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ASPECTOS-EPIDEMIOLÓGICOS docx

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2 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3 
2 METODOLOGIA PARA A PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA .................................................................... 4 
2.1 Epidemiologia .......................................................................................................................... 4 
2.2 ÁREA DE ATUAÇÃO – EPIDEMIOLOGIA ................................................................................... 6 
3 PLANEJAMENTO DE UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ...................................................................... 6 
4 TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS .......................................................................................... 9 
4.1 ESTUDOS................................................................................................................................ 10 
4.2 ESTUDOS OBSERVACIONAIS .................................................................................................. 10 
4.2.1 ESTUDOS DESCRITIVOS ................................................................................................. 11 
4.2.2 ESTUDOS ANALÍTICOS ................................................................................................... 13 
4.3 ESTUDOS EXPERIMENTAIS .................................................................................................... 21 
4.3.1 ENSAIO CLÍNICOS RANDOMIZADOS .............................................................................. 22 
4.3.2 ENSAIO DE CAMPO ........................................................................................................ 22 
4.3.3 ENSAIO COMUNITÁRIO ................................................................................................. 24 
5 LEITURA CRÍTICA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS .................................................................................. 24 
5.1 RASTREAMENTO DE PLÁGIO ................................................................................................. 27 
5.2 ANÁLISE DA METODOLOGIA ................................................................................................. 28 
5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................................... 29 
5.4 ANÁLISE DA DISCUSSÃO ........................................................................................................ 30 
5.5 CONFERÊNCIA DAS REFERÊNCIAS ......................................................................................... 30 
6 MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS ........................................................................................... 31 
6.1 Conceito geral ....................................................................................................................... 31 
7 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS .............................................................................................. 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 38 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 METODOLOGIA PARA A PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA 
2.1 Epidemiologia 
 
Fonte: dahw.org.br 
Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde- 
doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores 
determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde 
coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de 
doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; 
SANTANA, 2013). 
O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA, 
2013): 
 
Portanto, de forma simplificada, o termo “epidemiologia” significa o estudo 
sobre a população, que direcionado para o campo da saúde pode ser compreendido 
como o estudo sobre o que afeta a população. A epidemiologia congrega métodos e 
 
5 
 
técnicas de três áreas principais de conhecimento: estatística, ciências biológicas e 
ciências sociais. A área de atuação da epidemiologia é bastante ampla e compreende 
em linhas gerais (PEREIRA, 2013): 
»O ensino e pesquisa em saúde; 
»A descrição das condições de saúde da população; 
»A investigação dos fatores determinantes da situação de saúde; 
»A avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde. 
A epidemiologia tem como princípio básico o entendimento de que os eventos 
relacionados à saúde (como doenças, seus determinantes e o uso de serviços de 
saúde) não se distribuem ao acaso entre as pessoas. Há grupos populacionais que 
apresentam mais casos de certo agravo, e há outros que morrem mais por 
determinada doença. Tais diferenças ocorrem porque os fatores que influenciam o 
estado de saúde das pessoas não se distribuem igualmente na população, portanto, 
acometem mais alguns grupos do que outros. Em síntese, pode-se afirmar que a 
distribuição das doenças na população é influenciada pelos aspectos biológicos dos 
indivíduos, pelos aspectos socioculturais e econômicos de sua comunidade e pelos 
aspectos ambientais do seu entorno, fazendo com que o processo saúde-doenças e 
manifeste de forma diferenciada entre as populações (PEREIRA, 2013). 
A epidemiologia tornou-se ao longo dos anos uma ciência ampla que abriga 
inúmeras áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como (PEREIRA, 2013): 
No entanto, em linhas gerais, ela apresenta três grandes áreas de atuação 
(PEREIRA, 2013): 
»Epidemiologia clínica; 
»Epidemiologia investigativa; 
»Epidemiologia nutricional; 
»Epidemiologia de campo; 
»Epidemiologia descritiva; 
»Etc. 
 
6 
 
2.2 ÁREA DE ATUAÇÃO – EPIDEMIOLOGIA 
1.Descrição das condições de saúde da população por meio da construção 
de indicadores de saúde. Exemplo: taxa de mortalidade, taxa de incidência de uma 
doença; 
 2.Investigação dos fatores determinantes da situação de saúde. Exemplo: 
investigação de agentes etiológicos, fatores de risco; 
3.Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde. Exemplo: 
avaliação do impacto do saneamento para diminuir parasitoses na comunidade. 
3 PLANEJAMENTO DE UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO 
 
Fonte: encrypted- 
Na elaboração de um projeto de pesquisa epidemiológica devemos seguir 
uma sequência que não é rígida, mas que apresenta itens obrigatórios. Hulley e 
colaboradores (2007), num texto que focaliza essa questão, apresentam de maneira 
interessante cada uma das partes desse processo, apontando a necessidade de 
explicitar a composição da pesquisa, observando os seguintes itens: 
 1) apresentação da relevância do tema; 
 2) definição da questão a ser pesquisada; 
 3) opção pelo desenho ou tipo de estudo; 
 4) definição da população de estudo;7 
 
 5) definição das variáveis de estudo; 
 6) plano para o manejo e análise dos dados. 
A organização formal desses itens compõe o protocolo da pesquisa, que nada 
mais é do que os passos a serem seguidos pelo pesquisador no desenvolvimento da 
investigação, diminuindo a probabilidade de falhas que poderão comprometer a 
validade interna e externa dos resultados do estudo. 
Na introdução do projeto é necessária a apresentação de uma breve revisão 
sobre o tema, apontando o que há de novo a respeito e salientando pontos em relação 
aos quais não exista consenso na literatura, discutindo a plausibilidade biológica das 
hipóteses explicativas e, quando necessário, incluir uma tabela cronológica dessas 
publicações. Finalizando a introdução, deve-se apontar o porquê da relevância da 
investigação proposta, assim como os resultados esperados do estudo e quais tipos 
de questões poderão ser resolvidos e como influenciarão decisões seja em condutas 
clínicas seja em estratégias de intervenções saúde pública (SZKLO & NIETO 2007). 
A definição da questão a ser pesquisada ou pergunta a ser respondida pela 
investigação, delimita o objetivo da pesquisa, devendo ser, tanto quanto possível, 
específica. A definição da estratégia ou tipo de estudo a ser adotado pela pesquisa 
proposta constitui um dos pontos mais importantes na elaboração do protocolo de 
pesquisa, motivo pelo qual dedicaremos um item inteiro deste capítulo para a 
apresentação deste assunto. 
Um aspecto importante e que, de certa forma, define o tipo de estudo é a 
escolha da unidade de estudo, quando optamos em tomar como unidade um agregado 
de indivíduos, temos os denominados estudos ecológicos ou de correlação, enquanto 
que nos demais delineamentos, experimentais e observacionais, a unidade de estudo 
é o indivíduo (HULLEY et al. 2007). 
A identificação da população de estudo é outro tópico indispensável na 
elaboração do protocolo. Neste ponto, devemos definir de forma clara qual o universo 
que dá origem a população de estudo e explicitar detalhadamente os procedimentos 
utilizados na seleção dos indivíduos incluídos na investigação, assim como para o 
cálculo do tamanho da amostra. Nos estudos analíticos, o tamanho da amostra deve 
equivaler ao número mínimo necessário para observarmos de forma consistente a 
diferença entre os grupos estudados, enquanto que, nos estudos descritivos, deve 
abranger o número mínimo necessário para produzir estatísticas descritivas (média, 
 
