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Jabil do Brasil Indústria Eletroeletrônica PROCESSO DE REFUSÃO Calor, Perfil de Refusão, Termopares LMS JBL-ME-116 Por: Demétrius Nunes – Manufacturing Engineering SME 2 Recados Iniciais 1 – Para melhor rendimento do curso, favor colocarem ramais e celulares no silencioso. 4 – Teremos um momento para o break (ir ao banheiro, beber água, descansar um pouco). 2 – Não saiam com dúvidas, perguntem sempre que algo não ficar claro. 3 – Haverá avaliação no final. 3 SUMÁRIO PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS 1 – O que é Calor? 2 – Propagação térmica 3 – Formas de propagação do calor 4 – Capacidade Térmica e Calor Especifico 5 – Quantidade de Calor PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 6 – O que é um perfil de temperatura? 7 – Aspectos Químicos de um perfil de refusão 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de refusão 9 – Janela de Processo 10 – PWI (Process Window Indicator) PARTE 3: TERMOPARES E MÉTODOS DE COLOCAÇÃO 11 – O que é um termopar? 12 – Efeito Seebeck 13 – Tipos de termopares 14 – Como escolher os componentes em uma placa de perfil 15 – Método de colocação dos termopares 16 – Roteamento e identificação dos termopares 4 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS Calor é o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a outro - ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas entre eles. Designa também a quantidade de energia térmica transferida em tal processo. Calor não é uma propriedade dos sistemas termodinâmicos, e por tal não é correto afirmar que um corpo possui mais calor que outro, e tão pouco é correto afirmar que um corpo "possui" calor. 1 – O que é Calor? 5 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS É a transição de energia térmica de uma massa (corpo) mais quente para uma massa mais fria. Noutras palavras, é a troca de energia calorífica entre dois sistemas de temperaturas diferentes. Quando um corpo, por exemplo, um objeto sólido ou um fluido, está a uma temperatura diferente da de seu entorno ou outro corpo, a transferência de energia térmica, também conhecida como fluxo de calor ou troca térmica, ocorre de tal maneira que o corpo e seu entorno alcancem equilíbrio térmico; o que significa que se encontram a mesma temperatura, a lei zero da termodinâmica. 2 – Propagação Térmica 6 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS Condução é a transferência de calor por contato direto das partículas de matéria. 3 – Formas de propagação do calor Convecção é a transferência de energia térmica pelo movimento de moléculas de uma parte do material para outra. À medida que aumenta o movimento dos fluidos, ocorre a transferência de calor convectiva. A presença de maior movimento do fluido aumenta a transferência de calor entre a superfície do sólido e o fluido. Radiação ou irradiação é a transferência de energia térmica através do espaço vazio. 7 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS 3 – Formas de propagação do calor INFRA VERMELHO – IR – IRRADIAÇÃO (Resistências & lâmpadas – TOP HEATER SOLDA ONDA) AQUECIMENTO AR – CONVECÇÃO (Blowers – FORNO DE SMT – PRÉ-AQUECEDORES SOLDA ONDA) AQUECIMENTO PARTES – CONDUÇÃO (Materiais – PCB, componentes, pasta – THERMODE HOT BAR, FERRO DE SOLDA) 8 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS Capacidade térmica ou capacidade calorífica é a grandeza física que determina o calor que é necessário fornecer a um corpo para produzir neste uma determinada variação de temperatura. 4 – Capacidade Térmica e Calor Especifico É o que chamamos de MASSA TÉRMICA na Jabil. Ela é medida pela variação da energia interna necessária para aumentar em um grau a temperatura de um material. A capacidade térmica caracteriza o corpo, e não a substância que o constitui. Dois corpos de massas e de substâncias diferentes podem possuir a mesma capacidade térmica. Dois corpos de massas diferentes e de mesma substância possuem capacidades térmicas diferentes. A unidade usada no SI é J/K ou cal/°C (Joule por Kelvin). C = Q ΔT 9 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS Calor específico é uma grandeza física que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor. 4 – Capacidade Térmica e Calor Especifico É constante para cada substância em cada estado físico. Pode-se dizer que o calor específico caracteriza uma substância (em determinado estado físico). A unidade no SI é J/(kg.K) (joule por quilogramas vezes Kelvin) ou cal/g.°C (calorias por grama vezes Celsius) Substância Calor Específico (cal/g.