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CRAS: Centro de Referência da Assistência Social

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Centro de Referência da Assistência Social – CRAS 
 
O CRAS é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social sendo responsável pela organização e 
oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de 
vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF. Representa a principal estrutura física local para a proteção social básica e 
desempenha papel central no território onde se localiza. 
 
Qual (is) função (ões) do CRAS? 
Destacam-se como principais funções do CRAS: 
• Ofertar o serviço PAIF e outros serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica, para as famílias, 
seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; 
• Articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local; 
• Prevenir as situações de risco em seu território de abrangência fortalecendo vínculos familiares e comunitários e garantindo 
direitos. 
 
Onde instalar o CRAS? 
A localização do CRAS é fator determinante para que ele viabilize, de forma descentralizada, o acesso aos direitos 
socioassistenciais. O CRAS deve ser instalado prioritariamente em locais de maior concentração de famílias em situação de 
vulnerabilidade, com concentração de famílias com renda per capita mensal de até ½ salário mínimo, com presença significativa 
de famílias e indivíduos beneficiários dos programas de transferências de renda, como o BPC - Benefício de Prestação 
Continuada, Bolsa Família e outros, conforme indicadores definidos na Norma Operacional Básica - NOBSUAS/2005. Cada 
município deve identificar o(s) território(s) de vulnerabilidade social e nele(s) implantar um CRAS, a fim de aproximar os 
serviços oferecidos aos usuários: 
• Nos casos de municípios de Pequeno Porte I e II, o CRAS poderá ser instalado em áreas centrais, ou seja, áreas de maior 
convergência da população. 
• Nos casos de territórios de baixa densidade demográfica, com espalhamento ou dispersão populacional (áreas rurais, 
comunidades indígenas, quilombolas, calhas de rios, assentamentos etc...) o CRAS deverá instalar-se em local de melhor acesso 
para a população ou poderá realizar a cobertura dessas áreas por meio de equipes volantes (ver equipes volantes). 
 
Qual (is) providência (s) deve ser observada (s) na implantação do CRAS? 
• Elaboração de diagnósticos socioterritorial e identificação de necessidades de serviços; 
• Planejamento com outras instâncias sociais a implantação da unidade; 
• Implantação das condições físicas, institucionais e materiais; 
• Seleção, admissão e capacitação da equipe de referência. 
 
Podem ser ofertados outros serviços no CRAS? 
Outros serviços, programas, benefícios e projetos de proteção social básica poderão ser ofertados no CRAS, conforme 
disponibilidade de espaço físico e de profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não prejudiquem a oferta do 
PAIF, ou seja, as demais atividades não poderão prejudicar a execução do PAIF e a ocupação dos espaços a ele destinados. Os 
demais serviços, programas, projetos e ações de proteção básica desenvolvidos no território de abrangência do CRAS devem ser 
a ele referenciados. (Caderno de Orientações Técnicas do CRAS). 
 
Qual o conceito de “território de abrangência do CRAS”? 
É o território delimitado a partir dos locais de residência das famílias referenciadas aos equipamentos. Os territórios têm 
histórias e características diferenciadas. Por isso, é importante reconhecer potencialidades e vulnerabilidades, bem como 
situações de risco presentes. O planejamento da(s) área(s) de cobertura do CRAS, pelo gestor municipal, é de extrema 
importância, ou seja, é preciso delimitar os bairros, as ruas que definam o território de abrangência do CRAS, bem como o 
número de famílias que ele referenciada. O número de famílias pode ser aproximado. Pode-se utilizar o Cadastro Único como 
instrumento neste planejamento. 
 
O que é “famílias referenciadas”? 
É a unidade de medida de famílias que vivem nos territórios de abrangência dos CRAS e que são elegíveis ao atendimento 
ofertado pelo Centro. 
 
Qual a capacidade de referenciamento de um CRAS? 
Segundo a NOB/SUAS 2012, a capacidade de referenciamento de um CRAS está relacionada: 
• Ao Número de famílias do território; 
• À estrutura física da unidade; e 
• À quantidade de profissionais que atuam na unidade. 
 
