Buscar

trabalho Thayke reformulado

Prévia do material em texto

Exercício Físico e Psicologia 
Exercício Físico e Psicologia e seus benefícios na depressão e na qualidade de vida!
Segundo as estimativas, utilizando a metodologia da Carga Global da Doença, proposta pela Organização Mundial de Saúde, para o ano de 2020, a doença isquêmica do coração e a depressão serão as duas maiores causas não só de mortalidade, mas de incapacidade sobre a população em geral.
 
A depressão é caracterizada por tristeza, baixa da autoestima, pessimismo, pensamentos negativos recorrentes, desesperança e desespero. Seus sintomas são, fadiga, irritabilidade, retraimento e ideação suicida.
 
O humor depressivo pode aparecer como uma resposta a situações reais, por meio de uma reação vivencial depressiva, quando diante de fatos desagradáveis, aborrecedores, frustrações e perdas. Trata-se, neste caso, de uma resposta a conflitos íntimos e determinados por fatores vivenciais. 
As pesquisas demonstram que na prática de exercícios regulares, além dos benefícios fisiológicos, acarreta benefícios psicológicos, tais como: melhor sensação de bem estar, humor e autoestima, assim como, redução da ansiedade, tensão e depressão.
Muitos estudos apontam o fato de pessoas fisicamente ativas, em qualquer idade, apresentarem uma melhor saúde mental do que sedentários.
 
Entre as hipóteses que tentam explicar a ação dos exercícios sobre a ansiedade e depressão, uma das mais aceita é a hipótese das Endorfinas.
 
A teoria da endorfina sugere que a atividade física desencadearia uma secreção de endorfinas capaz de provocar um estado de euforia natural, por isso, aliviando os sintomas da depressão.
Alguns pesquisadores acreditam que o exercício físico regularia a neurotransmissão da noradrenalina e da serotonina, igualmente aliviando os sintomas da depressão.
 Outra hipótese seria a cognitiva. De natureza eminentemente psicológica, a hipótese cognitiva se fundamenta na melhoria da autoestima mediante a prática do exercício, sustentando que os exercícios em longos prazos ou os exercícios intensivos melhorariam a imagem de si mesmo e, consequentemente, a autoestima.
A condição física se encontra positivamente ligada à saúde mental e ao bem estar.
As depressões dos tipos moderada-grave ou grave e severa podem exigir um tratamento profissional que pode incluir a prescrição de medicamentos ou a psicoterapia, nesses casos a atividade física serviria de complemento.
No plano clínico, é opinião atual que a atividade física produz efeitos emotivos benéficos em quaisquer idades e sexos; as pessoas com um bom estado físico que necessitam de medicamento psicotrópico podem praticar com total segurança uma atividade física sob vigilância médica.
 
O tratamento padrão para depressão – psicoterapia e prescrição medicamentosa – é extremamente efetivo, porém a prática de atividade física é uma terapia adjuvante altamente benéfica.
A prática de exercício físico combate e previne a depressão. O exercício físico constante e moderado tem efeitos benéficos na saúde em geral e, ao nível psicológico, pode reduzir a ansiedade, melhorar a autoestima e autoconfiança, melhorar a cognição e diminuir o stress.
O exercício físico liberta no cérebro substâncias como as endorfinas, que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade; são neuromediadores ligados à génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente liberador de endorfinas.
O exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente, e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer.
 O exercício físico é altamente eficaz, e quando é moderado e regular, descontrai o corpo e ativa o sistema imunológico.
 A liberação de endorfinas, somada à melhoria na autoestima proveniente da sensação de estar fazendo algo em benefício da própria saúde, provoca um estado de plenitude ao praticante regular de atividade física, e traz benefícios a todos os níveis.
O exercício é muito eficaz para combater o stress por ter um efeito relaxante, por favorecer uma descontração mental e ajudar a pessoa a afastar-se temporariamente dos problemas e da tensão.
As atividades podem reduzir a ansiedade e a tensão. Uma caminhada rápida durante 20 a 30 minutos, três a cinco vezes por semana, pode ser uma grande ajuda para gerir melhor o stress. 
Contudo, é necessário que o ritmo de exercício seja adequado, pois um programa de exercício muito rígido e exigente pode deixar a pessoa ainda mais estressada.
O exercício físico moderado produz um efeito benéfico sobre o organismo. A prática regular traz resultados positivos aos distúrbios de sono, além de melhorar os aspetos cognitivos, como a memória e a aprendizagem.
O exercício físico sistematizado pode proporcionar uma melhor qualidade de vida. O segredo está numa atividade que seja agradável para quem a pratica, optando por uma modalidade na qual a pessoa se sinta bem e que realmente goste, para evitar a frustração.
É essencial transformar o treino diário num ato de prazer e aproveitar ao máximo o bem-estar que a prática do desporto proporciona, tentando conciliar o lado físico (melhoria da performance), ao estético (ter um corpo modelado…), sem esquecer que o emocional precisa de estar bem e sentir que está a praticar uma atividade adequada.
Para a OMS, a definição de qualidade de vida é a “a percepção que um indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
 Trata-se de uma definição que contempla a influência da saúde física e psicológica, nível de independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com características inerentes ao respetivo meio na avaliação subjetiva da qualidade de vida individual.
 
