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Ecologia do Parasitismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
IB 176 – Biologia e Ecologia do Parasitismo 
Vivian dos Santos Nogueira 201317030-9 
 
 
A S P E C T O S G E R A I S 
 
Define-se como parasitismo uma relação 
ecológica entre espécies diferentes, unilateral, 
de dependência total que causa dano para o 
hospedeiro. Há parasitos temporários onde 
somente parte do seu ciclo de vida depende do 
hospedeiro e há onde esta relação é exclusiva 
e duradoura. 
 
Em tese, a morte do hospedeiro provoca a 
morte do parasito. Por este motivo, eles agem 
com a intenção de usar recursos do organismo 
do hospedeiro sem que isso seja fatal. É 
importante não os confundir com os 
parasitóides, que consistem em seres que se 
parecem com parasitos, mas o desfecho é 
sempre a morte do hospedeiro. 
 
O parasito sempre exercerá uma ação 
prejudicial ao hospedeiro, mesmo que isso não se 
reflita em uma doença. A “intenção” do parasito vai 
ser driblar o sistema imunológico do hospedeiro, 
para que consiga otimizar outros fatores de 
sobrevivência e dispersão. Embora quanto mais 
discreto melhor, alguns fatores podem provocar um 
desequilíbrio na relação parasito/hospedeiro. 
Podem ser: 
 
 Através do parasito 
o Carga parasitária 
o Grau de Patogenicidade 
o Poder de penetração e manutenção 
no organismo do hospedeiro 
 
 Através do hospedeiro 
 Biológicos 
o Fragilidade do sistema imunológico 
o Sexo, Raça e Idade 
o Estado Nutricional 
 Sociais 
o Moradia 
o Alimentação 
o Emprego e Escolaridade 
 
 
C O N C E I T O S B Á S I C O S 
 
 Hospedeiro Intermediário é todo aquele 
onde ocorre algum estágio de 
desenvolvimento larval do parasito (pode ou 
não incluir reprodução assexuada). 
 Hospedeiro Definitivo é aquele onde 
ocorre a maturação sexual do parasito. 
 Hospedeiro Paratênico é aquele não-
essencial, e que quando presente, não se 
observa desenvolvimento de nenhum 
estágio do ciclo. Sua função é facilitar ou 
acelerar a passagem para o próximo 
hospedeiro, sendo um “elo trófico”. 
 Vetor é todo ser vivo capaz de transmitir 
um agente infectante, de maneira ativa ou 
passiva. 
 Monoxeno x Heteroxeno: O primeiro se 
refere a parasitos que apresentam apenas 
um hospedeiro (como por exemplo, Ascaris 
lumbricoides em humanos); o segundo, se 
refere a parasitos que possuem 
mais de um hospedeiro em seu 
ciclo. 
 Estenoxeno é o parasito 
monoxeno que se desenvolve 
sempre na mesma espécie. 
 Endoparasito x 
Ectoparasito: O endoparasita é 
aquele que precisa viver no 
interior do corpo de seu 
hospedeiro para conseguir o 
necessário para sobreviver. Ex: 
Taenia solium O segundo é 
aquele que consegue viver fora do 
corpo de seu hospedeiro (mas em 
contato com ele), pois ali obtém o 
necessário para sobreviver. Ex: O 
carrapato-estrela. 
 
 
Z O O G E O G R A F I A 
 
Os parasitos não possuem distribuição 
homogênea nem cosmopolita, sendo ela, 
coordenada por diversos fatores que regulam sua 
presença ou ausência. 
O homem é um animal com larga distribuição 
geográfica, mas os seus parasitos não 
acompanham tal distribuição pois o sistema 
Parasito/Hospedeiro ainda depende de um fator 
determinante: O AMBIENTE. Por vezes, podemos 
ter humanos, mas não as parasitoses humanas em 
determinada localidade geográfica, tanto por 
influências ambientais quanto socioeconômicas. 
 
São fatores humanos que podem facilitar a 
dispersão dos parasitos, migração sazonal 
(trabalhadores que viajam por um período para 
exercer uma função e retornam à sua região ao final 
do período. Ex. Garimpo, operários, etc.), turismo, 
o êxodo rural, globalização e grandes cidades 
(urbanização). 
 
Alguns animais que exercem longos 
períodos de migração, seja para reprodução ou pela 
busca de alimentos, podem perder parasitos por 
causa da mudança brusca de ambiente a que estão 
sujeitos, bem como podem ganhar outros novos. 
 
