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Direito e Ação Comunicativa de Habermas

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Direito como ação comunicativa
Bibliografia: 
· Nascimento: 1929, em Düsseldorf, Alemanha
· Membro da Escola de Frankfurt
· Desenvolveu a teoria da ação comunicativa
Em sua Dialética do Esclarecimento, os filósofos Adorno e Horkheimer, fundadores da chamada Escola de Frankfurt, criticaram a razão oriunda do Iluminismo, a qual, na época utilizada como meio de libertação, converteu-se em instrumento de dominação, uma vez que o mundo passou a ser administrado em nome da técnica: é o que chamavam razão instrumental, dirigida a fins.
Em suma, como diz Habermas, a ação comunicativa ocorre “sempre que as ações dos agentes envolvidos são coordenadas, não através de cálculos egocêntricos de sucesso, mas através de atos de alcançar o entendimento. Na ação comunicativa, os participantes não estão orientados primeiramente para o sucesso individual, eles buscam seus objetivos individuais respeitando a condição de que podem harmonizar seus planos de ação sobre as bases de uma definição comum de situação. Assim, a negociação da definição de situação é um elemento essencial do complemento interpretativo requerido pela ação comunicativa”.
A Teoria da Ação Comunicativa, como o próprio nome diz, é uma teoria, ou seja, uma explicação abrangente das relações entre os seres humanos, visando a sua compreensão a partir da utilização de um modelo explicativo específico. É uma teoria que se fundamenta no conceito de ação, entendida como a capacidade que os sujeitos sociais têm de interagirem intra e entre grupos, perseguindo racionalmente objetivos que podem ser conhecidos pela observação do próprio agente da ação. Habermas vai priorizar, para a compreensão do ser humano em sociedade, as ações de natureza comunicativa. Isto é, as ações referentes à intervenção no diálogo entre vários sujeitos. É, portanto, uma teoria da ação comunicativa
Ação comunicativa refere-se a uma teoria desenvolvida por Jürgen Habermas - filósofo e sociólogo alemão. Trata-se de uma análise teórica e epistêmica da racionalidade como sistema operante da sociedade. Habermas contrapõe-se à ideia de que a razão instrumental constitua a própria racionalização da sociedade ou o único padrão de racionalização possível, e introduz o conceito de razão comunicativa. Partindo da perspectiva que nós seres humanos fazemos coisas com as palavras e que a linguagem constitui uma importante ferramenta de transformação, Habermas argumenta que, através da ação comunicativa, podemos transformar os aspectos objetivos, subjetivos e sociais do mundo. Seu objetivo é propor uma alternativa racional à razão instrumental como fundamento da modernidade a partir de uma ampliação e refinamento da própria ideia de razão. Isso o diferencia dos principais frankfurtianos da primeira geração, Adorno e Horkheimer, os quais procuraram alternativas fora do âmbito da racionalidade, a exemplo da arte e do amor. Habermas também cria uma dicotomia entra a ação estratégica e a ação comunicativa.
A ação comunicativa geraria razoabilidade, racionalidade e criticidade, representa
do uma alternativa à ação estratégica, que seria voltada apenas para os interesses de um grupo ou indivíduo específico. Habermas propõe a ação comunicativa como forma de fazer com que todos os envolvidos em uma deliberação passem a buscar o consenso em torno de uma solução que beneficie a todos igualmente. 
O direito como elemento racionalizador da comunicação social:
· Habermas considerava que há duas formas de se racionalizar/comunicar em sociedade: instrumental e comunicacional.
· Racionalização instrumental- eficácia dos serviços prestados à sociedade;
· Adequação das ações humanas em relação aos seus objetivos. Prestação eficaz de serviços aos membros da sociedade.
· A racionalidade instrumental é aquela técnica, que aumenta a eficácia dos atos que garantem a reprodução da sociedade, gerida pelo poder.
· Prestação eficaz de serviços aos membros da sociedade;
· Cuida da ciência e da técnica (âmbito do trabalho);
·  Eficácia e a efetividade;
· Estrutura-se no uso não comunicativo do saber em ações dirigidas a fins;
· É técnica de comunicação, que aumenta a eficácia dos atos, e que garantem a reprodução da sociedade, gerida pelo poder;
· Racionalização comunicacional- harmonização das visões do mundo, criando laços de entendimento.
