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Biossegurança no Ambiente Cirúrgico Profª Enfª Adriana Pettenon Biossegurança no Centro Cirúrgico O que é? Biossegurança na área da saúde pode ser entendida como a aplicação e a reflexão de princípios de segurança para a proteção do meio ambiente , da saúde do trabalhador e dos paciente envolvidos no processo de saúde e doença dentro de uma instituição de saúde (SOBECC, 2013). Biossegurança no Ambiente Cirúrgico • É proporcionar um ambiente seguro e sustentável para quem cuida e quem é cuidado. Biossegurança no Ambiente Cirúrgico Definição e Classificação de Risco • “Situação ou fator de risco é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que tem o potencial de causar um efeito adverso que pode ser morte, lesões doenças ou danos a saúde, á propriedade ou ao meio ambiente” Biossegurança no Ambiente Cirúrgico Biossegurança no Ambiente Cirúrgico Riscos ocupacionais • Físicos: riscos relacionados a alguma forma de energia, incluindo radiação, extrema, ruído, pressão vibração, temperatura anormal, iluminação, umidade, ultrassom, artigos cortantes e pontiagudos, etc. Riscos ocupacionais • Químicos: englobam todas as substâncias químicas que possam penetrar no organismo respiratórias, pela pele, por ingestão ou pelas vias na forma de névoa, poeira, neblina, gás, fumaça. Riscos ocupacionais • Biológicos: identificados pelo contato com bactérias, fungos, protozoários, vírus, bacilos e parasitas. Riscos ocupacionais Riscos ocupacionais • Situacionais: ferramentas, Incluem equipamentos, instalações, materiais, operações, que gerem condições inseguras no local de trabalho, capazes de provocar lesões a integridade física dos trabalhador. Riscos ocupacionais • Humanos ou comportamentais Decorrentes da ação ou omissão humana e resultantes da interação entre pessoas em um mesmo ambiente fechado e altamente desgastante. Biossegurança no Ambiente Cirúrgico • A partir da análise do ambiente determina- se um mapa de riscos ocupacionais a unidade. • E este serve para elaborar rotinas e planos de treinamentos aos trabalhadores daquele local. Ergonomia “É um estudo da adaptação do homem ao ambiente de trabalho”. • Envolve as qualidades químicas, físicas e psicológicas do ambiente, assim como instrumentos de trabalho, dimensionamento do local e organização do trabalho de forma a prevenir possíveis doenças. Ergonomia • A ergonomia trata da interação entre trabalhador e o ambiente de trabalho contribuindo na solução de problemas relacionados com a saúde , a segurança o conforto e a eficiência. • Uma análise adequada do ambiente interfere na vida profissional e social do indivíduo , diminuindo acidentes de trabalho e proporcionando produtividade , rendimento e motivação. Equipamento de Proteção Individual (EPI) • Todo o dispositivo ou produto de uso individual destinado a proteção dos riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Biossegurança no Ambiente Cirúrgico • Instituir ações relacionadas a prevenção do trabalhador do CC durante a execução de suas atividades, não protegem apenas o pessoal, mas mantem os pacientes mais protegidos de infecções adquiridas no ambiente hospitalar. • As precauções padrão são aplicadas a todos os pacientes em tratamento independente do seu diagnóstico ou estado de infecção presumido. Máscara N95 Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) Visam a proteção de acidentes com pacientes, funcionários e visitantes da instituição. Normas Regulamentadoras NR 32 • Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. NR 32 • Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as promoção, recuperação, assistência, ensino em saúde em qualquer ações de pesquisa e nível de complexidade. NR 32 • 32.2.4.3 Das Medidas de Proteção Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. NR 32 • 32.2.4.3.1 Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior. • 32.2.4.3.2 O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. NR 32 • 32.2.4.4 Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho. O empregador deve vedar: a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; b)o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; e) o uso de calçados abertos. NR 32 • 32.2.4.6 Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto. • 32.2.4.6.1 A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado NR 32 • 32.2.4.6.2 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais. • 32.2.4.6.3 O empregador deve providenciar locais apropriados para fornecimento de vestimentas limpas e para deposição das usadas. NR 32 • 32.2.4.6.4 A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infectocontagiosa e quando houver contato direto da vestimenta com material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador. • 32.2.4.7 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. Gerenciamento de Resíduos • Os Resíduos de serviços da saúde são classificados de acordo com suas características e consequentes riscos que podem provocar à saúde pública e ao meio ambiente, sendo classificados em cinco grupos: •Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que , por suas características de maior virulência , infectividade e concentração, podem apresentar risco de patógenos. Gerenciamento de Resíduos Subdivididos em: • resíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica: Cultura e estoques de microrganismo; vacinas vencidas ou inutilizadas; sobras de amostra de laboratório contendo sangue ou líquido corpóreo • resíduos provenientes de animais, por exemplo: Carcaças, peças anatômicas, vísceras; cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismo com risco de disseminação Gerenciamento de Resíduos • resíduos provenientes do ser humano, por exemplo: peças anatômicas (membros); produtos de fecundação sem sinais vitais; • resíduos provenientes de animais ou seres humanos que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes patológicos e não cause risco de disseminação: tecido adiposo gerados por procedimentos de cirurgia plástica; sobras de amostra de laboratório contendo fezes, urina e secreções;luvas; sondas; • resíduos com suspeitaou certeza de contaminação com príons.