8 
 
proporções, etc.) com precisão adequada. Ainda nesse item, dependendo do tipo de 
estudo escolhido, deverão ser apresentadas as definições de caso e de controle e 
critérios de inclusão e de exclusão (SZKLO & NIETO, 2007). 
Dois itens importantes a serem incluídos no projeto de pesquisa são: a 
identificação das fontes de dados e a descrição dos procedimentos para sua coleta 
(entrevista, exames clínicos e de laboratório, compilação de registros), formas de 
mensuração das variáveis de exposição e dos instrumentos utilizados com tal 
finalidade (questionários, formulários, etc.). Os manuais de codificação das variáveis 
e os destinados a padronizar procedimentos utilizados nas atividades de campo, 
assim como o Termo de Consentimento devem ser apresentados como anexos do 
projeto (SZKLO & NIETO, 2007). 
Concluída essa fase, o próximo passo será a definição das variáveis, ou seja, 
quais as características do sujeito de estudo que serão analisadas, descrevendo como 
serão medidas e categorizadas. Nos estudos analíticos nós temos basicamente dois 
tipos de variáveis, as variáveis de exposição ou preditoras ou independentes e as 
variáveis de desfecho ou dependentes. Tomando como exemplo um estudo que 
pretende verificar a associação da doença coronariana com algumas exposições 
como o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes e níveis elevados de colesterol 
no sangue. A doença coronariana é a variável de desfecho ou dependente, enquanto 
que as demais são as variáveis preditoras ou independentes (HULLEY et al. 2007). 
Finalmente, devemos explicitar qual é o plano para o manejo e análise dos 
dados. Para estudos analíticos sejam eles observacionais ou experimentais, essa fase 
sempre inclui o teste de hipótese como componente, o que pressupõe a prévia 
especificação da principal hipótese. Exemplo: O estado nutricional está associado 
com a gravidade do sarampo. Os estudos descritivos não requerem hipótese, pois seu 
objetivo é principalmente estudar como as variáveis se distribuem e não como elas 
estão associadas entre si (LOPES, 2015). 
Ainda com referência ao plano para o manejo e análise dos dados, devemos 
descrever detalhadamente como os dados serão analisados estatisticamente, assim 
como justificar os métodos propostos e apontar como serão controladas as variáveis 
de confusão. É recomendável iniciar a análise com modelos mais simples antes da 
utilização dos mais sofisticados e complexos. Devemos iniciar analisando as 
 
9 
 
incidências brutas (não ajustadas) que são as verdadeiras e em seguida as ajustadas 
que nos permitem comparações (HULLEY et al. 2007; SZKLO & NIETO 2007). 
Concluído o protocolo do estudo, devemos nos preocupar com a maneira pela 
qual o mesmo será conduzido e com a qualidade de seus resultados, salientando que 
os estudos são úteis à medida que permitam inferências válidas, ou seja, que 
possamos conhecer em que grau as conclusões do pesquisador descrevem 
corretamente o que realmente ocorreu na amostra estudada (validade interna), e 
permitam generalizações daquilo que foi verificado no estudo para o universo externo 
à amostra estudada (validade externa) (LOPES, 2015). 
4 TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
Fonte: blogspot.com 
 
10 
 
4.1 ESTUDOS 
A investigação epidemiológica de campo pode ser definida como a aplicação dos 
princípios e métodos da pesquisa epidemiológica para o estudo de problemas de saúde 
inesperados, para os quais é demandada uma resposta imediata e uma intervenção oportuna 
na população. A demanda por uma resposta imediata significa que o estudo opera no terreno 
onde ocorre o problema; o imperativo pela intervenção oportuna significa que essa 
investigação tem duração e extensão limitadas no tempo. A investigação epidemiológica de 
campo utiliza uma variedade de princípios, métodos e aplicações das ciências básicas, 
clínicas, sociais, estatísticas e epidemiológicas. Entre estas últimas, a investigação de campo, 
incluindo a investigação de surtos, costuma aplicar um desenho descritivo (estudo de caso e 
série de casos, estudo de prevalência, ou ambos), seguido de um desenho analítico (em geral 
um estudo caso-controle), habitualmente de caráter exploratório (BRASIL, 2010). 
A investigação epidemiológica de campo, pelo seu procedimento ágil, rigoroso, eficaz 
e tecnicamente simples, está estruturada para oferecer respostas urgentes que são requeridas 
pelos tomadores de decisão, especialmente os de nível local, perante situações de surto ou 
epidemia. Sua simplicidade técnica não implica que a mesma seja simplória; pelo contrário. O 
cumprimento sistemático de suas diferentes etapas requer a aplicação racional dos princípios 
de epidemiologia para o controle de doenças. A investigação de surtos representa uma das 
atividades básicas do trabalho epidemiológico de campo em qualquer sistema local de saúde 
e trata-se de um excelente modelo para estimular e exercitar o desempenho das equipes locais 
de saúde (BRASIL, 2010). 
4.2 ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
O estudo epidemiológico que não recorre à experimentação baseia-se 
essencialmente na observação dos fatos e das suas variações, e a análise das 
informações assim obtidas constitui o objetivo da Epidemiologia Analítica. Os estudos 
observacionais também podem ser chamados de estudos não experimentais, porque 
os dados são obtidos de situações naturais (MATHIAS, 2014). 
 
 
 
11 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
O objetivodo estudo é saber se a proporção de indivíduos apresentando 
simultaneamente o efeito e o fator (a) é significativamente maior do que se poderia 
esperar se esses dois eventos não fossem relacionados entre si. Essa questão pode 
ser elucidada por diversos tipos de estudos observacionais. Os estudos 
observacionais podem ser longitudinais ou seccionais. No estudo longitudinal, o fator 
causal e o efeito são estudados em momentos históricos sucessivos. Com relação ao 
tempo, há duas maneiras: - Acompanhar o grupo no futuro - estudo prospectivo- 
Investigar o grupo em relação aos acontecimentos passados - estudo retrospectivo A 
diferença entre os dois modos de realizar a pesquisa dependerá de, ao iniciar o 
estudo, a moléstia encontrar-se ou não presente na coorte. O estudo prospectivo é 
mais oneroso, e os resultados são mais demorados, mas as informações são mais 
completas, e a exposição ao fator em estudo pode ser mais bem controlada 
(MATHIAS, 2014) 
4.2.1 ESTUDOS DESCRITIVOS 
Epidemiologia descritiva Ocupa-se de observar a distribuição e a progressão 
da enfermidade na população. Por meio da observação, procura-se obter toda a sorte 
 
12 
 
de informações relacionadas com a natureza e a magnitude do problema, procurando 
caracterizar todas as variáveis que concorram para sua ocorrência, como, por 
exemplo, extensão, espécies envolvidas, sexo, idade, estado físico, condições 
ambientais etc. Os estudos descritivos informam sobre a frequência e a distribuição 
de um evento. Como o próprio nome indica, têm o objetivo de descrever os dados 
colhidos na população. Geralmente é a primeira parte de uma investigação 
epidemiológica, na qual são feitos o registro e a observação da doença e de possíveis 
fatores causais (MATHIAS, 2014) 
4.2.1.1 RELATO E SÉRIES DE CASOS 
Relatos de casos e séries de casos são, ainda hoje, integrantes importantes 
das publicações médicas e continuam a ser publicados em vários importantes 
periódicos como Lancet e New England. Geralmente, são a primeira fonte de 
evidências para novas terapias (cirúrgicas ou clínicas) e para detecção de efeitos 
adversos raros de medicamentos. Embora a diferenciação entre os dois tipos de 
estudos seja subjetiva e divergente entre os autores, um relato de caso engloba não 
mais do que 3 casos e uma série de casos compreende de 3 a 10 casos, segundo 
alguns, e mais do que isso de acordo com outros autores (ALBRECHT et al, 2005) 
Relatos são a descrição detalhada de casos clínicos, contendo características 
importantes sobre os sinais, sintomas e outras características do paciente e relatando 
os procedimentos terapêuticos utilizados, bem como o desenlace do caso. Possuem 
indicação clara em situações de doenças raras, para as quais tanto o diagnóstico 
como a terapêutica não estão claramente estabelecidos na literatura científica. 
Relatos e séries de casos ocupam posições hierarquicamente inferiores em relação 
ao nível de evidência de um estudo quando comparados, por exemplo, com ensaios 
clínicos. Exatamente por esse fato, um estudo desse tipo somente deve ser publicado 
em revista especializada quando englobam objetivos e propósitos definidos. Um bom 
relato de caso deve ter o objetivo de acrescentar benefícios às práticas atuais ou de 
traçar possíveis novas direções na pesquisa de determinado tema em que um único 
ou poucos indivíduos possam ser representativos. Propõe formas inovadoras na 
abordagem de uma doença ou tratamento, além da formulação de novas hipóteses 
que podem ser testadas em outros desenhos de estudo. Além disso, em determinadas 
 