· Formação de consensos entre os membros da sociedade, harmonização das visões de mundo, convivência livre e pacífica. Criação de laços de entendimento.
· Criação de laços de entendimento.
· Cuida das relações humanas (âmbito da interação)
· Discurso e entendimento mútuo (eficácia e a efetividade) 
· A função primordial das racionalizações é manter a coesão social. Para Habermas, com esses dois tipos de racionalização seria possível chegar a uma coesão social.
· Em uma comunidade comunicativa autêntica não deve existir domínio da fala, manipulação. Comunicação da sociedade deve ser justa e igualitária, para que consiga atingir seu fim.
· A linguagem tende para a racionalização comunicativa.
· Qualquer ato de fala tem o objetivo de iniciar um diálogo com o interlocutor, com o objetivo de estabelecer uma relação equilibrada e justa.
· É o diálogo transparente e igualitário que garante a harmonia das ações sociais.
A sociedade se estrutura através da linguagem. São os atos de fala que reproduzem os valores que permeiam o substrato social e possibilitam o desenvolvimento deste, buscando concretizar – estratégica ou comunicativamente – ações linguísticas que desembocam na realidade fática
A importância da linguagem:
· A linguagem tende a racionalização comunicativa.
· Preenche as funções de alcançar o entendimento, coordenar ações e socializar os indivíduos
· É o diálogo transparente e igualitário que garante a harmonia nas ações sociais.
· Em uma comunidade comunicativa autêntica não deve existir domínio da fala, manipulação. 
· Comunicação da sociedade deve ser justa e igualitária, para que consiga atingir seu fim.
· A linguagem é uma verdadeira forma de ação: o simples fato de falar implica, além de uma exigência de compreensão mútua, um ideal de exatidão e veracidade e uma sinceridade.
· A interação com a linguagem, assim, sustenta que os indivíduos partilhem um mundo objetivo, um mundo social e um mundo subjetivo – essa é a base de sua teoria da ação comunicativa.
No mundo jurídico, essas duas racionalidades são: i- direito técnico, definido por necessidades públicas e pelo Estado, através de leis e ação governamental; ii- direito doutrinal (comunicação entre os juristas), direito judicial (garantia do contraditório, diálogo entre as partes) e direito “da vida” (negociação entre as partes nos espaços sociais).
O direito foi dominado pela linguagem técnica-instrumental, que não abre espaço para diálogos e comunicação igualitária, e sim através de mecanismos (econômicos, por exemplo). Forte crítica ao legalismo.
	Em sua fase inicial, Habermas acreditava que o direito de decidir, e não o direito legislativo, era o modelo para construir consensos, na medida que se tratava de um diálogo e não tinha caráter unilateral.
	
Para Habermas, o direito do poder e o direito comunicativo passam a se aproximar com o advento da democracia, que proporciona um diálogo. Quando faz essa aproximação, segundo Hespanha, Habermas está legitimando tudo o que é feito pelo direito técnico-instrumental, isentando-o de críticas.
A teoria da ação comunicativa possibilita a compreensão de fatores relacionados com as mudanças estruturais do Estado Democrático de Direito. De acordo com os princípios que constituem as estruturas jurídicas das sociedades democráticas, o poder precisa ser legitimado. Para tanto, é imprescindível a formação de espaços institucionalizados que promovam a participação da população através do agir comunicativo.
Neste contexto, o direito diálogo: Organizado em espaços públicos, onde o “senso comum” é alcançado por meio de regras de diálogo (de ação comunicativa): objetividade, justiça e liberdade. 
Enquanto o direito tecnificado: Eficiência dos atos destinados a controlaros processos de reprodução social. Racionalidade do poder, por meio da lei.
Críticas:
I- Habermas assume que todo o diálogo tem como finalidade o entendimento e ignora que o diálogo pode produzir simulação, ironia.
II- O ideal de discurso neutro de Habermas não se encaixa na realidade, onde a comunicação jurídica é dominada por pessoas que gozam de mais capacidade, que vem de raízes diferentes, sendo um diálogo desigual entre os grupos da sociedade.
