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Resumo TSP4 - Cognitivismo

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RESUMO TSP4 – COGNITIVISMO
por Leandro Mauerwerk
Cognitivismo 
“A psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação.’’
O estudo da Psicologia Cognitiva teve origem principalmente em duas abordagens da compreensão humana: a filosofia (que procura compreender a natureza geral de muitos aspectos do mundo) e da fisiologia (o estudo científico das funções vitais mantenedoras da matéria viva, principalmente
através de métodos empíricos – baseados na observação.)
Antecedentes do cognitivismo: Empirismo, Racionalismo e Construtivismo. 
Os próprios nomes já dizem sobre o que se trata. 
Empirismo (John Locke): Na filosofia o empirismo estuda a teoria do conhecimento por base das experiências como formadoras de ideias, no qual, ela discorda do método racionalista que diz que as ideias são inatas. Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico moderno, o qual defende que as teorias devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou fé. 
Locke argumentou que a mente seria, uma tabula rasa, quadro em branco. sobre a qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas ao nascer o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressões nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro. As bases do conhecimento estão nos objetos, em sua observação.
Racionalismo ou apriorista (René Descartes): O homem nasceria com certas ideias inatas, a quais iriam “aflorando” à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. 
Os indivíduos aprendem mais rapidamente novas informações e se revelam de modo eficaz através de todo conhecimento que foi adequado e armazenado das formas anteriores e empíricas. No qual, o método racionalista procura fazer com o que o seu modo da análise crítica se descubra processos mais ágeis, lógicos e dedutivos que levam às respostas necessárias minimizando a necessidade do experimentalismo prático. Pois o empirismo leva em conta a tentativa e erro, enquanto que o método lógico e a análise crítica. Visão chamada de cartesiana. 
A origem do conhecimento está no próprio sujeito, ou seja, sua bagagem cultural está geneticamente armazenada dentro dele.
Construtivismo: Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a
inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. Ele responde aos estímulos externos, como o físico, o social, relações sociais, agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
Isso se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio.
EPISTEMOLOGIA – JEAN PIAGET
Fundindo o Empirismo e Racionalismo em um só, temos as teorias de Piaget.
Para Piaget, o conhecimento, em qualquer nível, é gerado através de uma interação radical do sujeito com seu meio, a partir de estruturas previamente existentes no sujeito. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto de certas estruturas cognitivas inerentes ao próprio sujeito - S como de sua relação com o objeto - O, não priorizando ou prescindindo de nenhuma delas.
Piaget define três conceitos fundamentais para sua teoria:
- interação
- assimilação
- acomodação
O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio: A organização interna e a adaptação ao meio. A parte da adaptação ocorre através da assimilação e acomodação. (os esquemas de assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento.)
O processo de desenvolvimento é influenciado pelos fatores de: maturação, exercitação, aprendizagem social e equilibração.
Construtivismo na adaptação
A adaptação (com seus subdivididos assimilação e acomodação) é o próprio construtivismo. Ele procura explicar o desenvolvimento do pensamento como um processo contínuo de adaptação do organismo ao meio, marcado por várias fases: cada uma delas representa um estágio de equilíbrio, cada vez mais estável, entre o organismo e o meio, onde ocorrem determinados mecanismos de interação, como a assimilação e a acomodação.
Assimilação e acomodação
Por assimilação (ela é aquela mais calma, porém mais dificultoso e também seguro) entende-se as ações que o indivíduo irá tomar para poder internalizar o objeto, interpretando-o de forma a poder encaixá-lo nas suas estruturas cognitivas. A acomodação (não tem paciência, porém mais drástica/prática) é o momento em que o sujeito altera suas estruturas cognitivas para melhor compreender o objeto que o perturba.
 Acomodação: Da mente à experiência 
 
 Assimilação: Da experiência à mente 
 Equilibração: Adaptação cada vez mais estáveis 
ESTÁGIOS PIAGET
Estágio sensório- motor: Mais ou menos de 0 a 2 anos a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para o outro. Lentamente vai reconhecendo os objetos.
