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A indústria extrativa e a degradação do meio ambiente

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A INDÚSTRIA EXTRATIVA E 
DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
A INDÚSTRIA EXTRATIVA E DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 Você já sabe que chamamos de extrativismo a atividade de 
retirada dos produtos da natureza para a utilização pelo homem, 
como a vegetação para obtenção da madeira, os minérios para 
a produção de objetos, os produtos energéticos, como petróleo 
e carvão, para serem utilizados como combustíveis. Também 
sabe que, hoje, por causa da  intensificação dessa retirada para 
atender às necessidades de consumo da indústria de 
transformação, são utilizadas técnicas mais apuradas e 
sofisticadas, com o uso de máquinas e equipamentos modernos 
para permitir uma produção sempre maior – é a essa nova forma 
de extração que damos o nome de indústria extrativa.
A INDÚSTRIA EXTRATIVA E A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
 Nas sociedades primitivas, a coleta era uma atividade que 
produzia pequenas alterações na natureza – a população era 
pequena e, normalmente, esgotada uma certa área, essa coleta 
deslocava-se para outros lugares, enquanto o terreno esgotado 
recompunha-se (no caso da vegetação, por exemplo). Hoje, 
com o aumento populacional e com o sistema capitalista, em 
que tudo vi ra mercadoria (você se lembra: tudo é 
comercializado para dar lucro), o processo de extrativismo vem 
produzindo estragos consideráveis ao meio ambiente – e o 
principal deles é, sem dúvida, o desmatamento! Vamos 
conhecer mais de perto o assunto? 
A INDÚSTRIA EXTRATIVA E A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
 Observe, no  planisfério a seguir, o nível  de desmatamento 
mundial atualmente: 
O DESMATAMENTO MUNDIAL
 Você observou, com certeza, que a maioria dos países 
desenvolvidos (os da Europa, principalmente) quase não tem 
mais sua cobertura vegetal original e que, quando  ainda  tem 
(caso do Canadá, da Rússia e até dos EUA), isso se deve mais às 
condições naturais, como climas inóspitos e montanhas, do que 
à ação preservadora do homem. 
O DESMATAMENTO MUNDIAL
 Por outro lado, você também observou que a maioria dos 
países subdesenvolvidos ainda mantém grande parte de suas 
áreas naturais e que são as suas florestas, principalmente as que 
se localizam na área equatorial, que se mantêm mais 
conservadas. Também aqui não é mérito da ação humana – na 
verdade, nesses países, a carência de recursos acaba por não 
permitir a apropriação econômica de todo o território! Observe 
que, nesse contexto, destacam-se a Amazônia e o Brasil, este 
como um dos países de maior área florestada! 
O DESMATAMENTO MUNDIAL
 As florestas tropicais, assim, ocupam 7% da Terra e abrigam 
mais da metade das espécies animais e vegetais. Quase 11 
milhões de hectares são desmatados por ano – há uma perda 
anual de 2% de seu total. Da área desmatada, podem sumir, 
anualmente, 35.000 espécies. Não é por acaso, portanto, que há 
um grito mundial para preservá-las! 
O DESMATAMENTO MUNDIAL
 A maior parte da atividade madeireira nas zonas tropicais, 
você já viu, é feita por grandes empresas multinacionais 
(americanas, alemãs e japonesas), que se aproveitam da 
inexistência de leis ambientais ou da ineficiência da fiscalização 
para retirar madeiras nobres, que são exportadas. 
 Em troca, os países subdesenvolvidos veem transferidos para 
seu território recursos e tecnologia dos quais dependem, em 
nome do "desenvolvimento". 
A DESTRUIÇÃO DAS MADEREIRAS
A DESTRUIÇÃO DAS MADEREIRAS
 Países como  Indonésia,  República Democrática do Congo 
e  Brasil têm destruído suas reservas florestais para atender às 
necessidades dessas empresas. 
 Na América Central e na Oceania, elas já estão quase 
extintas; Tailândia, Gana e Costa do Marfim já perderam cerca 
de 80% de suas matas tropicais. 
 A perda da vegetação provoca, além do comprometimento 
da fauna, alterações no sistema de drenagem, no clima e nos 
solos.
A DESTRUIÇÃO DAS MADEREIRAS
 As grandes empresas mineradoras, instaladas tanto nos países 
subdesenvolvidos como nos desenvolvidos, também promovem 
grandes impactos ambientais – são vastas áreas desmatadas, a 
abertura de enormes “chagas" no subsolo e a deterioração 
dos  solos.  Também  a infraestrutura do transporte e a energia 
necessária a essas atividades comprometem as regiões por onde 
passam. 
