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Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
AQUILES MIGUEL ALVES LIMA
ÉMILE GABRIELE DUARTE SANTOS
LARA DE CALDAS ITAPARY NICOLAU
NATHÁLIA RODRIGUES DA SILVA SANTOS
SAMUEL YRION DOS SANTOS COSTA
MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE
São Luís
2021
AQUILES MIGUEL ALVES LIMA
ÉMILE GABRIELE DUARTE SANTOS
LARA DE CALDAS ITAPARY NICOLAU
NATHÁLIA RODRIGUES DA SILVA SANTOS
SAMUEL YRION DOS SANTOS COSTA
MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE
Trabalho referente à disciplina de Formação de
Cidades ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Estadual do Maranhão, como
requisito para nota na disciplina referida.
Orientador: Prof.ª Dr.ª Thaís Trovão dos Santos
Zenkner
São Luís
2021
RESUMO
Em 1990, José Manuel Ressano Garcia Lamas escreve acerca da tese: como
desenhar a cidade e qual a intervenção e o papel da arquitetura no desenho urbano
e no processo de produção da cidade. Tal enunciado é apresentado na sua obra
“Morfologia Urbana e Desenho Da Cidade”, na qual o autor disserta sobre qual seria
a solução para a insatisfação dos arquitetos em relação à cidade e a urbanística
moderna. O arquiteto relata sobre a realidade de crise que a arquitetura portuguesa
sofre na década de 1990, e sobre como o desenho da cidade muitas vezes era
tratado como uma simples disposição de edifício funcionais. Visto isso, Lamas
defende que tanto a forma espacial contribui para diversos fatores da sociedade
quanto vice-versa, fazendo da arquitetura uma comunicação entre a cidade e sua
população. É introduzido, então, um objetivo fundamental da arquitetura: a forma do
espaço humanizado. Nos capítulos que seguem, elementos fundamentais da
arquitetura são apresentados e discutidos pelo autor. Juntamente com seu
conhecimento arquitetônico, suas colocações e argumentos são expostos em temas
como: as formas e elementos urbanísticos, as características e as articulações do
meio urbano, entre outros assuntos que questionam a arquitetura da época.
Palavras-chave: Morfologia Urbana; Desenho da Cidade, Traçado Urbano.
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 04
2 MORFOLOGIA URBANA....................................................................................... 04
2.1. Objetivo .............................................................................................................. 04
2.2. Metodologia ........................................................................................................ 04
3 FORMA URBANA .................................................................................................. 05
3.1. Objetivo .............................................................................................................. 05
3.2. Metodologia ........................................................................................................ 05
4 PRODUÇÃO E FORMA DA CIDADE E PRODUÇÃO E FORMA DO
TERRITÓRIO.......................................................................................................................
...... 06
5 DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA
URBANA ................................................................................................................... 08
6 ELEMENTOS MORFOLÓGICOS........................................................................... 08
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12
4
1. INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho possui o objetivo de relatar o a perspectiva e o estudo do arquiteto
José Manuel Ressano Garcia Lamas acerca do desenho urbanístico e da arquitetura, retratados
em seu livro "Morfologia Urbana e Desenho da Cidade" publicado primeiramente pela
Fundação Calouste Gulbenkian no ano de 1993. A obra de José Lamas surge de uma reflexão
sobre a prática urbanística na arquitetura portuguesa da década de 1990, na qual o mesmo usa
seu conhecimento e experiência para abordar aspectos imprescindíveis no estudo de
arquitetura.
Essa análise, feita a partir de pesquisa bibliográfica feita por discentes do Curso de
Arquitetura e Urbanismo da UEMA, é um interesse acadêmico em aprofundar-se nos temas
tratados pelo autor que são essenciais na formação de um profissional de arquitetura, tais
como a noção de forma urbana, a dualidade de estética e funcionalidade, assim como seus
elementos e aplicações. Permitindo assim, um maior acervo de conhecimento teórico sobre
noções gerais do processo de criação arquitetônica.