13 
 
situações, o relato é um estudo inicial para a elaboração de estudos maiores 
(JENICEK, 2008). 
São ainda importantes para detecção de epidemias. Como indicações claras 
de relato e série de casos teríamos: detecção de epidemias, descrição de 
características de novas doenças, formulação de hipóteses sobre possíveis causas 
para doenças, descrição de resultados de terapias propostas para doenças raras e de 
efeitos adversos raros em doenças comuns. Como principais desvantagens desses 
estudos temos: conclusões baseiam-se em poucos casos, não possuem amostragem 
representativa e metodologia capaz de validar associação causal, não há grupo 
controle para comparação, não quantifica a prevalência na população e a metodologia 
de diagnóstico não é padronizada (JENICEK, 2008). 
Uma situação em que classicamente o relato de caso tem uma grande 
importância é no estudo de doenças raras. Isso se deve ao fato de ser praticamente 
impossível a compilação de vários casos de pacientes em um único estudo. 
Terapêuticas são avaliadas quanto ao sucesso e ao fracasso num único indivíduo e 
esses “erros e acertos” são apreendidos para um próximo caso. Exemplo recente 
disso é o uso de uma terapia contra raiva, que foi inicialmente testada nos Estados 
Unidos, e que propiciou o primeiro caso de sobrevivência com a doença instalada5,6 
e que depois foi utilizada em mais dois casos no mundo, sendo um no Brasil, noticiado 
amplamente pela imprensa (WILLOUGHBY et al, 2005). 
Além do fato de terem menor nível de evidência, os relatos de casos são 
menos citados por outros autores, quando comparados com outros estudos como 
metanálises e ensaios clínicos. Na busca desenfreada por um maior fator de impacto 
(fator que classifica os periódicos atualmente), os editores das importantes revistas 
desprestigiam relatos e séries de casos, somente publicando aqueles realmente 
relevantes e que acrescentem avanços a determinado assunto (PATSOPOULOS et 
al, 2005). 
4.2.2 ESTUDOS ANALÍTICOS 
Os estudos analíticos são geralmente comparativos entre grupos segundo a 
exposição ou a presença de um efeito à saúde. O primeiro passo na realização de tais 
estudos, para qualquer pesquisador, é a definição da hipótese a ser testada. A 
hipótese alternativa é aquela que se deseja comprovar. Caso os testes estatísticos 
 
14 
 
evidenciem alguma “diferença estatística”, abandona-se a hipótese nula (quando não 
há diferença entre os grupos de estudo) e adota-se a hipótese alternativa. Os dois 
grupos necessitam ser as mais semelhantes possível e serem submetidos aos 
mesmos procedimentos. Isso é válido para todos os estudos analíticos. Deve-se evitar 
erros de seleção (ex.: escolha da população a ser estudada) e de medição (ex.: 
equipamentos não calibrados). 
A presença de variáveis de interferência (confounding) também distorce a 
associação exposição-doença. Como exemplos de vieses, pode-se citar: 
 a) se no Grupo Estudo for incluída uma população mais idosa, uma maior 
proporção de efeitos neurológicos pode estar associada a esse perfil etário; 
b) o excesso de tremores de mãos em um grupo, ao invés de ser um indicativo de 
maior proporção de lesão neurológica, pode ter como origem o fato de um dos grupos incluir 
mais indivíduos alcoólatras (BRASIL, 2010). 
4.2.2.1 ESTUDOS ECOLÓGICOS 
 Os estudos ecológicos (ou de correlação), de modo a formular hipóteses 
sobre possíveis causas de doença, medem, em diferentes populações ou grupos, a 
presença de um determinado fator e comparam-no com a ocorrência de uma doença. 
Exemplo: um estudo, realizado em Birmingham, no Reino Unido, procurou a 
associação entre o número médio de horas de Sol e a incidência de tuberculose, entre 
1982 e 2010. Os estudos ecológicos são classificados de acordo com o método de 
agregação das unidades de observação e a medição da exposição. A agregação das 
unidades de observação pode ser realizada pelo lugar (desenho de grupos múltiplos) 
(e.g., distritos de Portugal), pelo tempo (desenho de tendência temporal ou séries 
temporais) ou por uma combinação de ambos (desenho misto). Relativamente ao 
método de medição da exposição, se não existe uma exposição específica de 
interesse ou se a exposição de interesse não está medida, dizemos que o estudo 
ecológico é exploratório. Este tipo de estudo tem como objetivo procurar padrões 
espaciaisque possam sugerir hipóteses etiológicas (KOH et al, 2013). 
 Se a exposição é medida e incluída na análise então o estudo diz analítico e 
avalia a associação ecológica entre o nível médio de exposição e a prevalência ou 
incidência da doença entre vários grupos. Os estudos ecológicos são bastante 
utilizados e rápidos de executar uma vez que, na maior parte dos casos, os dados 
 
15 
 
estão disponíveis em bases de dados pré-existentes como as das estatísticas vitais, 
registos de base populacional, censos, entre outras. Como não exigem colheita de 
dados primários são, igualmente, pouco dispendiosos. No entanto, ao utilizarmos 
dados secundários podemos ficar reféns dos que estão disponíveis. É frequente não 
encontrarmos dados clínicos agregados ou encontrarmo-los incompletos, pouco 
fiáveis ou demasiado brutos. Podem, ainda, existir diferenças na classificação de 
doenças e no cálculo dos indicadores ou divergências nas áreas geográficas o que 
pode impossibilitar a comparação dos dados. Adicionalmente, quando os estudos 
ecológicos se baseiam em dados de mortalidade, a inferência causal ecológica é mais 
limitada uma vez que este indicador reflete, simultaneamente, a ocorrência e o 
desfecho da doença (MILNER et al, 2013). 
 Os estudos ecológicos são uma alternativa sempre que não existem dados 
individuais completos (e.g., não temos dados relativos à exposição de cada indivíduo 
mas temos uma média de exposição do grupo a que esse indivíduo pertence) ou 
existem limitações de desenho com dados não agregados. Os estudos ecológicos são 
uma boa opção na avaliação do impacto de um programa ou política de saúde. Dos 
estudos ecológicos resultam inferências ecológicas acerca dos efeitos de 
determinadas características nas taxas e indicadores. Podemos concluir, a partir dos 
seus resultados, que existe uma associação entre taxas e indicadores e não que existe 
a nível individual. (FRONTEIRA, 2013) 
Suponhamos que vários estudos ecológicos demonstram uma correlação 
entre a área de espaços verdes e de lazer e a prevalência de excesso de peso. Seria 
errado concluirmos que viver em zonas com determinada área de espaços verdes e 
lazer influencia individualmente o risco de ter excesso de peso. À inferência errada 
que pode ocorrer quando uma associação observada a um nível agregado é 
transposta para um nível individual chama-se falácia ecológica, viés ecológico ou de 
agregação, ou seja, uma relação causal que existe a nível agregado pode não existir 
necessariamente a nível individual. A falácia ecológica pode ocorrer quando o modelo 
conceptual em que se baseia o estudo e os dados em análise se referem a diferentes 
níveis. Os estudos ecológicos (principalmente as séries temporais) podem ser 
temporalmente ambíguos pois não é possível ter a certeza que a exposição foi anterior 
à doença (o que se torna particularmente preocupante quando o indicador de doença 
pode influenciar o de exposição). Também é frequente, especialmente em desenhos 
 
