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Os Distúrbios Alimentares em Jovens

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29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 1/128
Caderno de Questões( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1djiB )
Português
Questão 1201: IDECAN - FTrib (Manhumirim)/Pref Manhumirim/2017
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
O amor acaba
 
(Paulo Mendes Campos.)
 
 
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde
começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate
das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos
saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos
do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela
pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no
andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas;
quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no
sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo
parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros
do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor
não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que
chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o
mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova
Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em
mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido
como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba c omo se fora melhor nunca ter
existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração
excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por
qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
 
(WERNECK, Humberto (org.). Boa companhia – Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.)
 
 
 
“... às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido...”. A expressão sublinhada, de acordo com o contexto empregado, significa:
 a) Situações.
 b) Momentos.
 c) Certamente.
 d) De vez em quando.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1104355
Questão 1202: IDECAN - Moto (Manhumirim)/Pref Manhumirim/2017
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
O preço da magreza
 
Carolina tem 10 anos e um sonho: perder a gordura da barriga que só ela consegue ver. Sua mãe, Paula, de 37 anos, tenta emagrecer desde os 14 e nunca atingiu o
peso desejado, apesar dos esforços que envolvem dieta, exercícios físicos e tratamentos estéticos.
 
Como Carolina, 77% das jovens de 10 a 24 anos entrevistadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo têm propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio
alimentar, como anorexia e bulimia. Entre essas garotas, 39% estavam acima do peso e 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes.
 
Os distúrbios alimentares são problemas extremamente graves. A taxa de mortalidade da anorexia, por exemplo, é de 15% a 20%. Cerca de 90% dos pacientes são do
sexo feminino.
 
A mulher que deseja perder peso quase nunca o faz por motivos de saúde. O que as move é a promessa de uma vida melhor. Poder vestir a roupa que quiser, arrumar
um namorado, ser aceita e invejada pelas amigas, não ter que esconder o corpo na praia. A felicidade, portanto.
 
Mas por que tantas meninas e mulheres adultas acreditam que elas serão mais felizes se forem magras?
 
Basta abrir uma revista ou ligar a televisão para compreender a pressão sob a qual as mulheres vivem. Nos anúncios, mulheres lindas vestem roupas maravilhosas que
não serviriam na maioria das brasileiras. Nas novelas e programas de TV, as mulheres fortes, bem-sucedidas e realizadas têm algo em comum: são magras.
 
As meninas crescem vendo as mães dando a vida para se encaixar em um padrão de beleza totalmente distante da realidade, travando uma luta inglória que quase
sempre resulta em frustração.
 
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 2/128
Quando estão acima do peso, elas sofrem preconceito na escola e se esforçam para conseguir ser aceitas. Aprendem, desde muito novas, que o mais importante é ter um
corpo dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Mais do que tudo, aprendem a menosprezar as diferenças.
 
Mas, como sabemos, não é nada fácil tentar adequar-se a um padrão de beleza que não é o seu. E muitas mulheres pagam com a própria saúde para chegar ao corpo
supostamente perfeito.
 
Nossas meninas estão crescendo insatisfeitas e se transformando em mulheres infelizes porque atribuem a felicidade a um padrão inatingível para a maioria. Essa busca
mal/sucedida afeta a autoestima e gera insegurança em várias áreas. Sem se darem conta, elas renunciam à própria liberdade.
 
Enquanto não aceitarmos e respeitarmos as diferenças físicas e de comportamento viveremos frustradas, esperando a felicidade que nunca vem.
 
(Mariana Fusco Varella. Editora do site www.drauziovarella.com.br e do blog Chorumelas. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/paraas-mulheres/o-preco-da-magreza/. Publicado em:
05/11/2014. Acesso em: 09/11/2016. Adaptado.)
 
 
 
No trecho “Mais do que tudo, aprendem a menosprezar as diferenças.” (8º§), a expressão “menosprezar” significa
 a) destruir.
 b) guardar.
 c) desprezar.
 d) conquistar.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1106241
Questão 1203: IDECAN - Moto (Manhumirim)/Pref Manhumirim/2017
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
O preço da magreza
 
Carolina tem 10 anos e um sonho: perder a gordura da barriga que só ela consegue ver. Sua mãe, Paula, de 37 anos, tenta emagrecer desde os 14 e nunca atingiu o
peso desejado, apesar dos esforços que envolvem dieta, exercícios físicos e tratamentos estéticos.
 
Como Carolina, 77% das jovens de 10 a 24 anos entrevistadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo têm propensão a desenvolver algum tipode distúrbio
alimentar, como anorexia e bulimia. Entre essas garotas, 39% estavam acima do peso e 46% acreditavam que mulheres magras são mais felizes.
 
Os distúrbios alimentares são problemas extremamente graves. A taxa de mortalidade da anorexia, por exemplo, é de 15% a 20%. Cerca de 90% dos pacientes são do
sexo feminino.
 
A mulher que deseja perder peso quase nunca o faz por motivos de saúde. O que as move é a promessa de uma vida melhor. Poder vestir a roupa que quiser, arrumar
um namorado, ser aceita e invejada pelas amigas, não ter que esconder o corpo na praia. A felicidade, portanto.
 
Mas por que tantas meninas e mulheres adultas acreditam que elas serão mais felizes se forem magras?
 
Basta abrir uma revista ou ligar a televisão para compreender a pressão sob a qual as mulheres vivem. Nos anúncios, mulheres lindas vestem roupas maravilhosas que
não serviriam na maioria das brasileiras. Nas novelas e programas de TV, as mulheres fortes, bem-sucedidas e realizadas têm algo em comum: são magras.
 
As meninas crescem vendo as mães dando a vida para se encaixar em um padrão de beleza totalmente distante da realidade, travando uma luta inglória que quase
sempre resulta em frustração.
 
Quando estão acima do peso, elas sofrem preconceito na escola e se esforçam para conseguir ser aceitas. Aprendem, desde muito novas, que o mais importante é ter um
corpo dentro dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade. Mais do que tudo, aprendem a menosprezar as diferenças.
 
Mas, como sabemos, não é nada fácil tentar adequar-se a um padrão de beleza que não é o seu. E muitas mulheres pagam com a própria saúde para chegar ao corpo
supostamente perfeito.
 
Nossas meninas estão crescendo insatisfeitas e se transformando em mulheres infelizes porque atribuem a felicidade a um padrão inatingível para a maioria. Essa busca
mal/sucedida afeta a autoestima e gera insegurança em várias áreas. Sem se darem conta, elas renunciam à própria liberdade.
 
Enquanto não aceitarmos e respeitarmos as diferenças físicas e de comportamento viveremos frustradas, esperando a felicidade que nunca vem.
 
(Mariana Fusco Varella. Editora do site www.drauziovarella.com.br e do blog Chorumelas. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/paraas-mulheres/o-preco-da-magreza/. Publicado em:
05/11/2014. Acesso em: 09/11/2016. Adaptado.)
 
 
 