°C) água 1,0 álcool 0,58 alumínio 0,22 ar 0,24 carbono 0,12 chumbo 0,031 cobre 0,094 c = C m http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool http://pt.wikipedia.org/wiki/Alum%C3%ADnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Chumbo http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre 1 0 PARTE 1: PAPEL DO CALOR NOS PROCESSOS E PERFIS TÉRMICOS Quantidade de Calor é a Grandeza física que determina a variação na quantidade de energia térmica em um corpo, ou seja, determina a energia térmica que transitou para outro corpo ou que mudou de natureza. 5 – Quantidade de Calor A unidade do SI para quantidade de calor é o J (Joule), mas é comum usar cal (Caloria) ou Cal (Caloria lateral). ΔQ = m.c.ΔT Droga, essa não é minha! ΔT = Q x A x t / (M x Cp ) ΔT = Variação de temperatura no produto (°C) Q = Absorção de Calor(W/cm²) A = Área Exposta(cm²) t = Tempo de aquecimento (seconds) M = massa do objeto (kg) Cp = Specific Heat (W.sec/kg.°C) http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.etsu.edu/math/gardner/einstein/einstein-folded-hands.jpg&imgrefurl=http://www.etsu.edu/math/gardner/einstein/person.htm&usg=__EfDeIb3VK26kLhRjJI1j7dBfDyc=&h=480&w=460&sz=42&hl=pt-BR&start=30&um=1&tbnid=0Bd4RMD8-c2QYM:&tbnh=129&tbnw=124&prev=/images?q=einstein&ndsp=20&hl=pt-BR&sa=N&start=20&um=1 11 PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) O perfil de temperatura é a curva ideal de aquecimento e resfriamento de cada produto ao passar pelo forno e consiste na principal ferramenta para controlar o processo de refusão. A única forma de sabermos qual o perfil adequado para um produto é acertarmos o traçado de temperatura com sucessivas medidas. 6 – O que é um perfil de temperatura? É uma curva do tipo Temperatura em função do Tempo. A unidade mais usada é °C/seg.. 12 Pasta de Solda: Pode ser definida como uma mistura química formada por duas partes: uma sólida e uma líquida. A Parte sólida é constituída por metais em forma de partículas (powder), responsáveis pela soldagem metalúrgica entre terminais de componentes e pads do PCB. 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) Atribuem as características térmicas, mecânicas e elétricas à solda contribuindo com 90% em peso e aproximadamente 50% em volume da pasta de solda. O corpo das partículas que compõem o powder deve, idealmente, ter formato esférico . 13 Na Parte líquida, fluxo é o elemento químico responsável pelos processos de oxi-redução, reação ácido-base e preparação das áreas a serem soldadas no PCB. Serve também como elemento de agregação do powder para constituir a pasta de solda, pois mantém a liga entre as esferas do powder. 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) Contribui com 10% em peso e aproximadamente 50% em volume. É composto por uma parte volátil e outra não volátil. A parte volátil é transformada em gás durante o processo de refusão e escapa do PCB através da exaustão do forno de soldagem. A parte não volátil do fluxo permanece no PCB após a soldagem. O fluxo na pasta de solda é de altaimportância para que a soldagem ocorra corretamente e isso está diretamente ligado a seus constituintes, pois são eles que irão ativar as reações químicas durante a etapa de refusão para limpar as áreas de contato elétrico e formar a junta de solda. 14 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão Ligas de Solda: Sn 63 Pb 37 (Estanho – Chumbo) Sn 96.5 Ag 3.0 Cu 0.5 (Lead Free – SAC 305) Fatores para escolha da liga: Composição das Ligas Resistência mecânica Qualidade Visual Molhagem Necessidade de produzir sem chumbo PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) Temperatura de Solidus: Durante o aquecimento, solidus é a temperatura à qual uma liga começa a derreter. Entre as temperaturas solidus e liquidus, a liga será uma mistura de fases sólidas e líquidas. Logo acima da temperatura solidus, a mistura será bastante sólida com algumas fases líquidas (como a consistência de sorvete). Logo abaixo da temperatura de liquidus, a mistura vai ser principalmente líquido com algumas fases sólidas (como granizo). Liga de Solda Solidus (°C) Liquidus (°C) Sn 63 Pb 37 (Eutética) 183 183 SAC-305 (Não Eutética) 217 219 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão Temperatura de Liquidus: Liquidus é a temperatura acima da qual uma liga é completamente fundida. Em outras palavras, quando uma liga exceder a temperatura de liquidus, não há fases sólidas presentes. A liga é completamente derretido e fluindo. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 15 16 LIGAS ESTANHO CHUMBO 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 17 LIGAS SAC 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 18 Oxigênio x Nitrogênio A maioria dos processos são executados sem o uso de nitrogênio. Nitrogênio deve ser utilizada para a otimização apenas! O nitrogênio é muito caro! O nitrogênio pode melhorar a molhagem e criar juntas de solda mais brilhantes. No entanto, a resistência e condutividade dessas articulações não são melhores do que as que são produzidas em um processo de Oxigênio. 