16 
 
de grupos múltiplos, a colinearidade entre indicadores, particularmente naqueles 
relacionados com fatores demográficos e ambientais, o que dificulta a análise e 
interpretação dos dados (PORTA et al, 2008). 
4.2.2.2 ESTUDOS TRANSVERSAIS 
 Os estudos transversais (survey, inquérito de frequência de doença ou estudo 
de prevalência) analisam a relação entre a frequência de doença ou outra condição 
de interesse e outras características da população num determinado tempo e lugar. 
Referem-se a um ponto no tempo ou a um curto intervalo de tempo. O Inquérito 
Nacional de Saúde é um estudo transversal que fornece dados de prevalência de 
problemas de saúde como a diabetes, a hipertensão arterial ou as doenças 
pulmonares obstrutivas crónicas e permite comparar a evolução destes problemas de 
saúde por ser repetido cada 5 a 6 anos. Outro exemplo: um estudo, realizado nos 
Estados Unidos, teve como objetivo determinar a prevalência da adesão a testes de 
despiste de sífilis de três em três meses em homens que têm sexo com homens (HSH) 
e fatores associados. Verificou-se que 37,5% dos HSH faziam o teste de três em três 
meses. A adesão a este regime estava associada a infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana, ter mais de 10 parceiros sexuais, praticar sexo anal 
desprotegido com um parceiro casual e conhecer a recomendação (KATZ et al, 2013). 
 Nos estudos transversais, a informação acerca da exposição é colhida ao 
mesmo tempo que a de doença, de modo a poder comparar diferentes subpopulações 
de exposição relativamente à prevalência de doença. Em seguida, classificamos cada 
indivíduo em sem exposição e sem doença, sem exposição e com doença, com 
exposição e sem doença e com exposição e com doença. Os estudos transversais 
são pouco dispendiosos, relativamente rápidos de executar e largamente usados. 
Permitem conhecer a prevalência das doenças e de fatores associados, o estudo 
simultâneo de várias doenças e seus determinantes, e, quando repetidos ao longo do 
tempo, avaliar a evolução do problema (GORDIS, 2009). 
 Nos estudos transversais identificamos os casos prevalentes (não incidentes) 
que podem não representar todos os casos de doença. Há uma sobre representação 
dos casos com duração prolongada de doença e uma sub-representação daquela cuja 
doença dura pouco (por cura ou por morte). Assim, e encontrada uma associação 
entre a doença e um possível fator causal, essa associação pode apenas ocorrer entre 
 
17 
 
a sobrevivência à doença e o fator causal. Por outro lado, estes estudos são incapazes 
de comprovar uma relação de temporalidade, que a causa antecedeu, de fato, a 
doença. Quando encontramos uma associação entre uma exposição e um efeito, 
podemo-nos sentir tentados a concluir que existe uma maior possibilidade de doença 
entre os expostos ou, então, de exposição entre os doentes. No entanto, que não é 
correto uma vez que, tendo sido feita, simultaneamente, a medição da causa e do 
efeito, não podemos discernir se foi a causa que levou ao efeito ou o contrário 
(CRISLIP, 2010) 
4.2.2.3 ESTUDOS DE CASO CONTROLE 
 Os estudos de caso-controle são desenhados para avaliar a associação entre 
um fator de risco/ exposição e a ocorrência de doença. Constituem, frequentemente, 
o primeiro passo do estudo etiológico de uma doença. Partindo de uma população de 
origem bem definida, os indivíduos são selecionados com base no estado de 
doença/não doença, independentemente do fator de risco ou exposição em estudo. 
Escolhemos os casos de entre os indivíduos doentes e os controlos de entre os que 
não apresentam a doença. Depois, casos e controles são avaliados relativamente à 
prevalência da exposição/fator de risco (GORDIS, 2009). 
Apresentação esquemática de estudos de caso controle: 
 
18 
 
 
Fonte: LOPES (2015) 
Os resultados podem ser resumidos em casos com e sem exposição, 
controlos com e sem exposição. Num exemplo: um estudo, realizado na Holanda, teve 
como objetivo estudar estilos de vida e características clínicas enquanto fatores de 
risco para a ruptura de aneurisma intracraniano. Foram estudados indivíduos com 
hemorragia subaracnoideia por ruptura de aneurisma (casos) e indivíduos com 
aneurisma intracraniano sem ruptura (controlos). Foram colhidos dados sobre estilos 
de vida e história clínica. A comparação de casos e controlos revelou que os hábitos 
tabágicos e a presença de cefaleias aumentavam o risco de ruptura do aneurisma 
enquanto a hipercolesterolêmica o diminuía. Não foi encontrada associação entre 
história de hipertensão e ruptura do aneurisma (VLAK et al, 2013). 
 O estudo de caso-controle começa pela seleção dos casos. O que 
entendemos por caso deve ser clara e inequivocamente definido de modo a diminuir 
a probabilidade de um caso ser classificado erradamente como controlo (sensibilidade 
do critério) ou que um indivíduo sem doença ser classificado como caso 
(especificidade do critério). Oscasos podem ser identificados a partir do registo de 
casos clínicos, de registos populacionais, de casos identificados em estudos de coorte 
 
19 
 
ou em estudos transversais. Idealmente, os casos devem ser novos (incidentes) pois 
nos prevalentes os fatores de risco podem estar relacionados com a sobrevivência e 
não propriamente com a doença; e devem representar todos os casos de interesse 
para o estudo na população. Casos incidentes são habitualmente obtidos a partir de 
estudos de coorte (GORDIS, 2009). 
Os controles também devem ser selecionados sem qualquer relação com a 
exposição, representar indivíduos que seriam selecionados se desenvolvessem a 
doença e ser semelhantes aos casos, de modo a reduzir potenciais confundimentos. 
Para garantirmos a similitude entre casos e controlos, podemos optar, por exemplo, 
pela estratificação ou o emparelhamento de grupo ou individual. Os controles podem 
ser selecionados de entre indivíduos hospitalizados por outro motivo que não a 
doença em estudo, a partir da comunidade, de registos de mortalidade, de um bairro 
ou até da própria família do caso. A escolha da fonte de controlos está ligada aos 
objetivos do estudo e à necessidade de controlar o efeito de alguns fatores. Para cada 
tipo de fonte existem vantagens e desvantagens (GRIMES et al, 2005). 
A inclusão de controles provenientes de diferentes fontes aumenta a validade 
interna. O número de controles necessários para cada caso depende do estudo que 
estamos a realizar. Em algumas situações, os controlos são limitados. Noutras, 
existem em grande número. Por outro lado, mesmo os controlos estando disponíveis 
devemos ponderar o custo de estudar mais controlos face ao benefício que nos trará. 
Depois, se tivermos poucos casos, um maior número de casos (até quatro por caso) 
contribui para aumentar a capacidade de detectar diferenças significativas. Os 
principais problemas dos estudos de caso-controlo prendem-se com o viés de seleção 
e o de memória (ROTHMAN, 2012) 
O primeiro diz respeito aos erros sistemáticos que se introduzem aquando da 
seleção dos indivíduos. O viés de memória refere-se ao erro resultante da capacidade 
para relembrar ou colher dados sobre eventos ou experiências passadas. Os estudos 
de caso-controle permitem-nos calcular a prevalência de exposição entre casos e 
controlos e perceber até que ponto a chance de doença está associada com a 
exposição. Não nos permitem, contudo, calcular medidas de risco como incidência 
cumulativa ou risco relativo (GORDIS, 2009). 
 
20 
 
4.2.2.4 ESTUDOS DE COORTE 
 Nos estudos de coorte, subgrupos de uma determinada população são 
identificados de acordo com estarem, terem sido e virem a ser expostos, ou não, a um 
ou mais fatores que se pensa influenciarem a ocorrência de uma doença. Assim, 
grupos grandes de indivíduos são seguidos durante um período tempo suficiente 
(habitualmente anos) e a incidência de doença comparada entre grupos com 
diferentes níveis de exposição. Habitualmente existe pelo menos uma coorte de 
expostos podendo existir, ou não, uma de não expostos. Os estudos de coorte os mais 
semelhantes aos experimentais uma vez que um grupo de indivíduos sujeitos a uma 
exposição é seguido de modo a contar novos casos de doença. A única diferença é 
que o investigador não intervém na distribuição dos indivíduos. A Danish Birth Cohort 
é um exemplo de um estudo de coorte que se iniciou em 1996, na Dinamarca e que 
tem como objetivo o estudo do efeito de exposições no período pré-natal até aos 18 
meses de vida. Ao todo o estudo já recrutou mais de 60 000 grávidas e seus bebes 
(PORTA et al, 2008). 
A seleção dos indivíduos depende do tipo de exposição em estudo, da 
frequência da exposição na população, da aceitação por parte dos indivíduos e da 
probabilidade de continuarem no estudo. Quer expostos quer não expostos devem 
estar livres da doença e ser igualmente susceptíveis ao desenvolvimento desta. Por 
outro lado, a informação disponível para uns e para outros deve ser equivalente, em 
qualidade e quantidade. Ambos devem estar acessíveis, igualmente motivados para 
participar no estudo e ser seguidos durante o tempo previsto. Expostos e não expostos 
não devem diferir nas características no início do seguimento, exceto no que diz 
respeito à exposição. Adicionalmente, os não expostos devem ser selecionados a 
partir da mesma população (ou comparável) dos expostos sendo que vários grupos 
de não expostos, selecionados de forma diferente, podem aumentar a validade do 
estudo (FRONTEIRA, 2013) 
É extremamente importante que os critérios de diagnóstico da doença ou da 
condição de interesse estejam claramente definidos e que os novos casos sejam 
identificados o mais perto do início dos sintomas possível. Podemos resumir os 
resultados de um estudo de coorte, em expostos e não expostos que desenvolveram 
e não desenvolveram a doença e calcular medidas de incidência (novos casos no total 
da população em seguimento ou por tempo de seguimento) e várias medidas de risco. 
 