Qual a composição da equipe de referência do CRAS? 
Pequeno Porte I Pequeno Porte II 
Médio, Grande, Metrópole e Distrito 
Federal 
até 2.500 famílias referenciadas até 3.500 famílias referenciadas a cada 5.000 famílias referenciadas 
2 técnicos de nível superior, sendo 1 
assistente social e o outro, 
obrigatoriamente, psicólogo; 
3 técnicos de nível superior, sendo 2 
assistentes sociais e, obrigatoriamente1 
psicólogo; 
4 técnicos de nível superior, sendo 2 
assistentes sociais, 1 psicólogo e 1 
profissional que compõe o SUAS; 
2 técnicos de nível médio. 3 técnicos de nível médio. 
4 técnicos de nível médio. 
 
 
Obs. Além desses profissionais, as equipes de referência dos CRAS devem contar sempre com um coordenador, cujo perfil é: 
técnico de nível superior, concursado, com experiência em trabalhos comunitários e gestão de programas, projetos, serviços e 
benefícios socioassistenciais (NOB/RH e Resolução CNAS nº 17/2011). 
As Equipes volantes podem compor a equipe de referência nos casos dos CRAS que devem cobrir uma área grande. 
Obs: Outras classificações poderão ser estabelecidas, pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e deliberadas pelo 
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). 
 
Qual a quantidade de CRAS por município? 
Os critérios de partilha de recursos propostos na NOBSUAS permitem atender, gradualmente, nos próximos anos, a todos os 
municípios na perspectiva da universalização da Proteção Social Básica. A NOBSUAS 2012 não prevê quantidade mínima de 
CRAS por município. Todos os 5570 municípios já receberam a oferta para o cofinanciamento federal do Piso Básico Fixo 
(PBF). Os municípios que ainda não têm o cofinanciamento federal do PBF recusaram a oferta do serviço em expansões 
passadas e/ou ainda não atingiram os requisitos mínimos para receberem recurso federal. (Ver NOBSUAS 2012). 
Obs: O município pode manter com recursos próprios a quantidade de CRAS que considerar necessário. 
 
Qual a importância do CRAS para a proteção social e para as famílias? 
É por meio do CRAS que a proteção social da assistência social se territorializa e se aproxima da população, reconhecendo a 
existência das desigualdades sociais interurbanas e a importância da presença das políticas sociais para reduzir essas 
desigualdades. Previne situações de vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as potencialidades locais, 
modificando a qualidade de vida das famílias que vivem nas localidades. Ao estabelecer o PAIF como prioridade dentre os 
demais serviços, programas e projetos da proteção social básica, que tem como principal foco de ação o trabalho com famílias, 
bem como ao territorializar sua esfera de atuação, o CRAS assume como fatores identitários dois grandes pilares do SUAS: a 
matricialidade sociofamiliar e a territorialização. 
 
Qual deve ser o horário de atendimento do CRAS? 
O CRAS deve funcionar, no mínimo, por 40 horas semanais, 5 dias por semana, 8 horas por dia. Somente é considerado que o 
CRAS está em funcionamento por 8 horas se houver a presença da equipe de referência completa durante este período. 
O horário pode ser flexível, permitindo que o equipamento funcione nos finais de semana e horários noturnos, desde que isso 
ocorra para possibilitar uma maior participação das famílias e da comunidade nos programas, serviços e projetos 
operacionalizados nessa unidade. O horário de funcionamento do CRAS deve ser decidido em conjunto com as famílias 
referenciadas, ser amplamente divulgado e manter regularidade. 
 
O que é equipe de referência?Equipes de referência são aquelas constituídas por servidores efetivos responsáveis pela organização e oferta de serviços, 
programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial, levando-se em consideração o número de famílias e 
indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários. 
 