A expressão “inglória”, transcrita do texto, é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte palavra:
 a) Fácil.
 b) Saúde.
 c) Própria.
 d) Inatingível.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1106263
Questão 1204: IDECAN - Ag (Leopoldina)/Pref Leopoldina/Serviços Auxiliares/Obras públicas e serviços urbanos/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
A busca da identidade na adolescência
É na puberdade que o jovem reconstrói seu universo interno e cria relações com o mundo externo. 
Entenda os processos que marcam a fase.
A transformação tem início por volta dos 11 anos. Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem. Ora falam demais, ora ficam calados. Surgem os
namoricos, as implicâncias e a vontade de conhecer intensamente o mundo. Os comportamentos variam tanto que professores e pais se sentem perdidos: afinal de
contas, por que os adolescentes são tão instáveis?
A inconstância, nesse caso, é sinônimo de ajuste. É a maneira que os jovens encontram para tentar se adaptar ao fato de não serem mais crianças – nem adultos. Diante
de um corpo em mutação, precisam construir uma nova identidade e afirmar seu lugar no mundo. Por trás de manifestações tão distintas quanto rebeldia ou isolamento,
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 3/128
há inúmeros processos psicológicos para organizar um turbilhão de sensações e sentimentos. A adolescência é como um renascimento, marcado, dessa vez, pela revisão
de tudo o que foi vivido na infância.
Para a pediatra e psicanalista francesa Françoise Dolto (1908-1988), autora de clássicos sobre a psicologia de crianças e adolescentes, os seres humanos têm dois tipos
de imagem em relação ao próprio corpo: a real, que se refere às características físicas, e a simbólica, que seria um somatório de desejos, emoções, imaginário e sentido
íntimo que damos às experiências corporais. Na adolescência, essas duas percepções são abaladas.
Isso ocorre porque a imagem simbólica que ele tem do corpo ainda é carregada de referências infantis que entram em contradição com os desejos e a potência sexual
recém-descoberta. É como se o psiquismo do jovem tivesse dificuldade para acompanhar tantas novidades. Por causa disso, podem surgir dificuldades de higiene, como a
de jovens que não tomam banho porque gostam de sentir o cheiro do próprio suor (que se transformou com a ação da testosterona.) e a de outros que veem numa parte
do corpo a raiz de todos os seus problemas (seios que não crescem, pés muito grandes, nariz torto etc.). São encanações típicas da idade e que precisam ser acolhidas.
“O jovem deve ficar à vontade para tirar dúvidas e conversar sobre o que ocorre com seu corpo sem que sinta medo de ser diminuído ou ridicularizado. Além disso, ele
necessita de privacidade e, se não quiser falar, deve ser respeitado”, afirma Lidia Aratangy, psicóloga e autora de livros sobre o tema. Apenas quando perduram as
sensações de estranhamento com as 
mudanças fisiológicas um encaminhamento médico é necessário.
(Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao
/busca-identidade-adolescencia-jovem-puberdade-538868.shtml. Acesso em: 03/05/2016. Adaptado.)
 
No trecho “Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem.” , a expressão “contestar” significa 
 a) propiciar.
 b) completar.
 c) convencer.
 d) questionar.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/483018
Questão 1205: IDECAN - ACE (Damianópolis)/Pref Damianópolis/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Água: qual a quantidade diária necessária?
 
A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo, para o transporte de nutrientes, para a regulação da temperatura corporal, entre outras funções. Mais
de 60% do corpo de um ser humano adulto é composto de água.
 
Quem nunca ouviu dizer que precisamos tomar pelo menos 2 litros de água por dia para que o organismo funcione bem? Mas será que essa é a quantidade adequada
para todos os indivíduos? Como saber quanta água devemos ingerir por dia?
 
Na verdade, a quantidade de água a ser ingerida depende de uma série de fatores que vão desde a quantidade de exercício realizada até a temperatura do ambiente em
que estamos.
 
A seguir, veja alguns fatores que influenciam e determinam a quantidade de água que devemos beber diariamente:
 
Nível de atividade física: quem corre todos os dias necessita de mais água do que alguém que faz caminhadas três vezes por semana. Portanto, quanto mais
intensa a atividade física realizada, maior a quantidade de água necessária. Também é importante tomar água durante e depois das atividades físicas.
 
Clima: quem mora em cidades quentes precisa de mais água do que quem mora em locais mais frios. Também precisamos de mais água no verão, quando suamos
mais e, portanto, perdemos mais água do que no inverno.
 
Metabolismo: quem tem um metabolismo mais acelerado necessita de mais água do que quem tem o metabolismo mais lento.
 
Peso: uma pessoa de 100 kg precisa de mais água do que uma de 50 kg. Quanto maior o peso, maior a necessidade de água.
 
Dieta: se você ingere muito sal, vai precisar de mais água do que quem come mais frutas e verduras, que são ricas em água.
 
Estado geral: algumas condições físicas interferem na necessidade de água. Se você tiver febre, por exemplo, deverá aumentar a ingestão de líquidos. A mesma
dica vale para quem apresentar episódios de diarreia ou vômitos. Para repor o líquido perdido, opte por caldos e sopas em vez de líquidosaçucarados. Algumas
doenças, como insuficiência renal, por exemplo, exigem limitação da quantidade de água ingerida.
 
Consumo de álcool: se for ingerir álcool, procure alternar a bebida alcoólica com água. A dica é tomar um copo de água depois de cada drink, já que o álcool ajuda
a desidratar o organismo.
 
Para que não restem dúvidas, observe a frequência com que você urina e a cor da sua urina. O ideal é que ela seja amarelo-clara.
 
Se a urina estiver amarelo-escura e com odor forte e você estiver indo menos vezes do que costuma ao banheiro, é sinal de que está ingerindo pouca água. Tome dois
copos de água para se hidratar.
 
Por outro lado, se estiver urinando muito e a urina estiver límpida, transparente, provavelmente você está ingerindo água em excesso. Tomar muita água, além da
necessidade, pode causar diluição do sangue e, em casos extremos, do sódio no organismo.
 
(Mariana Fusco Varella. Publicado em 19/05/2015. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/alimentacao/agua-qual-a-quantidade-diarianecessaria/. Acesso em: 26/09/2016.)
 
 
 
“O ideal é que ela seja amarelo-clara.” (5º§) O termo “ideal”, de acordo com o trecho em que se encontra empregado, significa
 a) padrão.
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 4/128
 b) escasso.
 c) concebido.
 d) repreensor.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1034305
Questão 1206: IDECAN - ACE (Damianópolis)/Pref Damianópolis/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Água: qual a quantidade diária necessária?
 
A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo, para o transporte de nutrientes, para a regulação da temperatura corporal, entre outras funções. Mais
de 60% do corpo de um ser humano adulto é composto de água.
 
Quem nunca ouviu dizer que precisamos tomar pelo menos 2 litros de água por dia para que o organismo funcione bem? Mas será que essa é a quantidade adequada
para todos os indivíduos? Como saber quanta água devemos ingerir por dia?
 
Na verdade, a quantidade de água a ser ingerida depende de uma série de fatores que vão desde a quantidade de exercício realizada até a temperatura do ambiente em
que estamos.
 
A seguir, veja alguns fatores que influenciam e determinam a quantidade de água que devemos beber diariamente:
 
Nível de atividade física: quem corre todos os dias necessita de mais água do que alguém que faz caminhadas três vezes por semana. Portanto, quanto mais
intensa a atividade física realizada, maior a quantidade de água necessária. Também é importante tomar água durante e depois das atividades físicas.
 
Clima: quem mora em cidades quentes precisa de mais água do que quem mora em locais mais frios. Também precisamos de mais água no verão, quando suamos
mais e, portanto, perdemos mais água do que no inverno.
 
Metabolismo: quem tem um metabolismo mais acelerado necessita de mais água do que quem tem o metabolismo mais lento.
 
Peso: uma pessoa de 100 kg precisa de mais água do que uma de 50 kg. Quanto maior o peso, maior a necessidade de água.
 
Dieta: se você ingere muito sal, vai precisar de mais água do que quem come mais frutas e verduras, que são ricas em água.
 
Estado geral: algumas condições físicas interferem na necessidade de água. Se você tiver febre, por exemplo, deverá aumentar a ingestão de líquidos. A mesma
dica vale para quem apresentar episódios de diarreia ou vômitos. Para repor o líquido perdido, opte por caldos e sopas em vez de líquidos açucarados. Algumas
doenças, como insuficiência renal, por exemplo, exigem limitação da quantidade de água ingerida.
 
Consumo de álcool: se for ingerir álcool, procure alternar a bebida alcoólica com água. A dica é tomar um copo de água depois de cada drink, já que o álcool ajuda
a desidratar o organismo.
 
Para que não restem dúvidas, observe a frequência com que você urina e a cor da sua urina. O ideal é que ela seja amarelo-clara.
 
Se a urina estiver amarelo-escura e com odor forte e você estiver indo menos vezes do que costuma ao banheiro, é sinal de que está ingerindo pouca água. Tome dois
copos de água para se hidratar.
 
Por outro lado, se estiver urinando muito e a urina estiver límpida, transparente, provavelmente você está ingerindo água em excesso. Tomar muita água, além da
necessidade, pode causar diluição do sangue e, em casos extremos, do sódio no organismo.
 
(Mariana Fusco Varella. Publicado em 19/05/2015. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/alimentacao/agua-qual-a-quantidade-diarianecessaria/. Acesso em: 26/09/2016.)
 