21 
 
O principal problema dos estudos de coorte são as perdas do seguimento já que 
podem colocar sérias dúvidas à validade do estudo. Um seguimento de 60% é 
inadequado para tirar qualquer conclusão, sendo 80% aceitável, dependendo do tipo 
de características dos indivíduos perdidos (FRONTEIRA, 2013) 
4.3 ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
 
Fonte: encrypted- 
Por meio da experimentação, podem-se evidenciar diretamente os fatores causais do 
agravo em estudo. Também é chamado estudo de intervenção.O estudo experimental 
pode ser planejado de maneira a converter-se em programa destinado 
especificamente à prevenção da doença. A população é manipulada diretamente em 
relação ao fator que tenha possível aplicação como meio preventivo. Um grupo 
experimental e um grupo-controle são escolhidos. No grupo experimental, ou grupo-
teste, é feita a intervenção, que consiste na aplicação ou supressão do fator sob 
estudo (variável independente) com vistas a observar e possivelmente medir a 
produção do efeito correspondente (variável dependente) (MATIAS, 2014). 
No outro grupo, chamado grupo-controle ou de comparação, cuja composição deve 
ser a mais semelhante possível à do grupo experimental, não é realizada a 
intervenção. Os dois grupos devem diferir entre si apenas no que tange ao fator de 
intervenção. Em medicina humana, o uso desse tipo de estudo é limitado por razões 
éticas. Não é aceitável a inclusão de fatores que possam causar algum prejuízo às 
pessoas de qualquer um dos grupos. Mais aceitáveis, embora às vezes com 
restrições, são os possíveis experimentos nos quais se agregam fatores suspeitos de 
 
22 
 
serem benéficos ou quando se retira algum fator prejudicial à saúde. Há vários 
exemplos históricos de estudos de intervenção, como o uso de frutas frescas no 
tratamento do escorbuto, realizado por Lind em 1747, os experimentos de Jenner com 
inoculação de vacina contra a varíola, em 1796 etc. Pode ser também planejado com 
o objetivo do esclarecimento de relações causais, sem finalidade preventiva 
obrigatória. As hipóteses que sugerem etiologias podem ser testadas com maior 
precisão pelo uso de estudos experimentais (MATIAS, 2014). 
4.3.1 ENSAIO CLÍNICOS RANDOMIZADOS 
A randomização refere-se à alocação dos sujeitos da pesquisa nos grupos de 
intervenção e controle de forma randômica, ou seja, por sorteio. Nos estudos com viés 
de alocação, a denominação ensaio randomizado não pode ser feita. A literatura não 
é consistente quanto à classificação dos ensaios, alguns autores não apresentam 
classificações. Os ensaios podem ser subclassificados em terapêutico, de intervenção 
e de prevenção. O terapêutico tem o propósito de testar agentes terapêuticos com o 
intuito de buscar a cura de pessoas doentes, de aliviar sintomas ou aumentar a 
sobrevida dos pacientes. O de intervenção busca avaliar intervenções entre aqueles 
com maior risco dedesenvolver a doença antes desse desenvolvimento, por exemplo, 
teste do tratamento com AZT entre pessoas HIV positivas. Já o preventivo ou 
profilático tem o propósito de identificar a eficácia de um agente preventivo entre não-
doentes. Os ensaios também foram subclassificados em ensaio de campo, ensaio 
clínico e ensaio randomizado por cluster ou intervenção comunitária (MARTINS et al, 
2013). 
4.3.2 ENSAIO DE CAMPO 
No ensaio de campo, ao contrário dos ensaios clínicos, os sujeitos não são 
definidos pela presença de doença, ou pela apresentação para assistência clínica; em 
vez disso, o foco é sobre a ocorrência inicial da doença. Geralmente requer um 
número muito maior de sujeitos do que os ensaios clínicos. Os participantes são 
avaliados no trabalho, na residência ou na escola, por isso, são muito mais caros. Os 
gastos com os ensaios de campo limitam seu uso ao estudo da prevenção de doenças 
extremamente comuns ou extremamente graves. Nos ensaios de campo, quando o 
desfecho da doença ocorre raramente, é mais eficiente estudar sujeitos sob maior 
 
23 
 
risco. Tais estudos são usados, cada vez mais frequentemente, em ensaios de 
intervenção preventiva. Devido ao seu caráter investigativo, caracteriza-se como um 
estudo experimental, bem como epidemiológico, analítico/comparativo, longitudinal, 
prospectivo (MARTINS et al, 2013). 
 
Fonte: LOPES (2015) 
Ensaio clínico é definido como experiência em seres humanos para 
determinar eficácia de um agente ou procedimento de natureza curativa ou de uma 
medida de prevenção de complicações de uma doença. É o tipo de estudo padrão 
para avaliação das intervenções, devendo, quando bem conduzido, conter 
aleatorização dos grupos experimentais, presença de grupo controle, cegamento e 
padronização de critérios. Com a aleatorização dos grupos experimentais, também 
chamada de randomização, os pacientes são aleatoriamente designados para cada 
tratamento a partir de um sorteio. Isso significa que o método de determinar o 
tratamento de cada paciente está na sorte e não no julgamento pessoal para que 
potenciais erros de alocação sejam evidenciados. Com a randomização, busca-se 
constituir grupos com características muito semelhantes, com exceção das 
intervenções que se quer avaliar, pois o valor de um tratamento só pode ser julgado 
comparando seus resultados com os de um curso alternativo de ação. Com a 
distribuição equitativa de fatores de risco ou de prognóstico, podem-se atribuir as 
diferenças observadas entre os grupos às intervenções que estão sendo comparadas. 
 
24 
 
Pela randomização de pacientes em diferentes tratamentos, é possível assegurar que 
os grupos de tratamento são balanceados, em média, para todas as variáveis de 
consequência, e que os fatores de confusão em potencial estarão próximos e 
igualmente divididos nos diferentes grupos de intervenção (MARTINS et al, 2013). 
4.3.3 ENSAIO COMUNITÁRIO 
O ensaio comunitário é uma extensão de um ensaio de campo que envolve 
intervenção comunitária. A distinção está se a intervenção é implementada em nível 
individual, uma vacina administrada em nível individual; se uma fluoretação de água 
para prevenir cárie dentária é ordinariamente administrada em reservas de água, ou 
seja, comunidades inteiras foram selecionadas e expostas. Grupos de intervenção 
podem ser exércitos, salas de aula, ocupantes de veículos, ou qualquer outro grupo 
cujos membros são expostos simultaneamente à intervenção. O que separa esses 
estudos de ensaios de campo comuns é que a intervenção é mais facilmente aplicada 
a grupos do que a indivíduos. Classifica-se como estudo epidemiológico, 
experimental, longitudinal, analítico/comparativo e prospectivo (MARTINS et al, 2013). 
5 LEITURA CRÍTICA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS 
 
Fonte: blogspot.com 
Para compreender a linguagem científica é preciso analisar de forma crítica 
diversos aspectos durante a leitura do texto científico (OLIVEIRA; QUEIROZ, 2012). 
 