Qual a caracterização da equipe de referência do CRAS? 
A orientação é que toda a equipe de referência do CRAS seja composta por servidores públicos efetivos de modo a garantir a 
continuidade, eficácia e efetividade dos programas, serviços e projetos ofertados pelo CRAS, diminuindo a rotatividade de 
profissionais e permitindo o processo de capacitação continuado dos mesmos. Recomenda-se também que a seleção dos 
profissionais não concursados, deva ser realizada por um processo público e transparente, pautado na qualificação dos 
profissionais e no perfil requerido para o exercício das funções da equipe de referência do CRAS. 
 
Qual o perfil necessário para as equipes de referência do CRAS? 
A equipe de referência do CRAS é interdisciplinar e os perfis devem convergir de forma a favorecer o desenvolvimento das 
funções do CRAS. O trabalho social com famílias depende de um investimento e uma predisposição de profissionais de 
diferentes áreas a trabalharem coletivamente, com objetivo comum de apoiar e contribuir para a superação das situações de 
vulnerabilidade e fortalecer as potencialidades das famílias usuárias dos serviços ofertados no CRAS. 
 
Quais conhecimentos são necessários à equipe de referencia do CRAS? 
Em conformidade com o Caderno de Orientações Técnicas do CRAS, os profissionais, além dos conhecimentos teóricos, devem 
ser aptos para: executar procedimentos profissionais para escuta qualificada individual ou em grupo, identificando as 
necessidades e ofertando orientações a indivíduos e famílias, fundamentados em pressupostos teórico-metodológicos, ético 
políticos e legais; articular serviços e recursos para atendimento, encaminhamento e acompanhamento das famílias e indivíduos; 
trabalhar em equipe; produzir relatórios e documentos necessários ao serviço e demais instrumentos técnico operativos; realizar 
monitoramento e avaliação do serviço; desenvolver atividades socioeducativas de apoio, acolhida, reflexão e participação que 
visem o fortalecimento familiar e a convivência comunitária. 
O conhecimento da legislação social é fundamental para o exercício profissional da equipe técnica do CRAS. Constituindo 
instrumento de trabalho dos profissionais, devendo ser parte integrante do processo de educação permanente, o que segue: 
1) Constituição Federal de 1988; 
2) Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS/1993; 
3) Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA/1990; 
4) Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004; 
5) Política Nacional do Idoso - PNI/1994; 
6) Estatuto do Idoso; 
7) Política Nacional de Integração da Pessoa com Deficiência/ 1989; 
8) Legislação Federal, Estadual e Municipal que assegura direitos das pessoas com deficiência; 
9) Norma Operacional Básica da Assistência Social – NOB SUAS/2005; 
10) Norma Operacional Básica de Recursos Humanos – NOB RH/2006; 
11) Leis, decretos e portarias do MDS; 
12) Fundamentos éticos, legais, teóricos e metodológicos do trabalho com famílias, segundo especificidades de cada profissão; 
13) Legislações específicas das profissões regulamentadas; 
14) Fundamentos teóricos sobre Estado, sociedade e políticas públicas; 
15) Trabalho com grupos e redes sociais; 
16) Legislação específica do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, Benefícios Eventuais e do Programa 
Bolsa-Família; 
17) Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; 
18) Caderno de Orientações Técnicas do CRAS; 
19) Cadernos de Orientações Técnicas do PAIF – Volumes I e II. 
 
Qual o perfil dos profissionais que irão trabalhar com povos e comunidades tradicionais? 
As equipes destinadas a desenvolver trabalho com populações tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, 
ciganos, comunidades de matriz africana, etc.) ou específicas devem ser capacitadas e orientadas por um Antropólogo sobre as 
especificidades étnico-raciais e culturais da população atendida, contribuindo no planejamento, monitoramento e avaliação dos 
serviços e ações. Neste sentido, é importante que a equipe técnica estabeleça interlocução com as lideranças da comunidade 
atendida, para legitimar e auxiliar o trabalho realizado junto à comunidade. De acordo com a NOB-RH/SUAS, a composição 
das equipes de referência dos Estados para apoio a Municípios com presença de povos e comunidades tradicionais (indígenas, 
quilombolas e seringueiros) deve contar com profissionais com curso superior, em nível de graduação concluído em ciências 
sociais com habilitação em antropologia ou graduação concluída em qualquer formação, acompanhada de especialização, 
mestrado e/ou doutorado em Antropologia. 
 