órgãos; tecidos; fluidos orgânicos;materiais resultantes da atenção a saúde humana ou animal . Gerenciamento de Resíduos • GRUPO B: (químicos): Resíduos contendo substâncias químicas que dependendo de suas características de inflamabilidade, toxidade, corrosividade e reatividade podem apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente, por exemplo: • medicamentos vencidos • produtos hormonais • antimicrobianos • reagentes para laboratório • efluentes dos equipamentos automatizados • saneantes • desinfetantes Gerenciamento de Resíduos • Grupo C: (radioativos): Quaisquer materiais radioativos ou contaminados com radio-nuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria. • Líquidos: Solvente aquoso; Solvente orgânico • Sólidos: Lixo radioativo em geral, Frasco original do radionuclídeo, radioativo biológico; • Gasosos: Os resíduos gasosos constituem-se de radionuclídeos gasosos ou subprodutos de outros resíduos Material Radioativo A principal fonte de resíduo radioativo hospitalar são os instrumentos de exames médicos, como as máquinas de raios-X. É importante que o gerador não armazene os resíduos diretamente no chão, mas em recipientes apropriados. Os depósitos também devem ser construídos seguindo especificações específicas. No destino final os resíduos geralmente vão para o solo, dentro de material adequado e depois coberto com concreto, para não afetar as pessoas e o meio ambiente. Material radioativo Os principais problemas do resíduo radioativo do hospital é que ele permanece contaminado por um longo período. Podendo chegar até mais de 100 mil anos. Também representa um constante risco em caso de vazamento da radiação. As consequências são graves, como: queimaduras, câncer, má formação de crianças e dependendo do grau de radiação levar a morte. Gerenciamento de Resíduos • Grupo D: (comum): Resíduos que podem ser comparados aos resíduos domiciliares por não apresentam risco biológico, químico ou radiológico a saúde ou ao meio ambiente. • sobras de alimentos • resíduos de varrição • resíduos de gesso provenientes da assistência a saúde • resíduos das áreas administrativas e outros similares Gerenciamento de Resíduos • Grupo E: (Perfurocortante): objetos ou instrumentos perfurocortantes ou escarificantes que podem ou não apresentar risco de contaminação, por exemplo: • Ampolas de vidro • Escalpes e Agulhas • Lâminas de bisturi • Lancetas • Tubos capilares • Utensílios de vidro quebrados no laboratório Gerenciamento de Resíduos • O gerenciamento dos Resíduos de saúde é essencial para evitar riscos aos trabalhadores, à saúde pública e danos ao meio ambiente. • É de responsabilidade da instituição de saúde planejar todo o processo de gerenciamento, desde a fase de identificação até o processo de tratamento e descarte final. • O gerenciamento inadequado desses resíduos pode ser considerado crime ambiental. Radioproteção • A equipe do CC está frequentemente exposta a radiação pois em muitos procedimentos são realizados estudos radiológicos antes durante e ao termino dos mesmos. estão • Os efeitos deletérios da radiação relacionados ao tempo exposição e a dose. • Tipos de Radiação • Ionizante: Aparelho de RX e Fluoroscopia • Não ionizante : Laser Radioproteção Radioproteção • A NR 32 apresenta algumas determinações aos trabalhadores que realizam atividades onde há exposição a fontes de radiações ionizantes: • Permanecer na sala cirúrgica apenas o pessoal necessário; • A lei 7.394/85 prevê jornada semanal especial de 24hs semanais aos profissionais da área. Radioproteção • Estar ciente dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho; • Estar capacitado em proteção radiológica; • Usar EPI adequado a minimização dos riscos e manuseá-los cuidadosamente para não danifica- los; distância segura (mínimo de 2m) da • Manter radiação. Radioproteção • Usar dispositivos de monitoramento individual de exposição a radiação ionizante, no caso de exposição ocupacional. Como funcionam os dosímetros? • É um dispositivo produzido de cristais de luminiscencia que acumula a radiação exposta no ambiente. • Quando submetido em laborátorio a processo térmico, essa radiação é liberada em forma de fótons (luz), a quantidade de fótons liberados é relativa a quantidade de dose de radiação ionizante. Dosímetro • Deve ser utilizado na altura do tórax, sobre o avental plumbífero. • Quando não estiver em uso, deve ser guardado junto ao dosímetro padrão. • Tem a finalidade de medir a radiação natural recebida pelos dosímetros que não são provenientes do trabalho de radiação. • Ele tem dois usos principais: proteção contra danos à saúde humana e para medição da dose em processos industriais
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