Estágio pré-operatório: Mais ou menos de 2 a 6 anos a criança desenvolve a capacidade simbólica. Durante este período a criança desenvolve a inteligência representativa, ela desenvolve a capacidade de representar qualquer coisa por meio de outra coisa. Este período caracteriza-se: pelo egocentrismo: isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pré-operacional é estático e rígido, a criança capta estados momentâneos, sem juntá-los em um todo; pelo desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações; pela irreversibilidade: a criança parece incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, isto é, que se fizermos certas transformações, somos capazes de restaurá-las, fazendo voltar ao estágio original, como por exemplo, a água que se transforma em gelo e aquecendo-se volta à forma original.
Estágio das operações concretas (operatório concreto): Mais ou menos dos 7 aos 11 anos a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados. Os objetos já se tornam representados. É nesta fase que nasce o verdadeiro raciocínio na criança, graças à aquisição de uma nova possibilidade: a criança não se fixa apenas àquilo que percebe, mas mostra-se capaz de efetuar operações mentais reversíveis, ou seja, de reviver um processo não apenas na ordem em que ocorreu, mas também na sua ordem inversa. Apesar destes avanços ela ainda têm a necessidade de recorrer à concretização dos seus pensamentos.
Estágio das operações formais (operatório formal): Mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. A criança se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. Com o pensamento formal é capaz de extrair conclusões de puras hipóteses e não apenas de observações do mundo exterior. Por volta do 15/16 anos é capaz de formular teorias sobre qualquer assunto e é influenciada pela linguagem formal.
EBBINGHAUS - Hermann Ebbinghaus foi um psicólogo alemão que elaborou métodos próprios de estudo da memória humana. Ele escolheu propositalmente sílabas sem sentido – em vez de material com sentido – para que os estímulos não tivessem associações prévias com a experiência anterior. Concluiu que o material sem sentido ou desprovido deassociações apresenta uma dificuldade nove vezes maior do que o material significativo. Ele testou em si mesmo os seus próprios métodos. 
 
ESTUDO DO EBBINGHAUS: Uma das contribuições mais conhecidas de Ebbinghaus é a curva de esquecimento, onde ele demonstrou que a maior parte do esquecimento se produz nos primeiros momentos logo após a aprendizagem. Seus estudos, inicialmente, utilizaram sílabas sem sentido para a construção da curva de esquecimento; posteriormente, essa curva passou a ser utilizada com
todas as classes de materiais e com intervalos de retenção que vão desde de poucos minutos até 50 anos.
TOLWAN: concebeu o comportamentalismo intencional para dar forma empírica aos processos não observáveis que dirigem o comportamento de um organismo para algum alvo. Ele rejeitava vigorosamente a introspecção e não tinha interesse em nenhuma suposta experiência interna do organismo não acessível à observação objetiva. Seu foco era o comportamento enquanto as ações de resposta total do organismo inteiro.
Tolwan sugeria que as causas iniciadoras do comportamento consistem em cinco variáveis independentes: os estímulos ambientais, os impulsos fisiológicos, a hereditariedade, o treinamento prévio e a idade. (E-O-R – Estímulo, Organismo, Resposta)
Tolwan propôs originalmente dois tipos de variáveis intervenientes:
 variáveis de demanda – são essencialmente motivos: sexo, fome e segurança.
 variáveis cognitivas – são capacidades como aptidões motoras e percepção de objetos.
Mais tarde Tolwan revisou o conceito e propôs três categorias:
 sistemas de necessidades – a privação ou impulso fisiológico num dado momento;
 motivos de crença-valor – a intensidade da preferência por determinados objetos-alvo e a força relativa desses objetos na satisfação de necessidades;
 espaços de comportamento – a situação em que ocorre o comportamento do organismo. No espaço do comportamento, alguns objetos atraem o indivíduo (têm uma valência positiva), enquanto outros o repelem (têm uma valência negativa).
Experimento 1: mapa cognitivo - modo que o animal aprende, e não por um conjunto de hábitos motores. (rato no labirinto atrás do alimento, com expectativas com indícios associados.)
Experimento 2: aprendizagem latente - que não pode ser observada enquanto está
ocorrendo. (rato perambula pelo labirinto e nada acontece, sem reforço da comida.)
GESTALT
Alguns psicólogos vêem a Psicologia da Gestalt como uma influência sobre o movimento cognitivo.
A psicologia da Gestalt ajudou a manter vivo um interesse periférico pela consciência nos anos de domínio do comportamentalismo.
