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Gestão Socioambiental Prof. Dra. Cristine Santos de Souza da Silva Políticas Públicas e Legislação Ambiental Prof. Dra. Cristine Santos de Souza da Silva Capítulo 3 INTRODUÇÃO As políticas públicas pressupõem o olhar sobre pressões sociais, interesses conflitantes, interesses comuns, instituições, intervenções, dentre outros. Enfatizando as novas ou recorrentes demandas, percebe-se que o meio ambiente ou, mais especificamente, as problemáticas ambientais têm sido objeto da agenda pública no momento de formulação, implementação e gerenciamento de políticas públicas. A crise ambiental fez com que a sociedade se mobilizasse, exigindo – dos poderes constituídos – respostas mitigadoras e propulsoras de um novo modelo societário. Neste capítulo abordaremos os instrumentos políticos públicos ambientais, criados pelos governos para realizar a gestão ambiental e conter a devastação dos recursos naturais e o aumento da poluição. Trataremos também da evolução da política pública ambiental brasileira e de quais são os instrumentos da atual Política Nacional do Meio Ambiente do Brasil, estabelecida pela Lei Federal nº 6.938 de 1981, destacando entre eles, o Licenciamento Ambiental, a Avaliação de Impacto Ambiental e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Bom estudo! Políticas Públicas Ambientais A preocupação com a gestão ambiental surgiu através dos governos, que agiam conforme os problemas apareciam. Tomaram um formato mais sistemático após a Revolução Industrial, ainda de forma corretiva, isto é, agiam sobre ocorrências e com ações corretivas. Foi na década de 1970, com vários movimentos e discussões sobre os problemas de escassez de recursos naturais e as contaminações, que vários países trataram as questões ambientais de forma integrada e com uma abordagem preventiva. Face às mudanças econômicas e sociais ocorridas, surgem as políticas públicas ambientais que assumiram papel crucial para auxiliar a preservação ambiental nas diferentes esferas dos governos. Ao contrário do que se imagina, as políticas públicas ambientais não estão somente relacionadas com a preservação do meio ambiente, mas também com o seu desenvolvimento, buscando uma situação estável e de sustentabilidade para a sociedade. Assim, as políticas públicas ambientais são fundamentais para as ações dos governos, pois refletem as relações de poder e investimentos do Estado, que são aplicadas no ambiente e administradas pela sociedade/governo, influenciando na própria vida do cidadão, que pode propor mudanças no curso dessas ações. As políticas públicas ambientais devem ser entendidas como instrumentos institucionais a serviço do bem coletivo, da preservação, e a consequente melhoria da qualidade de vida. Esses instrumentos podem ser classificados em modelos de comando e controle, econômico e outros, como bem exemplifica a tabela a seguir: Instrumentos Espécies Comando e Controle ▪ Padrão de emissão; ▪ Padrão de qualidade; ▪ Padrão de desempenho; ▪ Padrões tecnológicos; ▪ Proibições e restrições sobre produção, comercialização e uso de produtos e processos; ▪ Licenciamento ambiental; ▪ Zoneamento ambiental; ▪ Estudo prévio de impacto ambiental. Econômico ▪ Tributação sobre poluição; ▪ Tributação sobre uso de recursos naturais; ▪ Incentivos fiscais para reduzir emissões e conservar recursos; ▪ Remuneração pela conservação de serviços ambientais; ▪ Financiamentos em condições especiais; ▪ Criação e sustentação de mercados de produtos ambientalmente saudáveis; ▪ Permissões negociáveis; ▪ Sistema de depósito retorno; ▪ Poder de compra do Estado. Outros ▪ Apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico; ▪ Educação ambiental; ▪ Unidades de conservação; ▪ Informações ao público. Fonte: Barbieri, 2007. Os instrumentos de comando e controle são aqueles que limitam e condicionam o uso de bens, a realização de atividades e o exercício de liberdades individuais em benefício da sociedade. Os comandos e os controles mais conhecidos são aqueles que estabelecem padrões ou níveis de concentração máximos aceitáveis de poluentes. Esses padrões podem ser: da qualidade ambiental, emissões e estágio tecnológico. Os instrumentos econômicos são aqueles que visam a interferir nas ações das pessoas e das organizações em relação ao meio ambiente, por meio de medidas que representam custos ou benefícios. Eles podem ser do tipo fiscal ou de mercado: os instrumentos econômicos fiscais atuam mediante a transferência de recursos entre os agentes privados e o setor público através de subsídios ou tributos, regrados pelo princípio do poluidor-pagador, que se refere à ideia de que aquele que degrada o meio ambiente tem o dever de recuperar ou de indenizar. Já os instrumentos econômicos de mercado são utilizados nas transações entre organizações privadas, sendo o mercado regulado pelo governo. Os outros instrumentos existentes possibilitam e incentivam as empresas a buscar continuamente soluções para os problemas ambientais por elas gerados. Eles objetivam o desenvolvimento científico e tecnológico e a educação ambiental, com o intuito de favorecer melhores contribuições das práticas empresariais aliadas às políticas públicas. Política Ambiental Brasileira Na década de 1960, o Brasil entrou em um ritmo intenso de industrialização, ocasionando um aumento descontrolado nas áreas urbanas e, por conseguinte, o crescente impacto ambiental. Porém, com a participação na Conferência de Estocolmo, em 1972, o Brasil entrou em uma nova fase na sua política pública ambiental, seguindo a mesma conduta adotada nos países em desenvolvimento, ou seja, tomando ações corretivas e de forma isolada, não reconhecendo que os problemas