7 – Aspectos químicos de um perfil de refusão PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 19 Pre-Heat: Esta é uma fase preparatória, todas as ações que levam a uma solda adequada são tomadas nela. Consiste na fase de pré-aquecimento da placa. Nesta fase os solventes evaporam da pasta de solda. Se a temperatura sobe muito rápido nesta etapa, podem acontecer dois problemas. Primeiramente podem ser esparramadas bolas de solda (defeito conhecido como solder balls) quando há o estouro dos solventes, pois como estão acontecendo reações químicas haverá geração de gases e isso ocorre durante a evaporação dos solventes. Além disso, a elevação da temperatura muito rápida pode provocar mudanças de viscosidade da pasta de solda. 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão Soak Time: Durante a fase da equalização a temperatura sobe lentamente. O propósito é ativar o fluxo e igualar as temperaturas no PCB. A maioria dos fluxos ativa em torno de 145ºC. Se esta temperatura não é alcançada durante esse período somente a limpeza parcial é executada e problemas de molhagem da solda podem acontecer. Como mencionado a fase de soak também é usada para igualar as temperaturas no PCB. Se a fase é curta, o resultado pode ser juntas de solda frias (componentes parcialmente preso ao pad, ou seja, o contato mecânico não foi ideal) ou Tombstoned (componente levantado) devido a uma diferença no tempo de derretimento da pasta de solda nos dois pads do componente. Por outro lado se o tempo de soak for longo, o fluxo utiliza todo seu potencial de limpeza antes da zona de refusão ser alcançada. Slope: Este é um parâmetro onde será controlado o gradiente de aquecimento da placa, para evitar choques térmicos. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 20 Reflow: Durante a fase de refusão a temperatura de pico do perfil é alcançada. Nesta fase os substratos, componentes e partículas da pasta de solda atingem a temperatura de soldagem e como resultado a junta de solda é formada. Uma temperatura de cume alta resultará em uma superfície arenosa e enrugada da junta de solda devido à oxidação alta. Do contrário se tivermos uma temperatura de refusão muito baixa ou um tempo insuficiente poderemos ter problemas na formação da junta em função da refusão da pasta não se completar totalmente. 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão Peak Temperature: O controle desta etapa é muito importante, pois é um indicador que mostra as diferenças entre as temperaturas entre os terminais de um mesmo componente e a PCA, que deve ser em torno de 5 °C. Também aceita-se uma diferença de no máximo 10 °C para diferentes componentes devido tamanho, massa e população de componentes a soldar. Para componentes cujos terminais se fundem com a pasta, como BGA’s, é importante este controle devido às questões que envolvem as tensões superficiais do metal líquido. A temperatura de pico depende obviamente da composição da liga da pasta de solda. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 21 220 240 180 200 140 160 100 120 60 80 20 40 0 30 90 60 0 120 150 180 210 240 270 300 Time (Seconds) Temperature (°C) 260 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão Pre-heating / Slope Soaking Zone Reflow Peak Temperature. Colling PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 22 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão Viscosidade Evaporação solventes Ativação do Fluxo Viscosidade Solidificação da Junta de Solda Transferência de Calor Derretimento da liga, molhagem do pad, ocorrência de “wicking” PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 23 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão 200 150 100 50 250 Soak (60-180 sec) 235oC (10 seconds) Minimum @ All Solder Joints 217-220oC (Melting) Te m p e ra tu re ( C ) Time (sec) Reflow (45-120 sec) Upper Limit Dictated by Component Body Temperature Limits. Typical Specifications are: 245oC, 250oC, or 260oC. Recommended Solder Alloy: SnAgCu Preheat Cooldown 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720 880 Target Peak Temp: 235oC - 245oC PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 24 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão PERFIL RSS – Ramp Soak Spike Este perfil possui a fase de soak bem demarcada no perfil, sendo uma fase de gradiente de aquecimento bem baixo em relação às outras, quase linear. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 25 8 – As fases do perfil de temperatura no processo de Refusão PERFIL RTS – Ramp To Spike (Perfil Linear) Este perfil possui a fase de soak bem discreta no perfil, ou seja, não é possível identificá-la na curva, sendo uma fase de gradiente de aquecimento praticamente igual as fases do Pre-Heat e Reflow. Este perfil pode ser um problema em produtos que possuem componentes de massa térmica muito diferente, pois o balanceamento das temperaturas se torna mais difícil durante a rampa. Nestes casos ele não é recomendado. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 26 9 – Janela de Processo Perfis de temperatura possuem especificações para os ranges de temperaturas e tempos em cada um dos parâmetros, com valores máximos e mínimos. Estas especificações irão depender dos seguintes fatores: - Liga de Solda - Tipo de acabamento do PCB - Tipo de componentes montados na placa - Tipo de produto A definição de qual janela de processo a ser utilizada é fundamental para que seja traçado o melhor perfil para o produto. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 27 9 – Janela de Processo Para definir qual janela ser utilizada no seu produto, a ordem abaixo deverá ser seguida: 1 – Especificação do cliente 2 – Especificação da Pasta de Soldautilizada 3 – Especificação GOS Jabil para o tipo de liga de solda utilizada PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 28 9 – Janela de Processo Parâmetro Range SIERRA (DELL Products) Slope (30°C - 135°C) 3°C/s max Preheat/Soak (135°C - 175°C) 70 -110 segundos TAL (220 °C) 45 -75 segundos Peak Temperature 237 - 244 Slope 2 (30°C - 242°C) 3°C/s max Cooling -4,8 a -0,5 C°/segundo Time between ambient and Peak (242 - 30) 210 - 265 segundos Parâmetro Range INGENICO Preheat/Soak (150-200) 60 - 120 segundos Ramp up rate (Slope) 3°C/s max TAL (217 °C) 60-70s for SMT packages 80-90s for Tellium II BGA package Maximum Peak body temperature for component See table 2 Maximum Peak temperature for solder paste at solder pad 245°C-250°C Time to Maximum temperature – 5°C 30 segundos Ramp down rate (°C/s) 6°C/s Time to room temperature to Tmax 8 minutos PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 29 9 – Janela de Processo PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 30 9 – Janela de Processo Parâmetro Range Jabil (SAC 305) Slope (25°C - 135°C) 3°C/s max Preheat Time (150°C - 200°C) 40 - 120 seconds Soak Time (150°C - 217°C) 60 - 180 seconds TAL (217 °C) 45 - 120 seconds TAL (232 °C) 46 -90 seconds Peak Temperature 232 - 250 °C PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 31 10 – PWI – (Process Window Indicator ou Process Window Index) O Índice da Janela de processo (PWI ™) é um quantificador, medida, estatística de quão bem um perfil de temperatura está em relação aos limites críticos do processo. Cada perfil térmico é classificado com base em como ele "encaixa" dentro da janela do processo. O centro da janela do processo é definido como zero, e o extremo da janela de processo como de 99% ou -99%. O PWI de 100% ou mais, indica que o perfil não irá processar o produto dentro da especificação. O PWI de 99% indica que o perfil vai processar o produto dentro das especificações, mas ele está sendo executado no limite da da janela do processo. O PWI de 70% indica que um perfil está usando 70% da especificação do processo. O PWI lhe diz exatamente o quanto de sua janela de processo de um determinado perfil está sendo utilizado, e assim como o perfil robusto que é. Quanto mais próximo de zero for o PWI, melhor o perfil. O processo térmico agora pode ser mensurado de forma confiável, com análise de dados, comparando-o e rastreado-o com o mesmo nível de SPC e Controle de Qualidade disponível para outros processos de fabricação. PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 32 10 – PWI – (Process Window Indicator ou Process Window Index) PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 33 10 – PWI – (Process Window Indicator ou Process Window Index) PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 10 – PWI – (Process Window Indicator ou Process Window Index) PARTE 2: PERFIL DE TEMPERATURA (REFLOW) 35 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 11 – O que é um termopar? Os termopares são os sensores de maior uso industrial para medição de temperatura. Eles cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura que vai de -200 a 2300ºC aproximadamente, com uma boa precisão e repetibilidade aceitável, tudo isto a um custo que se comparado com outros tipos de sensores de temperatura são mais econômicos. Um termopar ou par termométrico consiste de dois condutores metálicos de natureza distinta, na forma de metais puros ou ligas homogêneas. Os fios são soldados em um extremo ao qual se dá o nome de junção de medição; a outra extremidade, junção de referência é levada ao instrumento medidor por onde flui a corrente gerada. O aquecimento destes dois metais diferentes com temperaturas diferentes em suas extremidades, gera o aparecimento de uma F.E.M. (da ordem de mV). Este princípio conhecido com efeito Seebeck propiciou a utilização de termopares para medição de temperatura. 