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1 
 
 
 
 
1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................................................................. 3 
1.1. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN ....................................................................................... 4 
1.2. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BC OU BACEN) ................................................................................... 7 
1.2.1. COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM ........................................................................... 9 
1.3. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM ................................................................................ 10 
EXERCÍCIOS – ESTRUTURA DO SFN ................................................................................................................ 12 
2. PRODUTOS BANCÁRIOS............................................................................................................... 20 
2.1. NOÇÕES DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO ................................................................................... 20 
2.2. CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC ...................................................................................... 24 
2.3. CRÉDITO RURAL ............................................................................................................................... 25 
2.4. CADERNETA DE POUPANÇA .............................................................................................................. 30 
2.5. CAPITALIZAÇÃO ................................................................................................................................ 32 
2.6. PREVIDÊNCIA PRIVADA .................................................................................................................... 34 
2.7. INVESTIMENTOS ................................................................................................................................ 37 
2.8. PLANOS DE SEGUROS ....................................................................................................................... 40 
EXERCÍCIOS - PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS ...................................................................................... 44 
3. NOÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS ......................................................................................... 50 
3.1. TIPOS DE COMPANHIAS .................................................................................................................... 52 
3.2. AÇÕES – CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................ 53 
3.3. MERCADOS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO ............................................................................................. 56 
3.4. OPERAÇÕES DE UNDERWRITING ...................................................................................................... 57 
3.5. FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE AÇÕES ....................................................................... 57 
3.6. DEBÊNTURES .................................................................................................................................... 58 
3.7. COMMERCIAL PAPERS ...................................................................................................................... 60 
4. NOÇÕES DO MERCADO DE CÂMBIO ........................................................................................... 61 
4.1. TAXAS DE CÂMBIO ............................................................................................................................ 62 
4.2. OPERAÇÕES DO MERCADO DE CÂMBIO ............................................................................................ 62 
4.3. INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR ........................................................................................... 63 
 SUMÁRIO 
 
 
2 
 
4.4. CONTRATO DE CÂMBIO ..................................................................................................................... 65 
4.5. VALOR EFETIVO TOTAL (VET) ......................................................................................................... 65 
4.6. POSIÇÃO DE CÂMBIO ........................................................................................................................ 65 
4.7. SWAP CAMBIAL ................................................................................................................................ 66 
EXERCÍCIOS - MERCADO DE CAPITAIS E DE CÂMBIO ........................................................................................ 68 
5. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ................................................................. 74 
5.1. AVAL E FIANÇA ................................................................................................................................. 74 
5.2. HIPOTECA, PENHOR E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA ............................................................................... 77 
5.3. FIANÇA BANCÁRIA ............................................................................................................................ 80 
5.4. FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO - FGC ........................................................................................ 81 
6. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO ............................................................................................ 85 
6.1. ETAPAS DA LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................. 85 
6.2. PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO ........................................................................ 88 
7. AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA ................................................................................................118 
EXERCÍCIOS - GARANTIAS, LAVAGEM DE DINHEIRO E AUTORREGULAÇÃO..................................................... 124 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 131 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
Conceito 
Compreende-se o Sistema Financeiro Nacional – SFN, como sendo o conjunto de instituições que 
se dedicam, direta ou indiretamente, para oferecer condições satisfatórias à manutenção de um fluxo de 
recursos entre poupadores (agentes superavitários) e tomadores (agentes deficitários). 
 
Estrutura do SFN 
O SFN é organizado por agentes normativos, supervisores e operadores. Os órgãos normativos 
determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema. As entidades supervisoras trabalham para 
que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Os operadores 
são as instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de intermediários. 
 
 MÓDULO 1 
 
 
4 
 
O principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos de mercado: 
✓ MERCADO MONETÁRIO: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela 
depositada em conta-corrente; 
✓ MERCADO DE CRÉDITO: é o mercado que fornece recursos para o consumo das pessoas em geral e para 
o funcionamento das empresas; 
✓ MERCADO DE CAPITAIS: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos de terceiros e, 
portanto, compartilhar os ganhos e os riscos; 
✓ MERCADO DE CÂMBIO: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira. 
 
1.1. Conselho Monetário Nacional – CMN 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e 
tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade da moeda 
e o desenvolvimento econômico e social do país. 
Composição do CMN 
✓ Ministro da Economia (presidente do Conselho) 
✓ Presidente do Banco Central 
✓ Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia 
O CMN reúne-se ordinária (uma vez ao mês) e/ou extraordinariamentepara discutir assuntos de 
interesse do SFN. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções divulgadas no Diário 
Oficial da União (DOU) e na página de normas do Conselho e do Banco Central (BC). 
São objetivos do CMN: 
▪ adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu 
processo de desenvolvimento; 
▪ regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou 
deflacionários de origem interna ou externa; 
▪ regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do país; 
▪ orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas de forma a 
garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional; 
▪ zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; 
▪ propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar 
mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos; 
 
 
5 
 
▪ coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e 
externa. 
 
São atribuições do CMN: 
▪ autorizar as emissões de papel-moeda; 
▪ aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BC; 
▪ fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e 
quaisquer operações em direitos especiais de saque e em moeda estrangeira; 
▪ disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias; 
▪ limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma 
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros; 
▪ estabelecer a meta para inflação; 
▪ determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão 
emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas; 
▪ regulamentar as operações de redesconto; 
▪ expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições 
financeiras; 
▪ outorgar ao BC o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir; 
▪ estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com títulos públicos; 
▪ regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que 
operam no país. 
 
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) como órgão de 
assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. A Comoc manifesta-se 
previamente sobre os assuntos de competência do CMN. Além da Comoc, a legislação prevê o 
funcionamento de mais sete comissões consultivas. 
 
 
6 
 
 
Membros da COMOC 
✓ Presidente do Banco Central - coordenador 
✓ Presidente da Comissão de Valores Mobiliários 
✓ Secretário-Executivo do Ministério da Economia 
✓ Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia 
✓ Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia 
✓ Diretores do Banco Central do Brasil* 
* Segundo o regimento interno da Comoc, são "quatro diretores do Banco Central do Brasil, indicados pelo 
seu Presidente". Como esta indicação é alterada de acordo com a pauta das reuniões, todos os diretores do 
BC tornam-se membros potenciais da Comoc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS... 
• A Secretaria-Executiva do CMN é exercida pelo Banco Central do Brasil; 
• Participam das reuniões do CMN: os Conselheiros, os membros da Comoc, os Diretores de 
Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil e representantes das Comissões 
Consultivas, quando convocados pelo Presidente do CMN; 
• Poderão assistir às reuniões do CMN: assessores credenciados individualmente pelos 
conselheiros, convidados do presidente do conselho e funcionários da secretaria-executiva do 
conselho, credenciados pelo Presidente do Banco Central do Brasil; 
• Somente aos conselheiros do CMN é dado o direito de voto. 
 
 
7 
 
1.2. Banco Central do Brasil (BC ou Bacen) 
O Banco Central é uma autarquia federal ligada ao 
Ministério da Economia, que tem como missão garantir a 
estabilidade do poder de compra da moeda do país, o Real, e 
assegurar a eficiência e o bom funcionamento do mercado 
financeiro local. A instituição é responsável por executar a 
estratégia estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional 
(CMN) para manter a inflação sob controle e atua como 
secretaria executiva desse órgão. 
A Diretoria Colegiada do Bacen é composta por até nove membros, um dos quais o Presidente, 
todos nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade 
em assuntos econômico-financeiros, após aprovação pelo Senado Federal. A Diretoria é assim composta: 
✓ Presidência; 
✓ Diretoria de Administração; 
✓ Diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos; 
✓ Diretoria de Fiscalização; 
✓ Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução; 
✓ Diretoria de Política Econômica; 
✓ Diretoria de Política Monetária; 
✓ Diretoria de Regulação; e 
✓ Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania. 
A Diretoria Colegiada reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana e, extraordinariamente, na 
forma prevista no Regimento do Bacen, presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substituto, e metade 
do número de Diretores. 
O Bacen tem sede em Brasília, capital do País, e representações nas capitais dos Estados do Rio 
Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Essas 
últimas auxiliam no fornecimento de dinheiro em cédulas e moedas, estudam a conjuntura regional, 
fiscalizam instituições financeiras e prestam atendimento direto aos cidadãos que não podem comparecer 
à sede em Brasília. 
São atribuições do Bacen: 
▪ emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN; 
▪ executar os serviços do meio circulante; 
▪ receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das 
instituições financeiras e bancárias que operam no país; 
Edifício Sede do Bacen em Brasília 
 
 
8 
 
▪ realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras dentro de um 
enfoque de política econômica do governo ou como socorro a problemas de liquidez; 
▪ regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; 
▪ efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos 
públicos federais; 
▪ exercer o controle de crédito sob todas as suas formas; 
▪ exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário; 
▪ autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições 
financeiras; 
▪ estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições 
financeiras privadas; 
▪ vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais; 
▪ controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado 
cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior. 
 