No mapa, vemos a 
área endêmica de 
malária na região 
amazônica, isto é, 
uma área onde a 
parasitose ocorre 
permanentemente: 
Um FOCO NATURAL. 
Se define por uma 
área ou região onde 
ocorrem fontes de 
infecção, vetores, 
hospedeiros e 
condições físicas, 
geográficas e 
socioeconômicas. São condições para uma área se 
tornar um foco natural: 
 
- Superposição das áreas de ocorrência dos 
hospedeiros. 
- Vitória sobre os fatores limitantes da 
transmissão (sistema imune, etc.) 
- Condições ambientais, econômicas e 
culturais 
- presença do parasito 
 
A maior parte das infecções parasitárias 
ocorrem na zona tropical do planeta, pois 
nela há maior biodiversidade (mais fauna e 
flora), geralmente menor desenvolvimento 
econômico e social e melhor clima, 
principalmente pelo padrão de chuvas e 
temperatura. 
 
Áreas carentes envolvidas com focos naturais 
costumam possuir um Risco de Infecção. Este 
conceito se refere à probabilidade de ocorrer 
determinada infecção no ambiente ou meio onde 
circula o agente etiológico. 
 
A Amazônia reúne fortemente todos estes fatores, 
pois tem o mosquito Anophelles, tem o vetor, tem o 
hospedeiro e todos eles se encontram em um 
ambiente tropical e com muitos focos de procriação 
do vetor. Além disso, as condições sociais das 
populações humanas expostas à doença 
influenciam diretamente na higiene, saneamento 
básico e hábitos de saúde. Especialistas descrevem 
uma das maiores dificuldades de tratar a doença é 
quando os pacientes param de tomar os remédios 
por conta própria, comprometendo todo o 
tratamento. 
 
 A África está sujeita, por questões sociais, 
constantemente à ação de parasitos. O 
investimento em prevenção e tratamento é 
baixíssimo, deixando que o organismo da 
população reaja por décadas e décadas. Assim, 
podem ocorrer mudanças gênicas decorrentes da 
ação destes parasitos, como é ocaso da anemia 
falciforme em resposta evolutiva à malária. 
Outras barreiras culturais também podem anular o 
risco de infecção de um grupo étnico/religioso 
específico. É o caso dos judeus, que possuem a 
cultura de não comer carne de porco, logo, a 
transmissão de Taenia solium para eles é quase 
nula. 
 
Podemos listar as parasitoses humanas que estão 
mais relacionadas com aspectos 
socioeconómicos e sociais, são eles: 
- Esquistossomose (Schistossoma spp.) 
- Malária (Plasmodium spp.) 
- Filariose (Wuchereria bancrofti ou Onchocerca 
volvulus – que causa cegueira) 
- Doença de Chagas (Trypanossoma spp.) 
- Leishmaniose (Leishmania spp.) 
- Hanseniase (Micobacterium leprae) 
 
 
Dentre as causas globais de morte, as 
parasitoses ganham destaque. E os números 
trazem um aspecto social importante: ao longo dos 
anos, as mortes por parasitoses diminuíram de 5 
para 1% entre 1985 e 1997 nos países 
desenvolvidos. Nos “Em Desenvolvimento”, caiu de 
45 para 43% apenas, ressaltando a importância de 
fatores culturais e econômicos na disseminação de 
parasitoses. 
 
 
A Ç Ã O D O S P A R A S I T O S S O B R E 
S E U S H O S P E D E I R O S 
 
Como supracitado, no item de conceitos gerais, 
pode haver desequilíbrio na relação parasito x 
hospedeiro e isto pode acarretar em alterações 
histopatológicas como necrose e hiperplasia. É um 
processo que influencia diretamente no 
metabolismo celular, acelerando o processo de 
mitose. É geralmente seguida de inflamação. 
Pode haver também: 
 Hipertrofia, no caso de parasitismo 
intracelular, como no exemplo do 
Plasmodium vivax que parasita hemácias 
humanas, cujas parasitadas são 
comumente maiores que as não-
parasitadas. 
 Neoplasia onde há um aumento 
desordenado no número de células, 
formando um tumor. Este tumor não é 
resultado de inflamação 
 
O termo CASTRAÇÃO PARASITÁRIA é um 
processo comum na associação entre moluscos e 
trematódeos digenéticos e se refere à reversão 
sexual observada em machos de Palaemon quando 
parasitados por isópodes Bopyrys. Ela se 
caracteriza pela interferência total ou parcial do 
parasito sobre a gametogênese do hospedeiro, 
podendo afetar a gônada do hospedeiro direta ou 
indiretamente. 
Pode ser direta ou indireta se diferenciapois na 
primeira o parasito atinge a gonada diretamente, por 
ingestão ou ação mecânica; na segunda ele não se 
localiza fisicamente as gônadas, mas bloqueia a 
circulação de hemolinfa, causando atrofia parcial ou 
total da gônada, comprometendo seu metabolismo. 
 
Os parasitos ainda podem induzir gigantismo 
nos hospedeiros (ação discutivelmente benéfica 
para o hospedeiro), aumentando seu tamanho e 
resistência, que pode tanto protege-los dos 
predadores quanto tornarem mais vistosos e 
atraírem mais atenção do predador. A sugestão da 
intenção depende do ciclo daquele parasito. 
 