III- Coerção física: as pessoas não agem conforme o direito por, de fato, acreditarem e concordarem nas normas, e sim porque estão motivadas por uma coerção física e por uma validade implícita.
Mundo da vida:
·  Organizados em espaços públicos, onde o “senso comum” é alcançado por meio de regras de diálogo (de ação comunicativa), objetivando justiça e liberdade.-> Direito Dialógico.
       Direito dialógico é composto por: 
· No mundo jurídico, essas duas racionalidades  são: 
1. Direito técnico: definido por necessidades públicas e pelo Estado, através de leis e ação governamental; 
2. Direito doutrinal: estabelecido pela comunicação entre juristas.
3. Direito judicial: Resulta de um processo com a garantia do contraditório, diálogo entre as partes.
4. Direito “da vida”: Produto do compromisso e da negociação entre as partes nos espaços sociais.
· Pano de fundo que propicia os processos de se alcançar o entendimento
· Pode ser entendido como aquele em que "os atores comunicativos situam e datam seus pronunciamentos em espaços sociais e tempos históricos"
· Existe uma correlação direta entre ação comunicativa e mundo da vida, já que cabe à primeira a reprodução das estruturas simbólicas do segundo (cultura, sociedade, pessoa). Assim, sob o aspecto do entendimento mútuo, a ação comunicativa serve para transmitir e renovar o saber cultural; sob o aspecto de coordenar a ação, ela propicia a integração social; e sob o aspecto da socialização, ela serve à formação da personalidade individual.
·  Eficiência dos atos destinados a controlar os processos de reprodução social.
· Direito Tecnificado: Racionalidade do poder, por meio da lei
·  Direito técnico: é a burocracia, que desgasta a ação comunicativa.
· Como sair disso?  Dar preferência ao direito consensual, aprofunda a participação democrática na gestão da vida, maior espaço de crítica e reflexão pública.
· O direito somente alcança a estabilidade do mundo da vida à medida que eleva os falantes à condição de “autor e intérprete” das normas, de modo que se atribui validade às proposições pretendidas. Em miúdos, é o direito que supre a carência de força normativa que a linguagem comunicativa apresenta.
O Poder comunicativo:
·  Decorre da formação democrática da vontade estatal, incluindo as deliberações emanadas da esfera pública e o exercício do direito de sufrágio.
· A partir disso, o direito é um mecanismo de conversão de poder comunicativo em poder administrativo com o auxílio da esfera pública
ESTADO DEMOCRÁTICO:
· Passa a ver este como uma força positiva.
· Legitimidade a partir da origem dialogal
·  Solução de conflitos por meio do diálogo transparente e igualitário.
·  Aceitação do poder político nas democracias ocidentais: consequentemente, protege a esfera que possibilita ao cidadão fazer aquilo que deseja, sem qualquer interferência de terceiros – seja o Estado ou uma pessoa física, para não arriscar uma uniformização ou homogeneidade impostas. 
·  Em sua fase inicial, Habermas acreditava que o direito de decidir, e não o direito legislativo, era o modelo para construir consensos, na medida que se tratava de um diálogo e não tinha caráter unilateral.            
· Para Habermas, o direito do poder e o direito comunicativo passam a se aproximar com o advento da democracia, que proporciona um diálogo. Quando faz essa aproximação, segundo Hespanha, Habermas está legitimando tudo o que é feito pelo direito técnico-instrumental, isentando-o de críticas.
·    Crítica: Ao ligar tão intimamente às ordens políticas e jurídico-legais existentes ao poder gerado por processos comunicativos, como fonte de sua legitimidade, parece garantir o poder político e a ordem jurídica legal contra qualquer crítica, não deixando espaço para um teste da sua justiça.
Críticas ao consensualismo racional de Habermas:
· Em relação a linguagem: Habermas exclui os usos da linguagem não igualitários (dissimulação, ironia, mistificação). O diálogo não produz necessariamente entendimento.
· Em relação ao Discurso Jurídico: Pressupõe este como resultante de um diálogo neutro, igualitário e libertador, o que desconsidera assimetria nas relações sociais.
· O ideal de discurso neutro de Habermas não se encaixa na realidade, onde a comunicação jurídica é dominada por pessoas que gozam de mais capacidade, que vem de raízes diferentes, sendo um diálogo desigual entre os grupos da sociedade.