Múltiplas Atividades 
 
Em resumo, é por meio do BC que o Estado intervém diretamente no sistema financeiro e, 
indiretamente, na economia. 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
1.2.1. Comitê De Política Monetária - COPOM 
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de 
estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. 
A reunião do Copom segue um processo que 
procura embasar da melhor forma possível a sua 
decisão. Os membros do Copom assistem a 
apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que 
tratam da evolução e perspectivas das economias 
brasileira e mundial, das condições de liquidez e do 
comportamento dos mercados. Assim, o Comitê utiliza 
um amplo conjunto de informações para embasar sua 
decisão. Depois, a reunião é reservada para a discussão 
da decisão entre os membros. 
A decisãoé tomada com base na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele 
associados. Todos os membros do Copom presentes na reunião votam e seus votos são divulgados, cabendo 
ao Presidente voto de qualidade. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida 
pelo IPCA se situe em linha com a meta definida pelo CMN. 
A decisão do Copom é divulgada no 
mesmo dia da decisão por meio de Comunicado na 
internet.O período de vigência da meta para a Taxa 
Selic terá início no dia útil seguinte a cada reunião 
do Copom.As Atas das reuniões do Copom são 
publicadas no prazo de até seis dias úteis após a 
data da realização das reuniões. Normalmente, as 
reuniões do Copom ocorrem em terças e quartas-
feiras e a ata é divulgada na terça-feira da semana 
seguinte, às 8h. 
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do Diretor de 
Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se ajustes até o último dia do ano 
de sua divulgação. 
ATENÇÃO! 
É muito comum o Bacen ter um número de diretores inferior ao número de diretorias. Salienta-se 
que a autarquia sempre terá 9 (nove) diretorias, mas nem sempre terá 9 (nove) diretores. Por isso 
temos que ratificar que “a Diretoria Colegiada do Bacen é composta por ATÉ nove membros”. 
Foto da 227ª Reunião do COPOM 
 
 
10 
 
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de 
mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima 
ao valor definido na reunião. 
A taxa de juros Selic é a referência para os demais juros da economia. Trata-se da taxa média 
cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema 
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). 
Para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o Banco Central precisa 
se comunicar de forma clara e transparente. Além do comunicado e da ata da reunião, o Banco Central 
publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa a evolução recente e as perspectivas da 
economia, com ênfase nas perspectivas para a inflação. 
 
 
1.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia, 
com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, 
ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia 
financeira e orçamentária. 
A CVM é administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovados pelo Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida 
competência em matéria de mercado de capitais. O mandato dos dirigentes será de cinco anos, vedada a 
recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos membros do Colegiado. 
• REUNIÕES DO COLEGIADO: O Colegiado da CVM se reúne semanalmente, em sessão 
reservada, para analisar as matérias de competência da Autarquia, inclusive sobre as questões 
decididas pelas suas diversas áreas executivas, atuando como órgão máximo de deliberação. 
 
 
11 
 
• INFORMATIVOS DO COLEGIADO: Os Informativos do Colegiado, contendo somente as 
decisões proferidas, são disponibilizados até o dia seguinte ao encontro na página da CVM. 
São objetivos da CVM: 
▪ assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 
▪ proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de 
administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira 
de valores mobiliários; 
▪ evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais 
de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; 
▪ assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as 
companhias que os tenham emitido; 
▪ assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; 
▪ estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
▪ promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular 
as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. 
São atribuições da CVM: 
▪ registro de companhias abertas; 
▪ registro de distribuições de valores mobiliários; 
▪ credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores 
mobiliários; 
▪ organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; 
▪ negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
▪ administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
▪ suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; 
▪ suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar 
recesso de bolsa de valores. 
 
 
 
12 
 
Exercícios – Estrutura do SFN 
 
1. (FGV/2014 – BNB) 
O Banco Central do Brasil (BC ou BACEN) foi criado pela lei nº 4595, de 31/12/1964, para atuar como 
órgão executivo central do sistema financeiro, tendo como funções cumprir e fazer cumprir as 
disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN (Conselho 
Monetário Nacional). Entre as atribuições do Banco Central estão: 
(A) emitir papel-moeda, exercer o controle do crédito e exercer a fiscalização das instituições 
financeiras, punindo-as quando necessário; 
(B) determinar as taxas de recolhimento compulsório, autorizar as emissões de papel-moeda e 
estabelecer metas de inflação; 
(C) regulamentar as operações de redesconto de liquidez, coordenar as políticas monetárias creditícia 
e cambial e estabelecer metas de inflação; 
(D) regular o valor interno da moeda, regular o valor externo da moeda e zelar pela liquidez e solvência 
das instituições financeiras; 
(E) determinar as taxas de recolhimento compulsório, regular o valor interno e externo da moeda e 
autorizar as emissões de papel-moeda. 
 
2. (FGV/2014 – BNB) 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável pela fixação das diretrizes das políticas 
monetária, creditícia e cambial do país. Não cabem ao CMN funções executivas. 
O número de membros do CMN foi variável desde a sua criação (31/12/1964), de acordo com as 
exigências políticas e econômicas de cada Governo. Em razão da Lei nº 9.069/95, em vigor, o CMN 
passou a ser integrado por: 
(A) 11 (onze) membros; 
(B) 10 (dez) membros; 
(C) 8 (oito) membros; 
(D) 4 (quatro) membros; 
(E) 3 (três) membros. 
 
3. (FGV/2014 – BNB) 
O Sistema normativo é composto pelas entidades que regulam e fiscalizam o funcionamento do Sistema 
Financeiro Nacional. Por esse motivo estão no topo do organograma, ou seja, as outras instituições têm 
que, obrigatoriamente, acatar as decisões do sistema normativo. Entre as entidades que compõem o 
Sistema Normativo, encontram-se: 
(A) sociedades corretivas e distribuidoras; 
(B) bancos múltiplos e de investimento; 
(C) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal; 
(D) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil; 
(E) Bolsa de Valores e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 
4. (FGV/2014 – BNB) 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro. A política do CMN 
objetiva: 
(A) regular o valor interno e externo da moeda; 
(B) controlar exclusivamente o fluxo de capitais estrangeiros; 
(C) realizar operações de redesconto e empréstimos, como instrumento de política monetária como 
auxílio a problemas de liquidez; 
(D) fiscalizar a interferência de outras sociedades nos mercados financeiros e de capitais; 
(E) emitir papel moeda e moeda metálica. 
 
5. (PAC/2014 – BANPARÁ) 
Compete a ele fixar as metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância de acordo com a 
estratégia governamental: 
(A) CMN 
12 
 
 
 
13 
 
(B) BACEN 
(C) COPOM 
(D)SFN 
(E) CETIP 
 
6. (PAC/2014 – BANPARÁ) 
É um órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. 
(A) Banco Central do Brasil 
(B) Conselho Monetário Nacional 
(C) Comissão de Valores mobiliários 
(D) Conselho Nacional de Seguros Privados 
(E) Banco do Brasil 
 
7. (PAC/2014 – BANPARÁ) 
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e 
fiscalizar o mercado de valores, portanto, tem a função de: 
(A) Assegurar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de 
mercadorias e futuros. 
(B) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais. 
(C) Controlar o nível de preços (Inflação). 
(D) Fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras. 
(E) Todas as alternativas estão certas. 
 
8. (CESGRANRIO/2014 – Banco da Amazônia) 
Atualmente, o Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos normativos, entidades supervisoras 
e por operadores. 
 
Um dos órgãos normativos que compõe o Sistema Financeiro Nacional é o(a): 
(A) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES 
(B) Banco Comercial 
(C) Conselho Monetário Nacional 
(D) Bolsa de Valores 
(E) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
 
9. (CESGRANRIO/2014 – Banco da Amazônia - Adaptada) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade que compõe o sistema financeiro nacional, 
além de ser uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia. 
 