 
-INCOMPLETO- 
 
 
T I P O S D E A D A P T A Ç Õ E S 
 
"a adaptação é a marca do parasitismo" 
 
Os seres vivos na natureza apresentam grande 
inter-relacionamento. O parasitismo, seguramente 
ocorreu quando na evolução de uma destas 
associações um organismo menor se sentiu 
beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção 
de alimento. 
Como consequência dessa associação e com o 
decorrer de milhares de anos houve uma evolução 
para o melhor relacionamento com o hospedeiro. 
Essa evolução, feita à custa de adaptações, tornou 
o invasor (parasito) mais e mais dependente do 
outro ser vivo. 
 
Para o parasito é importante adaptar-se ao 
organismo do hospedeiro pois consegue se fixar 
melhor, obter mais nutrientes, evadir-se do sistema 
imune, aumentar seu potencial reprodutivo e de 
transmissão. Deste modo, quanto mais ele se 
adapta, mais específico ao organismo do parasito 
ele se torna. Podemos relacionar então, o tempo de 
relação parasito x hospedeiro com o grau de 
especificidade entre eles. 
 
Vemos estratégias de resistência/adaptação tanto a 
nível morfológico quanto à biológico: 
 
 Presença de antiquinase (neutraliza a ação 
dos sucos digestivos no corpo dos 
helmintos) e indução da imunossupressão 
no hospedeiro. 
 
 Diversos tipos de reprodução, como o 
hermafroditismo, partenogênese, 
poliembrionia, esquizogonia, otimizando a 
fecundação e tornando a reprodução mais 
segura 
 
 MORFOLÓGICO 
 
o DEGENERAÇÕES – quando há perda 
ou atrofia de órgãos e sistemas. São 
exemplos a mosca-do-pombo e os 
cestoides. As moscas apresentam corpo 
achatado e asa rudimentar, isto por que 
não precisa voar para passar para o 
próximo hospedeiro. Os cestoides são 
endoparasitos do intestino, logo, 
possuem larga oferta de alimentos à 
disposição. Por este motivo, não 
possuem sistema digestório e fazem a 
absorção através de osmose. 
 
o HIPERTROFIA – Quando alguma 
estrutura (geralmente relacionada à 
fixação ou reprodução) sofre um 
acréscimo de tamanho e intensidade de 
função. Assim, alguns helmintos 
possuem órgãos de fixação muito fortes, 
como lábios, ventosas, acúleos, bolsa 
copuladora. Alta capacidade de 
reprodução, com aumento acentuado de 
ovários, de útero para armazenar ovos, 
de testículos. Aumento de estruturas 
alimentares de alguns insetos 
hematófagos para mais facilmente 
perfurarem a pele e armazenarem o 
sangue ingerido. 
 
 
 
E C O L O G I A D O P A R A S I T I S M O 
 
 
O parasito, ambiente e hospedeiro formam um 
sistema onde cada um influencia o outro de maneira 
determinante. Estão em constante interação, 
respondendo um aos estímulos do outro. 
 
O estudo da ecologia dos parasitos pode ser 
dividido em duas categorias: 
 
- Macroecologia – observa as relações entre os 
parasitos e o ambiente externo 
 
- Microecologia – observa as relações entre os 
parasitos e o ambiente interno do hospedeiro. 
 
 
São fatores de suma importância ecológica para um 
ciclo parasitário: 
 Abundância de fauna (hospedeiros 
presentes no ciclo) e animais que participem 
da cadeia trófica daqueles. 
 Flora: que fornece alimento, oxigênio e 
abrigo aos hospedeiros do ciclo 
 Água: que participa do ciclo de diversos 
parasitos e é indispensável à vida de plantas 
e animais. 
 
 Especificidade PARASITO-HOSPEDEIRO 
 
Definida como o quanto uma espécie de 
parasito se adapta a certos grupos de hospedeiros. 
Alguns parasitos se adaptaram a vários 
hospedeiros, como os Trypanosoma para com os 
vertebrados. Outros, se limitaram a uma pequena 
categoria de hospedeiros, como o Gyrodactylus, 
que até então se mostraram restritos aos teleósteos. 
Há também os parasitos que estão entre estes dois 
extremos, dentre eles, os digenéticos onde o 
estágio adulto é limitado a um ou dois grupos de 
vertebrados e os Bucephalídeos que parasitam 
apenas peixes. 
 
As bases biológicas da especificidade ao 
hospedeiro estão longe de serem completamente 
entendidas. Contudo, ao menos em alguns casos, 
sabe-se que o fenômeno tem base genética. 
 