O movimento da Psicologia de Gestalt surgiu em uma pesquisa feita por Wertheimer, em um trem na ideia de uma experiência sobre a visão de um movimento onde na realidade não tinha movimento nenhum, e isso era apenas uma percepção do movimento aparente (impressão do movimento.) Para Gestalt, a percepção é uma totalidade e não pode ser explicada em termos de uma reunião de elementos sensoriais nem como a mera soma das partes.
Exemplo: fenômeno da constância perceptiva – a maneira como a percepção de uma pessoa se ajusta de modo a ver o mundo como constante, apesar das mudanças na estimulação produzidas nos órgãos sensoriais. As pessoas são vistas cometendo o mesmo tamanho por mais longe que elas se encontrem.
LEWIN
O trabalho de Lewin centrava-se nas necessidades e na personalidade e se ocupava das influências sociais sobre o comportamento.
Teoria de Campo - considerava que as atividades psicológicas da pessoa ocorrem numa espécie de campo psicológico, que ele denominou espaço vital. O campo total compreende todos os eventos passados, presentes e futuros que possam influenciar uma pessoa. Do ponto de vista psicológico, cada um desses eventos pode determinar o comportamento numa dada situação. 
A teoria do campo psicológico, afirma que as variações individuais do comportamento humano com relação à norma são condicionadas pela tensão entre as percepções que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se insere. O espaço vital veio para consistir na interação das necessidades do indivíduo com o ambiente psicológico.
Lewin postulou um estado de equilíbrio entre a pessoa e seu ambiente.
Quando esse equilíbrio é perturbado, surge uma tensão que leva a algum movimento, numa tentativa de restaurar o equilíbrio. Ele acreditava que o comportamento humano envolve o contínuo aparecimento de tensão-locomoção-alívio. Sempre que uma necessidade é sentida, existe um estado de tensão, e o organismo tenta descarregá-la agindo de modo a restaurar o equilíbrio.
	O indivíduo e seu ambiente formam um campo psicológico; o grupo e seu ambiente compõem o campo social;
BARTLETT
Abordou a memória num enfoque mais cognitivo e menos comportamental, estudando-a em ambientes mais naturais, e assim descobriu que ela é bastante frágil e suscetível a distorções; e sua evocação raramente é exata. A evocação (relembrar) é essencialmente um processo criativo de reconstrução, portanto, não é simplesmente uma reprodução automática de informação armazenada passivamente à espera de ser estimulada de novo.
Em seus experimentos, Bartlett empregava materiais significativos, como histórias longas (em contraposição às sílabas sem sentido de Ebbinghaus). Examinava também como as experiências passadas das pessoas influenciavam em sua evocação posterior do material. Ele propôs que a memória humana é um processo construtivo no qual interpretamos e transformamos o material original.
GESTALT
Principais pesquisadores de Gestalt em relação a percepção humana: Kurt Koffka, Wolfgang Kohler e Max Wertheimer. 
Princípio fundamental de Gestalt: O todo é mais do que a soma das partes. Isto equivale a dizer que "A + B" não é simplesmente "(A+B)", mas um terceiro elemento "C" com características próprias.
Leis Gestaltistas da Organização
Essas leis expressam o comportamento natural do cérebro no processo de percepção:
Semelhança ou similaridade: Objetos similares tendem a se agrupar, seja pela cor, textura e sensação de massa dos elementos.
Proximidade: Os elementos se agrupam de acordo com a distância entre eles. Elementos próximos
tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.
Continuidade: Relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento das formas. Os elementos
harmônicos produzem um conjunto harmônico.
Pregnância (sinônimo de clareza): Todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. Quanto mais simples, mais fácil a assimilação. A parte melhor compreendida em um desenho é a mais regular, que requer menos simplificação.
Clausura ou fechamento: A boa forma se completa, forma uma figura delimitada, um fechamento visual.
Experiência Passada:
Há formas que só podem ser compreendidas se já as conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Esse processo também favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos a forma inteira na memória.
O SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS COGNITIVAS:
Definição: As Ciências Cognitivas se referem a um conjunto de trabalhos interdisciplinares que buscam compreender a mente e sua relação com o cérebro humano. Participam ativamente desse estudo: as neurociências,a psicologia, a linguística, a filosofia e a inteligência artificial.
Objeto de estudo: As ciências cognitivas pesquisam duas classes de problemas: O estudo dos processos de tratamento de informação (através da percepção, transformação, armazenamento, recuperação e utilização) e o estudo das formas como se sistematizam as representações dessas atividades.