A CVM é responsável por: 
(A) realizar transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto. 
(B) regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país 
(C) controlar e fiscalizar o mercado de seguro, a previdência privada aberta e a capitalização. 
(D) negociar contratos de títulos de capitalização. 
(E) garantir o poder de compra da moeda nacional. 
 
10. (CESPE/2014 – Caixa Econômica Federal) 
Com referência às funções do BCB, julgue os itens subsequentes. 
1 O CMN, órgão normativo que estabelece as regras de funcionamento e fiscalização dos entes 
participantes do SFN, é hierarquicamente subordinado ao BCB. 
2 O Brasil segue o regime de metas de inflação. Caso a meta não seja cumprida, o presidente do BCB 
divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao ministro de 
estado da Fazenda. 
 
 
13 
 
 
 
14 
 
11. (CESPE/2014 – Caixa Econômica Federal) 
A respeito das funções da CVM, julgue os próximos itens. 
1 A CVM é uma entidade privada sem fins lucrativos, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, 
dotada de autoridade administrativa independente. 
2 Compete à CVM manter o registro de companhias para negociação em bolsa e em mercado de 
balcão. 
 
12. (FCC/2014 – METRÔ-SP) 
Alguns dos principais objetivos da Comissão de Valores Mobiliários são: 
I. Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário. 
II. Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares. 
III. Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades 
anônimas de capital aberto. 
IV. Fiscalizar o mercado interbancário de câmbio e das operações com certificados de depósito 
interfinanceiro. 
É correto o que consta APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I e IV. 
(C) II e III. 
(D) II, III e IV. 
(E) I, II e III. 
 
13. (CESGRANRIO/2014 – Banco do Brasil) 
No Brasil, a condução e a operação diárias da política monetária, com o objetivo de estabilizar a 
economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema financeiro funcionando adequadamente, 
são uma responsabilidade do(a). 
(A) Caixa Econômica Federal 
(B) Comissão de Valores Mobiliários 
(C) Banco do Brasil 
(D) Banco Central do Brasil 
(E) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
 
14. (CESGRANRIO/2014 – Banco do Brasil) 
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil estabelece as ações que definem a 
política monetária do governo. 
O Copom. 
(A) administra as reservas em divisas internacionais do Brasil 
(B) determina periodicamente a taxa de juros interbancários de referência, a taxa Selic. 
(C) é presidido pelo Ministro da Fazenda. 
(D) impõe limites mínimos de capitalização aos bancos comerciais. 
(E) impede a entrada de capitais financeiros especulativos no país. 
 
15. (INAZ do Pará/2014 – BANPARÁ) 
Compete a ele fixar as metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância de acordo com a 
estratégia governamental: 
(A) CMN 
(B) BACEN 
(C) COPOM 
(D) SFN 
(E) CETIP 
 
16. (FUNDATEC/2015 – BRDE - Adaptada em 2019) 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei nº 4.595/1964. São integrantes do Conselho 
Monetário Nacional: 
14 
 
 
 
15 
 
I. Presidente do Banco Central do Brasil. 
II. Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia 
III. Ministro da Economia 
IV. Secretário da Receita Federal. 
V. Ministro-chefe da Casa Civil. 
VI. Secretário-geral da Presidência da República. 
Quais estão corretos? 
(A) Apenas I, II e III. 
(B) Apenas IV, V e VI. 
(C) Apenas I, II, III e IV. 
(D) Apenas II, III, VI e V. 
(E) I, II, III, IV, V e VI. 
 
17. (FUNDATEC/2015 – BRDE) 
São entidades normativas do Sistema Financeiro Nacional: 
(A) Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, Superintendência de Seguros Privados e 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar. 
(B) Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários. 
(C) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional de 
Previdência Complementar. 
(D) Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica 
Federal. 
(E) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Casa da Moeda. 
 
18. (FUNDATEC/2015 – BRDE) 
O Banco Central do Brasil possui natureza de: 
(A) Entidade privada sem fins lucrativos, integrante do Sistema Financeiro Nacional. 
(B) Fundação pública integrante do Sistema Financeiro Nacional. 
(C) Autarquia federal, integrante do Sistema Financeiro Nacional. 
(D) Empresa pública federal, integrante do Conselho Monetário Nacional. 
(E) Empresa pública federal, dotada de autonomia patrimonial e integrante da Administração Direta. 
 
19. (CESGRANRIO/2015 – Banco do Brasil - Adaptada) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais no 
Brasil, sendo 
(A) subordinada ao Banco Central do Brasil 
(B) subordinada ao Banco do Brasil 
(C) subordinada à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) 
(D) independente do poder público 
(E) vinculada ao poder executivo (Ministério da Economia) 
 
20. (CESGRANRIO/2015 – Banco do Brasil) 
O Banco Central do Brasil é um órgão do Subsistema Normativo do Sistema Financeiro Nacional. 
Ele determina, periodicamente, a taxa de juros de referência para as operações de um dia com títulos 
públicos, via atuação de seu(sua) 
(A) Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF) 
(B) Comitê de Política Monetária (COPOM) 
(C) Conselho Monetário Nacional (CMN) 
(D) Conselho de Administração 
(E) Câmara de Compensação de cheques e outros papéis 
 
21. (MAKIYAMA/2015 – Banestes) 
Assinale a alternativa CORRETA quanto a uma das competências do Banco Central do Brasil: 
(A) Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e das 
bolsas de mercadorias e futuros. 
15 
 
 
 
16 
 
(B) Executar a política monetária mediante utilização de títulos do Tesouro Nacional. 
(C) Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emissões irregulares 
de valores mobiliários, e contra atos ilegais de administradores de companhias abertas ou de 
carteira de valores mobiliários. 
(D) Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não-equitativas de 
administradores de companhias abertas, e de quaisquer participantes do mercado de valores 
mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei. 
(E)Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais de 
demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado. 
 
22. (CESGRANRIO/2015 – Banco do Brasil - Adaptada) 
Dentre alguns dos órgãos normativos integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), pode-se 
considerar o(a): 
(A) Comissão de Valores Mobiliários – CVM e a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. 
(B) Banco Central do Brasil – BCB e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – 
PREVIC. 
(C) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e o Conselho Nacional de Previdência Complementar 
– CNPC. 
(D) Ministério da Economia e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
(E) Conselho Monetário Nacional – CMN e o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. 
 
23. (FUNRIO/2016 – IF-PA) 
A taxa de referência do mercado, que regula as operações diárias com títulos públicos federais no 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia do Banco Central do Brasil, denomina-se taxa 
(A) básica do Banco Central. 
(B) de assistência do Banco Central. 
(C) de juros de longo prazo. 
(D) referencial. 
(E) selic. 
 
24. (FCC/2016 – PGE-MT) 
Ao Conselho Monetário Nacional compete uma série de atribuições, EXCETO 
(A) delimitar o capital mínimo das instituições financeiras privadas. 
(B) emitir moeda-papel e moeda metálica. 
(C) fixar as diretrizes e normas da política cambial. 
(D) disciplinar o crédito e as operações creditícias. 
(E) regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto. 
 
25. (Cespe/2016 – FUNPRESP-EXE) 
Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado de valores 
mobiliários. 
 
O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários supervisionam as corretoras e as 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, as quais prestam, entre outros serviços, consultoria 
financeira e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
26. (CESPE/2016 – FUNPRESP-JUD) 
A respeito de política monetária, julgue o próximo item. 
 
As atribuições do Comitê de Política Monetária (COPOM) incluem a definição da meta para a inflação. 
( ) Certo 
( ) Errado 
16 
 
 
 
17 
 
 
27. (FCC/2017 – DPE-RS) 
Compete ao Conselho Monetário Nacional 
 
(A) receber os recolhimentos compulsórios das instituições financeiras. 
(B) realizar operações de redesconto e empréstimos às instituições financeiras bancárias. 
(C) exercer o controle do crédito sob todas as suas formas. 
(D) regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de instituições financeiras. 
(E) exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas. 
 
28. (Cespe/2018 – BNB) 
A respeito do Banco Central do Brasil e das instituições públicas federais, julgue os itens subsecutivos. 
1 É competência privativa do Banco Central do Brasil autorizaras instituições financeiras a alienar ou, 
de alguma outra forma, transferir o seu controle acionário. 
 
