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Saúde da Mulher: Dimensões Políticas, Históricas e Sociais

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Unidade I – Aula 1
Saúde da Mulher
Dimensões Políticas, históricas, 
legais e sociais
Prof. Sávio José da Silva Batista
Especialização em Docência em Nível Superior
Especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva
Mestrando em Ciências da Saúde/UFAM
Contato: saviojsb@gmail.com
Qual seu nome?
Já tem experiência na 
Assistência à mulher?
O que você espera da 
disciplina?
Ementa
• Estudo das políticas públicas de saúde da mulher, do parto e nascimento e suas
relações sociais, econômicas e culturais
• Aborda as fases evolutivas da vida da mulher, da puberdade e climatério
• Abordagem das causas de mortalidade materna. Saúde sexual e reprodutiva,
gênero, aborto e violência contra a mulher
• Planejamento reprodutivo, prevenção e tratamento de IST.
• Semiologia e semiotécnica aplicadas à saúde da mulher e ao recém nato em sala
de parto.
• Consulta de enfermagem no pré-natal e em ginecologia
• Ações preventivas no câncer de mama e cérvico-uterino.
• Enfermagem na atenção obstétrica, nas emergências e nas patologias de risco
não habitual.
• Humanização na assistência de enfermagem à mulher, ao recém nascido e à
família.
• Cuidados à puérpera e imediatos ao recém nascido, ao binômio mãe/bebê e à
família em alojamento conjunto
Objetivos Gerais
• Proporcionar a compreensão dos fenômenos
sociais e a sua relação com a vivência feminina,
entre eles, o processo saúde-doença e a assistência
de enfermagem integral à mulher.
• Fornecer ao aluno subsídios para adoção de visão
crítica e humanizada sobre a teoria e produção do
conhecimento junto ao universo feminino
Cronograma provisório
O Processo de 
Construção da 
Identidade 
Feminina
A maioria das sociedades, inclusive a
brasileira, institucionaliza o papel do
homem como diferente do papel da
mulher no seu discurso social (Graciano,
1978; Mead, 1969; Rocha-Coutinho, 1994)
Até o começo do século XX, informações sobre
as mulheres eram obtidas, sobretudo, no espaço
doméstico, através de cartas e diários, inclusive,
sabe-se que muitos foram destruídos pelas
próprias mulheres, geralmente casadas, para se
adequarem aos padrões socioculturais do silêncio e
quietude femininos.
Sociólogos classificam essa “divisão” do mundo a
partir das diferenças biológicas, de tal forma que
ambos os sexos detêm o poder; um, masculino,
público; outro, feminino, privado, ligado ao mundo
das mulheres com suas funções maternais e
reprodutoras.
RochaCoutinho (1994), em sua tese de doutorado
sobre estratégias de controle, ou seja, “as formas
de um agente social levar uma pessoa a pensar,
sentir ou agir de um modo que nem sempre
partiria espontaneamente dela”.
“a identidade torna-se uma “celebração móvel”:
formada e transformada continuamente em
relação às formas pelas quais somos representados
ou interpelados nos sistemas culturais que nos
rodeiam (Hall, 1987).
O sujeito assume identidades diferentes em
diferentes momentos, identidades que não são
unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro
de nós há identidades contraditórias, empurrando
em diferentes direções, de tal modo que nossas
identificações estão sendo continuamente
deslocadas.” ( Hall, 1999, p.13).
“É mulher e mãe, dona-de-casa,
esposa, trabalha, lava, cuida dos filhos
e dos netos, mais o que tem sabe, mais
o que aparece a gente tá ali. Tá ali
ajudando, cuidando”
CONQUISTAS DAS 
MULHERES
NA HISTÓRIA
1788 - o político e filósofo 
francês Condorcet reivindica 
direitos de participação política, 
emprego e educação para as 
mulheres. 
1840 - Lucrécia Mott luta pela 
igualdade de direitos para 
mulheres e negros dos Estados 
Unidos.
1859 - surge na Rússia, na cidade
de São Petersburgo, um
movimento de luta pelos direitos
das mulheres.
1862 - durante as eleições
municipais, as mulheres podem
votar pela primeira vez na Suécia.
1865 - na Alemanha, Louise Otto,
cria a Associação Geral das
Mulheres Alemãs.
1866 - No Reino Unido, o 
economista John S. Mill escreve 
exigindo o direito de voto para 
as mulheres inglesas.
