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OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NAS CIDADES OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NAS CIDADES Já vimos que a degradação ambiental sempre ocorreu porque o homem utiliza os recursos naturais como fontes de sobrevivência – e, historicamente, o acesso aos bens naturais tem sido dirigido pelos interesses econômicos, e não pelos interesses sociais ou ambientais. A Revolução Industrial, no entanto, intensificou esse processo, ampliando o modo de produção capitalista (lembre-se de que o maior objetivo é o lucro!) e a questão ambiental passou a constituir um problema. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NAS CIDADES Assim, cresceram as cidades, o consumo, as populações urbanas. As cidades foram se transformando segundo as necessidades da indústria e, principalmente, segundo a necessidade sempre crescente do lucro. Novos produtos, mais consumo, mais gente, mais transporte… Nos países desenvolvidos, o processo intensificou-se a partir do século XIX e, lentamente, foi se estruturando a cidade para atender às constantes demandas, seja de consumo, seja de atendimento às necessidades de suas populações. Nos países subdesenvolvidos, no entanto, esse processo é recente, ocorrendo de forma acelerada e desorganizada para atender aos interesses das multinacionais, com baixos investimentos nos setores de atendimento às necessidades mínimas da população. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NAS CIDADES É claro que a cidade também acaba por promover a degradação ambiental, com características locais. Alguns problemas ambientais são comuns a todas as cidades, pois dependem mais de aspectos físicos; outros são diferenciados pelos padrões socioculturais. Vamos conhecê-los? OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NAS CIDADES A ‘ILHA DE CALOR” A ocupação do espaço urbano implica a substituição dos elementos naturais existentes por grandes construções, o asfaltamento de ruas, a presença de grandes quantidades de gás carbônico produzido pela queima de petróleo pela indústria, mas, sobretudo, pelos automóveis, caminhões e ônibus que cortam a cidade. Todos esses elementos provocam o aumento da temperatura na área urbana, principalmente na sua parte mais central, onde a circulação dos ventos é dificultada pelos edifícios. Assim, cria- se um clima específico da cidade e surge a “ilha de calor", uma área mais aquecida do que as áreas vizinhas. A ‘ILHA DE CALOR” A INVERSÃO TÉRMICA A grande concentração de poluentes na atmosfera da cidade, or iundos das mais d iver sas fontes ( indús t r ias , automóveis e outros veículos etc.), também provoca um problema muito comum – uma neblina densa e escura (smog) que recobre a área, diminuindo a irradiação solar que chega até a superfície. A INVERSÃO TÉRMICA Em certos períodos do ano, quando a circulação dos ventos é mais fraca e, portanto, eles não conseguem remover a camada de poluentes, acontecem as inversões térmicas: o ar situado junto à superfície, que normalmente seria mais quente que o ar situado acima dela (quanto maior a altitude, menor a temperatura!), torna-se mais frio do que aquele que está em camadas mais elevadas- como o ar frio é mais denso que o ar quente, ele não consegue dispersar os resíduos poluidores, pois não há circulação de correntes de ar ascendentes. POLUIÇÃO SONORA Nas cidades, há excesso de barulhos: são as fábricas e suas máquinas, os automóveis e suas buzinas; são as construções de prédios e de avenidas feitas com aparelhos ruidosos; são as pessoas se movimentando e falando. Observe, no esquema a seguir, o nível de ruídos gerados na cidade e a tolerância humana a eles. POLUIÇÃO VISUAL Como vimos, o consumo é extremamente alto nas grandes aglomerações humanas. Assim, a concorrência entre as empresas produtoras é imensa: a multiplicação de cartazes publicitários e as informações sobre os produtos promovem intensa poluição visual – tente observar numa única avenida de uma grande cidade como fica difícil selecionar as informações! O LIXO A sociedade industrial é uma sociedade de consumo, e esse consumo, no entanto, é diferente nos países pobres e nos países ricos e, consequentemente, o lixo urbano também é diferenciado. Com certeza, você identificou que, graças ao maior poder aquisitivo, os países ricos consomem muito mais produtos industrializados e, consequentemente, o lixo dos ricos constitui-se de embalagens modernas, como plásticos, latas, papéis variados. Enquanto isso, nos países pobres, a maior parte do consumo é de alimentos, o que faz com que a maior quantidade de lixo seja de origem orgânica, portanto biodegradável. O LIXO O LIXO O LIXO Por outro lado, as condições tecnológicas e culturais permitem que parte do problema do lixo urbano dos países ricos seja sanado (com a incineração ou a reciclagem, por exemplo), enquanto, nos países pobres, eles permanecem em aterros que, na maior parte das vezes, comprometem o solo onde estão localizados, as áreas vizinhas e os mananciais, ocasionando a proliferação de insetos e ratos que disseminam doenças para a população. A CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS Novamente, existe a diferenciação socioeconômica e cultural: a poluição das áreas de mananciais nos países desenvolvidos ocorre, sobretudo, pela atividade industrial; já nos países subdesenvolvidos, a maior parte da contaminação ocorre devido à falta de estrutura de saneamento, sendo o esgoto despejado diretamente nas águas que drenam a cidade. Porém, já sabemos que nos países ricos há tecnologias de recuperação e reaproveitamento, sendo o investimento considerado fundamental para a qualidade de vida. Nos países pobres, a maioria da população não tem acesso à água tratada. A CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS HORA DO DESAFIO 1. Procure listar, segundo seus conhecimentos, o que é consumido e jogado fora em: Países ricos: Países pobres: HORA DO DESAFIO 2. Observe e analise o gráfico a seguir: GABARITO HORA DO DESAFIO 1. RESOLUÇÃO: Países ricos: Mais produtos industrializados. Países pobres: Mais produtos orgânicos. 2. RESOLUÇÃO: Quanto menor a renda per capita, menor o acesso da população à água tratada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOLIGAN,Levon (et). Geografia, Espaço e vivência. Volume 1, 6ª edição, Editora Atual, São Paulo, 2016. MELHEM, Adas (et). Expedições Geográficas, Volume 1, 9ª edição, Editora Moderna, São Paulo, 2013. VESENTINI, José Willian. Projeto Teláris - Geografia. Volume 1, 23ª edição, Editora Ática, São Paulo, 2009. CHIANCA, Rosaly Maria (et). Nos dias de hoje - Geografia. Editora Leya, São Paulo, 2013.
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