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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL ........................................................................................................... 2 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (CONTINUAÇÃO) .................................................................................. 2 
ANALOGIA ..................................................................................................................................... 2 
COSTUMES .................................................................................................................................... 2 
MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO ................................................................................................. 3 
NORMAS PENAIS EM BRANCO ......................................................................................................... 3 
CONCEITO ..................................................................................................................................... 3 
CLASSIFICAÇÕES ............................................................................................................................ 4 
NORMA PENAL EM BRANCO HETEROGÊNEA X PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ................................ 5 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................... 6 
GABARITO ......................................................................................................................................... 6 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (CONTINUAÇÃO) 
ANALOGIA 
Espécie de integração legislativa, sua finalidade é preencher as lacunas legislativas. 
A lógica a ser aplicada é a mesma em relação à medida provisória, portanto, é possível a 
utilização da analogia em benefício do réu (in bonam partem). 
 
ANALOGIA 
IN 
MALAM 
PARTEM 
É aplicada analogia em desfavor do réu, sua aplicação é proibida no Direito 
Penal brasileiro. Ex.: furto de sinal de TV a cabo (Art. 155, §3º, do CP) 
IN 
BONAM 
PARTEM 
É aplicada em benefício do réu, sua aplicação é admitida no Direito Penal 
brasileiro. Ex.: aborto sentimental (CP, Art. 128, II) no estupro de vulnerável 
(CP, Art. 217-A). 
IMPORTANTE: O Art. 20 da Lei nº 7.716/89 e a criminalização da 
homofobia. 
Recentemente, o STF decidiu pela criminalização da homofobia (Info 944) com base no 
Art. 20 da Lei nº 7.716/89. 
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito 
de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
Pena: reclusão de um a três anos e multa. 
Da leitura do dispositivo legal, verifica-se que não consta a discriminação em relação à 
orientação sexual. 
Dessa forma, ao criminalizar a homofobia ao arrepio do princípio da taxatividade, o STF 
decidiu com aplicação da analogia in malam partem. 
Não há dúvidas de que o tema vai ser abordado nos concursos públicos, contudo, em 
uma questão do tipo certo/errado, sugiro que assinalem o entendimento clássico, ou seja, a 
analogia é aplicada apenas em benefício do acusado. 
Entretanto, caso o enunciado seja específico e trate do julgamento acima, a resposta 
deverá ser aquela de acordo com a decisão do STF. 
COSTUMES 
Os costumes são fontes informais do Direito Penal, trata-se de condutas reiteradas cuja 
obrigatoriedade é acredita pelos indivíduos. 
DÚVIDA: É possível a atipicidade com fundamento nos costumes? 
A resposta é NÃO. 
Se a criação do tipo penal (crime) exige uma lei em sentido estrito, da mesma forma, a 
revogação deverá obedecer ao mesmo meio, tudo isso, em respeito ao princípio da simetria. 
Por exemplo, apesar de ser muito comum, até tolerada pelo Poder Público, o comércio 
de DVDs piratas, tal conduta continua a ser típica (criminosa) e, portanto, deve sofrer a 
repressão do Direito Penal. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
PRINCÍPIO DA SIMETRIA: Por tal princípio, não é possível a revogação de um tipo penal 
por meio de costume jurídico, ou seja, não é possível alegar a adequação social como 
circunstância apta a não tipificar o crime/contravenção. 
MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO 
TEMA DE APROFUNDAMENTO 
Como é sabido, o Direito Penal brasileiro adota a lei ordinária como instrumento 
legislativo apto a criar tipos penais. 
A opção é coerente e bastante prática, na medida em que é a espécie de lei mais fácil de 
ser aprovada, requerendo, apenas, a chamada maioria simples. 
Dessa forma, o legislador consegue acompanhar a evolução de novas condutas 
potencialmente lesivas à sociedade, tipificando-as por meio de um processo legislativo menos 
dificultoso. 
DÚVIDA: A CF/88 (Constituição) criou algum crime (tipo penal)? 
A resposta é NÃO. 
Apesar da CF/88 até tratar de crimes, como ocorre no Art. 5º, XLII, a verdade é que a 
Constituição não cria nenhum tipo penal. 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
Como é possível observar, segundo a Constituição, o crime de racismo é inafiançável e 
imprescritível, mas cabe ao legislador infraconstitucional criar o tipo penal correspondente. 
DÚVIDA: Pode o legislador deixar de tipificar (criminalizar) uma conduta que 
a Constituição expressamente diz ser crime? 
A resposta é NÃO. 
A Constituição, ao afirmar que determinada conduta é criminosa, cria uma obrigação, ou 
seja, manda que o legislador a tipifique penalmente, a isso se dá o nome de MANDADO DE 
CRIMINALIZAÇÃO. 
Em suma, apesar de a Constituição não criar crimes, a Lei Maior obriga o legislador a 
agir, sob pena de incorrer em omissão inconstitucional. 
NORMAS PENAIS EM BRANCO 
CONCEITO 
Trata-se de uma norma incompleta que, para ter sentido, exige uma complementação 
por meio de lei ou outro ato normativo. 
É uma técnica bastante interessante para evitar a ineficácia prática de dispositivos legais 
que regulam matérias sujeitas à rápida evolução/alteração. 
É o que ocorre, por exemplo, com o Art. 33, caput, da Lei de Drogas: 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, 
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, 
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Percebe-se que o dispositivo legal tipifica o tráfico de drogas, mas sem informar quais 
substâncias poderiam ser classificadas como tais. 
Diante disso, coube a uma portaria editada pela ANVISA trazer o rol dessas substâncias. 
A razão é simples: é muito mais célere a alteração de uma portaria para fazer incluir 
uma nova substância entorpecente do que ser obrigado a deflagrar o processo legislativo, caso 
o conceito de droga constasse em lei. 
CLASSIFICAÇÕES 
O tema é bastante recorrente em provas de concurso público, razão pela qual é 
importante o aluno se atentar às diversas classificações da norma penal em branco. 
NORMA PENAL EM BRANCO HOMOGÊNEA (IMPRÓPRIA) 
A norma penal em branco homogênea é aquela cujo complemento se dá por meio da 
mesma espécie normativa, no caso, a lei. 
Tal espécie se subdivide em: HOMOVITELÍNEA ou HETEROVITELÍNEA. 
A norma penal em branco homogênea homovitelínea é aquela cujo complemento se dá 
por meio da mesma lei da norma incompleta. 
Por exemplo, é o Art. 312, caput, do Código Penal (peculato): 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
O conceito defuncionário público consta no Art. 327 do Código Penal, ou seja, mesmo 
diploma legal do tipo penal incompleto. 
Por outro lado, norma penal em branco homogênea heterovitelínea é aquela cujo 
complemento se dá por meio de uma lei diferente. 
É o que ocorre com o Art. 237 do Código Penal: 
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de 
impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
As causas de impedimento para o casamento encontram-se elencadas no Art. 1.521 do 
Código Civil, ou seja, em diploma legal diverso do Código Penal. 
NORMA PENAL EM BRANCO HETEROGÊNEA (PRÓPRIA) 
A norma penal em branco heterogênea é aquela que o complemento se dá por meio de 
espécie normativa diversa da norma penal incompleta, por exemplo, por meio de um decreto 
ou portaria. 
É o que ocorre com o Art. 33 da Lei de Drogas, já mencionada anteriormente. 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
 