estavam interligados. Todavia, no início da década de 1980, por meio da Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, é promulgada a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) no Brasil. Essa política constituiu um grande avanço, pois integrou as ações governamentais dentro de uma abordagem sistêmica. Além disso, essa legislação foi bastante significativa pela sua abrangência e por procurar maneiras de introduzir a variável ambiental em outros setores da economia. Ela alterou os papéis dos poderes públicos, descentralizando as decisões e ampliando a participação na formulação e implementação de políticas na escala municipal, estadual e federal. Com o objetivo de promover “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana” , a PNMA criou o SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente (que organiza e estabelece as competências dos entes federativos) e o CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (seu órgão consultivo e deliberativo). Ambos asseguram a participação de representantes da sociedade organizada nas decisões e a cooperação interinstitucional, garantindo o crescimento e consistência da política ambiental. A Política Nacional do Meio Ambiente precede e subsidia, inclusive, a própria Constituição Federal Brasileira. Publicada na sua versão no ano de 1988, a Constituição Federal consolida os avanços da PNMA e situa o meio ambiente no mesmo nível dos direitos e garantias fundamentais, ao estabelecer, no art. 225, que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Por considerar o meio ambiente um patrimônio público que deve ser assegurado e protegido em vista do uso coletivo, a PNMA adere ao princípio do poluidor-pagador. Na Lei é possível observar elencados no, artigo 9º, os seus instrumentos contemplam desde instrumentos que podem ser considerados de comando e controle (como a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento, entre outros) até aqueles que podem ser caracterizados como instrumentos econômicos ou de cunho administrativo(como é o caso do sistema nacional de informações sobre o meio ambiente e o cadastro técnico federal das atividades potencialmente poluidoras, entre outros). Ao se analisar a trajetória percorrida pela política ambiental brasileira é possível notar que ocorreram evidentes avanços, tanto no que se refere à estruturação institucional, quanto no estabelecimento de importantes marcos legais. Ainda assim, não há dúvidas de que permanecem grandes desafios a serem superados no que se refere ao aperfeiçoamento das funções da governança ambiental e da aplicação de seus princípios – os quais, em seu conjunto, contribuem paro o aumento da capacidade de resposta do Estado aos problemas ambientais. Avaliação de Impacto Ambiental A Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) é um instrumento da PNMA para fornecimento de subsídios para o processo de tomada de decisão. Seu propósito é realizar um exame sistemático dos prováveis impactos das atividades de uma proposta, projeto ou empreendimento, a fim de maximizar suas vantagens, considerando os fatores saúde, bem-estar humano, meio ambiente, e minimizar ou compensar suas desvantagens, levando em conta os meios físico, biótico e antrópico que provavelmente serão impactados. Com a avaliação de impactos ambientais pode-se exigir para todos os empreendimentos com potencial impactante, a observação de pontos que possibilite a harmonização da relação do homem com o ambiente, disciplinando a ação humana e impondo limites à utilização dos recursos naturais. Segundo a Resolução CONAMA 01/86, impacto ambiental é “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetem a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais”. Sendo assim, a Avaliação de Impacto Ambiental - AIA é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de grande importância para a gestão institucional de planos, programas e projetos, em nível federal, estadual e municipal. A PNMA prevê o processo de AIA se dê de forma interrelacionadas a outros instrumentos, como por exemplo: • o licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, que exige a elaboração de EIA/RIMA e/ou de outros documentos técnicos, os quais constituem instrumentos básicos de implementação da AIA; • o zoneamento ambiental, o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental e a criação de unidades de conservação, que condicionam e orientam a elaboração de estudos de impacto ambiental e de outros documentos técnicos necessários ao licenciamento ambiental; • os Cadastros Técnicos, os Relatórios de Qualidade Ambiental, as penalidades disciplinares ou compensatórias, os incentivos à produção, a instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental, que facilitam ou condicionam a condução do processo de AIA em suas diferentes fases. A AIA está vinculada a estudos ambientais, que são solicitados na ocasião do licenciamento ambiental. Estes estudos ambientais são fundamentais para identificar os impactos e os resultados da atuação das atividades e empreendimentos no ambiente. Além disso, são um instrumento de gestão ambiental imprescindível para promover qualquer melhoria dos sistemas produtivos em matéria ambiental. O mais completo dentre os estudos ambientais existentes é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que está regrado e orientado pela Resolução CONAMA 001/86. Esta resolução estabeleceu a exigência de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA para o licenciamento de diversas atividades modificadoras do meio ambiente, bem como orientou, entre outras determinações, quais são os conteúdos mínimos a serem apresentados no Estudo de Impacto Ambiental. De acordo com essa Resolução, o