos (evitar andar em ambientes que frequentava) ⚫ Orientar a familiar sobre os cuidado com a abstinência das substancias. Epilepsia ⚫ É uma doença do sistema nervoso central onde ocorrem intensas descargas elétricas que não podem ser controladas pela própria pessoa, causando sintomas como movimentos descontrolados do corpo e mordida da língua, por exemplo. Não tem cura, mas tem tratamento. Os sintomas mais comuns de uma crise epilética são: ⚫ Perda da consciência; ⚫ Contrações dos músculos; ⚫ Mordida da língua; ⚫ Incontinência urinária; ⚫ Confusão mental. Principais causas da epilepsia: ⚫ A epilepsia pode afetar indivíduos de qualquer idade, incluindo bebês ou idosos e pode ser causada por vários fatores como: ⚫ Traumatismo craniano após bater a cabeça ou hemorragia dentro do cérebro; ⚫ Mal formação do cérebro durante a gestação; ⚫ Doenças neurológicas, como Alzheimer ou Acidente Vascular Cerebral; ⚫ Falta de oxigênio durante o parto; ⚫ Baixos níveis de açúcar no sangue ou diminuição do cálcio ou magnésio; ⚫ Doenças infecciosas como a meningite, encefalite ou neurocisticercose; ⚫ Tumor no cérebro; ⚫ Febre alta; ⚫ Pré- disposição genética. ⚫ O diagnóstico da epilepsia é feito com a descrição detalhada dos sintomas apresentados durante um episódio de epilepsia e é confirmado através de exames como: ⚫ Eletroencefalograma que avalia a atividade cerebral; ⚫ Exame de sangue para avaliar os níveis de açúcar, cálcio e sódio, porque quando os seus valores são muito baixos podem levar a crises de epilepsia; ⚫ Eletrocardiograma para verificar se a causa da epilepsia é provocada por problemas do coração; ⚫ Tomografia ou ressonância magnética para verificar se a epilepsia é provocada por um câncer ou AVC. ⚫ Punção lombar para verificar se é causada por uma infecção cerebral. Tratamento para Epilepsia ⚫ O tratamento da epilepsia é feito com a toma de anticonvulsivantes por toda a vida indicados pelo neurologista, como Fenobarbital, Valproato, Clonazepam e Carbamazepina, pois estes medicamentos ajudam o indivíduo a controlar a atividade cerebral. Assistência de Enfermage m: ⚫ Durante a Crise: ⚫ Posicionar o paciente lateralmente para projeção da língua, drenar a saliva e evitar aspiração; ⚫ Proporcionar tranquilidade e segurança ao paciente; ⚫ Estar atento a todos os sinais e sintomas da crise, não restringir a movimentação do paciente, apenas afastar objetos que possam feri-lo; ⚫ Não realizar a abertura da boca, pode provocar traumatismo; ⚫ Administrar oxigenoterapia e anticonvulsionantes conforme prescrição médica. ⚫ Pós crise: ⚫ Registrar o início da crise, onde começaram os movimentos, movimentação ocular, postura, rigidez, desvio da cabeça, tamanho das pupilas, estado de consciência, se houve liberação dos esfíncteres, paralisia ou fraqueza muscular; ⚫ Informar o paciente sobre o fato ocorrido e ambiente onde se encontra; ⚫ Manter decúbito lateral para evitar broncoaspiração; ⚫ Caso ainda não seja sabido, colher a história clínica do paciente (se faz uso de medicação para epilepsia de forma regular; teve algum desencadeante da crise: stress, álcool, drogas, falta da medicação; se foi precedida por áurea; frequência das crises; início das crises; exames já realizados). Transtorno s de Ansiedade ⚫ Ansiedade é uma reação normal que temos quando estamos diante de situações de estresse e incerteza. Mas o transtorno de ansiedade é diagnosticado quando vários sintomas ansiososcausam desconforto ou algum grau de comprometimento funcional na vida da pessoa. Uma pessoa com transtorno de ansiedade pode ter dificuldades em diferentes áreas da vida: nos relacionamentos sociais e familiares, no trabalho, na escola, etc. Existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade: O Ataque de Pânico ⚫ É um súbito início de medo ou de terror intenso, muitas vezes, vem associado com sentimentos de morte iminente. Os sintomas incluem falta de ar, palpitações, dor no peito e desconforto. Etiologia/ Fisiopatolo gia ⚫ As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como: ⚫ Genética, Estresse, Temperamento forte e suscetível ao estresse; ⚫ Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações; Assistência de Enfermage m ⚫ Sentimento de Empatia com o paciente; ⚫ Tratá-lo bem, normalmente, e não como uma pessoa com tal problema; ⚫ Conversar, perguntar como tá se sentindo? ⚫ Se dispor a dá atenção e escutar o que eles têm a dizer; ⚫ Administrar medicamentos, via oral ou endovenosa (conforme prescrição medica); ⚫ Estabelecer limites para o paciente de forma franca e direta; ⚫ Caso haja uma rejeição, explicar com calma que aquilo é para seu bem. Os Transtorno s Fóbicos ⚫ Muitas pessoas admitem ter medo de cobras ou aranhas, mas conseguem manter esse medo sob controle. A pessoa que sofre uma fobia não é capaz de controlar o medo. Estes sentem um medo irracional quando se deparam com um objeto, um animal ou uma situação que estimula sua fobia. Geralmente acabam desenvolvendo um comportamento de evitação. Existem diferentes estímulos fóbicos que desencadeiam esse medo irracional: viajar de avião, dirigir um carro, elevadores, palhaços, dentistas, sangue, tempestades, etc. As mais comuns são: A Fobia Social ⚫ A fobia