25 
 
Existe uma lista de critérios para a leitura de qualidade de artigos científicos. 
Parte dessa lista é baseada no Strengthening the Reporting of Observational Studies 
in Epidemiology (STROBE), instrumento avaliativo de estudos epidemiológicos que foi 
traduzido por um grupo de pesquisadores brasileiros. O STROBE fornece 
recomendações sobre como relatar estudos de forma clara, com descrição precisa e 
completa (MALTA et al., 2010). 
Assim, a adoção de uma lista de critérios além de situar o leitor sobre o que 
deverá observar no artigo, permite que ele vá direto à seção que lhe interessa 
(OLIVEIRA; QUEIROZ, 2012). O conhecimento da estrutura é o elemento básico para 
compreender a composição de um artigo científico. Um roteiro com algumas dicas 
pode auxilia o leitor a entender o conteúdo apresentado e a ter o domínio das 
características de cada parte proporcionando a apreciação da arte e da técnica 
relacionada à comunicação científica (PEREIRA, 2012a). 
A avaliação de um artigo científico é uma etapa muito importante durante o 
processo de publicação de artigos. Como em qualquer avaliação, existe um teor 
subjetivo, mas se o instrumento for objetivo, pode minimizar falhas ou injustiças. Ou 
seja, às vezes, uma simples reformulação em um ou mais tópicos seria mais 
adequada que uma rejeição imediata do referido manuscrito. Trata-se, portanto, de 
um processo pedagógico, no qual o avaliador pode orientar a escrita mais adequada 
daquele relatório de pesquisa e, não simplesmente, fornece um simples ‘‘sim’’ ou 
‘‘não’’ para a decisão de publicar o manuscrito no periódico (PORTO et al, 2018). 
A avaliação de trabalhos acadêmicos por pares pode ter sua motivação 
amparada pela necessidade de assegurar o desenvolvimento e o aperfeiçoamento 
constantes da apresentação dos relatórios de pesquisa. No caso dos artigos 
científicos, trata-se de ‘‘um meio formal de registro da autoria e das descobertas 
científicas’’ cujo processo de avaliação envolve diferentes pessoas e etapas. Avaliar 
um trabalho científico faz parte de um processo pedagógico e o avaliador deve ter o 
máximo de respeito pelos autores do trabalho. Provavelmente, o manuscrito é fruto 
de um trabalho árduo de um grupo de pessoas e existe uma expectativa grande dos 
autores para que seu trabalho seja aprovado. Uma adequada avaliação, mesmo que 
não lhes dê aprovação, pode ser uma forma de estimular os autores a não desistirem 
de publicar (WERLANG, 2013). 
Um avaliador deve analisar: 
 
26 
 
a) O manuscrito em sua estrutura e conteúdo; 
b) A contextualização da situação-problema bem como a coerência entre os 
objetivos, a justificativa e a relevância social, além das hipóteses, se for o caso. 
c) A metodologia do trabalho, verificando se está coerente e adequada com o 
que foi pretendido no estudo, além de verificar se está com o devido detalhamento 
para ser reproduzida; 
d) Se os resultados estão, adequadamente, descritos e de acordo com o que 
foi coletado e informado na metodologia. Além disso, se o uso de gráficos e tabelas 
facilita e se há redundância de informações sobre os achados do estudo; 
e) Se a discussão está coerente e atual, dialoga com os objetivos propostos 
e os resultados obtidos 
Além disso, recomenda-se: 
f) Fazer comentários construtivos e questões com o intuito de esclarecer o 
que não foi, em sua opinião, bem explicado pelos autores; 
g) Fazer inserções e exclusões para tentar melhorar a fluidez do texto, sem, 
no entanto, modificar a forma ou tentar parecer um coautor do trabalho. Essas 
alterações são requeridas caso haja a necessidade, podendo o avaliador sugerir uma 
revisão linguística no texto; 
h) Indicar textos que possam melhorar o artigo; 
i) Finalmente, com base em argumentos sólidos e bem apresentados, 
recomendar o parecer: aprovado, rejeitado, exigência de modificações etc. 
Algumas más práticas correntes são: 
a) Grosserias de avaliadores, secretários e editores das revistas científicas,apresentando, muitas vezes, juízo de valor e opiniões pessoais, tais como o avaliador 
dizer que boa parte do texto poderia ser jogada fora por não acrescentar nada ou que 
a discussão ‘‘está maluca’’; secretário dizer que é preciso aguardar, com paciência, a 
resposta dos avaliadores e que eles já sabem que precisam avaliar (essa paciência é 
pedida mesmo quando já se espera por oito meses algum retorno da revista e o 
contato foi, apenas, para perguntar se há previsão da avaliação do artigo submetido); 
 
27 
 
ou quando o editor diz que um determinado tipo de artigo não é aceito pela revista por 
ser ‘‘fraco metodologicamente’’, mas, que, nas normas, da revista, o tal tipo de artigo 
é aceito. 
b) Avaliações incoerentes; 
c) Demora no retorno da avaliação; 
d) ‘‘Terceirização’’ da avaliação: professores que entregam o manuscrito para 
outras pessoas avaliarem, mas não comunicam à revista tampouco revisam o que foi 
feito pelos seus delegados. 
5.1 RASTREAMENTO DE PLÁGIO 
Pode parecer estranho que alguém submeta um manuscrito, que corresponde 
a um relatório de parte ou a da integralidade de sua pesquisa científica, com cópias 
parciais ou totais de outros trabalhos acadêmicos. Pode ser estranho, por ser 
incoerente, mas não é incomum. Nos últimos tempos temos acompanhado uma série 
de publicações que tentam explicar as causas desse fenômeno de banalização da 
ciência (VALENTIM, 2014), que tem a participação até de pesquisadores de renome 
(VEJA, 2014), mas o fato é que as revistas têm, também, recebido artigos que são 
resultados de fraudes acadêmicas. Sabendo que isso pode acontecer, o avaliador 
pode otimizar o seu tempo de avaliação ao rastrear plágios. Quer dizer, se o artigo 
tiver plágios, o avaliador pode optar por não continuar a avaliação técnica do artigo 
porque, provavelmente, já terá sido avaliado por outra revista (aquela em que o artigo 
fora, originalmente, publicado). Existem vários aplicativos gratuitos e/ou pagos para 
auxiliar na detecção de plágios disponíveis na Internet, que têm plug-in para o editor 
de texto Microsoft Word, como o Grammarly e o Farejador (JAPOS,2013). Tais 
softwares conseguem detectar trechos idênticos ao que já foi publicado e está 
disponível na internet (PERTILE, 2011). 
É importante destacar que, ao detectar o plágio pelo software, há que se ter o 
cuidado de ter sido, apenas, um erro de citação, ou seja, o autor fez uma citação direta 
de um texto, sem colocar no formato que uma citação direta exige (aspas, número de 
páginas etc.). E sob esse aspecto, também, cabe o papel pedagógico do avaliador em 
mostrar os equívocos e indicar material de estudo para as devidas correções. 
 
28 
 
Ao detectar o plágio, o avaliador deve comunicar aos editores da revista, mas, 
também, pode escrever para os autores, algo como ‘reformular o texto. A ideia é o 
autor desenvolver seu próprio texto, com base em leituras prévias. Você deve ser 
capaz de ler e interpretar tais textos e, caso venha a usá-los, que seja correto em citá-
los. Perceba que os trabalhos publicados já foram avaliados por equipe técnica 
qualificada, por isso, estão públicos. Favor respeitar os direitos autorais. Além disso, 
o avaliador pode indicar material para estudo. É importante salientar que avaliar ou, 
não, a presença de plágio ou equívocos nas citações por parte dos autores dos 
manuscritos não é uma tarefa exclusiva dos avaliadores, é uma responsabilidade 
compartilhada com toda a equipe editorial da revista científica. A recente banalização 
dessa prática (considerando os mais diversos tipos de plágio) reforça a necessidade 
de um maior cuidado por parte dos avaliadores e da equipe editorial das revistas (TCC 
MONOGRAFIAS E ARTIGOS, 2013). 
5.2 ANÁLISE DA METODOLOGIA 
Ao analisar a metodologia, o avaliador precisa compreender os procedimentos 
adotados na pesquisa científica. A escrita deve estar detalhada para permitir ao leitor 
compreender deque forma o autor executou a pesquisa. Considerando que o trabalho 
poderá ser lido por um público heterogêneo em termos de maturidade acadêmica, 
deve ser explicado por que os tais procedimentos foram importantes. Principalmente, 
na metodologia, se detecta se os procedimentos são adequados aos objetivos 
propostos, se as variáveis investigadas estão justificadas e/ou se há hipóteses (esses 
relatados na introdução). Basicamente, se a pesquisa for bibliográfica (ou 
documental), o avaliador deverá detectar: 
a) Que tipos de trabalho foram usados (livros, artigos, teses...)? 
b) Onde estava disponível o material usado? 
c) Dificilmente, TODOS os trabalhos encontrados serão usados. Como foram, 
então, selecionados aqueles trabalhos que interessavam ao autor? Quais os critérios 
de inclusão dos trabalhos? Que palavras-chaves foram usadas para a busca? E em 
qual (is) idioma (s)? Quando foi feita a pesquisa? 
 
