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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁCENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Políticas Públicas de Saúde da Mulher Professora: Drª. Ana Izabel Oliveira Nicolau Por que estudar a Saúde da Mulher? Epidemiologia da Mulher População feminina: 97 348 809 População masculina: 93 406 990 Mulheres em idade reprodutiva: 55,1 % do total. Mulheres não-alfabetizadas: 9,1% Diferenciação dos salários em trabalhos idênticos. ENSINO SUPERIORENSINO SUPERIOR ATIVIDADE LABORALATIVIDADE LABORAL O número de mulheres que vivem na pobreza é superior ao de homens; Mulheres sem rendimento: 30,4% Famílias chefiadas por mulheres: 37,3% Fonte: Brasil, 2015 Epidemiologia da Mulher Que questões estão implícitas nos dados epidemiológicos? Epidemiologia da Mulher Principais causas de morte feminina: Nordeste- Doenças do aparelho circulatório (34,9%); Neoplasias (mama, pulmão e colo uterino – 14,4%); Doenças respiratórias (11,2%). Câncer de colo uterino: 274 mil mortes por ano no mundo; Aproximadamente 530 mil novos casos por ano no mundo. Redução na taxa de fecundidade (1970: 5,8 filhos; 2004: 2,3 filhos; 2006: 1,8; 2010: 1,7); Proporção de partos cesáreos: (32% – Nordeste) – Aceitável: 10% a 15% (OMS); 92% de mortes maternas evitáveis; Causas: hipertensão arterial, hemorragias, infecção puerperal e aborto. Fonte: PNDS, 2014 Epidemiologia da Mulher Em 2004, 208.898 mulheres com HIV/Aids no país; Em 1983, a proporção era de 1 caso em mulheres a cada 40 homens. Em 2007 essa proporção quase alcançou 1:1. Transmissão vertical: 7% de prevalência. Norte (15%) e Nordeste (11%); No Norte e Nordeste apenas 44% das gestantes foram testadas e apenas 24% destas conheceram o resultado antes do parto. Fonte: BRASIL, 2007; 2015. Mulher x HIV/Aids Mulher x DST 40% das pessoas sexualmente ativas de 14 anos e mais haviam apresentado sinais e sintomas compatíveis com DST alguma vez na vida; Destes, 72,5% são mulheres. Brasil: 1,7% de sífilis na gestação (cerca de 60.000 gestantes infectadas por ano); Que conquistas as mulheres tiveram ao longo dos anos? Conquista das mulheres O direito ao trabalho remunerado; O direito ao voto (1932); A participação nos esportes (1924); Divórcio; Poder ser eleita para o governo; Evitar a gravidez (com contraceptivos); Poder matricular-se em curso superior; É livre para adotar ou não o sobrenome do marido; Chega a cargos executivos; Políticas de SaúdePolíticas de Saúde No Brasil décadas de 30, 50 e 70: Visão restrita à gravidez e ao parto; Programa de Saúde Materno-Infantil (nutrição infantil; pré-natal, puerpério, controle da natalidade, planejamento familiar e paternidade responsável) Proposta de Prevenção de Gravidez de Alto Risco- Oferta de contracepção a mulheres com risco gestacional- pobre e negra; DÉCADA DE 80: Movimentos organizados de mulheres. PAISMPAISM Criação em 1983 e divulgação em 1984; Descentralização, hierarquização, regionalização dos serviços, integralidade e equidade. “Incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação e englobava atenção clínico- ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, desde adolescência ao climatério, planejamento familiar, DST, câncer cérvico- uterino e mamário e outras necessidades observadas a partir do perfil epidemiológico (BRASIL, 1984).” Coincide com o processo de criação do SUS Políticas de Saúde da MulherPolíticas de Saúde da Mulher 1988: Nova Constituição (Saúde: direito de todos e dever do Estado); Dispõe sobre a saúde da mulher (parceria nas políticas, igualdade de direitos na divisão do trabalho, parto de acordo com as preferências, apoio à mulher trabalhadora – licenças); PAISMPAISM Formulado na ditadura – Desconfiança das feministas (exclusão do homem e distribuição massiva de pílulas); •Criação do SUS: Lei 8.080 de 1990; •Princípios norteadores.: universalização, integralidade, equidade, participação popular, intersetorialidade, autonomia e descentralização; •Programa Saúde da Família (1994) – Saúde da mulher prioridade do governo. •1996: Lei do Planejamento Familiar 9.263, 12/01/1996 Lacunas do PAISMLacunas do PAISM Lacunas: climatério/menopausa, queixas ginecológicas, infertilidade e reprodução assistida, saúde da mulher na adolescência, doenças crônico-degenerativas, saúde ocupacional, saúde mental, doenças infecto-contagiosas, perspectiva de gênero e raça. Diretrizes da PNAISMDiretrizes da PNAISM 2004: Atingirá as mulheres em todos os ciclos de vida. Elaboração, execução e avaliação norteada na perspectiva de gênero, raça, etnia e ampliação do enfoque; Inclusão de: mulheres rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias e lésbicas e a discussão sobre saúde da mulher e meio ambiente. Intersetorialidade em prol dos direitos da mulher e melhoria das condições de vida e saúde; Participação da sociedade civil. Humanização e qualidadeHumanização e qualidade Acesso aos três níveis de assistência; Definição da estrutura e organização da rede assistencial; Captação precoce e busca ativa; Recursos tecnológicos e uso apropriado; Capacitação técnica profissional: uso de tecnologias adequadas, acolhimento, e práticas educativas; Insumos, materiais para a educação em saúde; Avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos profissionais de saúde, inclusive coma a participação da clientela; Análise de indicadores na definição de estratégias Humanização e qualidadeHumanização e qualidade PNAISMPNAISM Propõe diretrizes para a humanização e qualidade no atendimento; Base: dados epidemiológicos e reivindicações para o plano de ação 2004-2007; Reafirmou o PAISM e trouxe novas abordagens; Contemplou grupos sociais historicamente excluídos das políticas. PNAISM: ao priorizar certos grupos, não estamos discriminando???? Objetivos GeraisObjetivos Gerais Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileira; Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil; Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS; Objetivos GeraisObjetivos Gerais Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, também para portadoras de HIV e DST; Estimular a implantação da assistência ao planejamento familiar para homens, mulheres, adultos, adolescentes integralmente; Promover a atenção obstétrica e neonatal qualificada e humanizada, assistência ao abortamento em condições inseguras para mulheres e adolescentes; ObjetivosObjetivos Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; Prevenção e controle das DST/HIV na população feminina; Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina; ObjetivosObjetivos Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob enfoque de gênero; Implantar a atenção à saúde da mulher no climatério; Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade; Promover a atenção à saúde da mulher negra; ObjetivosObjetivos Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade; Promover a saúde da mulher indígena; Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão; Fortalecer a participação e o controle social na definição e na implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres. PHPNPHPN Rede cegonhaRede cegonha 4 Componentes: •Pré-natal •Parto e nascimento (lei acompanhante 11.108 de 07 de abril de 2005) •Puerpério e atenção integral à saúde dacriança •Sistema logístico: transporte e regulação Refletindo...Refletindo... Será que estamos sendo adequadamente formados para perceber as peculiaridades inerentes à mulher? Houve evolução no campo da saúde da mulher? Que tipo de prática profissional estarei executando? Qual a participação do enfermeiro nesse processo? OBRIGADA!!!
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