 
NORMA PENAL EM BRANCO AO AVESSO (INVERTIDA) 
Em regra, a complementação da norma penal em branco ocorre no preceito primário 
(descrição do tipo penal). 
Contudo, quando a necessidade de complemento se dá no preceito secundário (pena), 
tem-se a norma penal em branco ao avesso. 
Por exemplo, é o que ocorre no crime de genocídio (Lei nº 2.889/56): 
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, 
grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: (Vide Lei nº 
7.960, de 1989) 
a) matar membros do grupo; 
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do 
grupo; 
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência 
capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; 
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do 
grupo; 
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro 
grupo; 
Será punido: 
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra 
a; 
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b; 
Com as penas do art. 270, no caso da letra c; 
Com as penas do art. 125, no caso da letra d; 
Com as penas do art. 148, no caso da letra e. 
NORMA PENAL EM BRANCO AO QUADRADO 
Segundo Luiz Flávio Gomes, a norma penal em branco ao quadrado é aquela que ocorre 
quando a lei penal exige um complemento normativo para sua compreensão e este 
complemento faz referência a outro ato normativo. 
Por exemplo, o Art. 38 da Lei 9.605/98 tipifica a conduta de destruir ou danificar 
florestas de preservação permanente. 
Ao seu turno, o conceito de área de preservação permanente é dado pelo Código 
Florestal. 
Por fim, dentre as hipóteses constantes no Código Florestal, há aquela que pode ser 
declarada por ato normativo do Chefe do Poder Executivo. 
NORMA PENAL EM BRANCO HETEROGÊNEA X PRINCÍPIO DA 
LEGALIDADE 
NORMA PENAL EM 
BRANCO
HOMOGÊNEA
HOMOVITELÍNEA HETEROVITELÍNEA
HETEROGÊNEA
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7960.htm#art1iii.m
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7960.htm#art1iii.m
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art270
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art125
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art148
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
DÚVIDA: O fato do complemento da norma penal não se dar por meio de lei 
em sentido estrito violaria o princípio da legalidade? 
A resposta é NÃO. 
Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores, ainda que o complemento da norma 
penal em branco não seja lei em sentido estrito (por exemplo, portaria), tal circunstância não 
viola o princípio da legalidade. 
Dito de outra forma, é admissível a técnica da norma penal em branco, desde que a 
norma incompleta tenha densidade suficiente para satisfazer o princípio da taxatividade, 
deixando para o complemento apenas a função de complementar os elementos essenciais do 
tipo penal. 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE – 2019/PRF - Agente) - O Art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que não há 
crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. A norma penal deve ser instituída por lei 
em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a analogia no direito 
penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou alterar a pena. 
Certo ( ) Errado ( ) 
2. (CESPE – 2018/MPU - Analista) O item a seguir apresenta uma situação hipotética 
seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei 
penal, do concurso de pessoas e da culpabilidade. Um indivíduo, penalmente imputável, 
em continuidade delitiva, foi flagrado por autoridade policial no decorrer da prática 
criminosa de furtar sinal de TV a cabo. Nessa situação, de acordo com o atual 
entendimento do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a analogia ao caso concreto, no 
sentido de imputar ao agente a conduta típica do crime de furto de energia elétrica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: De fato, a norma penal deve ser instituída 
por lei em sentido estrito. 
Contudo, a doutrina e jurisprudência entendem ser cabível a analogia 
(hipótese de integração legislativa) no Direito Penal, desde que seja em benefício 
do acusado, ou seja, analogia in bonam partem. 
Assim, a vedação não é absoluta, mas restrita à analogia in malam partem, 
razão pela qual a questão está errada. 
 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: O princípio da legalidade exige lei em 
sentido estrito para se criar crime e cominar penas. 
Dessa forma, não é possível a utilização da analogia (integração da lei) para 
criar tipos penais não previstos na lei. 
Não obstante o Art. 155, §3º, do Código Penal prever o furto de energia 
elétrica, tal tipo penal não pode ser estendido, por analogia, para a hipótese de 
furtar sinal de TV a cabo. 
GABARITO
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
1. Errado 
2. Errado 
 
 
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