29. (Cesgranrio/2018 – BB - Adaptada) 
No Brasil, a fixação das diretrizes e normas concernentes às políticas monetária, creditícia e cambial, é 
da competência do 
(A) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
(B) Ministério da Economia 
(C) Conselho Monetário Nacional 
(D) Banco Central do Brasil 
(E) Banco do Brasil 
 
30. (IADES/2018 – IGEPREV-PA) 
Segundo a Resolução BCB no 4.582/2017, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de 
inflação de 4,25% para o ano de 2019, com intervalo de tolerância de 1,5% para mais e para menos. A 
esse respeito, quanto ao principal instrumento utilizado pelo Banco Central para garantir o atingimento 
da meta de inflação, assinale a alternativa correta. 
(A) A compra de títulos públicos federais no mercado primário. 
(B) As operações de mercado aberto realizados com títulos públicos emitidos pelo Banco Central. 
(C) O controle de preços exercido mediante a redução da carga tributária. 
(D) A regulação da taxa de juros por meio de operações compromissadas com títulos do Tesouro 
Nacional. 
(E) O controle da concessão de crédito para evitar o sobre-endividamento da população. 
 
31. (FGV/2018 – Banestes - Adaptada) 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) possui órgãos normativos, supervisores e executores, com papéis 
bem definidos. 
A supervisão do mercado de capitais é responsabilidade: 
(A) do Conselho Monetário Nacional (CMN); 
(B) do Banco Central do Brasil; 
(C) da Bolsa de Valores; 
(D) do Ministério da Economia; 
(E) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 
32. (FGV/2018 – Banestes) 
Uma das entidades do Sistema Financeiro Nacional (SFN) é responsável pelo controle da inflação no 
país e atua para garantir a estabilidade financeira do sistema e das instituições. 
Essa entidade é o Banco Central, também responsável por: 
(A) autorizar as ofertas públicas iniciais de empresas 
(B) autorizar as emissões de debêntures 
17 
 
 
 
18 
 
(C) controlar o fluxo de capitais estrangeiros no Brasil 
(D) definir a meta de inflação no país 
(E) definir o superávit primário 
 
33. (FADESP/2018 – BANPARÁ) 
De acordo com a subdivisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN) em entidades normativas, 
supervisoras e operacionais, pode-se afirmar que: 
(A) funcionam como entidades normativas: o Banco Central do Brasil (BCB), a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a Superintendência Nacional 
de Previdência Complementar (PREVIC). 
(B) funcionam como entidades supervisoras: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). 
(C) funcionam como entidades operacionais: Agências de Fomento, Associações de Poupança e 
Empréstimo, Bancos de Câmbio, Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento, Companhias 
Hipotecárias, Cooperativas Centrais de Crédito, Sociedades de Crédito, Financiamento e 
Investimento, Sociedades de Crédito Imobiliário e Sociedades de Crédito ao Microempreendedor. 
(D) funcionam como entidades supervisoras: entidades operadoras auxiliares, administradores de 
mercados organizados de valores mobiliários, como os de Bolsa, de Mercadorias e Futuros e de 
Balcão Organizado, as companhias seguradoras, as sociedades de capitalização, as entidades 
abertas de previdência complementar e os fundos de pensão. 
(E) funcionam como entidades operacionais o Banco Central do Brasil (BCB), a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a Superintendência Nacional 
de Previdência Complementar – PREVIC. 
 
34. (FGV/2018 – Banestes) 
É competência do Comitê de Política Monetária – Copom a fixação: 
(A) da taxa do CDI 
(B) da taxa Selic diária 
(C) da meta para a taxa Selic 
(D) da Taxa de Juros de Longo Prazo 
(E) do superávit primário 
 
35. (FCC/2019 – Banrisul - Adaptada) 
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida Pública Federal 
externa e interna é 
(A) do Banco Central do Brasil. 
(B) do Ministério da Economia. 
(C) da Secretaria do Tesouro Nacional. 
(D) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
(E) do Conselho Monetário Nacional. 
 
36. (FCC/2019 – Banrisul) 
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a autorização para 
funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é concedida 
(A) pelo Conselho Monetário Nacional. 
(B) pela Comissão de Valores Mobiliários. 
(C) pela Presidência da República. 
(D) pelo Banco Central do Brasil. 
(E) pelo Senado Federal. 
 
18 
 
 
 
19 
 
 
37. (FCC/2019 – Banrisul) 
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de dinheiro 
em espécie é competência 
(A) da Casa da Moeda do Brasil. 
(B) do Sistema de Pagamentos Brasileiro. 
(C) do Banco Central do Brasil. 
(D) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 
(E) da Secretaria do Tesouro Nacional.38. (FCC/2019 – Banrisul - Adaptada) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao 
Ministério da Economia, que tem o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado 
de valores mobiliários no Brasil. Para tanto, o seu mandato legal contempla 
(A) proteger as instituições financeiras intermediárias. 
(B) assegurar o sigilo das informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que 
os tenham emitido. 
(C) estimular a formação de poupança e a sua aplicação em títulos do Tesouro Nacional. 
(D) estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob 
controle público. 
(E) evitar modalidades de manipulação destinadas a criar condições artificiais de negociação no 
mercado de valores mobiliários. 
 
39. (IADES/2019 – BRB) 
A atividade principal de uma sociedade administradora de cartão de crédito, pessoa jurídica não 
financeira, é a prestação de serviços remunerados, e não a intermediação financeira. Suponha que o 
titular de um cartão de crédito não efetuou o pagamento integral do saldo devedor na data do 
vencimento da fatura. Nesse caso, o cliente entra automaticamente no crédito rotativo do cartão, que 
é 
(A) financiado pela própria administradora de cartão de crédito. 
(B) financiado por uma operação de crédito realizada por instituição financeira distinta da 
administradora de cartão de crédito. 
(C) parcelado com melhores condições de financiamento desde que o cliente tenha efetuado o 
pagamento mínimo obrigatório de 15% do valor da fatura. 
(D) parcelado, independentemente das condições do financiamento. 
(E) renovado, a cada mês, até que o cliente efetue o pagamento integral da fatura. 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01) A 08) C 15) A 22) E 29) C 36) D 
02) E 09) B 16) A 23) E 30) D 37) C 
03) D 10) EC 17) C 24) B 31) E 38) E 
04) A 11) EC 18) C 25) Certo 32) C 39) B 
05) A 12) E 19) E 26) Errado 33) C 
06) B 13) D 20) B 27) D 34) C 
07) A 14) B 21) B 28) Certo 35) E 
19 
 
 
 
20 
 
 
 
 
2. PRODUTOS BANCÁRIOS 
 
2.1. Noções de Cartões de Crédito e Débito 
Os cartões de crédito e débito, também conhecidos como dinheiro de plástico, se tornaram nos 
últimos anos um dos meios de pagamento mais utilizados nas transações comerciais. Práticos, fáceis de 
usar e aceitos em inúmeros estabelecimentos, esses instrumentos vêm ao longo do tempo fazendo com que 
as pessoas utilizem cada vez menos o cheque e até mesmo as moedas em espécie. 
Antes de adentrarmos para as particularidades desses dois tipos de cartões, vamos conhecer 
alguns termos relacionados ao mercado deles. 
 
Bandeiras 
São instituições que autorizam o uso de sua marca e de sua tecnologia por emissores e 
credenciadoras de estabelecimentos. Essas marcas aparecem nos cartões e nos estabelecimentos 
credenciados. 
 
 
Cartão de Crédito 
É um meio de pagamento eletrônico que possibilita o portador adquirir bens e/ou serviços, pelo 
preço à vista, nos estabelecimentos credenciados e realizar saques de dinheiro em equipamentos eletrônicos 
habilitados. O cartão pode ser emitido para pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No caso de pessoa 
jurídica, os cartões serão emitidos em nome dos sócios e/ou funcionários, podendo constar o nome da 
empresa que assume a responsabilidade perante o emissor. 
O cartão contém, geralmente, as seguintes características: 
✓ nome do portador; 
✓ número do cartão; 
✓ data de validade; 
✓ espaço para assinatura; 
 MÓDULO 2 
 
 
21 
 
✓ itens de segurança (hologramas e outros sinais específicos); 
✓ tarja magnética e/ou "chip"; 
✓ identificação do emissor e da bandeira. 
 
Cartão de Débito 
É um meio de pagamento vinculado a uma conta bancária que, entre outras funções, é utilizado 
para aquisição de bens e/ou serviços. O valor da transação é debitado na conta bancária, no ato da compra, 
mediante disponibilidade de saldo. 
 
Cartão Múltiplo 
É um meio de pagamento que contém as funções de débito e crédito, habilitando o portador a ter 
acesso aos serviços disponibilizados e pela rede de estabelecimentos credenciados. 
 