29 
 
d) Que técnica (s) de leitura e análise de texto foi (foram) usada (s)? 
e) A pesquisa bibliográfica seguiu alguma norma de escrita como o PRISMA 
(GALVÃO et al., 2015)? 
Já se a pesquisa for de campo (ou experimental), o avaliador deverá detectar: 
a. Qual o local de feitura da pesquisa? 
b. Quando foi feita a pesquisa? 
c. Que instrumentos foram usados (questionários, balança, adipômetro, 
paquímetro, câmeras etc.)? Os dados dos fabricantes estão informados? O modo 
como foram usados está informado? Os questionários foram validados? 
d. A amostra e a população estão, devidamente, descritas? Como foi processo 
de seleção? Existe grupo controle? 
e. Os procedimentos da investigação estão descritos, detalhadamente? 
f. Houve submissão do trabalho a um comitê de ética? Qual o número de 
aprovação? 
g. Os procedimentos seguiram recomendações padronizadas na literatura, 
como CONSORT (MARTINS et al., 2009), STROBE (MALTA et al., 2010) ou outra? 
Existem guias de redação de trabalhos acadêmicos que, cada vez mais, são 
exigidos pelas revistas; a ideia é aumentar a transparência e a uniformização na 
apresentação dos relatórios de pesquisa na área da saúde (EQUATOR NETWORK, 
2017). 
Para isso, os avaliadores, também, devem ter ciência desses documentos, 
que já têm algumas traduções para o Português. 
5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
Os resultados da investigação podem ser apresentados sem texto, gráficos 
e/ou tabelas, porém, necessariamente, devem estar, coerentemente, relacionados 
aos objetivos, responder às hipóteses. Outro item importante é detectar se tudo o que 
foi investigado, descrito na metodologia, apresenta resultados no texto. No que tange 
 
30 
 
às ilustrações, as tabelas resumem um conjunto de observações e devem ser 
autoexplicativas, sem repetir informações já contidas no texto. Já os gráficos, são 
formas de apresentação dos dados que têm a função de produzir uma visualização 
mais rápida dos dados investigados (THOMAS et al., 2012). 
5.4 ANÁLISE DA DISCUSSÃO 
Na discussão, os autores devem refletir sobre seus achados à luz da literatura 
científica atual da área. O avaliador deverá identificar se essa discussão está coerente 
com os objetivos e as hipóteses trabalhadas, mostradas na introdução do paper, se 
apresenta material, academicamente qualificado para o dado propósito e se é atual. 
Por outro lado, não significa que obras clássicas da área não possam ser usadas. Por 
isso, também, é importante o avaliador ser um expert da área do estudo que avalia 
para evitar críticas desnecessárias quanto a esse aspecto (PORTO et al, 2018). 
5.5 CONFERÊNCIA DAS REFERÊNCIAS 
Como dito, na lista de referências, devem estar incluídas, somente, aquelas 
que foram citadas no texto. Esses equívocos e a falta de padronização das referências 
podem inexistir se os autores fizerem uso de programas de gerenciamento de 
referências bibliográficas, como o Mendeley (2017) e o Endnote Web (MY END NOTE 
WEB, 2017). Outro programa interessante é o Mecanismo Online para Referências 
(More), baseado na NBR 6023/2002,norma da ABNT atualmente em vigor (UFSC, 
2017). 
Essas são dicas que o avaliador pode dar aos autores caso perceba esse tipo 
de erro no trabalho. O presente artigo sugere um roteiro para avaliação de artigos 
científicos, debate os principais aspectos a serem observados, bem como os cuidados 
éticos e metodológicos relacionados ao processo de revisão. É inequívoca a 
necessidade de ampliar a discussão sobre o papel e a tarefado avaliador, no Brasil e 
no mundo. Apenas através de um amplo debate será possível aprimorar a evolução 
da qualidade científica da produção nacional, a qual perpassa, entre outros fatores, 
pela importância pedagógica do avaliador e do processo de avaliação (PORTO et al, 
2018). 
 
31 
 
6 MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 
6.1 Conceito geral 
 
Fonte: unimedfesp.coop.br 
A medicina baseada na evidência (EBM) constitui-se como 
abordagem/movimento, que pretende incentivar uso de investigação de elevada 
qualidade nas práticas e decisões clínicas. Traduz-se no espírito de basear 
sistematicamente as decisões e práticas clínicas de forma consciente, explícita, 
judiciosa e razoável, na melhor evidência disponível, aplicando-as aos pacientes 
enquanto entidade individual. De acordo com a sua definição, o conceito de EBM 
representa a confluência e integração de três áreas: experiência clínica; valores do 
paciente; utilização das melhores evidências disponíveis no processo de tomada de 
decisões relacionadas com a saúde dos pacientes (COSTA, 2020). 
A expressão da EBM na realidade clínica requer que os clínicos e entidades 
envolvidas se mantenham atualizados e tenham a capacidade de aplicar regras 
formais de triagem e avaliação de evidência na consulta de bibliografia clínica, no 
sentido de otimizarem as suas práticas. a EBM não é, nem pretende ser um “livro de 
receitas” onde as abordagens e procedimentos clínicos são meras execuções 
protocolares; pretende sim, assumir-se como uma atitude direcionada às atividades 
clínicas e problemas inerentes, baseada na experiência e aprendizagem, em que os 
objetos da nossa intervenção (pacientes) criam a necessidade de considerar 
informação de maior importância e qualidade, relativa a diagnóstico, prognóstico, 
 
32 
 
terapêutica entre outras questões associadas a cuidados médicos e à saúde 
(BUDSBERG 2017). 
Os conceitos e aplicação prática da EBM à medicina humana não diferem 
da EBM no contexto da medicina veterinária (EBVM). Budsberg (2017) menciona 5 
regras/passos/elementos e uma outra forma utilizada na conceptualização da sua 
aplicação prática, chamada o algoritmo dos 5 A’s. 
Os 5 passos básicos da EBV: 
1-Conversão da necessidade de informação para a forma de uma pergunta 
capaz de ser respondida. No desenvolvimento deste ponto insere-se o conceito 
expresso pelo acrónimo PICO. Este método é utilizado na definição das questões 
sobre as quais as revisões sistemáticas incidem, sendo aplicado na primeira etapa 
das mesmas aquando da realização do protocolo (O’CONNOR et al, 2018): 
 
Fonte: lh3.googleusercontent.com 
- P: Populações/paciente/problema-como é que o clínico descreve um grupo 
de pacientes semelhante ao paciente que suscita a questão? Quais são as 
características mais importantes do paciente? Aqui pode incluir-se o problema 
principal, doença ou afeções coexistentes; 
 
33 
 
- I: Intervenção/intervenções-qual a intervenção, fator de prognóstico ou 
teste de diagnóstico que o clínico está a considerar? O que é que o clínico pretende 
fazer pelo paciente? Prescrição de fármacos? Pedir um teste? Recomendar um 
procedimento cirúrgico? Quais os fatores que podem influenciar o prognóstico do 
paciente? (Idade, raça, sexo, estatuto metabólico); 
- C: Comparação-qual é a alternativa principal comparável com a intervenção 
a considerar? A indecisão é relativa a 2 fármacos? Medicar ou não medicar? 2 testes 
de diagnóstico? (A questão clínica não necessita obrigatoriamente de uma 
comparação específica); 
- O: “Outcome” (desfecho) - qual é o objetivo do clínico para com o paciente? 
Aliviar ou eliminar sintomas? Reduzir o número de efeitos adversos? Melhorar a 
função ou valores de análises? (BUDSBERG 2017). 
2- Pesquisa da melhor evidência que responde à pergunta; assim que a 
pergunta é formulada, selecionam-se os meios de pesquisa apropriados e disponíveis 
para a realização da pesquisa. 
3- Avaliação crítica das evidências relativamente à sua validade, impacto e 
aplicabilidade; quando a aquisição da informação/evidência está concluída, segue-se 
a avaliação da sua validade (força dos dados) e aplicabilidade (utilidade na prática 
clínica). Neste ponto identifica-se a melhor evidência em relação à totalidade de 
informação obtida. De uma forma geral, a força e níveis de evidência que as 
investigações produzem podem ser nivelados e comparados mediante escalas e 
sistemas de pontuação e valorização. Por princípio, quanto mais rigoroso for o 
desenho de um estudo, maior o nível de evidência que produz. Este critério tem como 
consequência a criação da chamada “pirâmide da força de evidência”, que ajuda os 
clínicos a ter uma ideia do potencial de força e validade de evidência de determinada 
investigação com base no seu desenho de estudo e a sua relação/posição hierárquica 
comparativamente com outros desenhos de estudo. Este modelo/escala de atribuição 
de força de evidência às investigações, guiada pelo respetivo desenho de estudo é 
abordado mais à frente no ponto8. 
4- Integração da avaliação crítica feita com a experiência do clínico e com 
as circunstâncias do cliente/paciente; aplicação da evidência ao paciente; 
 