 Os fatores determinantes para a 
especificidade parasitária são dos mais diversos: 
 Químico – exemplo: Composição química 
da Bile dos vertebrados é crucial na ativação 
das larvas infectantes de determinados 
parasitos. 
 Espacial – No caso do cestoide 
Vampirolepis nana, que tem a habilidade de 
infectar uma grande variedade de 
mamíferos, mesmo aqueles que nunca se 
apresentaram infectados naturalmente. Isso 
denota que apenas por falta de acesso, 
estas espécies de mamíferos não se 
encontram infectadas por este parasito na 
natureza. 
 Alimentar – Em duas situações, uma onde a 
pessoa não ingere o outro animal para dar 
continuidade ao ciclo e outra podendo o 
alimento não conter algum nutriente 
necessário ao estabelecimento e 
desenvolvimento do parasito. 
Ex: Taenia saginata rara entre os hindus 
(que não comem carne bovina) e Taenia 
solium rara entre árabes e judeus (que não 
comem carne suína) 
 
Dinâmica Populacional 
 
 
SELEÇÃO-R e SELEÇÃO-K 
Proposto por alguns parasitologistas na década de 
70, define o seguinte: 
A seleção-r é quando os fatores que envolvem as 
forças seletivas sobre estes organismos são 
instáveis e as condições são variáveis. Isto costuma 
acontecer com parasitos que possuem muitos 
hospedeiros intermediários em seu ciclo, como os 
trematódeos digenéticos. Possuem elevado 
potencial biótico e alta mortalidade, pois sofre muita 
pressão seletiva em cada ambiente onde um 
estágio larval ocorre. 
 
A seleção-k ocorre quando os fatores que atuam 
sobre os organismos são relativamente estáveis ao 
longo de um período de tempo, apresentando 
fecundidade baixa, mortalidade baixa e vida longa. 
Este é o caso do Homem. 
 
 
S U B C L A S S E D I G E N E A 
 
 
 
 
A – Indivíduo adulto 
B – Ovo 
C – Miracídio 
D – Esporocisto mãe com rédias 
E – Rédia mãe contendo rédias filhas 
F – Rédias filhas contendo cercárias 
G - Cercárias 
H - Metacercárias 
I – Jovem 
 
Importante!! 
 Os esporocistos mãe podem dar origem tanto à 
rédias mãe quanto à esporocistos filhos. 
Se der origem à rédias mãe: 
 
Se der origem à esporocistos filhos: 
 
 
A Morfologia da cercaria pode dizer muito sobre o 
ambiente que seu ciclo ocorre (aquático ou 
terrestre) e a forma de infecção (ativa ou passiva): 
 
 
 
 
1 - Esta cercaria é a de Eurytrema e possui flagelo 
rudimentar, o que sugere que sua infecção é dada 
de maneira passiva, por ingestão pelo próximo 
hospedeiro. 
 
2 - Esta cercaria é a do Schistosoma, tendo essa 
bifurcação como importante caráter taxonômico. Ela 
possui um flagelo bem desenvolvido, indicando que, 
além do seu ciclo ser aquático, sua infecção é ativa. 
 
Observação: nos ciclos terrestres, a infecção só 
pode ser passiva (através da ingestão de uma fase 
larval); no ciclo aquático e a pode ser passiva (por 
ingestão) ou ativa (por penetração) 
 
 
FILOGENIA DOS DIGENÉTICOS 
 
o Reino Animalia 
o Filo Plathelminthes 
 Classe Trematoda 
 Subclasse: Digenea 
 
 
Os Digenea são uma subclasse inserida na filogenia 
dos Plathelmithes que possuem como característica 
singular a presença de um órgão anterior 
especializado para fixação: uma ventosa. Seu ciclo 
é muito característico pois apresenta como primeiro 
ou as vezes ÚNICO hospedeiro intermediário, um 
MOLUSCO. 
 
o PADRÕES DE TRANSMISSÃO 
 
A infecção no hospedeiro intermediário se dá na 
fase de miracídio, onde pode ser ativa oupassiva. 
Então, o após o ovo eclodir, o miracídio poderá tanto 
penetrar no molusco (em 
meio aquático) quanto 
ser ingerido (em meio 
terrestre ou aquático) 
por ele. Geralmente, 
quando penetra, o faz 
por regiões moles ou 
mais fáceis. 
 
Dentro do molusco o ciclo continua: são formados 
esporocistos mãe, rédias mae e rédias filhas ou 
esporocistos filhos que vão dar origem ás cercarias, 
que por sua vez podem seguir quatro caminhos 
distintos: 
 
 
1 – A cercária pode permanecer no molusco e 
encistar nele (Isto é, vira metacercária). Neste tipo 
de ciclo, todo o desenvolvimento larval ocorre no 
molusco, sendo ele o único hospedeiro 
intermediário. Depois, as metacercárias (junto com 
o próprio molusco) são ingeridas pelo Hospedeiro 
Definitivo. 
Ex: Ciclo Terrestre que envolve Subulina octona 
(molusco) e Columba livia (pombo). Há infecção 
passiva do molusco pela ingestão dos ovos do 
parasito e todo estágio larva ocorre nele. Depois, o 
Pombo ingere o molusco e a maturação sexual do 
parasito ocorre já no pombo (hospedeiro definitivo). 
Depois, os ovos são liberados pelas suas fezes. 
 