 
 
 
 
 
Credenciadoras 
São empresas que habilitam estabelecimentos fornecedores de bens e/ou prestadores de serviços 
para aceitarem cartões. 
 
Emissores 
Os cartões podem ser emitidos por: 
✓ Instituições Financeiras: emitem e administram cartões (crédito e débito) próprios ou de 
terceiros e concedem financiamento direto aos portadores. 
✓ Administradoras: são empresas não financeiras que emitem e administram cartões próprios 
ou de terceiros, mas não financiam diretamente os seus clientes. As administradoras de 
cartões representam portadores perante as Instituições Financeiras para obtenção de 
financiamento, cujos encargos são cobrados dos mesmos. 
FUNÇÃO 
CRÉDITO
FUNÇÃO 
DÉBITO
CARTÃO 
MÚLTIPLO
 
 
22 
 
Validade do Cartão 
O cartão somente poderá ser utilizado até a data de validade nele inscrita. Em caso de renovação 
pelo emissor, o portador receberá um novo cartão. É responsabilidade de portador titular destruir o(s) 
cartão(ões) vencido(s), inutilizando-o(s) completamente. 
 
Tipos de Cartões 
✓ Básico: nacional e/ou internacional, não pode ser associado a programas de benefícios e/ou 
recompensas. 
✓ Diferenciado: além de permitir o pagamento de compras, está associado a programas de 
benefícios e recompensas. 
 
Tarifas que podem ser cobradas pela emissora do cartão: 
✓ anuidade; 
✓ para emissão de 2ª via do cartão; 
✓ para retirada em espécie na função saque; 
✓ no uso do cartão para pagamento de contas; e 
✓ no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. 
 
 
 
 
 
 
O que deve constar na fatura do cartão de crédito: 
✓ limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passível de 
contratação; 
✓ gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados; 
SAIBA MAIS... 
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem automática 
relativa à movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo 
fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado, e ainda pelo fornecimento 
emergencial de segunda via de cartão de crédito. Esses serviços são considerados “diferenciados” 
pela regulamentação. 
 
 
23 
 
✓ identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores; 
✓ valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma separada; 
✓ valor dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, no caso de o cliente optar pelo 
pagamento mínimo da fatura; e 
✓ Custo Efetivo Total (CET) para o próximo período. 
 
 
 
 
 
 
Quando o usuário do cartão não paga integralmente a fatura, a Administradora do Cartão busca o 
financiamento do saldo devedor junto a uma instituição financeira, por delegação do usuário (cláusula-
mandato). Neste caso são cobrados encargos financeiros sobre o saldo não liquidado. 
 
Opções de pagamento: 
✓ Pagamento do valor integral até o vencimento: neste caso não há cobrança de encargos 
financeiros, como os juros e IOF; 
✓ Pagamento parcial da fatura (mínimo ou outro valor distinto do total): 
a) Parcelamento da fatura - o total de parcelas pode já estar definido em contrato ou ser 
discutido caso a caso; no parcelamento há cobrança de encargos financeiros, juros e IOF no 
valor da fatura seguinte; 
b) Pagamento do valor mínimo sem parcelamento do restante – o cliente adere ao crédito 
rotativo, sujeitando-se ao pagamento dos juros e dos encargos financeiros previstos em 
contrato; 
c) Pagamento de valor inferior ao mínimo sem parcelamento - cliente fica inadimplente, 
podendo ser aplicados os procedimentos previstos no contrato para situações de 
inadimplemento, tais como juros do crédito rotativo, multa de 2% sobre o principal e juros 
de mora. 
 
ATENÇÃO! 
O percentual de pagamento mínimo da faturapoderá ser livremente pactuado entre a instituição e 
o cliente. Caso haja alteração desse percentual pela instituição emissora do cartão o cliente 
deverá ser comunicado, com, no mínimo, 30 dias de antecedência. 
 
 
24 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
✓ As taxas de juros são livremente pactuadas entre o cliente e a emissora do cartão; 
✓ A regulamentação proíbe a remessa do cartão de crédito sem prévia solicitação; 
✓ A instituição pode debitar em conta os valores relativos à fatura do cartão de crédito, desde 
que previamente solicitado ou autorizado pelo usuário, por escrito ou por meio eletrônico, a 
realização do débito. A referida autorização pode ser ou ter sido concedida no próprio 
instrumento contratual de abertura de conta; 
✓ O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é 
importante salientar que o cancelamento do contrato não quita ou extingue dívidas pendentes; 
✓ O Banco Central regula e fiscaliza os serviços de pagamentos vinculados a cartão de crédito; 
✓ Toda instituição emissora de cartão de crédito deve possuir oferta de cartão de crédito básico. 
O valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão 
diferenciado; 
✓ O prazo máximo de utilização de crédito rotativo é de 30 dias, até o vencimento da fatura 
subsequente (Resolução 4.549). 
 
2.2. Crédito Direto ao Consumidor - CDC 
 
• Conceito: Operação de crédito concedida a pessoas físicas ou jurídicas para a aquisição de 
bens e serviços. 
• Onde contratar: Em bancos ou financeiras, ou por intermédio de lojas. 
• Prazo: Até 60 meses 
• Juros e encargos: As taxas de juros variam em função da instituição financeira, do prazo de 
pagamento e do valor do empréstimo. Há também a cobrança do Imposto sobre Operações 
Financeiras (IOF). 
• Garantia da operação: Na maioria das vezes o bem financiado constitui a garantia da 
operação. Pode-se exigir a garantia de um avalista pessoa física ou jurídica. 
• Vantagens do CDC 
✓ As prestações podem ser antecipadas e o plano quitado a qualquer momento; 
✓ O cliente escolhe quanto vai dar de entrada e quanto vai financiar; 
✓ Nos contratos prefixados, que já têm os juros embutidos na prestação, é possível saber 
quanto vai se pagar ao longo do período; 
 
 
25 
 
✓ Na opção prefixada, as prestações são fixas em reais e não sofrem correção. 
• Desvantagens do CDC 
✓ As taxas de juros são mais baixas nos prazos de financiamentos curtos e mais elevadas no 
caso de financiamentos mais longos. 
✓ Em períodos longos, o consumidor acaba pagando uma pesada parcela de juros. 
 
2.3. Crédito Rural 
 
É o suprimento de recursos financeiros para aplicação exclusiva nas atividades agropecuárias. 
Modalidades: 
a) crédito rural corrente: suprimento de recursos sem a concomitante prestação de assistência 
técnica à nível de empresa. 
b) crédito rural educativo: suprimento de recursos conjugado com a prestação de assistência 
técnica, compreendendo a elaboração de projeto ou plano e a orientação ao produtor. 
c) crédito rural especial: destinado a cooperativas de produtores rurais, para aplicações próprias 
ou dos associados e; programas de colonização ou reforma agrária. 
 
Favorecidos: 
• produtor rural (pessoa física ou jurídica); 
• cooperativa de produtores rurais.; 
• pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique às seguintes 
atividades: 
a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; 
b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões; 
c) prestação de serviços mecanizados, de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive 
para proteção do solo; 
d) prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais; 
 
 
26 
 
e) medição de lavouras; 
f) atividades florestais. 
• serviços de escoamento da produção (comercialização); 
• o silvícola, desde que, não estando emancipado, seja assistido pela Fundação Nacional do Índio 
(Funai). 
 
Origem dos Recursos: 
• Fontes Fiscais: BNDES e fundos constitucionais; 
• Poupança Rural: 60% 
• Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): 35% 
• Depósitos à Vista: 30% 
 
Finalidades: 
a) custeio (agrícola ou pecuário): destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos. 
b) investimento: destina-se a aplicações em bens ou serviços cujo desfrute se estenda por vários 
períodos de produção. 
c) comercialização: destina-se a cobrir despesas próprias da fase posterior à coleta da produção 
ou a converter em espécie os títulos oriundos de sua venda ou entrega pelos produtores ou 
suas cooperativas; 
d) industrialização: destina-se à industrialização de produtos agropecuários, quando efetuada por 
cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural. 
 
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) 
O crédito rural foi criado no País em 1935. Durante 30 anos, sua gestão coube ao Banco do Brasil, 
por meio da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial. 
Em 1965, o assunto passou à responsabilidade do Banco Central, com a implementação do Sistema 
Nacional de Crédito Rural (SNCR), que objetiva conduzir os financiamentos, sob as diretrizes da política 
creditícia formulada pelo Conselho Monetário Nacional, em consonância com a política de desenvolvimento 
agropecuário. 
 