As Ciências Cognitivas não desconsideram a relevância dos fatores emocionais, que são próprios de cada ser humano. Procuram explicar os processos que podem ser generalizados, considerados equivalentes na maioria das pessoas, os processos globais.
A psicologia contribui na pesquisa de atividades mentais como a percepção seletiva, e de cada etapa poronde passam as informações, como (ETARU): a elaboração (ideia), a transformação (aprimoramento da ideia), o armazenamento (aprendizagem), a recuperação (memória), e a utilização dessa informação. 
A linguística é entendida como parte de todas as ciências cognitivas, não sendo exclusiva a nenhuma delas, mas sendo o que fundamenta a inter-relação e a interligação entre elas.
A inteligência artificial esta reagrupou em cinco classes as representações do conhecimento. São elas: a lógica, as redes semânticas, as representações procedurais, os frames e os sistemas de regras de produção.
Claude E. Shannon é conhecido como o pai da teoria da informação que considerou a comunicação como um problema matemático rigorosamente embasado na estatística e deu aos engenheiros da comunicação um modo de determinar a capacidade de um canal de comunicação em termos de ocorrência de bits.
A teoria da informação não se preocupa com a semântica dos dados, mas pode envolver aspectos
relacionados com a perda da informação na compressão e na transmissão de mensagens com ruído no canal.
A Teoria do Processamento das Informações: Esta teoria propõe que os seres humanos possuem um arcabouço inato que permite que a informação extraída do meio ambiente seja processada internamente para a resolução de problemas. Esta informação é internalizada na forma de representações mentais. Esta visão dos processos mentais tem influenciado as teorias cognitivas mais recentes.
Psicologia e ciência cognitiva: Os psicólogos cognitivistas do processamento da informação geralmente analisam a maneira como as pessoas solucionam difíceis tarefas mentais e constroem modelos para essas explicações. Esses modelos podem tomar a forma de programas de computador, de gráficos ou de outras esquematizações do fluxo de processamento cognitivo no desenrolar das tarefas. O objetivo é sempre o de compreender as capacidades, os processos, estratégias e representações mentais básicos subjacentes ao comportamento inteligente apresentado pelas pessoas no desempenho de tarefas.
Cibernética: A cibernética busca compreender a comunicação e o controle de máquinas, seres vivos e grupos sociais através de analogias com as máquinas cibernéticas (homeostatos, servomecanismos, etc.)
A teoria de Noam Chomsky é vista como um divisor de águas dentro da linguística. Em 1957 ela se contrapões ao estruturalismo linguístico da época e cria uma nova base para o estudo da linguagem. Acrescenta que a linguagem é “a verdadeira distinção entre o homem e o animal” e está ligada de forma crucial em todos os aspectos da vida, pensamento e interação humana. Também salienta que temos biologicamente uma matriz inata que fornece uma estrutura na qual a língua se desenvolve, é a chamada gramática universal, uma tese inatista de que a capacidade de linguagem já nasce com o indivíduo e que este mesmo indivíduo consegue compreender a sintaxe da língua materna nos primeiros anos de vida sendo um “adulto” do ponto de vista linguístico já aos 6 anos.
Neurociência
Desde do primeiro momento, os homens começaram a questionar acerca da natureza e do funcionamento do seu próprio cérebro.
Para Hipócrates e depois Galeno, o cérebro é considerado o órgão das sensações e da inteligência.
Conceito da neurociências: Disciplina biológicas que estudam o sistema nervoso, normal e patológico, especialmente a anatomia e a fisiologia do cérebro buscando as inter-relações com a teoria da informação, a linguística, e outras disciplinas que explicam o comportamento, o processo de aprendizagem e cognição humana bem como os mecanismos de regulação orgânica.
Observação: Pode ser considerada uma prática interdisciplinar, que reúne o estudo da neurobiologia, neurofisiologia, neuropsicologia, neuropsicofarmacologia, estendendo-se essa explicação à distintas especialidades médicas.
Existem pelo menos 5 maneiras de estudar a relação entre sistema nervoso e comportamento e/ou sua fisiologia:
1. O espectro animal – diversidade de modelos que a natureza oferece e os padrões reconhecíveis de
comportamento e de estrutura anatômica e bioquímica.