·  Em relação a força jurídica: é possível pensar em consenso tendo em vista as assimetrias sociais, bem como a imposição da lei por meio do monopólio do uso da força?
· As pessoas não agem conforme o direito por, de fato, acreditarem e concordarem nas normas, e sim porque estão motivadas por uma coerção física e por uma validade implícita.
Ligação direta entre lei do Estado e legitimidade pelo consenso expresso por via eleitoral:
· Auditório Universal x Auditório parcial
·  O Congresso representa o povo?
·  É por meio dele que se obtém consenso democrático.
O direito como fator de segurança:
O futuro é incerto. Por isso, para que haja segurança jurídica é preciso que haja generalização congruente de expectativa normativa. A função do direito é estabilizar essas expectativas.
A segurança social resulta de uma combinação de legitimidade ex ante, pacto do instituidor do direito, com legitimidade ex post, decorrente da consensualidade dos resultados. 
Risco: consequências necessárias de modernização da organização econômica. 
Forças dominantes do mercado financeiro são as maiores responsáveis pelos riscos que sujeitam ao tomar decisões que se desconhece o impacto, pois eles serão vistos apenas no futuro. Todavia, por terem maior conhecimento conseguem mais provavelmente evitar os riscos.
A complexidade do Mundo e da vida social decorre do fato de que:
· Nós agimos com base em uma expectativa futura incerta. O direito aumenta a segurança das expectativas criadas.
·  Os comportamentos possuem sentido, constituem mensagens, e, portanto, são necessariamente mediados pela comunicação.
Possível solução: Reduzir a complexidade depende de eliminar ambiguidades, estabilizar expectativas, o que depende não dos interlocutores, mas dos sistemas comunicativos.
Luhmman: sociedade movida por comunicações que, por serem diferentes, trazem complexidade. A redução de complexidade é possível através da divisão de sistemas e ambientes. 
Esses sistemas funcionam automaticamente e se diferenciam progressivamente em seus sentidos e valores.
Os sistemas são autopoiéticos, operativamente fechados e cognitivamente abertos. 
· São autopoiéticos na medida que eles mesmo se reproduzem; 
· Operativamente fechados pois suas operações e reproduções são determinadas pela codificação e programação própria, comunicação própria; 
· Cognitivamente abertos pois são capazes de sofrer irritações com outros sistemas, mas nunca como uma forma de troca de comunicação, e sim absorver o que lhes interessa dessa irritação, dentro de uma linguagem própria do sistema. 
Contribuições da teoria dos sistemas ao direito:
·  A complexificação ilimitada do direito pode lhe gerar uma indigestão e prejudicar sua eficiência.
·    Um direito saudável consegue absorver as mudanças e o aumento da complexidade, sem perder coerência.
·   No direito contemporâneo observa-se a substituição da legitimação dogmática pela legitimação legal.
             Crítica a legitimação dogmática: Sendo a dogmática a expressão do código do próprio sistema jurídico, enquanto a lei como vontade política, esse programa pertence ao sistema político. Assim, esta tendência descaracterizará o sistema jurídica, vez queimpede sua diferenciação em relação ao sistema político -> absorção do direito pela política. 
 Colocações finais: 
· Vários sistemas que dão vários níveis de sentido à comunicação humana.
· Sistemas do mundo da vida (Habermas) senso comum, também cria expectativas e mecanismos – o direito estabelece as regras mais estritas para garantir as expectativas criadas no senso comum.
· Generalização das expectativas: conhecimento das normas, garantindo-as ao impor punições, promover vantagens quando cumpre o esperado e dando à luz de obrigatoriedade a esses valores.
· Autopoiese: sistema que produz e se auto reproduz, construindo seus objetos e se definindo, fechando-se do ambiente, sem se influenciar, apenas de receber estímulos do ambiente que desencadeia reações internas. Não é possível aceitar criações e justificativas no mundo jurídico sob comunicação de outros sistemas, cada sistema possui uma codificação e uma programação própria.
· O direito determina quais as questões são de relevância jurídica.
· “A má aceitação social de uma norma não a invalida, mas pode causar irritações relevantes para que seja revisada."
· A complexidade do direito não deve diminuir sua consistência.