 
27 
 
 
 
Garantias: 
a) penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal e cedular; 
b) alienação fiduciária; 
c) hipoteca comum ou cedular; 
d) aval ou fiança; 
e) seguro rural ou do amparo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); 
f) proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de direitos, 
contratual ou cedular; 
g) outras que o Conselho Monetário Nacional admitir. 
 
Formalização: 
a) Com garantia real 
✓ Cédula Rural Pignoratícia (CRP); 
✓ Cédula Rural Hipotecária (CRH); 
✓ Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH); 
b) Sem garantia real 
✓ Nota de Crédito Rural (NCR); 
 
 
28 
 
c) Com ou sem garantia real ou fidejussória 
✓ Cédula de Crédito Bancário (CCB) e contrato. 
 
Despesas: 
a) remuneração financeira; 
b) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e 
Valores Mobiliários (IOF); 
c) custo de prestação de serviços; 
d) as previstas no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); 
e) prêmio de seguro rural, observadas as normas divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros 
Privados; 
f) sanções pecuniárias; 
g) prêmios em contratos de opção de venda, do mesmo produto agropecuário objeto do 
financiamento de custeio ou comercialização, em bolsas de mercadorias e futuros nacionais, e 
taxas e emolumentos referentes a essas operações de contratos de opção. 
 
 
 
 
 
Utilização: 
O crédito rural deve ser liberado diretamente ao mutuário de uma só vez ou em parcelas, por caixa 
ou em conta de depósitos, de acordo com as necessidades do empreendimento, devendo as utilizações 
obedecer a cronograma de aquisições e serviços. 
 
Reembolso: 
O crédito rural deve ser pago de uma só vez ou em parcelas, segundo os ciclos das Explorações 
financiadas. 
ATENÇÃO! 
Ressalvados os casos expressamente previstos, a instituição financeira é obrigada a fiscalizar a 
aplicação do valor financiado. 
 
 
29 
 
Deve-se estabelecer o prazo e o cronograma de reembolso em função da capacidade de 
pagamento do beneficiário, de maneira que os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção 
dos rendimentos da atividade assistida. 
 
Fiscalização: 
É atribuição do BC verificar se as instituições financeiras e /ou cooperativas que concederam o 
recurso estão fiscalizando de maneira adequada aqueles que tiveram acesso ao crédito, além de verificar 
se o benefício está sendo repassado como deveria. 
As instituições financeiras, por sua vez, podem utilizar equipamentos como drones ou fotos feitas 
a partir de satélites (sensoriamento remoto) parafiscalizar a aplicação do crédito. Checagens individuais são 
obrigatórias para aqueles que tiveram acesso a um montante a partir de R$ 800 mil. 
 
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): 
O empreendedor familiar rural é aquele que pratica atividades no meio rural, em área não maior 
do que quatro módulos fiscais, que utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades 
econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, dentre outros quesitos. 
Pescadores artesanais que explorem a atividade como autônomos, silvicultores que promovam o 
manejo sustentável de florestas nativas ou exóticas, quilombolas e indígenas também podem ser tomadores 
de crédito. 
Os recursos do Pronaf podem ser disponibilizados de forma individual ou coletiva. As taxas efetivas 
de juros variam entre 2,5% ao ano (para o cultivo de arroz, feijão, mandioca, tomate, cebola, batata inglesa 
e trigo, entre outros) a 5,5% ao ano (para a aquisição de animais destinados a recria e engorda e outras 
culturas e criações). 
 
Plano Safra: 
O Plano Safra ajuda agricultores a custear a safra e a investir. O plano é lançado anualmente (sua 
vigência coincide com o período da safra) e reúne um conjunto de políticas nas áreas de assistência técnica 
e extensão rural, crédito, seguro da produção, preço, comercialização e organização econômica. 
Nos últimos anos, os juros do Plano Safra variaram entre 6,5% e 8,5% ao ano. 
 
 
 
30 
 
Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO): 
O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) é um programa do governo federal 
que garante o pagamento de financiamentos rurais de custeio agrícola quando a lavoura amparada tiver 
sua receita reduzida por causa de eventos climáticos ou pragas e doenças sem controle. 
O Proagro tem como foco principalmente os pequenos e os médios produtores, embora esteja 
aberto a todos dentro do limite de cobertura estabelecido na regulamentação. É administrado pelo Banco 
Central, regulamentado pelo CMN e os agentes são as Instituições Financeiras (bancos e cooperativas). 
 
2.4. Caderneta de Poupança 
A Caderneta de Poupança é o investimento mais popular do país. Sua forma de aplicação financeira 
é muito simples, mas o retorno do investimento é atualmente bastante baixo. 
A Caderneta de Poupança é produto exclusivo das sociedades de crédito imobiliário, das carteiras 
imobiliárias de bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimo e das caixas econômicas – 
entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE. 
A Poupança tem um papel social. Por lei, 65% dos depósitos em cadernetas de poupança devem 
ser destinados ao financiamento habitacional. 
Como todo investimento, a Poupança pode apresentar desvantagens e vantagens, a saber: 
 
 
 
31 
 
Remuneração da Caderneta de Poupança 
São dois os cenários possíveis de rentabilidade na Caderneta de Poupança: 
1) Se a Taxa Selic for superior a 8,5% ao ano, então, a remuneração da poupança será de 0,5% 
ao mês mais a TR1 (Taxa Referencial); 
2) Caso a Selic seja igual ou menor do 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da 
Selic mais a TR. 
A remuneração da Poupança é subdividida nas seguintes partes: 
✓ Remuneração básica: TR 
✓ Remuneração adicional - Juros:0,5%am ou 70% da Selic 
 
 
Outras características 
• São garantidas pelo FGC; 
• Contas abertas nos dias 29, 30 e 31 contam rendimento a partir do dia 1º do mês seguinte; 
• Rendimento mensal: PF e PJ s/ fins lucrativos 
• Rendimento trimestral: PJ (empresas) 
• Quando se faz um depósito em cheque, desde que ele não seja devolvido, a remuneração passa 
a ser feita a partir da data do depósito, independentemente do prazo de liberação. 
 
 
1 Atualmente a TR é utilizada no cálculo do rendimento de vários investimentos, tais como títulos públicos, caderneta de poupança e 
outras operações, tais como empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), pagamentos a prazo e seguros em geral. É 
calculada pelo Banco Central do Brasil, com base na taxa média mensal ponderada ajustada dos CDBs prefixados das trinta maiores 
instituições financeiras do país, eliminando-se as duas menores e as duas maiores taxas médias. 
 
 
32 
 
Serviços Essenciais vinculados à Caderneta de Poupança 
• Um cartão para movimentar a conta e o fornecimento de uma 2ª via (a 2ª via poderá ser 
cobrada quando a solicitação for por motivo de perda, roubo, furto, dano ao cartão ou outros 
motivos que não sejam de responsabilidade da instituição); 
• Dois saques por mês, inclusive por meio de cheque avulso; 
• Duas transferências, por mês, para conta corrente do mesmo titular, na mesma instituição 
financeira; 
• Dois extratos por mês, com a movimentação dos últimos 30 dias; 
• Consultas pela internet; 
• Um extrato com informações discriminadas, mês a mês, dos valores das tarifas e encargos de 
operações de crédito cobradas no ano anterior, fornecido até o dia 28 de fevereiro; e 
• Qualquer serviço realizado por meio eletrônico, no caso de conta que só pode ser movimentada 
por meio eletrônico (terminais de autoatendimento, internet, atendimento telefônico 
automatizado etc.). 
 