Ao decorrer desse trabalho, os fundamentos do por que e como fazer arquitetura são
relatados através dos tópicos de: Morfologia Urbana, Forma Urbana, Produção e Forma da
Cidade e do Território, Dimensões Espaciais Na Morfologia Urbana e Elementos
Morfológicos do Espaço Urbano. A divisão segue a mesma estrutura do livro então trabalho.
2. MORFOLOGIA URBANA
2.1. Objetivo
O estudo sobre a Morfologia Urbana tem como objetivo o entendimento das
características externas do meio urbano e a forma como elas se articulam. Além de, por meio
do seu conceito, entender como atuam os instrumentos de leitura desse organismo vivo, pois
por meio deles, entende-se a forma como a cidade é estruturada em seu aspecto físico. Assim,
proporcionando o entendimento a cerca do modo como a forma urbana é estudada,
esclarecendo aspectos funcionais e volumétricos do corpo social.
2.2. Metodologia
O estudo consiste em uma análise bibliográfica do livro Morfologia urbana e desenho
da cidade, do autor José M. Ressano Garcia Lamas, onde se discute inicialmente o contexto
de Morfologia urbana.
Com base nos conceitos apresentados na obra, a Morfologia é o estudo de uma
estrutura externa de um objeto, portanto ao aplicar essa definição nos meios urbanos ela
permanece a mesma, com enfoque no estudo do meio urbano.
5
Também é mencionada a maneira como essa análise é realizada por meio dos
instrumentos de leitura, que permitem organizar os aspectos analisados e interpretações de
acordo com o contexto de formação da cidade, que diz quais os mais relevantes.
Ainda no contexto do princípio das cidades, também é ressaltado outros fatores que
influenciam no estudo da metrópole, como a geografia, sociologia e economia. Ressaltando
sempre sua distinção com a forma urbana propriamente dita, que é o seu objeto de estudo, e
não o seu conceito, pois enquanto a morfologia divide o espaço em elementos menores e
percebe como eles interagem, a forma está relacionada com a arquitetura e a forma como ela
se articula.
O estudo feito permite ao leitor a compreensão do conceito de morfologia e como é
aplicada no contexto urbano. Além de apresentar como essa análise é feita, por meio dos
instrumentos de leitura, que são mais históricos e culturais que arquitetônicos e concretos,
pois esse tipo de leitura acontece ao estudar a forma urbana, o objeto de estudo da morfologia.
Conclui-se que, ao analisar a metrópole e estudar como ela é articulada é feito uma pesquisa
urbana e morfológica.
 
3. FORMA URBANA
3.1. Objetivo
O estudo bibliográfico do livro Morfologia urbana e desenho da cidade, do autor José
M. Ressano García Lamas, tem como objetivo em seu tópico “A forma urbana” conceitua-la,
expor os seus aspectos que vão além das características superficiais perceptíveis, conectar o
tema com períodos históricos distintos, como a Grécia Antiga e também retratar outras
maneiras de ler a forma urbana. Assim, o leitor será capaz de analisar o ambiente que vive
com mais propriedade, de maneira mais fragmentada e detalhada, proporcionando conclusões
mais específicas e complexas da forma urbana, além de perceber como o corpo social é
organizado em função da sua estrutura.
 
3.2. Metodologia
A forma é conceituada como a aparência ou configuração externa de um objeto, ao
aplica-la no contexto urbanístico, a forma urbana se conectadiretamente com a arquitetura e a
sua organização e articulação. Ainda nesse contexto, a forma pode ser entendida como
organizadora do espaço e a solucionadora de problemas postos pelo contexto, em razão disso,
está também relacionada com o desenho da cidade e seus volumes. Entretanto, a análise se
torna vaga caso seja restringida apenas a características visuais, portanto alguns aspectos são
utilizados como o quantitativo, de organização funcional, qualitativos e figurativos, que se
refere respectivamente a volumes e dimensões, atividades humanas e o uso da área,
comodidade do local e a comunicação estética.