1869 - é criada nos Estados 
Unidos a Associação Nacional 
para o Sufrágio das Mulheres 
1870 - Na França, as mulheres 
passam a ter acesso aos cursos 
de Medicina. 
1874 - criada no Japão a 
primeira escola normal para 
moças. 
1878 - criada na Rússia uma 
Universidade Feminina.
1901 - o deputado francês 
René Viviani defende o 
direito de voto das mulheres. 
•1932 –( 24/02) No Brasil 
é instituído o direito de 
votar e serem eleitas para 
cargos no executivo e 
legislativo.
PRIMEIRA GREVE DAS 
MULHERES
8 de março de 
1857/Nova Iorque
RESULTADOS
1910, Conferência na 
Dinamarca "Dia 
Internacional da Mulher“
1975, data foi oficializada 
pela ONU (Organização 
das Nações Unidas).
Uma a cada três mulheres sofreu
algum tipo de violência em 2016.
Fonte: datafolha
52% das mulheres que sofrem
violência se calam.
Fonte: datafolha
70% dos casos de estupro são
cometidos por pessoas próximas
Fonte: IPEA
66% presenciaram algum tipo de
violência contra mulher em 2016
Fonte: IPEA
Unidade I – Aula 02
Saúde da Mulher
Dimensões Políticas, históricas, 
legais e sociais
Prof. Sávio José da Silva Batista
Especialização em Docência em Nível Superior
Especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva
Mestrando em Ciências da Saúde/UFAM
Contato: saviojsb@gmail.com
O contexto histórico da Enfermagem Obstétrica
Segundo ZIEGEL (1985), a prática da enfermagem obstétrica, da mesma
maneira que qualquer outra profissão, é substancialmente influenciada por
numerosos fatores dentro da própria profissão e na sociedade em geral, fato
este evidenciado no decorrer da história da obstetrícia.
A obstetrícia, enquanto conjunto de práticas tocológicas, teve sua origem no
conhecimento acumulado pelas parteiras, sendo a participação destas
predominantemente feminina. Desconhece-se registros na literatura feitos
pelas parteiras em relação aos primórdios da sua prática.
Um dos paradigmas que existiam na assistência ao parto era que a parturição se devia
a um processo natural, fazendo com que, por muito tempo, a prática médico-cirúrgica
permanecesse latente, bem como a participação masculina no parto (OSAVA &
TANAKA, 1997).
O nascimento da obstetrícia sob tutela cirúrgica direcionou um saber mais voltado
para a técnica, como a sutura e a drenagem, deixando de lado as particularidades da
gestação e do parto. O fórcipe obstétrico foi o evento influenciador na aceitação da
obstetrícia como uma área técnica e científica, onde foi incorporado o conceito de
que o parto era perigoso e a presença de um médico era imprescindível, inaugurando
o estopim da disputa profissional entre médicos e parteiras. No imaginário do homem
comum, instalava-se a noção de que é possível "comandar o nascimento" (OSAVA
&MAMEDE, 1995).
No Brasil, o declínio da prática da parteira no final do século XIX ocorreu quando se
instalou o paradigma médico de que a atenção ao parto é estritamente
intervencionista, cirúrgico. A partir daí, a profissional de enfermagem passou por
várias designações – parteira, obstetriz, enfermeira obstetra – que reflete a
inconstância que a profissão passou durante os últimos anos (OSAVA & TANAKA,
1997) .
Segundo ZIEGEL (1985), a Enfermagem Perinatal em substituição a Enfermagem
Obstétrica representa o termo mais recente e é atualmente empregado pela
American Nurse’s Association para designar uma área especializada de enfermagem
materno-infantil. Esta área de enfermagem se concentra no diagnóstico e no
tratamento das respostas, tanto fisiológicas como psicossociais, de todas as famílias à
procriação: desde o planejamento da gravidez até os três primeiros meses após o
nascimento da criança.
Segundo ZIEGEL (1985), a Enfermagem Perinatal em substituição a EnfermagemObstétrica representa o termo mais recente e é atualmente empregado pela
American Nurse’s Association para designar uma área especializada de enfermagem
materno-infantil. Esta área de enfermagem se concentra no diagnóstico e no
tratamento das respostas, tanto fisiológicas como psicossociais, de todas as famílias à
procriação: desde o planejamento da gravidez até os três primeiros meses após o
nascimento da criança.
