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Convulsão Definição • Contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele; • A contração ocorre por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais; • Parciais ou focais: parte do corpo, com área cerebral limitada afetada; - Associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como movimentos involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento de sentidos como paladar, olfato, visão, audição e fala, alucinações, vertigens e delírios; - Algumas vezes, essas manifestações são leves e podem ser atribuídas a problemas psiquiátricos; - Pode ou não ocorrer alterações do nível de consciência; • Generalizada: todo o corpo com os 2 hemisférios cerebrais afetados; - Pequeno mal: crise de ausência. Pessoas que, durante alguns segundos, ficam com o olhar perdido e não respondem quando chamadas. Quando a ausência dura mais de 10’’, a vítima pode manifestar movimentos automáticos, como piscar de olhos e tremor dos lábios, por exemplos. Essas crises chegam a ser tão breves que, às vezes, ele nem sequer se dá conta do que aconteceu; - Grande mal: convulsão tônico-clônica. Dura poucos minutos e há perda súbita de consciência; ▷ Fase tônica: todos os músculos dos braços, pernas e tronco ficam enrijecidos, contraídos e estendidos; ▷ Fase clônica: seguida a fase tônica. Começa a sofrer contrações rítmicas, repetitivas e incontroláveis. Pode haver saliva abundante e espumosa, mordida pelos dentes, a língua pode sangrar. Causas • Epilepsia ou outras doenças do sistema nervoso central, como hiperexcitabilidade cortical anormal (atividade elétrica anormal); • Intoxicações por álcool, drogas alucinatórias, gases, insulina, e outros agentes; • Traumatismo cranioencefálico; • Tumores do SNC; • Processos infecciosos do SNC (meningites e encefalites); • Outras lesões agudas do SNC (AVCI – AVCH); • Febre muito alta; • Hipoglicemia; • Edema cerebral; • Alcalose; • Erro no metabolismo de aminoácidos; • Hipocalcemia; • Lesão cortical adquirida; • Atividade elétrica paradoxal; • Convulsão não é sinônimo de epilepsia. Epilepsia → Epidemiologia: • A probabilidade de um indivíduo apresentar uma crise convulsiva em qualquer momento da vida é relativamente alta; • Representam 1 a 2% de todas as visitas ao departamento de emergência, e aproximadamente ¼ destas será uma primeira crise; Marianne Barone (T15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (T15A) HOMPS – Prof. Laercio Robles • Mais de 50 milhões de pessoas vivem com epilepsia no mundo; - Maior risco de morte prematura em 3 a 6 vezes; - Em muitos desses casos um fator desencadeante de crise pode ser identificado e, uma vez removido, a crise não deverá ocorrer; - Outras vezes não se identifica um fator causal para a crise convulsiva, mas ainda assim, muitas dessas vítimas não voltarão a ter crises; - Por fim, alguns indivíduos apresentam crises epilépticas espontâneas recorrentes, e são, portanto, considerados epilépticos. → Fases: • A vítima pode ter uma “aura” ou pressentimento, que precede o desencadeamento da crise convulsiva; • Aura: geralmente descrita como uma sensação estranha ou desagradável que vai do estômago em direção ao peito e à garganta. Para algumas vítimas, a aura pode ser sempre a mesma, como entorpecimento ou atividade motora (firo da cabeça ou dos olhos, espasmos de um membro) ou pode envolver sons e sabores peculiares; • Perda da consciência, muitas vezes palidez, cianose e espasmos de vários grupos musculares; • Em seguida, vem a fase crônica; • Finalizando, o estado pós-ictal; • Geralmente os movimentos incontroláveis duram de 30’’ a 5’, tornando-se, então, menos violentos com a vítima se recuperando gradativamente; • Depois da recuperação da convulsão ˙á perda da memória, que se recupera mais tarde. → Sintomas: • Olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos; • Inconsciência; • Queda desamparada, onde a vítima é incapaz de fazer qualquer esforço para evitar danos físicos a si próprio; • Movimentos involuntários e desordenados; • Corpo rígido e contração do rosto; • Espumar pela boca; • Perda de urina e/ou fezes (relaxamento esfincteriano); • Lábios cianosados; • Suor; • Midríase (pupila dilatada); • Morder a língua e/ou lábios; • Palidez intensa. → Ações: • Tentar evitar que a vítima caia desamparadamente, cuidando para que a cabeça não sofra traumatismo e procurando deita-la no chão com cuidado, acomodando-a; • Remover qualquer objeto com que a vítima possa se machucar e afastá-la de locais e ambientes potencialmente perigosos, como por exemplo escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento; • Não interferir nos movimentos convulsivos, mas se assegurar que a vítima não se machuque (colocar um apoio macio para a cabeça); • Afrouxar as roupas da vítima no pescoço e cintura; • Virar o rosto da vítima para o lado, se necessário, evitando, assim, a asfixia por vômitos ou secreções; • Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da vítima; • Observar a respiração durante e após a crise. Se houver asfixia, retirar da boca próteses dentárias móveis (pontes, dentaduras) e eventuais detritos; • Contatar o atendimento especializado; • Propiciar meios para que a vítima durma, caso ela queira, mesmo que seja no chão, no local de trabalho. A melhor posição para mantê-la é deitada na “posição lateral de segurança” (PLS); • Inspecionar o estado geral da vítima, a fim de verificar se ela está ferida e sangrando conforme o resultado desta inspeção, devemos proceder no sentido de tratar das consequências do ataque convulsivo, cuidando dos ferimentos e contusões. Lembretes • Não jogar água fria no rosto da vítima; • Não tentar “desenrolar a língua” da vítima; • Não tentar imobilizar a vítima; • Deve-se permanecer junto à vítima, até que ela se recupere totalmente; • Devemos conversar com a vítima, demonstrando atenção e cuidado com o caso, e informá-la onde está e com quem está, para dar-lhe segurança e tranquilidade; • Perguntar à vítima se ela é epiléptica; • Em qualquer caso de ataque convulsivo, a vítima deve ser encaminhada para atendimento especializado, especialmente se a vítima tiver um segundo ataque, se as convulsões durarem mais que 5’ ou se a vítima for mulher grávida.
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