2. As diversas patologias e lesões anatômicas e suas consequências funcionais. Para deficiência mental, por exemplo, já se conhece pelo menos 200 causas.
3. Os estágios do desenvolvimento humano/animal e envelhecimento. Existem estágios previsíveis de modificação anatômico-funcional e comportamental nas diversas fases do desenvolvimento humano.
4. Efeito de drogas em diferentes sítios anatômicos, Existe certo consenso quanto a 3 formas básicas de efeito farmacológico de drogas no sistema nervoso. As substâncias psicoativas podem ser
classificadas como lépticas (estimulantes); analépticas (depressoras) e dislépticas (modificadoras).
5. Estudo da mente (psique) e/ou comportamento - Para um grande conjunto de alterações comportamentais estudadas pela psicopatologia e criminologia ainda não existe consenso sobre suas
causas biológicas e psicossociais. O mesmo pode ser dito para alterações psiconeuroendócrino
fisiológicas da experiência religiosa ou êxtase religioso e estados alterados de consciência induzidos
por técnicas como meditação e yoga.
Neuropsicologia 
Estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano, constituindo uma interface da psicologia e da neurologia. Assim, investiga principalmente o modo com quem diferentes lesões provocam déficits em diferentes áreas da cognição humana.
Também pesquisa as funções mentais superiores – especialmente a linguagem e a atividade lógica racional – deixando áreas como agressividade e a sexualidade para abordagens que proporcionam uma maior integração da fisiologia e biologia (neurobiologia, neurofisiologia, psicofisiologia, psicobiologia), ou seja, as neurociências.
Entre as principais contribuições desse ramo do conhecimento estão os resultados de pesquisas científicas para elaborar intervenções em casos de lesão cerebral quando se verifica o comprometimento da cognição e de alguns aspectos do comportamento. (Psicologia Clínica)
TEORIA DOS CONSTRUCTOS PESSOAIS DE GEORGE KELLY 
Acreditava que o homem comum pensava como um cientista, um investigador.
Visão geral da teoria:
• Ênfase nos pensamentos individuais ou “constructos” (é percepção ou pensamento formado a partir da combinação de lembranças com acontecimentos atuais).
• Foco idiográfico ( O que se refere a aspectos específicos, individuais).
• Muito similiar às teorias humanistas apesar de não ter foco em motivação
• As diferenças individuais são devidas aos diferentes pensamentos ou constructos.
• Os comportamentos e as emoções são derivados desses constructos.
Não há uma relação com conceitos familiares nossos – como inconsciente, ego, necessidades, impulsos, estímulos e respostas e reforço – nem mesmo motivação e emoção.
Para Kelly, cada pessoa cria um conjunto de constructos cognitivos sobre o ambiente: Interpretamos e organizamos os eventos e as relações sociais de nossa vida num sistema ou padrão. Com base nesse padrão, fazemos previsões sobre nós mesmos, sobre outras pessoas e eventos e as usamos para formular nossas respostas e orientar nossas ações.
Logo entendemos que para compreender a personalidade é preciso compreender os padrões, as formas como organizamos e construímos nosso mundo. Nossa interpretação dos eventos é mais importante do que os eventos propriamente dito.
Kelly observou que os psicólogos não atribuíam às pessoas que eles avaliavam a mesma capacidade
intelectual e racional que atribuíam a si mesmos: é como se eles tivessem duas teorias sobre a natureza humana: uma que se aplica aos cientistas e à sua maneira de ver o mundo e uma outra que se aplica a todas as outras pessoas.
A suposição lógica é que os psicólogos consideram as pessoas que avaliam como incapazes de funcionar racionalmente, como sendo motivadas por todo o tipo de impulsos conflitantes ou como vítimas de violentas forças inconsciente. Assim, os seres humanos – não os psicólogos – atuam num nível emocional e mal utilizam os seus processos cognitivos para aprender a pensar,avaliar, experiências ou solucionar problemas.
Kelly entende que os psicólogos não são diferentes das pessoas que estudam, mas o que funciona para um funciona para o outro. Kelly entende que como os cientistas, todos nós formulamos teorias, as quais denominou constructos pessoais, por meio dos quais tentamos prever e controlar os eventos em nossa vida.
Observação: O meio mais seguro de entender a personalidade de alguém é analisar seus constructos pessoais.