Quais princípios devem orientar a intervenção dos profissionais? 
Os princípios éticos que devem orientar a intervenção dos profissionais da área de assistência social, segundo a NOB-RH/SUAS 
são: 
1) Defesa severa dos direitos socioassistenciais; 
2) Compromisso em ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de qualidade que garantam a oportunidade de convívio 
para o fortalecimento de laços familiares e comunitários; 
3) Promoção aos usuários do acesso à informação, garantindo conhecer o nome e a credencial de quem os atende; 
4) Compromisso em garantir atenção profissional direcionada para construção de projetos pessoais e sociais para autonomia e 
sustentabilidade; 
5) Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso aos benefícios e renda e aos programas de oportunidades para a inserção 
profissional e social; 
6) Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito de participar de fóruns, conselhos, movimentos sociais e 
cooperativas populares e de produção; 
7) Garantia do acesso da população a política de assistência social sem discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, 
credo, orientação sexual, classe social, ou outras), resguardando os critérios de elegibilidade dos diferentes programas, projetos, 
serviços e benefícios; 
8) Devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o 
fortalecimento de seus interesses; 
9) Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e 
melhorar os serviços prestados. 
 
Como deverá ser o espaço físico do CRAS? 
O espaço físico do CRAS e é reflexo da concepção de lugar de concretização de direitos socioassistenciais, local em que as 
famílias são acolhidas, onde são disponibilizados os serviços de proteção básica e encaminhamentos necessários. Os CRAS não 
podem ser instalados em edificações inadequadas e improvisados. Nesse sentido, cuidados devem ser observados na adequação 
do espaço físico do CRAS. O CRAS deve ter espaços que garantam a oferta de ações, procedimentos e atividades previstos pelo 
PAIF. Estes espaços devem ter ambiência, ser amplos e de qualidade, possibilitando o sigilo e confidencialidade das 
informações, e ainda deverão contar com acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 
 
Quais são os espaços mínimos exigidos para que um imóvel possa ser a sede do CRAS e oferte o PAIF? 
• Recepção + Sala de atendimento + Sala de uso coletivo + Sala administrativa + Copa + Banheiros. 
A quantidade e a metragem dos espaços ficam condicionadas à relação entre famílias referenciadas ao CRAS e a sua capacidade 
de atendimento anual. É imprescindível que os espaços que compõem o CRAS garantam acessibilidade aos seus usuários. Os 
CRAS devem estar adequados às normativas relacionadas à garantia de acessibilidade. Dentre os principais instrumentos 
reguladores destacam-se: Decreto nº 5.296/04, que regulamenta as leis Nº10.048/200 e Nº 10.098/2000 e a norma técnica 
ABNT NBR 9050: 2004. 
 
Com quais unidades não é permitido o CRAS compartilhar espaços? 
Associações Comunitárias, ONGs, Entidades Privadas e Estruturas administrativas (Resolução CIT nº 06, Caderno de 
Orientações Técnicas do CRAS). 
 
O que deve ser observado para o CRAS que compartilha espaços com outro equipamento público? 
 Oferta do PAIF: A identidade do equipamento enquanto lugar da execução do principal serviço da PSB deve ser preservada. 
É necessário observar a exclusividade de uso dos seguintes espaços: recepção, sala de atendimento individual (garantindo 
sigilo no atendimento), sala da coordenação, sala multiuso; 
 Garantia de identificação do equipamento, ou seja, a identidade do CRAS deve ser garantida por meio de placas padrão e 
sinalizações estrategicamente posicionadas nas áreas externas do imóvel, nos locais de mais fácil visualização para 
população usuária. 
 