Unindo os aspectos qualitativos e figurativos, é possível perceber uma distinção desses
conceitos no espaço, pois nem todo ambiente bonito esteticamente possui conforto. Para que
tópicos como esse sejam discutidos, é necessário que a forma seja fragmentada para que
algumas temáticas sejam aprofundadas, como a forma e a sua relação com o contexto, a
6
função e a estética. Partindo da sua relação com o contexto, a forma é diretamente
influenciada pela história do espaço, pois os elementos morfológicos podem ser os mesmos,
mas o fato de estarem inseridos em contextos distintos altera a sua forma e as suas
necessidades de adaptação. A forma e a função se relacionam de modo que a forma terá que
estar organizada de forma que a função possa ser realizada plenamente.
Ainda sobre esse tema, os três pilares da arquitetura: função, construção e arte
discutem o peso desses princípios na construção a partir do anti-funcionalismo e do
funcionalismo, que defendem, respectivamente, uma construção que se preocupe
prioritariamente com a estética, afim de emocionar e uma obra que se preocupe
prioritariamente com sua funcionalidade, pois tudo que cumpre sua função perfeitamente
tende a ser belo. Esse movimento funcionalista é muito característico do Movimento Moderno
que se opôs as Beaux-Arts.
A forma e a estética se comunicam por meio dos aspectos figurativos e das figuras que
transmitem mensagens por meio dos sentidos nas construções, enfatizando as diferenças entre
a arquitetura e a engenharia civil, pois é pela mensagem e pelos aspectos sensoriais que a
arquitetura se revela. Alguns desses sistemas sensoriais são de orientação, visual, tátil,
olfativo.
O sistema de orientação é a forma como o ser se localiza na cidade, seja pelo
cruzamento das ruas, monumentos ou bairros; o sistema visual é a observação da cidade como
um todo, o tátil está relacionado com as percepções sensoriais como o vento, calor e frio; o
sistema olfativo é considerado muito mais perceptível no Ocidente com o cheiro de
especiarias, a possível falta de saneamento, suor humano e comidas.
4. PRODUÇÃO E FORMA DA CIDADE E PRODUÇÃO E FORMA DO TERRITÓRIO
A expressão “território” designa a extensão de um espaço terrestre ocupado, dominado e
moldado a favor de um grupo humano. É oposto, por exemplo ao chamado “espaço natural”
que não têm influência direta ou modificação causada pelo Homem. Praticamente, o planeta
inteiro já sofreu alterações e modificações. Estas, por sua vez, são causadas pelo Ser Humano
sobre uma superfície física pré-existente.
Qualquer estrutura, seja ela urbana ou rural, decorre de uma ação humana sobre o meio
em que está inserido. Espaços considerados “naturais” em ambientes específicos, como
parques urbanos ou até mesmo na zona rural, podem ser, na verdade, espaços construídos com
intuitos diferentes do objetivo urbano, sempre levando em consideração a utilidade e a
estética do território.
A forma urbana não pode desconsiderar o seu suporte geográfico, sendo um elemento tão
importante quanto as estruturas erguidas. O substrato do espaço urbano pode influenciar
diretamente na forma de construção e no próprio traçado da cidade, podendo este ser resultado
indubitável da organicidade do ambiente.
Aldo Rossi refere-se ao sítio geográfico designando-o por locus. Entretanto o locus é, na
realidade, a relação intrínseca entre determinado local e a construção em si. Esse conceito
remonta a antiguidade clássica, onde o local escolhido para a fixação das cidades era muito
importante por razões religiosas, as quais acreditava-se que o local era protegido por um deus
próprio.
O território pré-existente configura importância inegável para o processo de criação
arquitetônica, podendo o território com suas características próprias gerar a própria
7
arquitetura. É comum associar qualquer preexistência contida no território às metodologias de
projeto arquitetônico pelo fato do sítio ser o suporte da Arquitetura, portanto o sítio
geográfico é um fator que determina imediatamente na Arquitetura que o ocupará. Dessa
forma, é entendível e inegável a impossibilidade de estudar a forma urbana sem a presença do
suporte geográfico, uma vez que a forma urbana é indissociável do mesmo.