social é um transtorno de ansiedade muito comum, e não deve ser confundido com timidez. Se trata de um forte medo irracional de situações de interação social. Quem sofre deste distúrbio sente extrema ansiedade pela possibilidade de ser julgado pelos outros, de ser o centro das atenções, de ser criticado ou humilhado e pode sentir esse medo até mesmo ao falar no telefone. Eles simplesmente não conseguem fazer apresentações em público, comer em restaurantes ou na frente de alguém, ir a eventos sociais, conhecer novas pessoas. Agorafobia ⚫ Agorafobia é geralmente definida pelo medo irracional de espaços abertos, como grandes avenidas, parques e ambientes naturais. Mas essa definição não está inteiramente correta. Na realidade o estímulo fóbico ocorre por meio do medo irracional de ter um ataque de ansiedade nesses lugares, onde pode ser difícil, embaraçoso ou constrangedor escapar, ou onde não é possível receber ajuda. O Transtorno de Estresse Pós- Traumático (TEPT) ⚫ Esse transtorno ocorre quando a pessoa foi exposta a um evento traumático que lhe causou uma experiência psicológica estressante ou de incapacidade. Os sintomas incluem pesadelos, sentimentos de raiva, irritabilidade, cansaço emocional, isolamento, entre outros e, geralmente ocorrem quando a pessoa revive o evento traumático. A pessoa procura evitar situações ou atividades que a faz se lembrar do que causou o trauma. Transtorno de Humor Transtorno Bipolar ⚫ O transtorno bipolar pode afetar a forma como uma pessoa se sente, pensa e age. É caracterizado pelas alterações de humor exageradas e vai muito além de uma simples mudança de humor ou uma instabilidade emocional. Os ciclos de transtorno bipolar podem durar dias, semanas ou meses, prejudicando seriamente o trabalho e as relações sociais da pessoa. ⚫ O distúrbio bipolar raramente pode ser tratado sem medicação, pois é necessário estabilizar o humor do paciente. Durante os episódios de mania, a pessoa pode até mesmo deixar o seu emprego, aumentar suas dívidas, e se sentir cheio de energia apesar de ter dormido apenas duas horas por dia. Durante os episódios depressivos, a mesma pessoa não consegue nem sequer sair da cama. Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, e também há uma versão mais leve do transtorno, chamado ciclotimia. Tipos de Transtorno Bipolar ⚫ O transtorno bipolar I: É considerado o “clássico”. Os pacientes sofrem um ou mais episódios maníacos com duração de pelo menos uma semana e, quase sempre, um ou mais episódios depressivos. ⚫ Trastorno bipolar tipo II: É a forma mais intensa de bipolaridade, por apresentar fases de mania plena, com consequências maiores e franca alteração do humor. Também ocorrem fases de hipomania (distúrbio de humor que se assemelha à mania, mas se manifesta de forma menos intensa). ⚫ Transtorno bipolar tipo III: É uma forma de bipolaridade com fases de hipomania, consequências e clara alteração de humor, mas não tão intensa quanto a do tipo I, que tem mania plena. Tende a ter oscilações mais breves, mas que frequentemente evoluem para quadros mistos (humor turbulento). ⚫ Transtorno bipolar tipo IV: É semelhante ao tipo II, mas o quadro de hipomania ou até mania acontece só com uso de antidepressivos ou psicoestimulantes. No entanto, o temperamento da pessoa tende a ser mais forte e dinâmico (hipertímico) e pode voltar a ter elevações espontâneas do humor mais tarde. Assistência de Enfermage m ⚫ Estimular o paciente a conversar; ⚫ Orientar fazer alguma atividade física; ⚫ Impor limites; ⚫ Manter o paciente sempre higienizado; ⚫ Observar sono e verificar problemas somáticos; ⚫ Observar a alimentação e o auto cuidado. Transtorno Alimentar Anorexia Nervosa ⚫ A anorexia se caracteriza pela obsessão do controle da quantidade de comida que se consome. Um de seus sintomas mais característico é a distorção da imagem corporal. Pessoas que sofrem de anorexia restringem a ingestão de alimentos fazendo dietas, jejuns e até mesmo exercícios físicos excessivos. Dificilmente comem e o pouco de alimento que ingerem lhes provoca uma intensa sensação de desconforto. Bulimia Nervosa ⚫ É um transtorno do comportamento alimentar caracterizado por padrões alimentares anormais, com episódios de ingestão de alimentos em massa, seguido por manobras que procuram eliminar as calorias (indução de vômitos, laxante, etc.). Após esses episódios, é comum que a pessoa se sinta triste, mal humorada e tenha sentimentos de auto compaixão. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica ⚫ É uma doença grave onde a pessoa consome com frequência grandes quantidades de alimentos e só depois se dá conta de que perdeu completamente o controle durante a compulsão. Depois de comer em excesso, a pessoa se sente ansiosa e angustiada e daí aparece a preocupação com o peso. REFERNCIAS ⚫ AMORIM, Patrícia. Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): validação de entrevista breve para diagnóstico de transtornos mentais. Rev Bras Psiquiatr, v. 22, n. 3, p. 106‐15, 2000. ⚫ DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora, 2018. ⚫ DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed Editora, 2018.
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