2 – Abandona o molusco como esporocistos II 
contendo cercárias, penetra (aquático) ou é 
ingerido (terrestre ou aquático) pelo 2º 
Hospedeiro Intermediário e encista nele. Neste 
ciclo estão envolvidos dois hospedeiros 
intermediários. Um dos exemplos: Após a ingestão 
dos ovos embrionados pelo molusco, ocorre o 
desenvolvimento larval até a fase de esporocisto 
filho contendo cercárias*. Neste momento ele sai 
do molusco pela substância plásmica que utiliza 
para se movimentar. Esta substância fica em cima 
de plantas e substrato que vai ser ingerido pela 
formiga, o 2º hospedeiro intermediário. Após isto, 
ela encista na cavidade hemocelomática da formiga, 
v v 
2 
1 
que é ingerida pelo ovino, onde vai ocorrer a 
maturação sexual. 
 
Atenção: Quando passa para o segundo hospedeiro 
intermediário, TEM que haver algum 
desenvolvimento em relação a estágios larvais, pois 
caso não tenha, seria considerado Hospedeiro 
Paratênico e não um Intermediário 
 
*Outra coisa que é importante ressaltar é que o 
esporocisto filho (ou esporocisto de 2º geração) é 
uma estrutura de resistência, pois principalmente 
neste ciclo demonstrado, as cercárias saem para 
um meio terrestre, logo, necessitam de uma 
estrutura de proteção. 
 
3 – Ciclo aquele onde as cercárias abandonam o 
molusco e encista no ambiente. Este ciclo é 
primordialmente aquático e o hospedeiro definitivo 
vai ingerir diretamente as metacercárias, que 
podem encistar no substrato ou na vegetação 
(posteriormente ingerida pelos novos HD). 
 
4 - Abandona o molusco e penetra (Infecção 
Ativa) no HD e transforma-se em adulto. Envolve 
espécies que determinam um complexo de doenças 
conhecidas genericamente como esquistossomose: 
1 - Schistosoma haematobium - vasos da bexiga 
urinária. HI – Caramujos do gênero Bulinus. 
Ocorrência: África Central e Ocidental e alguns 
países no Oriente Médio. 
2 - Schistosoma mansoni – vasos do intestino 
grosso. HI – Moluscos do gênero Biomphalaria. 
Ocorrência: África e América do Sul. 
3 - Schistosoma japonicum.- vasos do intestino 
delgado. HI – Moluscos do gênero Oncomelania 
Ocorrência: Extremo Oriente (China, Japão, 
Filipinas, Taiwan, Indonésia) 
 
 
 
Alguns dados sobre a epidemiologia da 
Esquistossomose 
 
 Presente em 75 países. 
 80% dos infectados estão na África e Brasil. 
 200 milhões de infectados. 
 600 milhões em risco. 
 200.000 mortes por ano. 
 Brasil maior transmissão de esquistossomose 
mansônica do mundo, com 5 a 6 milhões de 
pessoas infectadas. 
 Doença endêmica em 17 estados brasileiros. 
 
É importante observar que o ciclo biológico do 
Schistossoma ocorre com a liberação das cercárias, 
muito características, que 
nadam e penetram 
ativamente no hospedeiro 
definitivo. Sua eliminação 
obedece um ritmo 
circadiano, regulado pela 
luz. Inicia-se por volta das 
9 horas com pico em torno 
das 11 horas. Este é o 
horário onde os 
hospedeiros definitivos 
preferidos (humanos) buscam água para seus 
afazeres domésticos. 
Durante a penetração na pele, as cercarias 
abandonam sua cauda, tornando-se alongadas e 
modificando o tegumento; liberam enzimas 
especializadas para penetrar com mais facilidade; 
 
As usinas hidrelétricas, no Brasil, permitiram uma 
grande expansão da agricultura em novos 
territórios. Contudo, os moluscos que proliferam nos 
canais de irrigação a céu aberto, infectam-se 
facilmente em função da falta de saneamento 
básico. 
O elevado índice de pobreza e a ausência de 
saneamento básico são os principais fatores que 
concorrem para tornar as pessoas dependentes de 
coleções de águas superficiais onde há grande risco 
de infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns ciclos incomuns de esquistossomose podem 
envolver hospedeiros paratênicos. Após a infecção 
ativa através da cercária no hospedeiro 
intermediário, este poderá ser ingerido tanto pelo 
hospedeiro definitivo quanto por um hospedeiro 
paratênico que posteriormente será ingerido pelo 
definitivo. Logo, por definição, ele não é essencial 
ao ciclo, funcionando apenas como um elo trófico. 
 