2.5. Capitalização 
Título de Capitalização (TC) é uma aplicação pela qual o Subscritor constitui um capital, segundo 
cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago 
em moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só pode ser comercializado 
pelas Sociedades de Capitalização devidamente autorizadas a funcionar. 
As Condições Gerais, além de determinarem os direitos e as obrigações do Subscritor/Titular e da 
Sociedade de Capitalização, estabelecem também todas as normas referentes ao título de capitalização. 
Tipos de Títulos de Capitalização (quanto à forma de pagamento) 
 
 
 
33 
 
Componentes 
 
 
Modalidades de Títulos de Capitalização 
• TRADICIONAL: Objetiva restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor 
total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamentos previstos 
tenham sido realizados nas datas programadas; 
• INSTRUMENTO DE GARANTIA: Permite que o saldo credor (tecnicamente chamado de 
“provisão matemática”) do título de capitalização seja utilizado como uma garantia ou caução 
de obrigação assumida pelo titular perante terceiro, por exemplo, no caso de aluguel de 
imóveis, como alternativa ao fiador ou ao seguro fiança locatícia. Durante a vigência do 
contrato principal que dispuser sobre a obrigação garantida, o resgate pelo titular somente 
poderá ocorrer com a anuência do terceiro garantido; 
• POPULAR: Tem por objetivo propiciar a participação do titular em sorteios, sem que haja 
devolução integral dos valores pagos. Normalmente, esta modalidade é a utilizada quando há 
cessão de resgate a alguma instituição; 
• INCENTIVO: Está vinculado a um evento promocional de caráter comercial instituído pelo 
Subscritor. O subscritor neste caso é a empresa que compra o título e o cede total ou 
parcialmente (somente o direito ao sorteio) aos clientes consumidores do produto utilizado no 
evento promocional; 
• FILANTROPIA PREMIÁVEL: É destinada aos interessados em contribuir com entidades 
beneficentes de assistência sociais. Nessa modalidade, por acordo expresso do participante que 
compra o título de capitalização, o direito de resgate é cedido à entidade beneficente, 
permanecendo com o comprador apenas o direito de participar de sorteios. Várias instituições 
 
 
34 
 
mantidas por doações no Brasil utilizam deste mecanismo e, muitas vezes, o valor arrecadado 
através dos produtos lastreados por títulos de capitalização são sua principal fonte de renda; 
• COMPRA-PROGRAMADA: A sociedade de capitalização garante ao titular, ao final da vigência, 
o recebimento do valor de resgate em moeda corrente nacional, sendo disponibilizadaao titular 
a faculdade de optar, se este assim desejar e sem qualquer outro custo, pelo recebimento do 
bem ou serviço referenciado na ficha de cadastro, subsidiado por acordos comerciais 
celebrados com indústrias, atacadistas ou empresas comerciais. 
 
Observações Importantes 
• Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos 
títulos com vigência superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a cada período de 12 
meses, por aplicação de um índice oficial estabelecido no próprio título; 
• Os títulos não podem ser resgatados a qualquer momento. Alguns prevêem prazo de carência, 
isto é, um período inicial em que o capital fica indisponível ao titular. Se o titular solicitar o 
resgate durante o período de carência ou se o título for cancelado, o resgate só poderá 
acontecer efetivamente (receber o dinheiro) após o encerramento do período de carência; 
• O capital de resgate de um TC será sempre inferior ao capital constituído por aplicações 
idênticas na caderneta de poupança, já que, dos pagamentos efetuados num título, desconta-
se uma parte para custear as despesas administrativas das Sociedades de Capitalização e, 
quando há sorteios, uma parcela para custear as premiações; 
• Um TC pode ser adquirido para outra pessoa. Nesse caso o subscritor, que é a pessoa que 
adquire o título e assume o dever de efetuar os pagamentos, pode, desde que comunique por 
escrito à Sociedade, a qualquer momento, e não somente no ato da contratação, definir quem 
será o titular, isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o 
sorteio. 
 
2.6. Previdência Privada 
Tipos de Planos / Benefícios 
Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva e podem 
oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício: 
• RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: geralmente denominada de aposentadoria. 
 
 
35 
 
• RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez 
total e permanente; 
• PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de 
inscrição em decorrência da morte do participante; 
• PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) 
indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante; 
• PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio 
participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente. 
Taxas Cobradas 
• TAXA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do 
fundo de investimento. 
• TAXA DE CARREGAMENTO: incide sobre cada depósito que é feito no plano. Ela serve para 
cobrir despesas de corretagem e administração. 
Fases de um Plano 
 
Período de acumulação 
 
 
 
36 
 
Tabela Regressiva 
É vinculada ao tempo da aplicação. Quanto maior for o prazo de acumulação ou quanto mais 
tempo você permanecer no plano, menor será a alíquota de imposto de renda na hora do resgate ou 
recebimento da renda. Veja abaixo: 
 
 
Tabela Progressiva 
É a mesma que determina a alíquota do Imposto de Renda sobre o seu salário. Na prática, o que 
determina a alíquota sobre o plano de previdência é o valor a ser resgatado ou transformado em renda. 
 
 
Período de utilização 
 
 
 
37 
 
PGBL X VGBL 
MODALIDADE PERFIL 
BENEFÍCIO 
FISCAL 
TRIBUTAÇÃO 
RENTABILIDADE RESGATE APOSENTADORIA 
PGBL 
PLANO GERADOR 
DE BENEFÍCIO 
LIVRE 
Indicado para quem: 
1) Faz a declaração 
completa do Imposto 
de Renda; 
2) Contribui para a 
Previdência Social 
(ou Regime Próprio) 
ou é aposentado; 
3)Pretende 
contribuir com até 
12% de sua renda 
bruta anual em 
previdência 
complementar. 
Os valores 
depositados 
podem ser 
deduzidos 
da base de 
cálculo do 
IR, em até 
12% da 
renda bruta 
anual. 
Diferentemente 
de outros 
investimentos, 
as contribuições 
em previdência 
não sofrem 
incidência de 
Imposto de 
Renda enquanto 
o dinheiro 
estiver investido. 
Assim, a reserva 
rende ainda mais 
ao longo do 
tempo. 
No momento 
do resgate, 
todo o valor 
resgatado está 
sujeito a 
incidência de 
Imposto de 
Renda. 
No momento do 
recebimento da 
renda, todo o 
valor recebido 
está sujeito à 
incidência de 
Imposto de 
Renda. 
VGBL 
VIDA GERADOR 
DE BENEFÍCIO 
LIVRE 
Indicado para quem: 
1) Faz a declaração 
simplificada do 
Imposto de Renda 
ou são isentos de IR; 
2) Contribui ou não 
para a Previdência 
Social (INSS) ou 
Regime Próprio; 
3) Pretende 
contribuir com mais 
de 12%* de sua 
renda bruta anual 
em previdência 
complementar. 
Os valores 
depositados 
não podem 
ser 
deduzidos 
do Imposto 
de Renda. 
Diferentemente 
de outros 
investimentos, 
as contribuições 
em previdência 
não sofrem 
incidência de 
Imposto de 
Renda enquanto 
o dinheiro 
estiver investido. 
Assim, a reserva 
rende ainda mais 
ao longo do 
tempo. 
No momento 
do resgate, 
apenas o 
rendimento 
(ganho de 
capital) 
alcançado no 
plano está 
sujeito a 
incidência do 
Imposto de 
Renda. 
No momento do 
recebimento da 
renda, apenas o 
rendimento 
(ganho de capital) 
alcançado no 
plano está sujeito 
à incidência do 
Imposto de 
Renda. 
 
 
2.7. Investimentos 
 
DEPÓSITOS A PRAZO 
Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e os Recibos de Depósito Bancário (RDB) são títulos 
privados representativos de depósitos a prazo feitos por pessoas físicas ou jurídicas. 
 
 
38 
 
 
 CDB 
 
RDB 
CONCEITO 
Certificado de Depósito Bancário 
 
Recibo de Depósito Bancário 
PODEM EMITIR 
Bancos Comerciais, Múltiplos, de 
Investimento, de Desenvolvimento, 
Caixa Econômica Federal e 
Sociedades de Crédito, 
Financiamento e Investimento - 
SCFI (financeiras)2 
 
Bancos Comerciais, Múltiplos, de 
Investimento, de Desenvolvimento, 
Caixa Econômica Federal, 
Sociedades de Crédito, 
Financiamento e Investimento - 
SCFI (financeiras) e Cooperativas de 
Crédito 
É TRANSFERÍVEL? 
Sim 
 
Não 
É RESGATÁVEL? 
Sim 
 
Sim, mas em caráter excepcional 
TEM GARANTIA? 
 