36 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 12 – Efeito Seebek O fenômeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J. Seebeck, quando ele notou que em um circuito fechado formado por dois condutores metálicos e distintos A e B, quando submetidos a um diferencial entre as suas junções, ocorre uma circulação de corrente elétrica. Metal A Metal B Junção Termopar iA iB VAB Esta corrente é produzida pelo fato de que a densidade de elétrons livres em um dos metais, difere do outro e depende da temperatura também. Quando este circuito é interrompido, a tensão do circuito aberto (Tensão de Seebeck ) torna-se uma função das temperaturas das junções e da composição dos dois metais. 37 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 13 – Tipos de Termopares Utilizado na Jabil hoje 38 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 13 – Tipos de Termopares Tipo K (Cromel / Alumel) O termopar tipo K é um termopar de uso genérico. Tem um baixo custo e devido à sua popularidade está disponível em variados tipos de sonda, tendo uma sensibilidade de aproximadamente 41 µV / °C. Termoelemento positivo (KP): Ni 90% Cr 10% (Cromel) Termoelemento negativo (KN): Ni 95% Mn 2% Si 1% Al 2% (Alumel) F.E.M produzida: -6,458 mV a 48,838 mV 39 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 13 – Tipos de Termopares Abaixo temos 02 condições em que um termopar nunca deverá ser utilizado: Ponta Enrolada Junta Quebrada Termopar Bom Sempre inspecione o termopar antes de utilizar, para saber se o mesmo atende à estas condições.. 40 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 14 – Como escolher os componentes em uma placa de perfil diferença de massa térmica (BGA ao lado e um 0201 por exemplo) componentes críticos para soldagem (BGA’s, Shields e Grandes Conectores) componentes críticos com relação à aquecimento (Capacitores de Tantalum, alguns fusíveis, leds ou chaves) considerar também a quantidade de canais que o KIC possui é obrigatória a distribuição uniforme de termopares em todo o painel Alguns clientes indicam na fase de NPI quais os componentes devem ter termopares na placa de perfil, porém apenas isso não é suficiente. Devem ser considerados alguns pontos importantes como: 41 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 14 – Como escolher os componentes em uma placa de perfil Componentes mandatórios para se colocar termopares (em ordem de prioridade), caso o cliente não os especifique: 1. Corpo do BGA 2. Ball no Centro do BGA 3. Ball no Canto do BGA (avaliar o tamanho do BGA para determinar se é necessário) 4. Terminal de LGA’s 5. Terminal de Shields 6. Terminal de um Chip componente (0402, 0201 ou 01005) 7. Terminal de um QFP 8. Corpo de Conectores Plásticos 9. Corpo de Capacitores de Tantalum 42 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 14 – Como escolher os componentes em uma placa de perfil Tabela do documento Ingenico onde especifica- se quais os componentes devem ser monitorados no perfil de temperatura da refusão. Component Location of the thermocouple Connector (J2201) Under component QFN (MX2201) Top of the package QFN (MX2600) Under component Connector (J2402) Lead of connector Component (U1700) Under component Component (U1700) Top of the package Connector (J2600) Lead of connector Termopares em contato com o corpo do componente Termopares em contato com o terminal do componente 43 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 14 – Como escolher os componentes em uma placa de perfil Tabela do documento (PCS) da Sierra onde especifica-se quais os componentes devem ser monitorados no perfil de temperatura da refusão. 44 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Existem 03 principais métodos de fixação das juntas de termopares em placas de circuito impresso: 1. Solda de Alta Temperatura 2. Fita de Aluminium 3. Fita Kapton E o Adesivo de SMT (Loctite Vermelho)? O adesivo de SMT pode ser utilizado apenas para fixação do fio do termopar, porém ainda sim não é recomendável, pois dificulta a troca do termopar. 45 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES15 – Método de colocação dos termopares Solda de Alta Temperatura Este método é o mais confiável, repetitivo e o mais recomendado para a fixação de termopares. Infelizmente requer um investimento considerável, pois necessita um consumível diferente, ferro de solda específico e bons conhecimentos para se fazer a soldagem. Pode ser utilizado apenas para a fixação de termopares em juntas de solda, em corpos de componentes não. Outro ponto negativo é o fato de os termopares não poderem ser reutilizados em outras placas. 