Determinar os limites espaciais da cidade contemporânea é uma tarefa extremamente
difícil. Teoricamente a cidade é definida por ser um espaço geográfico que abriga um meio
social em um conjunto de construções cujos habitantes trabalham e vivem, em sua maioria, no
interior de tais construções.
A cidade antiga era pequena e muito facilmente definida, pois possuía limites visíveis
ligados a fatores como defesa, fiscalização e administração. Com a evolução do poderio
militar, da industrialização e das próprias técnicas construtivas a cidade percorre traçados
mais esparsos. A necessidade populacional de se obter espaços de lazer que emulassem o
“espaço natural” tornou necessário que a cidade englobasse áreas não exploradas, fazendo
com que estas se inserissem no contexto urbano mesmo sem nenhuma construção para tal.
A mobilidade se tornou para a cidade um elemento primordial com o advento dos meios
de transporte. A intervenção arquitetônica na cidade passou a compreender um campo de
atuação mais complexo, a concepção urbana transmutou-se da delimitação do ambiente da
cidade para o entendimento de todo o território como objeto arquitetônico. Dessa forma, a
Arquitetura deve pensar na concepção paisagística como conjunto total construído e por isso,
este alargamento das funções do profissional acarreta na delimitação de diversos níveis de sua
atuação.
É preciso considerar a morfologia urbana como parte da morfologia do território,
considerar a construção de toda paisagem humanizada como ação arquitetônica. Através do
tempo tanto a paisagem humanizada quanto a paisagem natural obtiveram qualidades
figurativas a partir de diversos fenômenos culturais, tais como: pelo valor simbólico de
determinados sítios; pela exaltação iconográfica causada pelas artes. Por conta de tais
processos a Paisagem, seja ela qual for, se tornou capaz de provocar emoção estética, que
através da admiração da paisagem se transformou em valor cultural que se equipara a
observação da arte.
A beleza da paisagem é patrimônio de todos, qualquer um tem o direito de existir em um
ambiente esteticamente agradável. O direito à estética na paisagem e na arquitetura é um dos
fundamentos principais da intervenção do Arquiteto. Um elemento importante é a construção
da imagem da paisagem por meio de jardinaria ou paisagismo, que remonta à antiguidade com
referências importantíssimas que penetram inteiramente na história da humanidade, como os
Jardins Suspensos da Babilônia até os Jardins de Versalhes. De certo modo a organização da
paisagem se dá pela própria Arquitetura, sem distinção do que se pode utilizar sendo qualquer
um, um elemento morfológico por integrar uma estrutura e delimitarem um espaço por meio
da forma.
Como a forma urbana compreende todo o território em que está inserida, esta pode ser
adaptada para a conceituação da forma do território. O território será então estudado pela
morfologia como todo lugar que há transformação humana, ou seja, todo lugar que há
intervenção arquitetônica.
Como o território permeia uma totalidade espacial maior que a das construções, elementos
morfológicos a mais são ligados a ele, como dimensões e escalas diferentes. Dessa forma, o
objeto do estudoarquitetônico alargou-se por meio das escalas e das dimensões e, portanto,
foi necessária a inserção de estudos complementares que tratassem desse novo elemento,
como o paisagismo por exemplo. Por isso é impossível desconsiderar a produção morfológica
8
do território quando se toca na produção da cidade e vice-versa. O conteúdo de ambas é o
mesmo, tal qual a metodologia de sua produção.
5. DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA URBANA
A dimensão e a escala estão sempre implícitas na forma urbana, a forma se aplica a
diversos conjuntos urbanos em escalas variadas. Não existe limite especifico para ruas,
bairros, uma cidade ou até para uma área metropolitana, mas estes aspectos estão sem dúvida
interligados à ideia de forma física no ambiente urbano.
O espaço construído pelo homem constitui valor tão fundamental para a sociedade que é
impossível compreende-lo sem levar em consideração seu aspecto global. Desta forma o
homem interage com o ambiente de forma contínua, e estas formas são constituídas por
elementos morfológicos diversos que interagem entre si. O que diferencia a compreensão e a
concepção da forma urbana da forma do território é justamente as diferenças de unidades de
leitura e concepção.
