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GESTÃO AMBIENTAL – UNINASSAU AVALIAÇÃO ON-LINE 5 (AOL 5) - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DISCIPLINA: GESTÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS ALUNA: DANIELA LUIZA NARCISO - MATRÍCULA: 01437086 O conceito de Educação Ambiental necessita de um olhar não somente voltado para o respeito e preservação do meio ambiente natural, pois o meio ambiente abrange muito mais do que a conservação da fauna e flora natura; aprofunda-se em questões pertinentes à própria convivência do ser humano em sociedade, e na interação que tem com todo o planeta. Ressalta-se, inclusive, que a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99), traz como fundamentos a democracia e a justiça social. As diretrizes da Educação Ambiental foram estabelecidas na Conferência Intergovernamental de Tbilisi, onde nota-se que a mesma não possui marco inicial. Todavia, corresponde a atitudes ambientais, uma mobilização constante e generalizada da população. É notório também afirmar o importante papel das escolas. A Educação Ambiental, surge desde os primeiros anos e estende-se até a formação de profissionais especializados. Na leitura do art. 1° da Lei 9.795/99, é necessária a plena ciência de que o meio ambiente é mais do que o natural, pois é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida e sustentabilidade. O descuido com qualquer das esferas do entorno prejudica a coletividade, sendo certo que tanto a depredação do patrimônio artificial, quanto a destruição do natural, são modos de ofender a vida em suas várias formas. Uma das formas de abordagem da Educação Ambiental é a Formal, que consiste naquela que se realiza através das instituições de ensino por meio de seus cursos. Esse tipo de abordagem possui papel fundamental na construção da cidadania ecológica, para as atividades de planejamento ambiental, pois age diretamente de forma científica sobre os indivíduos, devido ao fato de a escola ser o local onde as pessoas começam a ter acesso à aprendizagem sistemática de conhecimentos científicos. Já a Educação Ambiental Não Formal é tratada no art. 13° da Lei 9.795/99. Ele diz que por Educação Ambiental não-formal devem se entender as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais, e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Sob o enfoque informal, a Educação Ambiental está presente em todas as manifestações voltadas para o respeito e resguardo da coletividade. Abrange desde os aprendizados vindos da convivência parental, ao diálogo entre amigos no trabalho e em momentos de descontração, não havendo método especifico para ensiná-la, tampouco para aprendê-la, devido a sua intensidade e abrangência. A Educação Ambiental crítica, tanto no contexto formal quanto no informal, tem como objetivo estimular, fortalecer uma consciência sobre a problemática ambiental e social na construção de uma sociedade fundada nos princípios de igualdade social e ambiental. Para alcançar esses objetivos, cabe ressaltar e considerar três dimensões para a construção da educação ambiental, visando à formação de cidadãos reflexivos perante a crise socioambiental, em uma perspectiva crítica de educação: a dimensão relacionada à natureza dos conhecimentos, buscando a contextualização e a compreensão da realidade; a dimensão axiológica da existência, relacionada aos valores éticos e estéticos; e a dimensão política, onde o tratamento dado às possibilidades de participação política do indivíduo, tendo como meta a formação de cidadãos e a construção de uma sociedade democrática, sendo esta última a principal no processo educativo (CARVALHO, 2011). Quanto à dimensão política, deve-se ir além de denunciar os problemas ambientais, a fim de estabelecer caminhos e ações para a educação ambiental crítica, para orientar as propostas educacionais em torno da temática ambiental, questionando os problemas ambientais e sociais. Nessa perspectiva compete ao poder público definir as políticas públicas como meio de inserção da educação ambiental no processo educativo em busca da superação da crise ambiental. A política pública tem a função de promover o bem-estar da sociedade, a partir da estruturação do Estado, para proporcionar à sociedade ações de melhorias nos âmbitos da saúde, cultura, educação, ambiente, etc. (SOUZA, 2006). Desse modo, a educação ambiental decorrente de uma política pública, promove a educação, constituindo que a educação ambiental, está a cargo dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), das instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, e dos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo entidades não-governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e demais segmentos da sociedade (BRASIL, 1995, p. 53). As Políticas Públicas no cenário atual tem como princípio buscar melhorias, propor ações e condições para a manutenção de situações que ocorrem na sociedade, de forma que atenda a todos e como destacado por Mendonça (2004, p. 31), “o conceito de políticas públicas estão incluídos: as leis e regulamentos, os atos de participação política, a implementação de programas governamentais ou ainda participação em manifestações públicas". No desenvolvimento dessas ações, o Estado brasileiro utiliza-se das políticas públicas aparentemente para solucionar problemas, e subsidiar diversas ações que são elaboradas para atender interesses que, muitas vezes, deixam de lado as necessidades da Sociedade Civil. Em síntese, pode-se concluir que por meio da Educação Ambiental crítica e transformadora é possível buscar a formação de sujeitos ambientalmente responsáveis e comprometidos com uma sociedade preocupada com o meio ambiente, como ação política intencional que necessita de sistematização pedagógica. Esse é um processo lento, permanente e continuo. A sociedade só consegue mudar por meio de ações educativas coletivas pautadas em política públicas que chamem à responsabilidade pela qualidade do ambiente em que vivem, não só em sua dimensão natural, mas também em sua dimensão social e cultural, valorizando, além da diversidade e do equilíbrio ambiental, a democracia, a igualdade social, a justiça, a autonomia e a emancipação dos sujeitos. Não bastam leis e documentos escritos, é necessário que haja condições no contexto da sociedade para que essas leis abstratas possam tomar forma e ser posta em prática. O Estado necessita também se atentar mais quanto as próprias atitudes de uma forma geral frente a essa conscientização ambiental e a partir disso fazer fiscalizações com mais afinco referente a degradação do meio ambiente. A educação ambiental deve ser parte integrante da educação para que num futuro próximo tenhamos lideranças que não se preocupam apenas com o lucro e o crescimento econômico, mas que possam congregar os atributos econômicos com o respeito e um aproveitamento consciente da natureza e meio ambiente, e isso só é possível por meio da educação. Através da educação ambiental e da sustentabilidade, é o caminho que viabiliza a formação de cidadãos de mente aberta e madura, para a questão dos problemas ambientais. A educação ambiental é muito importante porque transforma o modo de pensar dos estudantes e conscientizam a lidar com meio ambiente de forma adequada. Conseguir fazer com que a educação ambiental e sustentabilidade sejam incluídas na personalidade dos cidadãos através da implantação desse tema nas atividades escolares é uma vitória muito gratificante e indispensável para que as gerações futuras possam usufruir dos recursos naturais que a natureza oferece. É possível observar que a sociedade vem se atentando para as questões ambientais, professores, alunos e toda comunidade valorizam muito a educação ambiental e compreendem que é por meio dela queproduziremos sustentavelmente sem prejudicar a natureza. Há alguns anos atrás quando se iniciou essa forma de ensino enfatizando as questões ambientais e a sustentabilidade no campo dentro das atividades escolares ouve certa resistência por parte de toda comunidade escolar, mas aos poucos foi ganhando força e atualmente tem uma ótima aceitação. REFERÊNCIAS: • BRASIL. Parâmetros curriculares Nacionais, terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1998. • CARVALHO, I. C de M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2011. • MENDONÇA, P. R. Educação Ambiental como Política Pública: Avaliação dos Parâmetros em Ação Meio Ambiente na Escola, 122 p., 297 mm, (Unb-CDS, Mestre, Política e Gestão Ambiental. 2004). • SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. In: Rev. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n° 16, jul/dez 2006, p. 20-45. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a03n16.pdf>. Acesso em: 24 de abril de 2021.
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