· Sistema do direito também se dividiu:
· Divisão do direito e da política; 
· argumentação: as expectativas são observadas pelo controle, que permite ver como o mundo é observado. 
· A argumentação não é argumentos razoáveis e convincentes e sim reforçar a coesão do sistema.
· LUHMANN e HABERMAS:
· Habermas dizia que não era possível observar objetivamente a sociedade por fazer parte dela e assim não ser neutro em seus discursos- sociologia seria apenas uma crítica com diálogos que liberassem a subjetividade.
· Luhmann: sociologia como mera observação e não busca por explicações.
· Habermas criticava Luhmann pois é impossível fazer essa observação de forma isenta;
·  Luhmann criticava Habermas pelo seu tom utópico, apropriação dos meios de comunicação. 
	“Não se pode justificar o descumprimento da lei ou a prática de ilegalidades no exercício de um mandato político com a legitimação pelo voto popular, com argumento de que, nas próximas eleições, os eleitores é que julgarão dos méritos do infrator”.
Vários sistemas que dão vários níveis de sentido à comunicação humana.
Sistemas do mundo da vida (Habermas) senso comum, também cria expectativas e mecanismos – o direito estabelece as regras mais estritas para garantir as expectativas criadas no senso comum. Generalização das expectativas- conhecimento das normas, garantindo-as ao impor punições, promover vantagens quando cumpre o esperado e dando à luz de obrigatoriedade a esses valores.
Autopoiese: sistema que produz e se auto reproduz, construindo seus objetos e se definindo, fechando-se do ambiente, sem se influenciar, apenas de receber estímulos do ambiente que desencadeia reações internas. Não é possível aceitar criações e justificativas no mundo jurídico sob comunicação de outros sistemas, cada sistema possui uma codificação e uma programação própria. O direito determina quais as questões são de relevância jurídica.
Operativamente fechado e cognitivamente aberto. “a má aceitação social de uma norma não a invalida, mas pode criar irritações relevantes para que seja revisada 
A complexidade do direito não deve diminuir sua consistência.
Sistema do direito também se dividiu: 
Divisão do direito e da politica; argumentação- as expectativas são observadas pelo controle, que permite ver como o mundo é observado. A argumentação não é argumentos razoáveis e convincentes e sim reforçar a coesão do sistema.
O direito como fator de eficiência
Análise econômica do direito
· A eficiência pode assumir vários significados, dentre eles o de justiça, adequação.
· Eficiência também é apresentada no sentido de contribuir para a realização de objetivos político sociais (como a economia).
· A eficiência do direito deve ser observada a partir de um ponto de vista da maximização da utilidade.
· Os juízes não estavam tão presos às leis, o que facilitaria a tomadas de decisões que beneficiaram as partes.
· Para os agentes, como os juristas, a decisão que ele irá tomar será baseada em custo-benefício. “Cometer ou não um crime é uma análise de vantagens e desvantagens”.
· As normas jurídicas devem ser eficientes
· é a análise do Direito sob a perspectiva da compatibilidade de suas leis de mercado. (relação com o utilitarismo de Bentham). 
· UTILITARISMO: maximização da felicidade pautada em disponibilidade para estar no mercado.
· A análise econômica do Direito é um instrumento de grande utilidade para compensar o caráter abstrato e meramente formal dos estudos jurídicos tradicionais.
· Ele se debruça sobre uma análise eficiente das normas no cálculo de custos e benefícios.
· Crítica: a análise econômica do direito, como valor ou utilidade (conceitos centrais), são instrumentos orientados para a finalidade, com isso substitui-se a concepção de mercado baseado em valores jurídicos éticos.
· Múltiplos fatores devem ser levados em conta na análise de custo-benefício (econômico, social, político, ideológico).
· Acredita-se que eles estão maximizando o bem-estar individual e que estão realizando uma distribuição justa de bens.
1. Muito difícil que em um mercado com distribuição desigual se tenha interesse em transformar valores sociais em valores de mercadoria.
2. A satisfação de cada consumidor é determinada pelo mercado, não é o desejo pessoal que determina o que o mercado deve satisfazer.
3. Análise de consumidor-objeto-vendedor representa um interesse individual, como poderá ser feita em âmbito geral?
4. Favoreça os mais ricos.

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