EIA é o estudo técnico completo, enquanto o RIMA é o seu resumo, refletindo as principais informações constantes no EIA em linguagem acessível ao público em geral. O EIA/RIMA deve ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. Os custos referentes à realização dos estudos correrão à conta do proponente. Ele deverá ser submetido à aprovação do órgão ambiental competente, ao qual caberá tomar a decisão quanto à aprovação do EIA/RIMA para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, ou não. Licenciamento Ambiental O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo onde o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. Já a Licença Ambiental, por sua vez, é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (Art. 1º da Resolução CONAMA nº 237/ 1997). A Resolução CONAMA 237/1997 é a instrução legal que disciplina o Licenciamento Ambiental no Brasil, porém, apesar de sua existência, os órgãos ambientais licenciadores possuem autonomia para definir os procedimentos e critérios a serem adotados durante o processo, o que leva à formação de um cenário heterogêneo no que se refere ao licenciamento ambiental no País. Todavia, a Resolução CONAMA 237/1997 estabelece as principais etapas do processo de licenciamento ambiental: Quanto às competências para o licenciamento ambiental atribuídas à União, aos estados, Distrito Federal e municípios, foi publicada a Lei Complementar Federal nº 140/2011. Segundo essa lei, cabe aos municípios o licenciamento de atividades e empreendimentos de impacto local, sendo comprovados os critérios mínimos, elencados pela referida lei, da estrutura dos órgãos ambientais municipais para a realização do licenciamento. Os processos de licenciamento atribuídos aos estados figuram entre os que extrapolam a competência municipal, mas não são cabíveis à União, que adota o critério da competência licenciatória residual. O Licenciamento Ambiental é um processo sistemático de avaliação ambiental, realizado em três etapas: Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação. Porém, nos casos atípicos, essas fases poderão ser desenvolvidas conforme as peculiaridades do empreendimento. Licença Prévia A Licença Prévia (LP) é concedida na etapa preliminar do projeto, contém os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas suas fases de planejamento, localização, instalação e operação, observando-se a viabilidade ambiental do empreendimento nas fases subsequentes do licenciamento. Nesta etapa são requeridos estudos ambientais, que podem variar de estudos mais simples até mais completos, como é o caso do EIA/RIMA. O EIA (Estudo de Impacto Ambiental), é um estudo exigido pelo órgão ambiental competente durante o processo de licenciamento ambiental, para a emissão da Licença Prévia (LP), de grandes empreendimentos, com significativo potencial de impacto ambiental. Este estudo deve demonstrar ou não a viabilidade ambiental do empreendimento analisado em relação à área pleiteada. O RIMA (Relatório de Impacto do Meio Ambiente), por sua vez, é um resumo do EIA, com uma linguagem mais acessível à sociedade. Independentemente do tipo de estudo solicitado, o órgão licenciador irá tomá-lo por base para definir as condições nas quais a atividade deverá se enquadrar a fim de cumprir as normas ambientais vigentes. Uma vez concedida a Licença Prévia, para darinício à implantação do empreendimento, deve ser requerida a Licença de Instalação. Licença de Instalação A licença de Instalação autoriza o início da implantação do empreendimento, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes da Licença Prévia. Uma vez detalhado o projeto inicial e definidas as medidas de proteção ambiental, deve ser requerida a LI. A execução do projeto deve ser feita exatamente conforme o projeto apresentado. Vale lembrar que qualquer alteração na planta ou nos sistemas instalados deve ser formalmente enviada ao órgão licenciador para avaliação. Licença de Operação A Licença de Operação é concedida após as verificações necessárias, para facultar o início da atividade requerida e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévia e de instalação. Nas restrições da LO, estarão determinados os métodos de controle e as condições de operação do empreendimento. E o que fazer naqueles casos anteriores à lei, quando o empreendimento já está instalado e operando? Nesses casos, a LO se dará em caráter corretivo e transitório, destinada a disciplinar, durante o processo de licenciamento ambiental, o funcionamento de empreendimentos e atividades em operação e ainda não licenciados, sem prejuízo da responsabilidade administrativa cabível. Referências ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshi. Gestão socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. 2.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. 3. ed. - São Paulo: Saraiva, 2016. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Acesso em 20/08/2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui cao.htm ______. Lei Federal 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Acesso em 20/08/2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm ______. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 01 de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.h tml Acesso em 20/08/2020. ______. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797. html Acesso em 20/08/2020. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Procedimentos de Licenciamento Ambiental no Brasil. Brasília, 2016. REANI, Regina Tortorella. Políticas públicas ambientais no Brasil. Revista Educação, v. 8, n. 2, p. 65-79. 2018. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
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