 
 
Ciclo Biológico do Diplostomidae - Alaria 
americana 
 
 
1) Ovos são eliminados com as fezes, o miracídio 
eclode na água e penetra em um molusco 
(planorbídeo) - 1º HI; 
2) Esporocistos mãe produzem esporocistos 
secundários, que por sua vez dão origem a 
cercárias; 
3) Cercárias deixam o molusco e nadam 
ativamente a procura de um girino – 2º HI; 
4) Este girino pode ser ingerido tanto por uma 
cobra (H. Paratênico) ou pelo cachorro (H.D) 
 
Infecção humana por mesocercárias de Alaria 
americana foi descrita em 1975, e sugere-se que 
tenha ocorrido por ingestão da cobra ou de sapo. 
 
 
MORFOLOGIA GERAL DOS PLATHELMINTHES 
 
O Filo inclui 45.000 espécies descritas com 
variedade de ciclos muito variados, podendo ser 
terrestres, aquáticos, marinhos. De vida livre ou 
parasitos. Sim, nem todos os Plathelmminthes são 
parasitos: os turbelários são de vida livre, com raras 
exceções. O monofiletismo é ainda muito discutido. 
São algumas das características do filo, embora não 
exclusivas: 
 
o Achatamento dorsoventral 
o Ausência de sistemas circulatório e 
respiratório 
o Acelomados, com parênquima como tecido 
de preenchimento 
o Animal mais primitivo com Simetria bilateral 
o Cefalização 
o Triploblásticos 
o Possuem nível de organização órgão-
sistema 
o Protostômios 
o Sistema digestório, quando presente, 
incompleto 
 
 
O grupo Neoderma surge com uma característica 
nova em relação aos turbelária diretamente ligada 
ao endoparasitismo, que consiste na reposição 
parcial ou total da epiderme celular por uma camada 
sincicial não-celular derivada de células do 
parênquima. Esta camada não possui espaços 
intercelulares, o que faz com que haja uma melhor 
regulação na entrada e saída de substâncias, o que 
confere maior proteção e um aumento da eficiência 
do controle osmótico. 
 
Sistemas 
 
 Nervoso – Possuem gânglios na região 
cefálica com corduras nervosas laterais, 
dorsais e ventrais, ao longo do corpo. 
Comissuras transversais interligam os 
cordões nervosos – modelo em escada 
 
 Muscular – Constituído por fibras dispostas 
no sentido longitudinal e circular 
 
 Excretor – do tipo osmorregulador. As 
excretas são lançadas por vesículas 
excretoras 
 
 Digestório – Os cestoides absorvem os 
nutrientes através do tegumento, visto que 
não apresentam sistema digestório. Quando 
tem sistema digestório presente, é 
incompleto e a digestão é 
predominantemente extracelular, ocorrendo 
no interior dos cecos intestinais. O intestino 
possui “fundo-cego”, logo, as excretas são 
lançadas ao parênquima através da parede 
do ceco intestinal por difusão facilitada. Lá, 
as excretas são capturadas pelas células 
flama (protonefrídios) que lançam o material 
para fora do corpo através da vesícula 
excretora. 
 
 Reprodutor – São majoritariamente 
hermafrodita(com exceção do 
Schistossoma), podendo ou não possuir 
autofecundação. Há uma tendência para 
que ela não ocorra e, inclusive, estratégias 
para tal. Uma delas é que o 
amadurecimento da parte feminina e 
masculina se dê em épocas diferentes. A 
fecundação é interna e se dá por um órgão 
copulador (cirro) 
 
 “Respiratório” – Entre aspas por não ter 
um sistema propriamente dito, e sim, o 
oxigênio sendo absorvido pelo tegumento, 
sendo transportado à todas as células por 
difusão. 
 
O revestimento é a partir de um Tegumento, com 
composição química de glicogênio, lipídios, 
mucopolissacarídeos ácidos (com capacidade de 
inibir ação das enzimas digestivas do hospedeiro). 
Podem formar também microvilosidades para 
aumentar a superfície de absorção. 
O tegumento pode apresentar esponhos ou 
escamas que servem para aumentar a abrasão e 
fixação no hospedeiro 
 
 Estruturas especializadas na fixação 
 
O mais comum é a ventosa muscular, 
que pode se apresentar em diferentes 
números e locais. Nos digenea, são 
dois, uma ventosa oral e uma ventral (o 
acetábulo). 
 
As Taenia solium possuem estruturas 
bastante elaboradas, podendo 
apresentar ventosas, bótrios, botrídios 
e tentáculos com ganchos. 
Na foto, o 
escólice possui 
quatro ventosas 
e um rostelo 
armado com 
ganchos. 
 
Ainda em 
estruturas de fixação, temos, nos 
monogenéticos, uma estrutura na região 
posterior do corpo chamada HAPTOR. 
Esta estrutura é muito elaborada e pode 
apresentar ventosas, grampos e 
ganchos, variando de grupo para grupo. 
 