O que significa os conceitos de “Referência” e “Contrarreferência” do CRAS? 
Referência - compreende o trânsito do nível menor para o de maior complexidade, ou o encaminhamento, feito pelo CRAS, a 
qualquer serviço socioassistencial ou para outra política setorial no seu território de abrangência. 
Contrarreferência - inversamente ao conceito de referência, compreende o trânsito do nível de maior para o de menor 
complexidade, como por exemplo, os encaminhamentos feitos do CREAS ou de outro serviço setorial ao CRAS. 
 
É obrigatório o uso da placa de identificação do CRAS? 
Sim. Todos os CRAS deverão receber identificação por meio de uma placa, de modo a garantir a visibilidade da unidade e o 
acesso facilitado das famílias beneficiárias, bem como sua vinculação ao SUAS. O CRAS deve ter a mesma nomenclatura em 
todo o país e significado semelhante para a população em qualquer território da federação. Desse modo, a placa de identificação 
do CRAS possui uma identidade visual, cujo modelo e especificações padrão. (Caderno de Orientações Técnicas do CRAS). 
 
 
O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) 
O CREAS é um equipamento público onde são oferecidos serviços com o objetivo de acolher, orientar, e acompanhar famílias e 
indivíduos em situação de violação de direitos, fortalecendo e reconstruindo os vínculos familiares e comunitários. 
 
Como o CREAS está estruturado? 
Na proteção especial há uma atuação de natureza protetiva. Os usuários atendidos no CREAS se encontram em uma situação de 
risco pessoal ou social, em que seus direitos foram violados ou ameaçados. Alguns exemplos de violações são o abuso sexual, a 
violência física ou psicológica, e o abandono ou afastamento do convívio familiar, evidenciando o rompimento ou fragilização 
desses vínculos. O trabalho realizado pela equipe de referência é subjetivo e demanda tempo. Além da disponibilidade dos 
profissionais que atuam no CREAS, é importante que os usuários assistidos envolvam seu tempo nas sessões de 
acompanhamento para que haja efetividade nos atendimentos. Na proteção especial, o atendimento exige maior especialização 
dos trabalhadores do SUAS, flexibilidade nas soluções, e acompanhamento familiar mais próximo e individualizado. Além 
disso, os serviços precisam ser efetivos e monitorados para assegurar a qualidade da atenção nesses casos. 
 
Serviços 
O CREAS tem o papel de executar, coordenar e fortalecer a articulação dos serviços socioassistenciais com as demais políticas 
públicas e com o sistema judiciário. 
Os serviços mais comumente ofertados no equipamento são: 
 Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos (PAEFI); 
 Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de Liberdade Assistida (LA) e 
Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). 
Existem outros serviços que podem ser ofertados no CREAS, porém na tipificação dos serviços socioassistenciais foram 
desenhados para serem atendidos preferencialmente através dos seguintes equipamentos: 
 Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP): 
- Serviço especializado em abordagem social; 
 - Serviço especializado para pessoas em situação de rua. 
 Centro-Dia de Referência: 
- Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias. 
Algumas propostas de serviços oferecidos são, por exemplo, o desenvolvimento de atividades para os adolescentes em conflito 
com a lei, a fim de despertar neles uma nova perspectiva de vida futura. Para as pessoas em situação de rua, são trabalhadas suas 
relações sociais com o objetivo de construir um novo projeto de vida, dentre outras propostas. 
 
Acesso 
 Encaminhados pelos serviços da rede socioassistencial, como o Serviço Especializado em Abordagem Social, ou outros 
setores públicos, como o Conselho Tutelar, Fórum, Secretaria de Saúde e Educação; 
 Procura pelo indivíduo ou pela família de forma voluntária, solicitando o atendimento diretamente no CREAS. 
 