Legislação e ética em enfermagem obstétrica
A Enfermagem Obstétrica tem seu exercício profissional
garantido em lei, e uma série de legislações delimitam
sua área de atuação;
A profissão é exercida legalmente, e tem respaldo para
assumir responsabilidades cada vez maiores no cenário
da atenção a gestação, parto e puerpério, e ao recém-
nascido.
Legislação e ética em enfermagem obstétrica
Para exercer uma profissão há que se comprovar o
atendimento de requisitos determinado por uma lei,
estes profissionais tem seu exercício profissional
regulamentado, e farta legislação respaldam seu fazer
profissional.
Legislação e ética em enfermagem obstétrica – Constituição Federal
Dos direitos e deveres individuais e coletivos Art. 5º - Todos são iguais perante 
a Lei, sem distinção de qualquer natureza... 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Legislação e ética em enfermagem obstétrica –
Constituição Federal – Lei 7.498/86
Art. 6º - São enfermeiros:
I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos
termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica,
conferidos nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou
certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por
escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de
Enfermeiro conforme o disposto na alínea "d" do Art. 3º. do Decreto nº 50.387, de
28 de março de 1961.
Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-
lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de
enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades
técnicos e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços
da assistência de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
Lei 7.498/86
Lei 7.498/86
II - como integrante da equipe de saúde:
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distócia;
Parágrafo único - às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º desta Lei
incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a
chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, 
quando necessária. 
DECRETO Nº 94.406/87
Art. 8º - Ao enfermeiro incumbe:
II - como integrante da equipe de saúde:
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente,
puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência
integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente
daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e
execução do parto sem distócia;
DECRETO Nº 94.406/87
Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou certificados de
Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de
que trata o artigo precedente, incumbe:
I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II - identificação das distócias obstétricas e tomada de
providências até a
chegada do médico;
III - realização de episiotomia e episiorrafia com aplicação de
anestesia local,
quando necessária.
RESOLUÇÃO COFEN 311/2007
PROIBIÇÕES
Art. 28 - Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a
interromper a gestação.
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional
deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua
participação ou não no ato abortivo.
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto
nos casos previstos na legislação vigente e em situação de
emergência.
RESOLUÇÃO COFEN-223/1999 Dispõe sobre a atuação
de Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo
Gravídico Puerperal
RESOLUÇÃO COFEN-339/2008 Normatiza a atuação e a
responsabilidade civil do Enfermeiro Obstetra nos
Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto e dá
outras providências
RESOLUÇÕES COFEN
RESOLUÇÃO COFEN 358/2009 
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem e a implementação do Processo de 
Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, 
em que ocorre o cuidado profissional de 
Enfermagem, e dá outras providências.
• Apesar de fartamente regulamentada a atuação dos(as)
Enfermeiros(as) Obstétricos(as) ainda é pouco expressiva, e
dados dessa atuação são quase inexistentes; apontando para
sua pouca participação na assistência a mulher durante o
processo de gestação, parto e puerpério.
• Faz-se necessário que os profissionais se mobilizem para
garantir sua atuação conforme os dispositivos legais, e
contribuir com o planejamento das políticas de atenção à
saúde da mulher, RN e família, e as políticas de qualificação do
modelo de atenção ao parto e nascimento.
Aborto:
aspectos 
éticos, legais e 
assistenciais
Por aborto, ou abortamento, entende-se a interrupção
voluntária ou não, da gestação antes de completar 22
semanas.
Peso menor que 500 g ou estatura menor que 16,5cm.
Do ponto de vista jurídico
• O aborto é simplesmente a interrupção da
gestação, com o intuito da morte fetal,
independentemente da idade gestacional.
Aborto criminoso e aborto legal
• No Brasil o aborto voluntário ou provocado é
considerado ato criminoso e detalhado no Código
Penal de 1940 nos artigos 124 até 127.
• O aborto legal ou permitido por lei é explicitado no
artigo 128 do CPB em situação bem caracterizada
de exclusão de antijuridicidade.
Aborto Legal
• Não se pune o aborto praticado por médico:
- Se não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
- Se a gravidez for resultante de estupro e o aborto for
precedido do consentimento da gestante e, quando
menor ou incapaz, de seu representante legal.