Pelo banco e pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) 
RENTABILIDADE 
 
Pré ou Pós-fixada 
 
LETRA DE CÂMBIO 
Enquanto uma modalidade de investimento, a Letra de Câmbio se assemelha muito a um 
Certificado de Depósito Bancário (CDB), mas com um detalhe: as LC’s são emitidas pelas Sociedades de 
Crédito, Financiamento e Investimento – SCFI (Financeiras). 
As Letras de Câmbio podem ter a sua rentabilidade classificada em: 
• Pós-fixada: a rentabilidade é atrelada a um indicador, geralmente o CDI. O retorno só será 
calculado na data de vencimento; 
 
2 Novidade implementada pela Resolução n.º 4.812/20 - BACEN 
 
 
39 
 
• Prefixada: a rentabilidade é definida no momento da aplicação. O retorno geralmente é 
expresso através de uma porcentagem; 
• Híbrida: a rentabilidade possui um componente pós-fixado e outro prefixado. O retorno 
geralmente é corrigido pelo IPCA (pós-fixado) e uma taxa fixa (prefixado). 
Outras características das LC’s: 
• Estão sujeitas à tributação do IR; 
• Tem incidência do IOF (30 primeiros dias); 
• Podem apresentar um prazo de carência, geralmente de 1 a 5 anos; 
• Possuem um prazo de vencimento, que na maioria dos casos é o mesmo período de carência; 
• Algumas possuem liquidez diária, podendo ser rapidamente resgatadas pelo investidor; 
• São cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC. 
 
FUNDOS DE INVESTIMENTO 
São instituições com personalidade jurídica própria, constituídas na forma de condomínio – 
aplicação em conjunto – com objetivo de reunir poupança para propiciar acesso a rentabilidades maiores a 
custos mais baixos. 
Os recursos aplicados por clientes em Fundos de Investimento não podem ser utilizados pela 
instituição financeira administradora para empréstimos e financiamentos a outros. 
Taxas e Custos 
✓ Taxa de Administração:praticamente todos os fundos; 
✓ Taxa de Performance: pode ser cobrada quando o resultado do fundo supera uma certa meta 
previamente estabelecida; 
✓ Taxa de Entrada: devida quando se faz o investimento; 
✓ Taxa de Saída: devida quando se realiza o resgate. 
Todos os custos do fundo devem ser obrigatoriamente descontados do valor da cota e, portanto, 
da rentabilidade divulgada. 
Tributação 
✓ Imposto de Renda (IR): recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro; 
 
 
40 
 
✓ Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): incide sobre o rendimento nos resgates feitos num 
período inferior a 30 dias. 
 
Alguns tipos de Fundos de Investimentos 
✓ Fundo de Renda Fixa: devem possuir, no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados 
diretamente ao fator de risco que lhe dá o nome; 
✓ Fundo de Ações: devem investir, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações e em outros 
valores mobiliários relacionados a ações; 
✓ Fundo Cambial: devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em ativos que 
sejam relacionados à variação de uma moeda estrangeira; 
✓ Fundo Multimercado: devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores de 
risco, sem compromisso de concentração em qualquer fator em especial. 
 
2.8. Planos de Seguros 
Contrato mediante o qual uma pessoa denominada Segurador, se obriga, mediante o recebimento 
de um prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros, 
previstos no contrato. 
 
Terminologias 
• Proponente: Pessoa que pretende fazer um seguro e que já firmou, para esse fim, a proposta; 
• Estipulante: Pessoa física ou jurídica que contrata apólice coletiva de seguros, ficando 
investido dos poderes de representação dos segurados perante a Seguradora; 
• Corretor: Pessoa física ou jurídica devidamente habilitada e registrada na SUSEP para 
intermediar e promover a comercialização de contratos de seguro, representando o Segurado 
junto às Seguradoras; 
 
 
41 
 
• Seguradora: Empresa autorizada pela SUSEP a funcionar no Brasil e que, recebendo o prêmio, 
assume os riscos descritos no contrato de seguro; 
• Risco: Evento incerto ou de data incerta que independe da vontade das partes contratantes e 
contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa de sinistro. Sem risco não pode haver 
contrato de seguro; 
• Prêmio: Importância paga pelo Segurado ou estipulante/proponente à Seguradora para que 
esta assuma o risco a que o Segurado está exposto; 
• Segurado: Pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, contrata o seguro em seu 
benefício pessoal ou de terceiros; 
• Endosso: Aditivo ao contrato pelo qual a Seguradora e o Segurado acordam quanto a alteração 
de dados, modificam condições ou objeto da apólice ou a transferem a terceiros; 
• Sinistro: Ocorrência de acontecimento previsto no contrato de seguro, de natureza súbita, 
involuntária e imprevista; 
• Franquia: Valor ou percentual definido na apólice que representa a participação do Segurado 
nos prejuízos indenizáveis consequentes de cada sinistro; 
• Indenização: quantia que, em caso de sinistro, o segurado recebe de forma a permitir a 
reposição integral do bem. 
 
Modalidades de Seguros 
• Seguros de Acumulação: são aqueles em que o segurado, ao pagar os prêmios do seguro, 
forma uma reserva que, depois de determinado período, retorna para ele, corrigida por um 
indexador e juros. Exemplos: Previdência Complementar Aberta (Tradicional, PGBL e VGBL), 
Títulos de Capitalização. 
• Seguros de Risco: são todos os outros em que os prêmios só têm retorno para o segurado na 
forma de cobertura de eventual sinistro. Exemplos: Auto e Responsabilidade Civil, Acidentes 
Pessoais, Saúde etc. 
 
Pulverização de Responsabilidades 
• Cosseguro: é quando duas ou mais seguradoras assumem a responsabilidade pelo mesmo 
risco, o que possibilita reduzir um perigo de grandes dimensões em responsabilidades menores, 
fazendo com que cada seguradora assuma a responsabilidade por uma parte do montante; 
 
 
42 
 
• Resseguro: É quando uma operação em que uma seguradora está envolvida ultrapassa o limite 
de sua capacidade econômica de indenizar, então ela transfere à resseguradora o excesso de 
responsabilidade; 
• Retrocessão: O ressegurador repassa parte das responsabilidades que assumiu para outro 
ressegurador ou seguradoras, com o objetivo de proteger seu patrimônio. Nessa operação, são 
cedidos riscos, informações e parte do prêmio de seguro. 
Tipos de Resseguradores 
• Local: ressegurador sediado no país, constituído sob a forma de sociedade anônima, que tenha 
por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. 
• Admitido: ressegurador sediado no exterior, com escritório de representação no país e 
cadastrado na Susep. 
• Eventual: empresa resseguradora estrangeira sediada no exterior, sem escritório de 
representação no país, cadastrada na Susep para realizar operações de resseguro e retrocessão. 
 
Tipos de Seguros 
• Seguro Rural: é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por permitir ao 
produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos 
adversos; cobre também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, 
o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores; 
• Seguro Compreensivo: garante, em geral, três riscos: incêndio, queda de raio e explosão; 
conjugam diversas coberturas adicionais, tais como: vendaval, queda de aeronaves, perda de 
aluguel, entre diversas outras; 
• Seguro de Danos: objetiva garantir ao segurado, até o limite máximo de garantia e de acordo 
com as condições do contrato, o pagamento de indenização por prejuízos, devidamente 
comprovados, diretamente decorrentes de perdas e/ou danos causados aos bens segurados, 
ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto; 
• Seguro de Pessoas: tem por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segurado 
e aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as garantias contratadas. Como 
exemplos de seguros de pessoas, temos: seguro de vida, seguro funeral, seguro de acidentes 
pessoais, seguro educacional, seguro viagem, dentre outros; 
• Seguro de Transportes: garante ao segurado uma indenização pelos prejuízos causados aos 
bens segurados durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em 
percursos nacionais e internacionais; 
 
 
43 
 
• Seguro de Crédito: tem por objetivo ressarcir o SEGURADO (credor), nas operações de crédito 
realizadas com clientes domiciliados no país, das perdas causadas por devedor insolvente; 
• Seguro de Veículos: para cobrir danos acidentais causados ao veículo, roubo ou furto do 
mesmo (ou suas partes), ressarcimento de danos (materiais ou pessoais) causados pelo veículo 
a terceiros, indenização aos passageiros acidentados do veículo (ou seus beneficiários) e 
assistência ao veículo e seus ocupantes, em caso de acidente ou pane; 
• Seguro de Garantia Estendida: tem como objetivo fornecer ao segurado, facultativamente e 
mediante o pagamento de prêmio, a extensão temporal da garantia do fornecedor de um bem 
adquirido e, quando prevista, sua complementação; 
• DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres): visa pagar 
indenizações a pessoas vitimadas por morte, invalidez permanente e despesas de assistência 
médica e suplementares; 
• DPEM (Danos Pessoais Causados por Embarcações): tem por finalidade dar cobertura aos 
danos pessoais causados por embarcações ou por sua carga às pessoas embarcadas, 
transportadas ou não transportadas, inclusive aos proprietários, tripulantes e condutores das 
embarcações, independentemente de a embarcação estar ou não em operação; 
• Seguro Popular de automóvel: modalidade recentemente regulamentada pela 
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, prevê a utilização de peças

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