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
 Dentre todos os problemas, destaca-se, ainda, a poluição das 
águas fluviais e marinhas, com os detritos de produtos utilizados 
na separação de minérios: é o caso da contaminação pelo 
chumbo e pelo mercúrio. Além da saúde dos trabalhadores que 
exercem a atividade, o comprometimento da biologia aquática 
é enorme: nas baías de Minamata e Nihigata, no Japão, peixes 
contaminados por resíduos de mercúrio provocaram intoxicação 
em pescadores da região; na França, já se proibiu, em certos 
momentos, o consumo de ostras e mexilhões pelo perigo que 
representavam; na Itália, os mexilhões foram responsáveis pela 
propagação do vibrião da cólera.  
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
 O volume de líquido disponível para o consumo corresponde a menos 
de 1% da hidrosfera. Conheça essa pequena – mas essencial – fonte de 
água doce do mundo. 
 Apesar de a Terra ser chamada de planeta água e os oceanos 
dominarem a paisagem do globo, a quantidade de H2O disponível para 
nosso consumo é irrisória: do 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água 
da hidrosfera, apenas cerca de 2,5% são de água doce. Se essa não é 
uma cifra para comemorar, a garganta começa a secar mesmo quando 
observamos a distribuição desse pequeno “filete" de água doce: a maior 
parte, quase 70%, está sob a forma de gelo, ou seja, indisponível, nos 
polos (veja o quadro abaixo). 
A VIDA POR UM FIO D’ÁGUA
 As principais fontes para matar a sede dos bilhões de seres vivos no 
mundo são: as águas subterrâneas, captadas por meio da exploração de 
poços; as águas de superfície, que englobam desde lagos e rios até a 
umidade do solo; e a água presente na atmosfera. Tudo isso junto, 
contudo, não atinge 1% do volume da hidrosfera – o resto da água doce, 
como vimos, está aprisionado nas geleiras. Seja como for, mesmo que o 
volume relativo seja mínimo, os números absolutos de H2O à nossa 
disposição, felizmente, ainda são assombrosos. Confira a seguir os 
reservatórios que guardam todo esse precioso líquido. 
A VIDA POR UM FIO D’ÁGUA
A distribuição de água no planeta 
 Apenas uma pequena parte da água da Terra é acessível para 
uso humano 
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
A distribuição de água no planeta 
 Apenas uma pequena parte da água da Terra é acessível para 
uso humano 
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
A distribuição de água no planeta 
 Apenas uma pequena parte da água da Terra é acessível para 
uso humano 
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
A distribuição de água no planeta 
 Apenas uma pequena parte da água da Terra é acessível para 
uso humano 
O IMPACTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO
HORA DO DESAFIO
1. Com base no mapa apresentado anteriormente, identifique:
a) países com maior nível de desmatamento:
b) países com menor nível de desmatamento:
2. Responda, com suas palavras, ao que se pede a seguir:
a) Como o desmatamento compromete o sistema de drenagem?
b) Quais as alterações climáticas que podem ocorrer em função do
desmatamento? Por quê?
c)Quais as consequências do desmatamento para os solos tropicais?
GABARITO
HORA DO DESAFIO
1. RESOLUÇÃO:
Terraceamento e curvas de nível – Países asiáticos em que se faz a 
jardinagem para produção de arroz. 
Rotação de solos e cultivos – Países europeus. 
Irrigação – Países do Leste Europeu (Ásia Central), países africanos. 
2. RESOLUÇÃO:
Programa idealizado para aumentar a produção agrícola no mundo 
pelo uso de melhorias genéticas de sementes, uso intensivo de 
insumos, mecanização e redução do custo de manejo. 
Países: México, Brasil, Índia e Tailândia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLIGAN,Levon (et). Geografia, Espaço e vivência. Volume1, 6ª edição, 
Editora Atual, São Paulo, 2016. 
MELHEM, Adas (et). Expedições Geográficas, Volume 1, 9ª edição, 
Editora Moderna, São Paulo, 2013. 
VESENTINI, José Willian. Projeto Teláris - Geografia. Volume 1, 23ª edição, 
Editora Ática, São Paulo, 2009. 
CHIANCA, Rosaly Maria (et). Nos dias de hoje - Geografia. Editora Leya, 
São Paulo, 2013.

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