 
 
Em “Algumas condições físicas interferem na necessidade de água.” (4º§), a expressão “algumas” qualifica o trecho, conferindo-lhe noção de
 a) posse.
 b) presente momentâneo.
 c) quantidade aproximada.
 d) organização e distribuição.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1034306
Questão 1207: IDECAN - Moto (Damianópolis)/Pref Damianópolis/I/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
A vida sedentária
 
A seleção natural desenhou o corpo humano para o movimento.
 
Desde que nossos ancestrais desceram das árvores, há seis milhões de anos, a competição conferiu vantagem de sobrevivência às mulheres e homens que se
movimentavam com mais desenvoltura. Como resultado, o corpo que chegou até nós tem pernas e braços longos, fortes e articulados para andar, correr, trepar em
árvores, abaixar e levantar com eficiência e facilidade.
 
A partir da segunda metade do século 20, no entanto, sucessivos avanços tecnológicos tornaram possível ganharmos o pão nosso de cada dia sem sair da cadeira. Graças
ao conforto moderno, passamos a usar o corpo de uma maneira para a qual ele não foi engendrado.
 
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 5/128
Ao mesmo tempo, novas técnicas de cultivo agrícola e armazenagem possibilitaram o acesso de grandes massas populacionais a alimentos de alta qualidade. As refeições
da classe média de hoje são mais nutritivas do que as dos nobres nos castelos medievais.
 
A ingestão diária de um número maior de calorias do que as exigidas para a manutenção do peso saudável de um corpo sedentário criou as condições para a explosão da
epidemia de obesidade que assola o mundo. No Brasil, 52% da população adulta está acima do peso.
 
Um estudo internacional publicado numa das revistas médicas de maior prestígio (The Lancet) procurou quantificar os prejuízos causados pela pandemia de inatividade
física.
 
Os autores fizeram uma revisão sistemática da literatura para estimar os custos diretos (para os sistemas de saúde) e os indiretos (produtividade perdida) do
sedentarismo em 142 países, que representam 93% da população mundial.
 
Consideraram o impacto direto no sistema de saúde causado por cinco enfermidades, nas quais a influência da vida sedentária é conhecida com mais detalhes: doença
coronariana, derrame cerebral, diabetes tipo 2, câncer de mama, câncer de cólon e reto.
 
Os custos indiretos foram calculados a partir da produtividade perdida com as mortes prematuras por essas doenças. A falta de dados para a maioria dos países não
permitiu estimar as perdas com o absenteísmo provocado por elas.
 
Foram classificadas como inativas as pessoas que não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde de praticar atividade física de intensidade moderada ou
vigorosa, durante pelo menos 150 minutos por semana.
 
(Drauzio Varella. Publicado em 06/10/2016. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/drauzio/artigos/a-vida-sedentaria/.
Acesso em: 10/10/2016.)
 
 
 
No trecho “A partir da segunda metade do século 20, no entanto, sucessivos avanços tecnológicos tornaram possível ganharmos o pão nosso de cada dia sem sair da
cadeira.” (3º§), a expressão “sucessivos” significa
 a) atrelados.
 b) eliminados.c) constantes.
 d) danificados.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1036352
Questão 1208: IDECAN - Moto (Damianópolis)/Pref Damianópolis/II/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Estresse e depressão
 
Na depressão, o existir é um fardo insuportável. “A tristeza é tanta que acordo pela manhã e não encontro razão para levantar; só saio da cama porque permanecer
deitada pode ser pior”, queixou-se uma senhora depois do terceiro episódio da doença. “Na depressão, a vida fica por um triz”, observou ela.
 
Depressão é a tristeza quando não tem fim, quadro muito diferente do entristecer passageiro ligado aos fatos da vida. É uma doença potencialmente grave que interfere
com o sono, com a vontade de comer, com a vida sexual, com o trabalho, e que está associada a altos índices de mortalidade por complicações clínicas ou suicídio. É a
mais comum de todas as enfermidades psiquiátricas, acomete mais as mulheres e apresenta caráter recidivante: depois do primeiro episódio, a probabilidade de ocorrer
outro é de 50%; depois do segundo, sobe para 75%; e, depois do terceiro, para pelo menos 90%.
 
Se é uma doença psiquiátrica, que alterações acontecem no cérebro das pessoas deprimidas?
 
Em edição especial, a revista Science traz uma discussão sobre o conjunto de ideias mais aceito atualmente para explicar a depressão: a hipótese do estresse.
 
De fato, no estudo clínico conduzido em Atlanta, 45% dos adultos com quadros depressivos de pelo menos dois anos de duração haviam sido abusados, negligenciados
ou sofrido perda dos pais na infância.
 
O conhecimento da arquitetura dos circuitos cerebrais envolvidos na depressão adquirido nos últimos dez anos provocou uma explosão de ensaios terapêuticos com
drogas dotadas de mecanismos de ação muito diferentes das atuais. Estamos no limiar de descobertas que revolucionarão o tratamento dessa enfermidade tão
debilitante.
 
(Drauzio Varella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/drauzio/estresse-e-depressao/. Publicado em: 25/04/2011. Adaptado.)
 
 
No trecho “Na depressão, o existir é um fardo insuportável.” (1º§), o termo “fardo” significa
 a) lapso.
 b) desvio.
 c) encargo.
 d) combate.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1036422
Questão 1209: IDECAN - Moto (Damianópolis)/Pref Damianópolis/II/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Estresse e depressão
 
Na depressão, o existir é um fardo insuportável. “A tristeza é tanta que acordo pela manhã e não encontro razão para levantar; só saio da cama porque permanecer
deitada pode ser pior”, queixou-se uma senhora depois do terceiro episódio da doença. “Na depressão, a vida fica por um triz”, observou ela.
 
Depressão é a tristeza quando não tem fim, quadro muito diferente do entristecer passageiro ligado aos fatos da vida. É uma doença potencialmente grave que interfere
com o sono, com a vontade de comer, com a vida sexual, com o trabalho, e que está associada a altos índices de mortalidade por complicações clínicas ou suicídio. É a
mais comum de todas as enfermidades psiquiátricas, acomete mais as mulheres e apresenta caráter recidivante: depois do primeiro episódio, a probabilidade de ocorrer
outro é de 50%; depois do segundo, sobe para 75%; e, depois do terceiro, para pelo menos 90%.
 
Se é uma doença psiquiátrica, que alterações acontecem no cérebro das pessoas deprimidas?
 
Em edição especial, a revista Science traz uma discussão sobre o conjunto de ideias mais aceito atualmente para explicar a depressão: a hipótese do estresse.
 
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De fato, no estudo clínico conduzido em Atlanta, 45% dos adultos com quadros depressivos de pelo menos dois anos de duração haviam sido abusados, negligenciados
ou sofrido perda dos pais na infância.
 
O conhecimento da arquitetura dos circuitos cerebrais envolvidos na depressão adquirido nos últimos dez anos provocou uma explosão de ensaios terapêuticos com
drogas dotadas de mecanismos de ação muito diferentes das atuais. Estamos no limiar de descobertas que revolucionarão o tratamento dessa enfermidade tão
debilitante.
 
(Drauzio Varella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/drauzio/estresse-e-depressao/. Publicado em: 25/04/2011. Adaptado.)
 
 
Leia a mensagem a seguir.
 
 
 
 
Em “Faça circular nas redes o seu compromisso com a vida!”, a palavra “compromisso” expressa ideia de
 a) apreço.
 b) privilégio.
 c) desinteresse.
 d) comprometimento.
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Questão 1210: IDECAN - Moto (Conquista)/Pref Conquista/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
A busca da identidade na adolescência
 
É na puberdade que o jovem reconstrói seu universo interno e cria relações com o mundo externo.
Entenda os processos que marcam a fase.
 
A transformação tem início por volta dos 11 anos. Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem. Ora falam demais, ora ficam calados. Surgem os
namoricos, as implicâncias e a vontade de conhecer intensamente o mundo. Os comportamentos variam tanto que professores e pais se sentem perdidos: afinal de
contas, por que os adolescentes são tão instáveis?
 