A rua é a menor unidade ou porção de espaço urbano, para sua apreensão quase não será
necessário o movimento ou basta o movimento em circuito fechado. A forma urbana da rua
está definida em diversos elementos morfológicos, como fachadas, mobiliário urbano,
pavimentos, cores, texturas, letreiros, árvores, monumentos isolados e etc.
A dimensão do bairro é a primeira escala em que há verdadeiramente área urbana.
Pressupõe-se que há uma estrutura asseada em ruas, quadras, praças ou formas de escalas
inferiores, corresponde as partes homogêneas e identificáveis da cidade. A esta dimensão, os
elementos morfológicos terão de ser identificados com as formas da escala inferior e a análise
da forma necessita do movimento e no traçado de percursos.
Na dimensão da cidade várias formas menores interligadas articulam a forma da escala em
si, a forma da cidade é definida, então, pela distribuição de seus elementos primários no
território, ou seja: a distribuição da malha viária, dos bairros, centros produtivos e etc. que
interagem com o suporte geográfico. As cidades podem assumir formas reconhecíveis por
todo o globo, entre elas cidades lineares, radiocentricas, em malha ortogonal ou radiais. Estes
tipos correspondem aos elementos operacionais do planejamento urbanístico a esta escala.
6. ELEMENTOS MORFOLÓGICOS
É preciso conhecer os elementos morfológicos para identificar quais as partes da
forma e o modo como se estruturam. Estes elementos são exigências funcionais e
construtivas, e o modo como são posicionados e estruturados dependem das intenções
estéticas, variando de época ou de autor, tendo a ver com a comunicação e com a organização
do espaço. Será tratado, portanto, nesse texto, os principais elementos, como o solo, os
edifícios, o lote, o quarteirão, a fachada, o logradouro, o traçado, a praça, o monumento, a
vegetação e o mobiliário urbano.
9
● O SOLO
A topografia do terreno, os revestimentos e pavimentos, os degraus e passeios
empedrados, os lances as faixas asfaltadas, vão definir o desenho e uma construção de um
edifício. Dessa forma, o solo, ou pavimento, é um elemento de grande importância, mas
também é de grande fragilidade pois acaba sendo sujeito a continuas mudanças, e por conta
disso deve ser bem estudado antes de começar se construir.
● OS EDIFÍCIOS
Os edifícios constituem o espaço urbano e organizam os diferentes espaços
identificáveis. Eles agrupam-se em diferentes tipos construtivos decorrentes da sua forma e
função, podendo estabelecer relações conflituosas ou amorosas com as formas urbanas.
● O LOTE
Lote é o início da fundamentação do edifício e sua forma vai depender da forma do
edifício e consequentemente da forma da cidade.
● O QUARTEIRÃO
O quarteirão é um conjunto de edifícios em um espaço delimitado pelo cruzamento de
três ou mais ruas e podendo ser dividido por lotes para construção de edifícios. os edifícios
feitos nos lotes serão partes.do quarteirões e poderão variar em altura, profundidade e em
programa. O quarteirão também pode organizar funções habitacionais, comerciais, de serviço
e trabalho, outras funções de práticas sociais e de utilização do espaço público.
● A FACHADA
É a fachada que faz o edifício se relacionar com o espaço urbano por meio de uma
comunicação visual, definindo seu tipo de edificação através da sua linguagem arquitetônica.
Existe uma concentração do esforço estético na fachada, que procura o aparato e a
representatividade da função da construção, o que acaba mudando a imagem a das cidades.
● O LOGADOURO
Logradouro é a área não construída de um lote, como as traseiras e o espaço privado
que se separa do público pelas edificações. A utilização desse elemento torna possível a
densificação, reconstrução e ocupação das malhas urbanas. É definido como complemento
residual, já tendo sido usado como horta, quintal, garagem, e até oficina.