Equipe 
As equipes de referência são as responsáveis por coordenar, executar e articular os serviços disponibilizados no CREAS. 
O quadro de profissionais que compõem o equipamento público deve ser multidisciplinar para que, baseado em estratégias 
pensadas em suas totalidades, a política da Assistência Social traga resultados expressivos para seus usuários. O número 
de trabalhadores contratados depende do porte do município e a capacidade de atendimento de cada equipamento. 
As especialidades exigidas para compor a equipe são assistente social, psicólogo (a), advogado (a), auxiliar administrativo, e 
profissional com ensino superior ou médio para ficar responsável pela abordagem dos usuários. 
 
Capacidade 
De acordo com o número de casos em situação de violação de direitos no município, é que é definida a capacidade de 
atendimento no equipamento público, e em consequência, a quantidade de CREAS a serem disponibilizados. 
 Pequeno porte I (até 20.000 habitantes): Atendimento em CREAS regional ou possibilidade de ter 1 CREAS, dependendo 
da demanda. 
 Pequeno porte II (de 20.001 até 50.000 habitantes): Deve ter pelo menos 1 CREAS 
 Médio porte (de 50.001 até 100.000 habitantes): Deve ter pelo menos 1 CREAS 
 Grande porte, metrópoles e DF (a partir de 100.001 habitantes): Deve ter pelo menos 1 CREAS a cada 200.000 habitantes. 
Municípios de pequeno e médio porte suportam no máximo 50 casos por unidade. Em cidades de grande porte ou metrópoles, o 
máximo de casos é 80. 
 
Quais as principais atribuições do CREAS? 
O trabalho realizado no CREAS é caracterizado por uma intensa articulação em rede, especialização e qualificação do 
atendimento. Os serviços disponibilizados em cada unidade são centralizados na família, com mobilização e participação social, 
focando nos territórios com maior vulnerabilidade e fazendo com que todos tenham acesso aos direitos socioassistenciais. 
O objetivo é que haja empoderamento do indivíduo para que possa sair da situação de violação de direito, fortalecendo e 
reconstruindo os vínculos familiares e comunitários. 
As principais atividades do dia a dia dos trabalhadores do CREAS podem ser resumidas da seguinte forma: 
 Atendimento aos usuários. Os seguintes grupos são atendidos: 
- Criança, adolescente e mulher; 
 - Idosos; 
 - Pessoas com deficiência; 
 - Pessoas em situação de rua; 
 - Adolescentes em conflito com a lei 
 Análise diagnóstica; 
 Desenvolvimento do Plano de Acompanhamento Familiar; 
 Acompanhamento, que pode se dar por sessões individuais ou em grupo; 
 Visitas domiciliares; 
 Concessão de benefícios: apesar de serem comumente ofertados no CRAS, podem ser disponibilizados no equipamento 
especializado também. 
 
 
Equipe Volante 
 
A Equipe Volante integra a equipe do CRAS e tem o objetivo de prestar serviços de assistência social a famílias que residem em 
locais de difícil acesso (áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, calhasde rios, assentamentos, dentre outros). 
Essa equipe é responsável por fazer a busca ativa destas famílias, desenvolver o PAIF e demais serviços de Proteção Social 
Básica, que poderão ser adaptados às condições locais específicas, desde que respeitem seus objetivos. 
Além disso, é responsável por apoiar a inclusão ou atualização cadastral das famílias no Cadastro Único, realizar 
encaminhamentos necessários para acesso à renda, para serviços da Assistência Social e de outras políticas. O deslocamento 
destas equipes é realizado por meio de carros ou das Lanchas da Assistência Social. 
 
https://blog.portabilis.com.br/intersetorialidade-das-politicas-sociassistenciais/
https://blog.portabilis.com.br/intersetorialidade-das-politicas-sociassistenciais/
https://blog.portabilis.com.br/servicos-programas-projetos-e-beneficios-na-assistencia-social-o-que-sao-e-por-que-precisam-trabalhar-integrados/
https://blog.portabilis.com.br/nob-rh-o-que-e-quais-seus-avancos-e-principais-desafios/
http://mds.gov.br/assistencia-social-suas/servicos-e-programas/servicos-de-protecao-social-basica-e-acoes-executadas-por-equipe-volante/lancha-da-assistencia-social
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