A inconstância, nesse caso, é sinônimo de ajuste. É a maneira que os jovens encontram para tentar se adaptar ao fato de não serem mais crianças – nem adultos. Diante
de um corpo em mutação, precisam construir uma nova identidade e afirmar seu lugar no mundo. Por trás de manifestações tão distintas quanto rebeldia ou isolamento,
há inúmeros processos psicológicos para organizar um turbilhão de sensações e sentimentos. A adolescência é como um renascimento, marcado, dessa vez, pela revisão
de tudo o que foi vivido na infância.
 
Para a pediatra e psicanalista francesa Françoise Dolto (1908-1988), autora de clássicos sobre a psicologia de crianças e adolescentes, os seres humanos têm dois tipos de
imagem em relação ao próprio corpo: a real, que se refere às características físicas, e a simbólica, que seria um somatório de desejos, emoções, imaginário e sentido
íntimo que damos às experiências corporais. Na adolescência, essas duas percepções são abaladas.
 
Isso ocorre porque a imagem simbólica que ele tem do corpo ainda é carregada de referências infantis que entram em contradição com os desejos e a potência sexual
recém-descoberta. É como se o psiquismo do jovem tivesse dificuldade para acompanhar tantas novidades. Por causa disso, podem surgir dificuldades de higiene, como a
de jovens que não tomam banho porque gostam de sentir o cheiro do próprio suor (que se transformou com a ação da testosterona) e a de outros que veem numa parte
do corpo a raiz de todos os seus problemas (seios que não crescem, pés muito grandes, nariz torto etc.). São encanações típicas da idade e que precisam ser acolhidas.
“O jovem deve ficar à vontade para tirar dúvidas e conversar sobre o que ocorre com seu corpo sem que sinta medo de ser diminuído ou ridicularizado. Além disso, ele
necessita de privacidade e, se não quiser falar, deve ser respeitado”, afirma Lidia Aratangy, psicóloga e autora de livros sobre o tema. Apenas quando perduram as
sensações de estranhamento com as mudanças fisiológicas um encaminhamento médico é necessário.
 
(Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/busca-identidade-adolescencia-jovem-puberdade-538868.shtml.
Acesso em: 03/05/2016. Adaptado.)
 
 
 
No trecho “Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem.” (1º§), a expressão “contestar” significa
 a) propiciar.
 b) completar.
 c) convencer.
 d) questionar.
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Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Como perceber sintomas da depressão na adolescência
 
Ao contrário do que muita gente pensa, a depressão também pode atingir adolescentes. E durante essa fase da vida, os sintomas da doença podem acabar sendo
confundidos com as mudanças comportamentais naturais da idade, atrasando diagnósticos.
 
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a depressão atinge até 13% dos adolescentes entre 10 e 19 anos de idade, sendo um dos principais
distúrbios a incapacitar os jovens.
 
Como durante essa fase da vida o organismo passa por transformações profundas, o jovem pode apresentar mudanças de humor e comportamento, sem que isso seja
motivo para preocupação. Momentos de irritação, raiva e sentimentos de incompreensão, tristeza e desânimo, por exemplo, são bastante comuns nessa fase.
 
Mas, se esses comportamentos e sentimentos são persistentes, podem ser um sinal de alerta. “Ter depressão e ansiedade não é normal, especialmente quando a
sensação ultrapassa duas semanas e compromete ações como ir à escola, sair com amigos e fazer atividades de modo independente”, explica Yiu Kee
Warren Ng, psiquiatra e professor da Universidade de Columbia (EUA).
 
No caso de meninos com depressão, é comum a incidência de comportamentos agressivos e violentos, uso de substâncias proibidas, problemas de conduta, desprezo e
desdém pelos outros, além de uma constante atitude de desafio. Já nas meninas, é alta a presença de sentimentos de tristeza, ansiedade, tédio, raiva e baixa
autoestima.
 
Segundo a American Psychiatric Association, deve se suspeitar de que existe um quadro depressivo quando o adolescente apresenta durante a maior parte do dia, por
pelo menos duas semanas, ao menos cinco desses sintomas: tristeza; diminuição do interesse por atividades; diminuição do apetite, ganho ou perda de peso significativa;
agitação ou apatia; pouca capacidade de concentração; insônia ou excesso de sono; cansaço e falta de energia; sentimento exagerado de culpa; ideias suicidas.
 
Tanto na prevenção quanto no tratamento da depressão em adolescentes, a família tem um papel fundamental.
 
No artigo “Estrutura e suporte familiar como fatores de risco na depressão de adolescentes”, os pesquisadores Makilim Nunes Baptist, Adriana Said Daher
Baptista e Rosana Righetto Dias lembram que “há amplas evidências de que problemas relacionados à estrutura e suporte familiar estão relacionados a desordens
psiquiátricas infantis, especificamente aos transtornos de humor”.
 
Famílias bem estruturadas e que oferecem suporte aos filhos conseguem atenuar os efeitos de eventos estressantes, que podem desencadear quadros depressivos nos
adolescentes. Isso acontece porque a família influencia diretamente a forma pela qual o adolescente se autoavalia e processa as informações que recebe. E, nesse
aspecto, as famílias intactas – ou seja, aquelas formadas por pais não separados e morando em um mesmo local – parecem passar mais estabilidade e afeto aos filhos.
 
Quando o diagnóstico de depressão é confirmado, o tratamento pode incluir a terapia familiar. E, mesmo quando o tratamento não incluir esse tipo de terapia, os
familiares têm de estar preparados para lidar com a situação e apoiar o adolescente. Ser compreensivo e evitar cobranças excessivas é essencial para o sucesso do
tratamento. O adolescente precisa perceber que conta com o apoio da família para poder vencer a depressão.
 
(Adolescência, educação dos filhos. Equipe sempre família. Disponível 
em: http://www.semprefamilia.com.br/como-perceber-sintomas-dadepressao- na-adolescencia/. 
Acesso em: 27/06/2016. Adaptado.)
 
No trecho “Famílias bem estruturadas e que oferecem suporte aos filhos conseguem atenuar os efeitos de eventos estressantes, que podem desencadear quadros
depressivos nos adolescentes.”, as expressões destacadas significam, respectivamente:
 a) Desafio e facilitar. 
 b) Apoio e bloquear. 
 c) Assistência e estimular.
 d) Obstáculo e interromper.
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Questão 1212: IDECAN - Bioq (Pref Apiacá)/Pref Apiacá/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Os três vazios – Sobre como fomos esvaziados e lavados para fazer escoar a angústia consumista
 
Podemos caracterizar nossa época a partir de (três) grandes vazios:
 
1 – O primeiro deles é o vazio do pensamento, tal como o denominou Hannah Arendt. A característica desse vazio é a ausência de reflexão, em palavras simples, de
questionamento. Como é impossível viver sem pensamento, o uso de ideias prontas se torna a cada dia mais necessário e vemos ideias se transformarem em
mercadorias para facilitar a circulação. Não são apenas as ideias que viram mercadorias. As mercadorias também vêm substituir ideias. Elas se “consubstanciam” em
ideias e fazem a sua vez. O império do design de nosso tempo tem a ver com isso. Cada vez mais gostamos de coisas nas quais se guarda uma ideia. Hoje em dia vende-
se autenticidade e prosperidade como um dia se vendeu felicidade, liberdade e imortalidade. A ideia é melhor vendida por meio de conceitos que podemos possuir ou,
pelo menos, queremos possuir. O design garante isso. O que antigamente se chamava de “arte pela arte”, agora se chama de “estética pela estética”.
 
Com isso quero dizer que o mundo da aparência substituiu o da essência e isso atingiu até mesmo o pensamento. A inteligência se tornou algo da ordem da aparência,
uma moda. Por isso mesmo, a ignorância populista também faz muito sucesso. Enquanto uns vendem aparência de inteligência, outros vendem aparência de ignorância.
Se há realmente inteligência ou ignorância, não é bem a questão. Ganham os que sabem administrar essas aparências para a mistificação das massas. A indústria cultural
também é do design. E o design também é da inteligência e da ignorância.
 