● O TRAÇADO
O traçado ou a rua, regula a disposição dos edifícios e quarteirões e liga vários espaços
10
e partes da cidade. Ele se relaciona diretamente com a formação e o crescimento da cidade por
conta da importância da deslocação, do percurso e da mobilidade de bens, pessoas e ideias
durante o dia a dia.
● A PRAÇA
A praça é uma construção intencionalmente de encontro e se mantém como um espaço
coletivo de significação importante. Sua forma pode variar do quadrado ao triângulo, ou até
de outras geometrias irregulares. É um elemento morfológico com grande bagagem histórica,
mas é só a partir do renascimento que ela se define na estrutura urbana garantindo a sua
obrigatoriedade no desenho de uma cidade.
● O MONUMENTO
O monumento é uma obra de arquitetura ou escultura destinada a transmitir
recordação de um grande homem ou feito. Se torna importante por conta da sua presença, do
seu significado (podendo ser culturais, históricos ou estéticos) e do seu posicionamento na
cidade.
● A VEGETAÇÃO
A vegetação caracteriza a imagem de uma cidade, servindo para organizar, definir e
conter espaços. Sendo de grande importância na forma urbana, no controle do clima e na
qualificação do local.
● O MOBILIÁRIO URBANO
O mobiliário Urbano é constituído por elementos móveis que equipam a cidade, o
banco chafariz, o cesto de papel do correio, a sinalização etc. Também podem ser
considerados parte desse elemento os anúncios os, sinais, reclamos, luzes, iluminações e etc.
os mobiliários urbanos podem levar a um impacto na comunicação por conta do exagero de
elementos na imagem das cidades.
7. CONCLUSÃO
Após a leitura, observa-se que o estudo da morfologia urbana se dá através dos
conhecimentos sobre o território e cidade que se está analisando. A análise sobre a metrópole
só nos é possibilitada ao utilizarmos os instrumentos de leitura, que leva em conta não só
aspectos históricos, como também geológicos, sociológicos e econômicos para o
entendimento de todo o aspecto físico em que está inserido.
É importante salientar que a criação de uma cidade tem como objetivo não somente
11
abrigar a sociedade, mas tudo aquilo em que se está baseada a vida social, como a construção
de casas, escolas, hospitais etc. A estrutura da cidade visa o longo prazo, porém, enquanto a
sociedade muda, evolui, tais construções tendem a seguir o mesmo fluxo para poder atender
às necessidades da civilização atual e aos novos valores estéticos de cada era.
Porém, a morfologia urbana não está somente ligada à estética, que tem grande
importância para a compreensão de civilizações antigas e seus respectivos contextos
históricos; ela também está ligada ao território natural sobre a qual está inserida, como o solo,
vegetação etc. Assim, entende-se que a importância da arquitetura na formação de uma cidade
está em organizar o todo, englobando os espaços naturais aos modificados e usando-os a seu
favor, visando aspectos como estética, funcionalidadee conforto.
Dessa forma, nota-se que o estudo sobre a morfologia urbana ligada à arquitetura não
está posto sobre apenas uma pauta, mas sim sobre várias. E todas elas nos ajudam a conhecer
a cidade não só como um aglomerado social, mas também histórico, pois toda modificação
urbana é arquitetônica e ela sempre está ligada ao contexto histórico em que está inserida.
12
REFERÊNCIAS
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR14724-Informação e
documentação- trabalhos acadêmicos. 3. ed. 11 p. Rio de Janeiro : ABNT. 2011. ISBN
978-85-07-02680-8. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/LazinhaSantos/nbr-14724-2011-nova-norma-da-abnt-para-trabalhos-a
cadmicos-11337543>. Acesso em: 17 dez. 2015.
LAMAS, José Manuel Ressano Garcia; UNIVERSIDADE TÉCNICA DE
LISBOA. Morfologia urbana e desenho da cidade. 1993.
http://pt.slideshare.net/LazinhaSantos/nbr-14724-2011-nova-norma-da-abnt-para-trabalhos-acadmicos-11337543
http://pt.slideshare.net/LazinhaSantos/nbr-14724-2011-nova-norma-da-abnt-para-trabalhos-acadmicos-11337543

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