KELLY E O MOVIMENTO COGNITIVO NA PSICOLOGIA
O movimento cognitivo contemporâneo não adotou o trabalho de Kelly, pois a sua teoria não é consistente com seus métodos e o objeto de estudo.
A abordagem de Kelly é a de um clínico que trabalha com constructos conscientes por meio dos quais as pessoas organizam a sua vida. Em contraposição, os psicólogos cognitivos estão interessados tanto na variável cognitivas do comportamento manifesto, estudados basicamente num ambiente experimental, e não clínico.
Observação: Os psicólogos cognitivos não limitam o seu foco à personalidade, eles estudam o comportamento observável e a aprendizagem em situações sociais. Acreditam que processos cognitivos como a aprendizagem influenciam a resposta de uma pessoa a uma dada situação de estímulo.
A RELEVÂNCIA DA TEORIA
A incorporação da cognição às teorias da aprendizagem levou ao desenvolvimento das teorias cognitivo-sociais da personalidade, que enfatizam como as crenças, expectativas e interpretações pessoais das situações sociais moldam o comportamento e a personalidade. Albert Bandura (1977) postula que os seres humanos possuem capacidades mentais que interagem com o ambiente para influenciar o comportamento. Para Bandura, as crianças, por exemplo, aprendem por modelar um comportamento observado, então, ao ver um filme violento, uma criança tende a um comportamento violento, por imitação.
No desenvolvimento da abordagem cognitiva da personalidade, uma visão precursora da abordagem cognitiva da personalidade foi apresentada na teoria de Kurt Lewin. A sua teoria tem como base de que cada pessoa tem modos diferentes de organizar as representações mentais dos elementos que considera importantes para a sua vida dentro de seu “espaço vital”.
Teoria dos Constructos Pessoais de George Kelly postula que as pessoas têm percepções diferentes de uma mesma experiência. Ela foi desenvolvida principalmente a partir do contato com clientes na terapia. A primeira consideração da teoria do constructo pessoal é a pessoa individual, ao invés de alguma parte daquela pessoa. O clínico baseado nesta teoria não pode fragmentar o cliente e reduzir o seu problema a uma questão única. Ao invés disso, o clínico deve enxergar o cliente dentro de diversas perspectivas ao mesmo tempo.
Observação: As diferenças de personalidade são devidas ao modo com que as pessoas processam as informações e interpretam os eventos. Já a teoria de Kelly, interpreta o comportamento em termos cognitivos, ou seja, ela enfatiza a maneira de como percebemos os eventos, a maneira de como interpretamos esses eventos em relação às estruturas existentes, e a maneira como nos comportamos em relação a essas interpretações.
Para Kelly, a personalidade de um indivíduo é formada pelo seu sistema de constructos. Assim, os
constructos que uma pessoa usa, portanto, definem o seu mundo. Um constructo é uma forma de perceber ou interpretar eventos.
O sistema de constructos pessoais de um indivíduo é formado pelos constructos – ou pelas maneiras de interpretar os eventos – e as relações entre esses constructos.
Principais características da teoria dos constructos: Enfatiza a maneira como os indivíduos interpretam o mundo; Considera que a pessoa é um agente ativo em seu envolvimento com o mundo; Enfatiza coisas que as pessoas podem fazer para mudar a maneira como pensam; Kelly rejeitava o termo cognitivo porque sentia que ele era restritivo e sugeria uma divisão artificial entre a cognição (pensamento) e afeto (emoção); A teoria de Kelly é construtivista, ou seja, ela enfatiza a construção do mundo pelo indivíduo; Enfatiza a maneira de como o indivíduo atribui significado aos eventos e nos esforços da pessoa para prever eventos, a teoria do constructo pessoal claramente enfatiza os processos cognitivos.; Somos essencialmente orientados para o futuro. Temos a capacidade de “representar” o ambiente, ao invés de simplesmente responder a ele; os indivíduos podem interpretar e reinterpretar, construir e reconstruir os seus ambientes; a vida é uma representação, ou construção da realidade, e isso nos permite criar e recriar a nós mesmos; Algumas pessoas são capazes de ver a vida de muitas formas diferentes, enquanto outras prendem-se rigidamente a uma interpretação definida. Entretanto, as pessoas somente conseguem perceber os eventos dentro dos limites das categorias (constructos) que estão disponíveis para elas; Segundo
Kelly, somos livres para interpretar os eventos, mas estamos presos a nossas construções;

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