2 – O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidade que está revestido de
mistérios. Nesse campo, entra em jogo o vazio da emoção. A impressão de que vivemos em uma sociedade anestesiada, na qual as pessoas são incapazes de sentir
emoções, não é nova. Alguns já falaram em culto da emoção, em sociedade excitada, em sociedade fissurada. Buscamos de modo ensandecido uma emoção qualquer.
Pagamos caro. Da alegria à tristeza, queremos que a religião, o sexo, a alimentação, os filmes, as drogas, os esportes radicais, tudo nos provoque algum tipo de êxtase.
A emoção virou mercadoria e o que não emociona não vale a pena. Alegrias suaves e tristezas leves não interessam. Tudo tem que ser extasiante. As mercadorias
aparecem com a promessa de garantir esse êxtase. Das roupas de marca ao turismo, tudo tem que ser intenso, cinematográfico, transcendental, radical, impressionante.
É o império da emoção contra a chateação, da excitação contra o tédio, da rapidez contra a calma, da festa contra a tranquilidade. A questão que está em jogo é a do
esvaziamento afetivo. Se usarmos um clichê, diremos que nos tornamos cada vez mais frios, cada vez mais robotizados.
 
Há uma verdade nisso: quer dizer que perdemos nosso calor humano, nosso calor animal, o que nos confirma como seres vivos. Ficamos cada vez mais vitimados pelo
universo da plasticidade. O império do design se instaura aí. Da plasticidade exterior ao plástico (que consumimos fisiologicamente no uso de uma garrafa de água), não
há muita diferença. [...]
 
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(TIBURI, Márcia. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/08/os-tres-vazios-
sobre-como-fomos-esvaziados-e-lavados-parafazer- escoar-a-angustia-consumista/. Adaptado.)
 
Em “O segundo vazio parece ainda mais profundo, até porque, tradicionalmente tem relação com o território do que chamamos de sensibilidadeque está revestido de
mistérios.”, a expressão “até porque” indica
 a) inclusão de uma justificativa. 
 b) limite para um questionamento. 
 c) demonstração de uma oposição.
 d) acréscimo de uma consequência.
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Questão 1213: IDECAN - Moto (Pref Apiacá)/Pref Apiacá/C/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Nossos velhos
 
Pais heróis e mães rainhas do lar.
 
Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos. Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns
assuntos sem pé nem cabeça. A rainha do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá pra implicar com a empregada. O que papai e mamãe fizeram para
caducar de uma hora para ou…tra? Fizeram 80 anos. Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso. Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais
vulneráveis e adquirem umas manias bobas.
 
Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma
chantagenzinha emocional. Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam. Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se
a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam
os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida. É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação.
 
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.
 
Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões
em desuso: calça de brim? frege? auto de praça? Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos,
simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
 
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi. Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los,
e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais. É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.
 
Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles
para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
 
(Martha Medeiros. Disponível em: http://www.viva50.com.br/nossos-velhos-
cronica-de-martha-medeiros/. Acesso em: 24/06/2016. Adaptado.)
 
“Essa nossa intolerância só pode ser medo.” O termo “intolerância”, de acordo com o contexto em que se encontra empregado, significa
 a) paciência.
 b) exigência.
 c) relevância.
 d) arrogância.
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Questão 1214: IDECAN - Moto (Pref Apiacá)/Pref Apiacá/D/2016
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Parentes ainda resistem em autorizar doação de órgãos
 
Poucas pessoas sabem, mas o Brasil é destaque no contexto mundial de doação de órgãos e tecidos, principalmente por ter o maior sistema público de transplantes do
mundo. Porém, a alta taxa de recusa familiar para doação de órgãos é um problema grave no país. Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 40% da
população brasileira não aceita doar órgãos de parentes falecidos com diagnóstico de morte cerebral, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país.
 
Na opinião do médico Leonardo Borges de Barros e Silva, coordenador da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo), os motivos para a recusa familiar são diversos: desde crenças religiosas até o desconhecimento e não aceitação da morte encefálica, que
faz com que muitos familiares acreditem que o fato de o ente querido manter o corpo quente e o coração batendo seja um indicativo de que ele sobreviverá.
 
Realmente, para a grande maioria das pessoas, é muito difícil diferenciar um corpo em morte cerebral de um corpo em sono profundo na cama de um hospital: em
ambos, o abdômen se move normalmente na respiração, os batimentos cardíacos aparecem no monitor e há urina no recipiente plástico. A temperatura também
permanece normal.
 
“O diagnóstico de morte encefálica – conhecida também como morte cerebral – é irreversível, ou seja, o paciente perde todas as funções vitais, como a consciência e
capacidade de respirar. O coração permanece batendo e os demais órgãos, funcionando. Com exceção das córneas, pele, ossos, vasos e valvas do coração, é somente
nessa situação que os órgãos podem ser utilizados para transplante”, observa o especialista.
 
O que acontece é que enquanto o coração tem oxigênio, ele pode continuar a bater. O ventilador providencia esse suporte por várias horas. Sem o socorro artificial, o
coração deixaria de bater.
 
O consentimento informado é a forma oficial de manifestação à doação. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra
finalidade terapêutica depende da autorização do cônjuge ou parente maior de idade, obedecida a linha sucessória, firmada em documento subscrito por duas
testemunhas presentes à verificação da morte.
 
“Evidentemente, a manifestação em vida da pessoa a favor ou contra a doação de seus órgãos e tecidos para transplante pode ou não favorecer o consentimento após a
morte, mas, de acordo com a lei, é a vontade da família que deve prevalecer”, explica o médico Leonardo Borges de Barros e Silva.
 
De acordo com números do Ministério da Saúde, em 2015, mais de 23 mil transplantes foram realizados no Brasil, sendo a córnea o tecido mais transplantado. No ano
passado, o transplante de rins foi o mais realizado, seguido pelos de fígado, coração e pulmão. Mas, enquanto algumas famílias ainda têm receio de autorizar a doação
dos órgãos de parentes falecidos, cerca de 40 mil pessoas, entre crianças e adultos, estão na fila de espera por um transplante no Brasil.
 
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(CONTE, Juliana. Informações da Agência Ex Libris Comunicação Integrada e
Ministério da Saúde. Publicado em: 21/06/2016. Adaptado.)
 
“A temperatura também permanece normal.” O termo “permanece”, de acordo com o contexto em que se encontra empregado, significa
 a) torna-se.
 b) evidencia-se.
 c) declara-se.
 d) conserva-se.
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Questão 1215: IDECAN - Aux Adm (CP II)/CP II/2014
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
A complicada arte de ver
 
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus
prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que
já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola.
Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de
objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo
me causa espanto.”
 
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante delivros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe
disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas.
 
Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de
poeta... Os poetas ensinam a ver”.
 
William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-
me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à
frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
 
(Rubem Alves. Disponível em: http://www.releituras.com/i_airon_rubemalves.asp. 
Acesso em: 05/2014.)
 
De acordo com o contexto, é correto afirmar que em “[...] ali está uma epifania do sagrado.” o termo destacado possui como significado:
 a) Justiça.
 b) Novidade.
 c) Explicação.
 d) Modificação.
 e) Manifestação.
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Questão 1216: IDECAN - Estat (CP II)/CP II/2014
Assunto: Significação de vocábulo e expressões
Cultura e terror
 
Essa minha ideia de que o homem é, sobretudo, um ser cultural, não deve ser entendida como uma visão idealizada e otimista, pelo simples fato de que isso o distingue
dos outros seres naturais.
 
Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm
a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas.
 
Entendo que, ao contrário dos outros animais, o homem nasceu incompleto e, por essa razão, teve de inventar-se e inventar o mundo em que vive. Por exemplo, um
bisão ou um tigre nasce com todos os recursos necessários à sua sobrevivência, mas o homem, para caçar o bisão, teve que inventar a lança.
 
Isso, no plano material. Mas nasceu incompleto também no plano intelectual, porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, que sentido tem a existência.
Para responder a essas e outras perguntas, inventou a religião, a filosofia, a ciência e a arte.
 
Assim, construiu, ao longo da história, uma realidade cultural, inventada, que alcança hoje uma complexidade extraordinária e fascinante. O homem deixou de viver na
natureza para viver na cidade que foi criada por ele.
 
Mas, o fato mesmo de se inventar como ser cultural criou-lhe graves problemas, nascidos, em grande parte, daqueles valores culturais. É que, por serem inventados,
variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis. As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem
levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais.
 
Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua
aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal.
Chega-se à agressão, à guerra.
 
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Certamente, nem sempre é assim, depende dos indivíduos e das comunidades humanas; depende sobretudo de quais valores os fundamentam.
 
De modo geral, é no campo da religião e da política que a intolerância se manifesta com maior frequência e radicalismo. A história humana está marcada por esses
conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, com o sacrifício de centenas de milhares de vidas.
 
Com o desenvolvimento econômico e ampliação do conhecimento científico, a questão religiosa caiu para segundo plano, enquanto o problema ideológico ganhou o
centro das atenções.
 
A questão da riqueza, da desigualdade social e consequentemente da justiça social tornou-se o núcleo dos conflitos entre as classes e o poder político.
 
Esse fenômeno, que se formou em meados do século XIX, ocuparia todo o século XX, com o surgimento dos Estados socialistas. O ápice desse conflito foi a Guerra Fria,
resultante do antagonismo entre os Estados Unidos e a União Soviética.
 
Surpreendente, porém, é que, em pleno século do desenvolvimento científico e tecnológico, tenha eclodido uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa:
o terrorismo islâmico, surgido de uma interpretação fanatizada daquela doutrina.
 
O terrorismo não nasceu agora mas, a partir do conflito entre judeus e palestinos, lideranças fundamentalistas islâmicas o adotaram como arma de uma guerra santa
contra a civilização ocidental, que não segue as palavras sagradas do Corão.
 
Em consequência disso, homens e mulheres jovens, transformados em bombas humanas, não hesitam em suicidar-se inutilmente, convencidos de que cumprem a
vontade de Alá e serão recompensados com o paraíso.
 
Parece loucura e, de fato, o é, mas diferente da doença psíquica propriamente dita. É uma loucura decorrente do fanatismo político ou religioso, que muda o amor a Deus
em ódio aos infiéis.
 
Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados – que matam sobretudo inocentes – só é proibido matar os “nossos”
inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”.
 
Tudo isso mostra que o homem é mesmo um ser cultural, mas que a cultura tanto pode nos transformar em santos como em demônios.
 
(Ferreira Gullar. Cultura e terror. Folha de São Paulo. Abril/2013.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/1269134-cultura-e-terror.shtml.)
 
A expressão “esse fenômeno”, que inicia o, refere-se
 a) à igualdade e à justiça social.
 b) ao terrorismo adotado pelos islâmicos.
 c) aos conflitos religiosos que marcaram a história da humanidade.
 d) à política ser deixada em segundo plano em função da questão religiosa eclodida no século XX.
 e) ao deslocamento do campo de conflitos culturais, provocado tanto pelo desenvolvimento econômico quanto científico.
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Questão 1217: IDECAN - Of BM (CBM DF)/CBM DF/Médico/Urologia/2017
Assunto: Outras questões de semântica
Depoimento de Daniel Matenho Cabixi, do povo Pareci, aldeia de Rio Verde no Mato Grosso
Vi muitas pessoas postarem-se diante de mim, um índio, e ficarem horas e horas a olhar-me. Além de lançarem uma série de perguntas, entre elas, se não existe mais
índio brabo.
Penso comigo: que estarão elas pensando? Esforço-me para penetrar em seus pensamentos. Afinal, um descendente de índios selvagens, descendentes de seres
mitológicos, índios, está postado diante deles, de calças, camisa e sapatos. Neste momento, a imaginação desse povo simples voa pelo mundo da fantasia.
Como será que vive? O que come? Será que descende de comedores de gente? Terá ele provado alguma carne humana? Tem ele algum sentimento humano de amor e
compaixão?
Enfim, percebo que as interpretações e comparações que nos fazem não passam da categoria de animais exóticos que habitam a natureza. Tenho vontade de fazê-los
compreender o meu mundo, assim como cheguei a compreender o mundo deles.
Gostaria de dizer-lhes que faço parte de uma sociedade que possui normas de vivência harmônica entre homens e natureza. Gostaria de dizer-lhes que possuímos nossos
valores sociais, políticos, econômicos, culturais e religiosos, que adquirimos através dos tempos, de geração em geração.
Gostaria de dizer-lhes que formamos um mundo equilibrado e justo de relações humanas. Dizer que, como humanos, somos sujeitos a falhas e erros. Dizer que nossos
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sentimentos mais íntimos são exteriorizados através da arte, da língua, da nossa religião, das festas acompanhadas de ritos e cerimônias.
Dizer que conseguimos nossa experiência diante da vida e do universo.
Dizer que conseguimos chegar num equilibrado mundo prenhe de valores que transmitimos a nossos filhos, o que, em outras palavras mais compreensíveis, é sinônimo
de educação.
[...]
Dizer que estamos prontos para receber o que de útil a sociedade deles nos oferece e rechaçar o que de ruim ela nos apresenta. Mas a cegueira etnocêntrica não permite
este diálogo franco e sincero.
(Depoimento de Daniel Matenho Cabixi.
Disponível em: http://www.iande.art.br/textos/danielcabixi.htm. Acesso em: ago, 2016. Adaptado.)
 
Em “Dizer que estamos prontos para receber o que de útil a sociedade deles nos oferece e rechaçar o que de ruim ela nos apresenta.” é possível constatar, considerando
a construção linguística, elementos que produzem determinada relação resultando em efeito de sentido de: 
 a) Negação, conclusão. 
 b) Finalidade, oposição.
 c) Consequência, justificativa.
 d) Contraposição, temporalidade.
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Questão 1218: IDECAN - FTrib (Manhumirim)/Pref Manhumirim/2017
Assunto: Outras questões de semântica
O amor acaba
 
(Paulo Mendes Campos.)
 
 
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde
começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate
das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos
saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos
do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela
pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no
andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas;
quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no
sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo
parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que
desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros
do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor
não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que
chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o
mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova
Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em
mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido
como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba c omo se fora melhor nunca ter
existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração
excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por
qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
 
(WERNECK, Humberto (org.). Boa companhia – Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.)
 
 
 