46 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Fita de Alumínio Possui uma boa condutividade térmica, semelhante à solda de alta temperatura, embora seja um pouco menos repetitivo. Razoavelmente fácil e simples de ser utilizada para fixar os termopares. O termopar pode ser reutilizado em outras placas. Não é possível de se utilizar em processos de aquecimento por infrared devido à reflexão da fita de alumínio. 47 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Fita Kapton Possui uma condutividade térmica relativamente boa. Além desse problema, pode necessitar ser trocada a cada perfil, ou pior pode se soltar durante o perfil, por não possuir uma adesão muito boa ao PCB em altas temperaturas. O método não é confiável nem repetitivo 48 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Method Repeatability Difficulty * Thermocouple Re-use Peak Temp. Variance (°C) ** Note Example of Materials High Temp. Solder > 5X 5 No 1.8 Can sustain many reflow cycles. Kester, Alpha Sn10Pb90 wire Aluminum Tape 2-3X 3 Yes 3.1 May need to re- attach after reflow. 3M 439 Kapton Tape 1X 1 Yes 4.6 May need to re- attach after reflow. Dupont Kapton Adhesive 1X 2 No 4.7 Can sustain many reflow cycles. Loctite Tak Pak 382 or 7452 * 1 Fácil / 5 Dificil ** Média das diferenças entre cada rodada do mesmo perfil no forno de refusão. Segue abaixo uma tabela de comparação entre os métodos de fixação dos termopares e alguns parâmetros para avaliação da eficiência e qualidade do método. 49 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Estes gráficos são o resumo de um estudo feito comparando os 4 métodos. O primeiro apresenta o estudo para temperatura de pico do perfil analisado. O segundo apresenta o estudo para o tempo de reflow do perfil analisado. 50 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Colocação de termopares em balls do BGA – Método 1: 1 - Utilizando uma dremel com uma broca de diâmetro adequado ao tamanho do pad, fazer um furo que atravesse desde o lado back do PCB até o lado TOP, para que toque o ball do BGA. 2 – Coloque o termopar entrando pelo furo feito, no lado back do PCB. 3 – Assegure que a junta termopar atingiu o lado top da placa. 4 – Prenda o termopar com fita Kapto junto do PCB, no lado back. Não cubra a área sobre o furo feito. 5 – Enrole o temopar e cubra seu conector com Fita Kapton. Em seguida passe a placa na linha para montar e solda o BGA sobre a junta do termopar. Recomenda-se ao final do processo inspecionar a placa no Raio-X para checar se a ponta do Termopar está devidamente posicionada dentro do Ball. 51 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Colocação de termopares em balls do BGA – Método 2: 1 – Pegue uma placa já montada e soldada (que passou pelo reflow). 2 – Cuidadosamente fure a placa do lado BACK para o lado TOP tomando cuidado para não danificar o ball do BGA. 3 – Insira o termopar do lado BACK para o lado TOP. 4 – Prenda o termopar com fita Kapto junto do PCB, no lado back. Não cubra a área sobre o furo feito. Recomenda-se ao final do processo inspecionar a placa no Raio-X para checar se a ponta do Termopar está devidamente posicionada dentro do Ball. 52 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 15 – Método de colocação dos termopares Colocação de termopares em balls do BGA – Para ambos os métodos: Recomenda-se ao final do processo inspecionar a placa no Raio-X para checar se a ponta do Termopar está devidamente posicionada dentro do Ball. 53 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 16 – Roteamento e identificação dos termopares Os termopares devem ser roteados (alinhados e posicionados) de forma que quando necessário seja possível remover apenas um termopar ou identificá-lo individualmente. Eles deverão estar numerados de acordo com suas posições no KIC para serem facilmente identificados e trocados quando necessário . 54 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 16 – Roteamento e identificação dos termopares 55 PARTE 3: COLOCAÇÃO DE TERMOPARES 16 – Roteamento e identificação dos termopares É de fundamental importância que no momento de traçar o perfil os termopares sejam nomeados no software também. 56 O QUE SABEMOS FAZER AGORA? Analisar um perfil de temperatura com base em uma janela de processo. Fazer uma placa de perfil seguindo boas práticas. Traçar um perfil seguindo boas práticas. 57 DÚVIDAS?
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