34 
 
5- Avaliaçãocríticada eficácia e eficiência da execução dos passos 
anteriores, desempenho do clínico e desfecho obtido no paciente, procurando formas 
de os melhorar (BUDSBERG 2017). 
Concluindo, os clínicos orientando-se pela EBM têm pela frente três tarefas: 
 - Utilização de informação clínica filtrada por processos discriminadores de 
força de evidência; 
- Ajudar a desenvolver e evoluir as revisões sistemáticas ou “guidelines” da 
EBM na sua área de especialização; 
- Envolver pacientes em estudos relacionados com tratamento, diagnóstico e 
prognóstico, nos quais as práticas médicas se baseiam (MASIC et al. 2008). 
7 PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 
 
Fonte: psicologiaprevitali.com.br 
A teoria relaciona-se com a prática e a investigação, orientando assim a 
prática de enfermagem descrevendo, explicando ou prevendo determinados 
fenómenos. A teoria é “um conjunto coerente de conceitos, de proposições e de 
definições, visando descrever, explicar ou predizer fenómenos”. O pensamento teórico 
é constituído por conceitos, que podem ser empíricos quando são observáveis ou 
abstratos quando não se conseguem observar. O conceito é como “algo concebido na 
mente, um pensamento ou uma noção. Os conceitos são palavras que representam a 
 
35 
 
realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicação sobre ela”. Os Padrões da 
Qualidade dos Cuidados destacam quatro conceitos principais para a qualidade do 
exercício profissional dos enfermeiros: a pessoa; a saúde; o ambiente e os cuidados 
de enfermagem, enquadrando conceitualmente as metaparadigmas da Enfermagem. 
Uma teoria de enfermagem contempla contexto, que é o ambiente no qual o ato de 
enfermagem tem lugar; conteúdo, que se refere ao assunto da teoria e processo que 
é o método pelo qual o enfermeiro age ao utilizar a teoria (BALONA, 2016). 
Para a prática de enfermagem é fundamental a aplicação de teorias, com o 
objetivo de melhorar a qualidade dos cuidados e os resultados nos clientes. A Pratica 
Baseada em Evidências tem sido tem sido uma teoria cada vez mais defendida, pois 
conjuga a prática clínica com a melhor evidência clínica que advém da pesquisa 
sistemática, guiando assim a nossa decisão (LARRABEE, 2011), esta teoria 
enquadra-se no modelo de June Larrabee, sendo por isso essa a nossa escolhada 
teórica a seguir neste trabalho. 
Durante o seu percurso profissional, as áreas de interesse de Larrabee são 
a EMC e a prática baseada em evidência, centrando-se na qualidade dos cuidados de 
saúde e nos resultados nos clientes que cuidava. Tornou-se então, responsável pela 
gestão da qualidade em saúde e mais tarde direcionou a sua área de interesse para 
a satisfação dos clientes, e a relação entre a fadiga dos enfermeiros e a segurança 
dos clientes (BALONA, 2016). 
June Larrabee desenvolveu dois modelos teóricos: o Modelo Teórico da 
Qualidade e o Modelo para a Mudança da Prática Baseada em Evidência (MMPBE). 
O MMPBE foi proposto em 1999 por Larrabee & Rosswun, após várias revisões 
teóricas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos cuidados. “ A PBE é uma 
iniciativa com comprovada eficácia em melhorar a qualidade dos cuidados” 
(LARRABEE, 2011). 
Segundo o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (GEORGE et al., 2013) a 
Qualidade em Saúde “pode ser definida como a prestação de cuidados de saúde 
acessíveis e equitativos, com um nível profissional óptimo, que tenha em conta os 
recursos disponíveis e consiga a adesão e satisfação do cidadão”. Segundo então o 
MMPBE proposto por Larrabee, pretende mudar o paradigma da prática tradicional 
que se baseia na experiência, na opinião e no raciocínio fisiopatológico, para uma 
Prática Baseada na Evidência (PBE) através do desenvolvimento da investigação e 
 
36 
 
do acesso aos seus resultados, incorporando um pensamento crítico, justificando as 
nossas ações em pesquisas científicas, na investigação e nos resultados obtidos. A 
MMPBE segundo Larrabee (2011) é desenvolvida em seis etapas: 
1. Avaliar a necessidade de mudança da prática; 
 2. Localizar as melhores evidências; 
3. Fazer uma análise crítica das evidências; 
4. Projetar a mudança da prática; 
5. Implementar e avaliar a mudança da prática; 
6. Integrar e manter a mudança da prática. 
Seguidamente descrevemos as seis etapas propostas por Larrabee: 
Etapa 1– Esta etapa consiste em identificar e incluir as partes interessadas 
nos problemas da prática, colher dados internos sobre a prática corrente, comparar 
dados externos com dados internos para confirmar a necessidade de mudança, 
identificar o problema e fazer uma ligação entre o mesmo com as intervenções e os 
resultados. 
Etapa 2– Esta etapa consiste na identificação de tipos e fontes de 
evidências, rever os conceitos da pesquisa, planear a procura e a revisão e realizar a 
procura. “Inclui-se aqui os instrumentos para avaliação crítica de estudos qualitativos, 
guidelines de prática clínica e revisões sistemáticas. Também estão incluídos quadros 
de evidência ou matriz para organizar os dados sobre o estudo antes de fazer a 
síntese” (LARRABEE, 2011, p.35). 
Etapa 3– Esta etapa consiste em fazer uma avaliação crítica das evidências, 
sintetizar as melhores evidências e avaliar a viabilidade, os benefícios e os riscos da 
nova prática. 
Etapa 4– Nesta etapa define-se a mudança proposta, identifica-se quais os 
recursos necessários e planeia-se a avaliação e a implementação das mesmas 
mudanças. “As estratégias de mudança incluem a utilização de líderes de mudança, 
líderes de opinião, sessões educativas, sistema de lembretes, auditoria e feedback” 
(LARRABEE, 2011, p.36) 
 
37 
 
Etapa 5– Esta etapa consiste em implementar as mudanças, avaliar 
processos, resultados e custos e desenvolver conclusões e recomendações. 
Etapa 6– Esta etapa consiste em comunicar a mudança recomendada às 
partes interessadas, integrar a nova prática, monitorizar periodicamente o processo e 
os resultados e disseminar os resultados do projeto de mudança. 
As etapas descritas por Larrabee não são estritamente lineares, pois sempre 
que necessário, pode-se retomar a etapas anteriores, “as atividades de cada etapa 
podem gerar atividades de outra etapa” (LARRABEE, 2011). 
O MMPBE foi testado em 1998, através da criação de um programa 
sistemático de utilização da pesquisa para melhorar a qualidade dos cuidados dos 
clientes, foram implementados 19 projetos que levaram à mudança e ainda decorrem 
8 projetos. A pesquisa em enfermagem é essencial para a procura da excelência dos 
cuidados e da qualidade, com os melhores resultados nos clientes. A integração de 
sistemas de pesquisa permite o desenvolvimento pessoal, profissional e incentiva 
boas práticas. A pesquisa tem como funções: identificar oportunidades para melhorar 
a prática utilizando fontes de informação, criar e melhorar os processos de tomada de 
decisão, conduzir pesquisas clinicamente relevantes, modificar os padrões de 
cuidados e melhorar a prática (LARRABEE, 2011). 
Na perspectiva da enfermagem, o objetivo é que todos os profissionais 
procurem a evidência e a consigam aplicar na prática diária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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