Em “às vezes vingado por alguns dias...”, o termo sublinhado expressa a ideia de:
 a) Modo.
 b) Tempo.
 c) Condição.
 d) Conformidade.
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Questão 1219: IDECAN - Ag AL (CM Aracruz)/CM Aracruz/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Amor de passarinho
Desde que mandei colocar na minha janela uns vasos de gerânio, eles começaram a aparecer. Dependurei ali um bebedouro, desses para beija-flor, mas são de outra
espécie os que aparecem todas as manhãs e se fartam de água açucarada, na maior algazarra. Pude observar então que um deles só vem quando os demais já se foram.
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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Vem todas as manhãs. Sei que é ele e não outro por um pormenor que o distingue dos demais: só tem uma perna. Não é todo dia que costuma aparecer mais de um
passarinho com uma perna só.
[...]
Ao pousar, equilibra-se sem dificuldade na única perna, batendo as asas e deixando à mostra, em lugar da outra, apenas um cotozinho. É de se ver as suas passarinhices
no peitoril da janela, ou a saltitar de galho em galho, entre os gerânios, como se estivesse fazendo bonito para mim. Às vezes se atreve a passar voando pelo meu nariz e
vai-se embora pela outra janela.
[...]
Enquanto escrevo, ele acaba de chegar. Paro um pouco e fico a olhá-lo. Acostumado a ser observado por mim, já está perdendo a cerimônia. Finge que não me vê,
beberica um pouco a sua aguinha, dá um pulo para lá, outro para cá, esvoaça sobre um gerânio, volta ao bebedouro, apoiando-se num galho. Mas agora acaba de
chegar outro que, prevalecendo-se da superioridade que lhe conferem as duas pernas, em vez de confraternizar, expulsa o pernetinha a bicadas, e passa a beber da sua
água. A um canto da janela, meio jururu, ele fica aguardando os acontecimentos, enquanto eu enxoto o seu atrevido semelhante. Quer dizer que até entre eles
predomina a lei do mais forte! De novo senhor absoluto da janela, meu amiguinho volta a bebericar e depois vai embora, não sem me fazer uma reverência de
agradecimento.
[...]
Chamei-o de amiguinho, e entendo agora por que Jayme Ovalle, que chegou a ficar noivo de uma pomba, dizia que Deus era Poeta, sendo o passarinho o mais perfeito
soneto de Sua Criação. Com sua única perninha, este é o meu pequenino e sofrido companheiro, a me ensinar que a vida é boa e vale a pena, é possível ser feliz.
Desde então muita coisa aconteceu. Para começar, a comprovação de que não era amiguinho e sim amiguinha – segundo me informou o jardineiro: responsável pelos
gerânios e pelo bebedouro, seu Lourival entende de muitas coisas, e também do sexo dos passarinhos.
A prova de que era fêmea estava no companheiro que arranjou e com quem logo começou a aparecer. Este, um pouco maior e mais empombadinho, tomava conta dela,
afastando os concorrentes. E os dois ficavam de brincadeira um com o outro, de cá para lá, ou mesmo de namoro, esfregando as cabecinhas.Às vezes ela se afastava
desses afagos, voava em minha direção e se detinha no ar a um metro de minha cabeça, agitando as asas, para em seguida partir feito uma seta janela afora. Não sei o
que procurava exprimir com o ritual dessa proeza de colibri. Alguma mensagem de amor, em código de passarinho? Talvez não mais que um recado prosaico, vou ali e
volto já.
E assim a Pernetinha, como se tornou conhecida entre os meus amigos – alguns chegaram a conhecê-la pessoalmente –, não passou mais um só dia sem aparecer.
Mesmo durante minhas viagens continuou vindo, segundo seu Lourival, que se encarrega de manter cheio o bebedouro na minha ausência.
Só de uns dias para cá deixou de vir. Fiquei apreensivo, pois a última vez que veio foi num dia de chuva, estava toda molhada, as peninhas do peito arrepiadas. Talvez
tivesse adoecido. Não sei se passarinho pega gripe ou morre de pneumonia. Segundo me esclareceu Rubem Braga, o sádico, costuma morrer é de gato. Ainda mais
sendo perneta.
Hoje pela manhã conversei com o jardineiro sobre a minha apreensão: vários dias sem aparecer! Ele tirou o boné, coçou a cabeça, e acabou contando o que vinha
escondendo de mim, uma pequena tragédia.
Debaixo do bebedouro fica um prato fundo, de plástico, para aparar a água que os passarinhos deixam respingar – mesmo os bem-educados como a Pernetinha. Numa
dessas manhãs, ele a encontrou caída no fundo do prato, as penas presas num resto pegajoso de água com açúcar. Provavelmente perdeu o equilíbrio, tombou ali dentro
e não conseguiu mais se desprender com a única perninha.
Compungido, seu Lourival preferiu não me contar nada, porque me viu triste com a morte do poeta, também meu amigo.
Naquele mesmo dia.
(SABINO, Fernando. 1923-2004 – As melhores crônicas – 14ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
 
“Chamei-o de amiguinho, e entendo agora por que Jayme Ovalle, que chegou a ficar noivo de uma pomba, dizia que Deus era Poeta,...” O vocábulo constituinte do
campo semântico de “poeta” é 
 a) criação.
 b) soneto.
 c) perfeito.
 d) passarinho.
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Questão 1220: IDECAN - ACE (SMSA Boa Vista)/Pref Boa Vista/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Cadeia é um lugar povoado de maldade
 
Na repressão ao crime continuamos atolados nos dilemas da Idade Média: sabemos prender, castigar e construir cadeias, nada mais.
 
A perda da liberdade, a solidão, os guardas, a rotina imposta, a ausência de privacidade, as horas que se arrastam, os dias idênticos, as arbitrariedades do sistema
carcerário, a identidade substituída por um número de prontuário e o uniforme que a todos iguala não chegam aos pés do sofrimento causado pela convivência com os
companheiros de infortúnio. Os perigos inerentes a esse convívio são tão ameaçadores, que o maior de todos os desejos do prisioneiro não é recuperar a liberdade
perdida, mas permanecer vivo, tarefa que exige elaborar uma estratégia segundo a qual sua presença atenda aos interesses do grupo.
 
À medida que somos obrigados a compartilhar o espaço vital, nós nos tornamos menos violentos, por razões evolutivas: a formação e a preservação do grupo foram
essenciais para o êxito ecológico de nossa espécie. Hominídeos que não souberam conviver com os demais ficaram expostos aos predadores e não deixaram
descendentes. A rotina diária na prisão exige processos adaptativos que servem de base para a criação de um código penal draconiano, capaz de prever todos os
acontecimentos da vida comunitária – da proibição de delatar o companheiro, aos modos de comer à mesa; do respeito às famílias visitantes, aos cuidados com a higiene
pessoal.
 
Ao contrário da justiça morosa e burocrática das sociedades civilizadas, em que o intervalo entre a prática do crime e a aplicação da penalidade pode exigir anos de
tramitação nos tribunais, entre presidiários as sentenças são de execução imediata. O desrespeito às regras estabelecidas deve ser punido com rigor, sumariamente, para
impedir que se instale a barbárie.
 
O poder é um espaço abstrato que os homens jamais deixam no vazio. No ambiente prisional a força física é de pouca valia. Um dos homens mais fortes que conheci
morreu, enquanto dormia em sua cela, queimado com água fervente por um desafeto de 1 metro e meio. Na disputa pelas posições de mando, assumem a liderança
aqueles capazes de formar a coalizão mais numerosa.
 
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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O que a sociedade chama de população carcerária está longe de constituir massa amorfa que reage de modo irracional, como às vezes acontece nas rebeliões, episódios
raros na história de qualquer cadeia. Mulheres e homens presos fazem parte de uma comunidade organizada, segundo leis e regras próprias que ficarão impregnadas no
espírito de todos os que passaram pela experiência de viver atrás das grades.
 
A eficácia imediata do aprisionamento na redução dos níveis de violência nas cidades está bem documentada na literatura científica. Quando um assaltante vai preso, é
um a menos a roubar nas ruas. O que ainda não foi estudado são as repercussões a longo prazo do encarceramento.
 
A sociedade vive a exigir mais prisões e penas mais longas, a ressocialização fica relegada à retórica. Para sair desse impasse serão necessários conhecimento técnico,
bom senso e ousadia na reorganização do sistema penal brasileiro. Diante da epidemia da violência urbana que nos atormenta, o medo de errar não pode servir de
pretexto para o conformismo e a apatia paralisante em que nos encontramos.
 
(Revista Carta Capital. Por Drauzio Varella – Publicado 19/07/2013. Disponível em: http://www.cartacapital.
com.br/revista/758/cadeia-e-um-lugar-povoado-de-maldade-236.html. Acesso em: 12/08/2016. Adaptado.)
 
Em “À medida que somos obrigados a compartilhar o espaço vital, nós nos tornamos menos violentos, por razões evolutivas: a formação e a preservação do grupo foram
essenciais para o êxito ecológico de nossa espécie.” (2º§), a expressão destacada exprime ideia de 
 a) conclusão.
 b) proporção.
 c) preferência.
 d) disposição organizada.
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Questão 1221: IDECAN - ACE (SMSA Boa Vista)/Pref Boa Vista/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Cadeia é um lugar povoado de maldade
 
Na repressão ao crime continuamos atolados nos dilemas da Idade Média: sabemos prender, castigar e construir cadeias, nada mais.
 
A perda da liberdade, a solidão, os guardas, a rotina imposta, a ausência de privacidade, as horas que se arrastam, os dias idênticos, as arbitrariedades do sistema
carcerário, a identidade substituída por um número de prontuário e o uniforme que a todos iguala não chegam aos pés do sofrimento causado pela convivência com os
companheiros de infortúnio. Os perigos inerentes a esse convívio são tão ameaçadores, que o maior de todos os desejos do prisioneiro não é recuperar a liberdade
perdida, mas permanecer vivo, tarefa que exige elaborar uma estratégia segundo a qual sua presença atenda aos interesses do grupo.
 
À medida que somos obrigados a compartilhar o espaço vital, nós nos tornamos menos violentos, por razões evolutivas: a formação e a preservação do grupo foram
essenciais para o êxito ecológico de nossa espécie. Hominídeos que não souberam conviver com os demais ficaram expostos aos predadores e não deixaram
descendentes. A rotina diária na prisão exige processos adaptativos que servem de base para a criação de um código penal draconiano, capaz de prever todos os
acontecimentos da vida comunitária – da proibição de delatar o companheiro, aos modos de comer à mesa; do respeito às famílias visitantes, aos cuidados com a higiene
pessoal.
 