FALTA REPRODUÇÃO DEPOIS ANOTAR 
MASUCLINO FEMININO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES DE AULAS 
 
Monogenea 
Geralmente há uma pequena especificidade no 
estágio larval, mas no momento de maturação 
sexual são altamente específicos. 
 
- Cercomero larval 
- Na maioria ectoparasitos 
 
Infraclasse Cestodaria 
 
Um dos grupos mais interessantes dos 
Plathelminthes 
 
 - Sistema digestório ausente, logo, absorção via 
tegumento. Ao longo da evolução, uma atrofia do 
sistema digestório promoveu uma economia de 
energia. 
- Potencialização do potencial biótico (capacidade 
reprodutiva). Um número X de ovos vai ser liberado 
e ficar à mercê das intempéries. 
 - Há maior elaboração das estruturas de fixação 
 
Ao longo da evolução, o número de ganchos foi 
diminuindo 
 
Gyrocotilídeos = 10 ganchos 
Amphilinídeos = 6 maiores + 4 menores 
Eucestóides = 6 ganchos iguais 
 
Gyrocotilídeos 
 
Corpo alongado sem nenhuma segmentação 
 
Faringe vestigial (não-funcional) 
 
Ovário em forma de gravata-borboleta e útero em 
espiral 
 
Órgão copulador masculino 
 
O ovo é ingerido pelo 1º HI > Alicofora > Atravessa 
a parede intestinal > Transforma no estágio larval > 
Desenvolve conjunto de fibras (proboscide) que 
vão ser importantes para quando o hospedeiro for 
ingerido pelo hospedeiro definitivo (peixe) 
 
 
 
26/05/15 
Padrão de transmissão em Eucestoda: 
SEMPRE 
-Infecção passiva no HI e HD 
- O verme adulto se aloja no intestino do hospedeiro 
definitivo 
-1º estágio larval possui ganchos larvais (oncosfera) 
que no processo de transformação pros próximos 
estágios são perdidos. 
 
A oncosfera fica dentro do ovo 
 
Coracídio é o nome da oncosfera dos 
diphyllobotriidea e possui envoltório ciliados 
 
Para os ciclos dos eucestoides: 
1) Ou o coracídio ecolde na água e vai ser 
ingerido pelo HI (Diphyllobotriidea) 
2) Ou o HI ingere o ovo diretamente e ele 
eclode dentro do hospedeiro 
(Cyclophyllidea e outras ordens) 
 
ESTAGIOS LARVAIS DOS EUCESTÓIDES 
 
o SEGUNDO ESTÁGIO LARVAL 
 
 Sem reprodução assexuada: 
Cisticerco – a protoescólice é introvertida e 
protegida por uma vesícula enrijecida. Quando é 
ingerido, o reconhecimento do hospedeiro 
extroverte a escólice e ela se desenvolve. É o 
primeiro estágio larval das Taenia solium, que se 
aloja na musculatura dos suínos e Taenia saginata, 
que se aloja na musculatura dos bovinos. 
 
Cisticercoide – a protoescólice é introvertida, mas 
não é protegida pela vesícula rígida. (Ex: 
Hynenolepis, Dipylidium) 
 
Estrobilocerco – Larva vesicular, simples, 
contendo apenas uma protoescólice. Não tem 
maturação sexual enquanto larva. (Ex: Hydatigera) 
 
 Com reprodução assexuada: 
Policerco – Larva vesiculada que contém mais de 
uma protoescólice. Quantas forem as 
protoescólices, será a quantidade de adultos que 
aquela larva originará. 
 
Cenuro – em cada vesícula somente uma 
protoescólice. As vesículas menores estão envoltas 
em uma vesícula maior. Ex: Multicepis 
Se alojam no sistema nervoso central, comprimindo 
uma região responsável pelo equilíbrio e orientação, 
tornando o HI uma presa fácil, para conseguir ser 
passado para o HD. 
 
Cisto Hidático – em cada vesícula interna tem 
diversas protoescólice. As vesículas menores estão 
envoltas em uma vesícula maior. (Ex: 
Echinococcus) 
 
 
Taenia saginata 
 
A pessoa ingere o cisticerco através da ingestão da 
musculatura esquelética do bovino, e o parasito se 
encaminha para o intestino, onde extroverte a 
escólice (com 4 ventosas) se desenvolve. Os ovos 
são liberados pelas fezes humanas e podem 
permanecer viáveis por muito tempo. 
A maior prevalência (>10%) está na África; A Ásia 
Central, Região Mediterrânea e América do Sul (0,1 
a 10%). 
Povos Hindus e Judeus, vegetarianos e outros 
hábitos alimentares podem anular a transmissão de 
Taenia saginata. 
 
Uma pessoa infectada pode eliminar cerca de 700 
mil ovos por dia através das fezes. 
 