- De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal de
abril de 2012, a antecipação terapêutica do parto de
fetos anencéfalos.
Documentos obrigatórios para interrupção da gravidez 
por estupro - Portaria nº 1508/2005- Ministério Publico
1-Termo de relato do evento, realizado pela própria gestante.
2-Parecer técnico com Anamnese, Exame físico geral e ginecológico, laudo
do USG, analisando compatibilidade entre a idade gestacional, a data do
estupro e o laudo de USG; paralelamente a mulher receberá avaliação da
equipe multidisciplinar.
3- Termo de aprovação de procedimento do aborto decorrente do estupro,
assinado por três integrantes da equipe multidisciplinar.
4- Termo de responsabilidade, assinado pela gestante,onde constará,
advertência expressa sobre a previsão de crime de falsidade ideológica
(art.299 do código penal ) e do aborto (art. 124 do código penal), caso não
tenha sido vítima de violência sexual.
5- Termo de consentimento Livre e esclarecido, a
garantia de sigilo, exceto quando em caso de
requisição judicial e declaração expressa da mulher
sobre a decisão voluntária e consciente de
interromper a gestação.
Todos os documentos assinados pela paciente, ou
por seu representante legal deverão ser elaborados
em duas vias, sendo uma entregue para a gestante e
outra arquivada no prontuário médico.
Aborto Terapêutico - No risco de morte materna 
1 - Avaliação deverá ser de no mínimo dois profissionais ,
um deles deverá ser clinico geral ou especialista na
doença que está motivando a interrupção.
2 - O Prontuário Médico deverá conter as justificativas
médicas detalhando o risco materno.
3 - Ter a anuência e/ou consentimento
esclarecido,assinado pela gestante ou por seus
familiares, salvo se isso não for possível , em situações de
eminente risco de vida.
4- Ter apoio e acompanhamento de uma equipe
multiprofissional especialmente psicólogos, tendo
em vista que a gestação é desejada.
5- Em situações especiais, por exemplo: coma,
choque, câncer, quimioterapia, radioterapia; a
conduta deve ser individualizada.
• Não é necessário autorização judicial, nem boletim
de ocorrência e nem comunicação ao CRM .
Aborto Terapêutico - No risco de morte materna 
Aborto por Anomalia Fetal
• Diante de Detecção precoce das malformações do feto,
muitas delas incompatíveis com a vida extrauterina.
• Mesmo não estando previstas nas possibilidades legais
do Código Penal Brasileiro, tem sido possível a
interrupção da gestação mediante autorização judicial,
exceto a anencefalia.
• Em estudo realizado anterior a decisão do STR ,as
causas mais frequentes de autorizações judiciais foram:
anencefalia ,malformações congênitas múltiplas ,
malformações do sistema urinário , anomalias ósseas
,erros de fechamento da linha média.
Anencefalia 
A anencefalia é uma grave malformação fetal que
resulta da falha de fechamento do tubo neural. Isso
leva à ausência dos hemisférios cerebrais, da calota
craniana e do cerebelo.
A conjunção desses fatores impede a possibilidade
de vida extrauterina. A anencefalia não possui
tratamento ou cura, e é fatal em 100% dos casos.
Em caso de decisão pela manutenção da 
gestação
1-Acolhimento e acompanhamento multidisciplinar
da gestação em serviço de Pré-Natal de alto risco ,
acompanhamento no Parto e no Puerpério.
2-Informação a gestante sobre a gravidade da
doença, para que não reste dúvida quanto a
inviabilidade do feto, e os riscos maternos durante a
gestação.
Decisão pela interrupção
1 - Relatório Técnico Parecer psicológico atestando a capacidade mental plena e a
decisão da gestante concordante com o desejo da gestante , Parecer médico atestando
o diagnostico da doença , e os riscos de agravo a saúde física, mental e o risco de morte
materna.
2 - Um ou mais Exame de USG morfológico, assinado por dois médicos, detalhando os
achados no organismo fetal.
3 - Elaboração ,pela gestante, de Petição ao Judiciário solicitando a Autorização Judicial
para a interrupção da gestação por tratar-se de feto com graves malformações,
acompanhadas dos Pareceres médico e psicológico e dos Laudos USG e referencia
bibliográfica anexa.
4- orientação para retorno urgente ao serviço após Autorização Judicial
5 - Assinatura do termo de consentimento Pós informado para a interrupção da
gravidez.

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