Ao contrário da justiça morosa e burocrática das sociedades civilizadas, em que o intervalo entre a prática do crime e a aplicação da penalidade pode exigir anosde
tramitação nos tribunais, entre presidiários as sentenças são de execução imediata. O desrespeito às regras estabelecidas deve ser punido com rigor, sumariamente, para
impedir que se instale a barbárie.
 
O poder é um espaço abstrato que os homens jamais deixam no vazio. No ambiente prisional a força física é de pouca valia. Um dos homens mais fortes que conheci
morreu, enquanto dormia em sua cela, queimado com água fervente por um desafeto de 1 metro e meio. Na disputa pelas posições de mando, assumem a liderança
aqueles capazes de formar a coalizão mais numerosa.
 
O que a sociedade chama de população carcerária está longe de constituir massa amorfa que reage de modo irracional, como às vezes acontece nas rebeliões, episódios
raros na história de qualquer cadeia. Mulheres e homens presos fazem parte de uma comunidade organizada, segundo leis e regras próprias que ficarão impregnadas no
espírito de todos os que passaram pela experiência de viver atrás das grades.
 
A eficácia imediata do aprisionamento na redução dos níveis de violência nas cidades está bem documentada na literatura científica. Quando um assaltante vai preso, é
um a menos a roubar nas ruas. O que ainda não foi estudado são as repercussões a longo prazo do encarceramento.
 
A sociedade vive a exigir mais prisões e penas mais longas, a ressocialização fica relegada à retórica. Para sair desse impasse serão necessários conhecimento técnico,
bom senso e ousadia na reorganização do sistema penal brasileiro. Diante da epidemia da violência urbana que nos atormenta, o medo de errar não pode servir de
pretexto para o conformismo e a apatia paralisante em que nos encontramos.
 
(Revista Carta Capital. Por Drauzio Varella – Publicado 19/07/2013. Disponível em: http://www.cartacapital.
com.br/revista/758/cadeia-e-um-lugar-povoado-de-maldade-236.html. Acesso em: 12/08/2016. Adaptado.)
 
No trecho “Mulheres e homens presos fazem parte de uma comunidade organizada, segundo leis e regras próprias que ficarão impregnadas no espírito de todos os que
passaram pela experiência de viver atrás das grades.”, os termos “organizada” e “impregnadas” (5º§) significam, respectivamente: 
 a) Metódica e imbuídas.
 b) Sistemática e desoladas.
 c) Lastimável e encravadas.
 d) Destruída e abundantes.
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Questão 1222: IDECAN - Ag (Leopoldina)/Pref Leopoldina/Serviços Operacionais/Motorista/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Rolezinhos
Uma amiga me diz que ela passeia pelos shoppings para ter a impressão de estar fora do Brasil, ou seja, num espaço público que não seja ansiógeno e violento. Claro, é
uma ilusão fugaz; basta olhar para as vitrines para constatar que tudo é brutalmente mais caro do que no exterior – pelos impostos, pela produtividade medíocre ou pela
corrupção endêmica, tanto faz. Mesmo assim, insiste minha amiga, a ilusão de civilidade é um alívio.
Hoje, à brutalidade de impostos, corrupção e mediocridade produtiva acrescentam-se os “rolezinhos” dos jovens da periferia. O que eles querem, afinal?
Talvez eles gostem de apavorar. Não seria de se estranhar. É um axioma: para quem vive na incerteza (de seu status, do reconhecimento dos outros, de seu lugar no
mundo), apavorar é um jeito de encontrar no medo dos outros uma confirmação de sua própria relevância. Apavoro, logo existo: espelho-me na preocupação dos
seguranças e na cara fechada dos clientes que voltam correndo para o estacionamento.
29/06/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24246847/imprimir 14/128
Mas apavorar é um efeito colateral. Os jovens dos “rolezinhos” pedem sobretudo uma bola branca: a admissão ao clube. A prova, a roupa que eles preferem e que grita
para ser reconhecida como luxo. Tudo bem, alguém perguntará, eles pedem acesso a quê? À classe privilegiada? Ao consumo de quem tem grana?
Não acredito em nada disso, aposto que eles pedem acesso ao próprio lugar para o qual eles vão: eles pedem acesso ao shopping. O que esse lugar tem de mágico? De
desejável? Qual é seu valor simbólico? Na nossa cultura (justamente pela quase inexistência de espaços públicos minimamente frequentáveis, ou seja, pelo horror que a
rua é para todos, ricos e pobres), os shoppings integram a lista histórica dos refúgios.
(CALLIGARIS, Contardo. Folha de S. Paulo, 06/02/2014. Adaptado.)
 
Em “Os jovens dos ‘rolezinhos’ pedem sobretudo uma bola branca: a admissão ao clube." , o termo destacado expressa ideia de 
 a) valor, intenção. 
 b) conclusão, ressalva.
 c) prioridade, relevância.
 d) significância, comparação.
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Questão 1223: IDECAN - Ag (Leopoldina)/Pref Leopoldina/Serviços Operacionais/Motorista/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Rolezinhos
Uma amiga me diz que ela passeia pelos shoppings para ter a impressão de estar fora do Brasil, ou seja, num espaço público que não seja ansiógeno e violento. Claro, é
uma ilusão fugaz; basta olhar para as vitrines para constatar que tudo é brutalmente mais caro do que no exterior – pelos impostos, pela produtividade medíocre ou pela
corrupção endêmica, tanto faz. Mesmo assim, insiste minha amiga, a ilusão de civilidade é um alívio.
Hoje, à brutalidade de impostos, corrupção e mediocridade produtiva acrescentam-se os “rolezinhos” dos jovens da periferia. O que eles querem, afinal?
Talvez eles gostem de apavorar. Não seria de se estranhar. É um axioma: para quem vive na incerteza (de seu status, do reconhecimento dos outros, de seu lugar no
mundo), apavorar é um jeito de encontrar no medo dos outros uma confirmação de sua própria relevância. Apavoro, logo existo: espelho-me na preocupação dos
seguranças e na cara fechada dos clientes que voltam correndo para o estacionamento.
Mas apavorar é um efeito colateral. Os jovens dos “rolezinhos” pedem sobretudo uma bola branca: a admissão ao clube. A prova, a roupa que eles preferem e que grita
para ser reconhecida como luxo. Tudo bem, alguém perguntará, eles pedem acesso a quê? À classe privilegiada? Ao consumo de quem tem grana?
Não acredito em nada disso, aposto que eles pedem acesso ao próprio lugar para o qual eles vão: eles pedem acesso ao shopping. O que esse lugar tem de mágico? De
desejável? Qual é seu valor simbólico? Na nossa cultura (justamente pela quase inexistência de espaços públicos minimamente frequentáveis, ou seja, pelo horror que a
rua é para todos, ricos e pobres), os shoppings integram a lista histórica dos refúgios.
(CALLIGARIS, Contardo. Folha de S. Paulo, 06/02/2014. Adaptado.)
 
No trecho “Talvez eles gostem de apavorar.”, a expressão destacada exprime circunstância de 
 a) dúvida.
 b) sucessão.
 c) regularidade.
 d) reciprocidade.
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Questão 1224: IDECAN - Tec NS (Leopoldina)/Pref Leopoldina/Psicólogo/2016
Assunto: Outras questões de semântica
Dormir pouco pode causar doenças mentais
Quem dorme pouco está mais propenso a desenvolver doenças mentais e tem 
mais dificuldades de tratá-las.
Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida não acabam quando o dia começa. Olheiras, fadiga, olhos secos, dificuldade de
se concentrar e irritação são algumas das respostas do corpo à privação de sono. A qualidade do sono impacta diretamente nossa saúde física e mental. A insônia,
inclusive, é um sintoma comum em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e distúrbios de atenção.
A psicóloga Jo Abbott, da Universidade Tecnológica de Swinburne, na Austrália, defende que a insônia e doenças mentais estão bastante interligadas – elas se
retroalimentam. Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir. O pior dessa relação
insônia versus depressão

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