 
 Para identificar o gênero Taenia, podemos 
observar o tipo larval: 
CISTICERCO. 
 Solium x saginata 
Rostelo presente – Taenia solium 
Rostelo ausente – Taenia saginata 
 HD – Humano 
 Na Taenia solium, o homem pode funcionar 
como HI, pela semelhança e proximidade da 
fisiologia do trato intestinal. Ele não é o 
Hospedeiro adequado, mas vai permitir o 
desenvolvimento do parasito. 
 
Importante: Quando o homem ingere O OVO da 
Taenia solium, funciona como hospedeiro 
INTERMEDIÁRIO. Quando ingere o cisticerco, age 
como hospedeiro DEFINITIVO. 
 
 
CISTICERCOSE HUMANA 
Doenças em decorrência do desenvolvimento de 
cisticercos. A infecção pode se dar: 
 
1) Heteroinfecção – Uma pessoa infectada 
libera os ovos nas fezes, e se no ambiente, 
uma outra pessoa ingere os ovos, pode se 
tornar um novo hospedeiro 
 
2) Autoinfeção – Quando a pessoa que tem o 
parasito adulto serve como fonte de 
infecção para si próprio. 
 
2.1). Externa – Quando se 
contamina com os ovos das suas 
próprias fezes. 
2.2). Interna – é mais grave. O 
acumulo do parasito e de fezes no 
intestino pode gerar movimento 
antiperistálticos (refluxo de bolo 
fecal). Isto pode levar as proglótides 
grávidas para outros tecidos e, 
quando eclodirem, podem causar 
cisticercose maciça (e levar a 
morte). 
 
Biologia de Echinococcus granulosus 
 
2º estágio larval com intensa reprodução 
assexuada. 
Hospedeiro intermediário são ovinos, cujos 
rebanhos são usualmente conduzidos por cães 
(hospedeiros definitivos). No momento do abate, é 
comum dar as vísceras para os cães comerem. 
Os protoescólices se introvertem, além de ficar 
protegidos pelas 2 vesículas. No processo de 
digestão e maceração, as vesículas são destruídas, 
deixando livres as protoescólices. O processo de 
extroversão só ocorre com a identificação do 
hospedeiro correto, através da tensão de CO2, pH, 
temperatura, identificação química dos sucos 
gástricos, etc. Com a identificação correta, 
percorrem um caminho até o trato digestivo, onde 
se fixam na parede. 
Após a maturação sexual, ovos são produzidos pelo 
parasito e liberado pelas fezes dos cães, que 
defecam sobre o pasto que os ovinos consomem. 
O homem podem infectar-se através do contato com 
as fezes dos cães infectadas com ovos do 
Echinococcus. 
 
 
 
Filo Acantocephalla 
 
Os adultos sempre vivem no intestino, não 
possuindo sistema digestório próprio. 
 
Tegumento e musculatura garantem a constância 
do formatodo corpo. Possuem sistema lacunar 
(canais que correm longitudinalmente com 
comunicações transversais para conduzir o material 
absorvido via tegumento) – exclusividade dos 
acantocéfalos. 
 
Sempre ciclos heteróxenos (2 ou mais) 
 
Sempre infecção passiva 
 
Machos possuem bolsa copuladora (parece um 
sino, que sai da parte posterior no macho para 
segurar a fêmea no momento da cópula) 
 
Há centalização do sistema cerebral, com gânglios 
nervosos. 
 
Geralmente as infecções são altas. Os mecanismos 
de fixação (proglótides) se distinguem em 
perfurantes (quando se insinua na parede intestinal) 
ou não-perfurantes (quando se fixa 
superficialmente). A probóscide tem importância 
taxonômica. 
 
Reprodução: Os acantocéfalos possuem 
geralmente 2 testículos, num corpo mais comprido 
do que largo,o que impõe sua posição “in tandem”, 
ou seja, um acima do outro. Vasos eferentes que se 
associam para formar o deferente.Por ser 
musculoso, e não-esclerotinizado, a porção terminal 
do canal genital se chama PÊNIS e não CIRRO 
GENITAL. 
 
Reprodução feminino: o canal vaginal se comunica 
com o útero. O útero, em cima, recebe uma 
estrutura que recebe os ovos já fecundados para ser 
liberados. Quando as fêmeas atingem a maturidade 
sexual, o ovário se fragmenta. Cada estrutura desta 
é chamada de bola ovariana, que ficam dentro do 
saco ligamentar. 
O útero fica dentro do saco ligamentar dorsal. 
 
Onde ele se desenvolve é na cavidade 
psudocelomática, quando cai na cavidade uterina 
para ser liberados tem que passar para o órgão 
seletor de ovos. Esta estrutura garante que só 
sejam liberados quando totalmente formados. Caso 
não estejam, são mandados de volta para a 
cavidade psudocelomática para terminar o 
desenvolvimento. É uma estratégia reprodutiva para 
ampliar o período de vida fértil das fêmeas. 
 
Quando a larva, dentro do ovo, reconhece que está 
em local apropriado, aciona laminas que estavam 
em repouso e perfura as camadas de proteção.

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