Neste sentido, poderemos afirmar que a qualidade de vida é definida como a “satisfação do indivíduo no que diz respeito à sua vida quotidiana”.
Um estudo desenvolvido por Thorsen et al (2005) analisou a associação de atividade física com a prevalência de depressão, ansiedade, stress e outras desordens mentais.
 
Os autores identificaram que dos 20.207 homens investigados, 14 % foram considerados ativos, sendo que estes tiveram menos eventos de depressão, ansiedade e stress em comparação aos inativos.
Pode – se perceber que o exercício físico pode trazer benefícios semelhantes aos provocados pelos fármacos para o tratamento da depressão, ou de outros transtornos mentais.
Em outra pesquisa somente com homens, verificando a influencia da atividade física no lazer e no trabalho, no combate ao estres e fatores associados (Willes et al, 2007), encontrou que aqueles homens que foram mais ativos no trabalho apresentaram menos reduções em problemas oriundos do estres do que aqueles ativos no lazer.
 
Ao que parece, atividades físicas no lazer têm uma ação mais precisa no bem estar das pessoas.
Nahas (2006) comenta em base nas evidencias que, as atividades físicas leves ou moderadas, podem representar uma forma de promover um maior relaxamento corporal. Uma simples caminhada de 15 minutos que eleve a freqüência cardíaca a 100 ou 120 batimentos por minuto, funciona como tranqüilizante natural ao organismo.
Tendo em vista os benefícios que a atividade física provoca ao organismo no combate ou no tratamento de estresse, muitos pesquisadores se perguntam por que do exercício físico auxilia neste combate. Heyward (2004), cita 4 possíveis respostas: 
1 – O exercício é uma diversão que capacita a pessoa a relaxar devidoà mudança no ambiente ou na rotina
 2 – O exercício serve com descarga para dissipar emoções com raiva, medo e frustração
 3 – O exercício eleva nossa auto estima e aumenta a confiança em nossa capacidade de lidar com situações que produzem estresse
 4 – O exercício produz mudanças bioquímicas que alteram o estado psicológico.
Outros benefícios da atividade física 
 Melhora a autoestima
Um dos principais benefícios psicológicos da atividade física é melhorar a autoestima.
Pacientes com depressão, transtorno borderdeline, ansiedade, transtornos de imagem podem ter o tratamento favorecido com a prática de atividades físicas.
 Reduz o estresse
A atenção requerida e desviada para o controle do corpo, faz que com preocupações muitas vezes provocadas por ansiedade ou transtornos sociais sejam reduzidas a medida que se realiza práticas físicas.
Bloqueia pensamentos paralisantes, e reconduz a energia de atitudes violentas e conduzir uma atuação mais equilibrada.
 Protege o sistema cognitivo, prevenindo doenças degenerativas
Ao estimular a oxigenação do cérebro, as neurotransmissões são favorecidas. Também estimula a memória e afasta pensamentos ruins. Com isso o organismo reduz a produção de cortisol que é descarregado no sangue.
Também proporciona a melhora o sistema cognitivo, reduz o envelhecimento precoce das células e promove a longevidade.
Reforça o sistema imunológico, severamente 
 prejudicado por doenças mentais
O sistema imunológico costuma ser severamente prejudicado por transtornos psicológicos, facilitando doenças ocasionais, como resfriados, dores de cabeça e problemas do trato intestinal.
Ao praticar exercícios, os hormônios da felicidade — serotonina, endorfina e dopamina — se encarregam de reforçar nossos sistemas de defesa. Esses hormônios são produzidos em maiores quantidades pelo corpo graças as atividades físicas.
 
Aumenta a disposição, garantindo mais produtividade
O cansaço e a falta de motivação afeta pessoas que sofrem com diversos transtornos psicológicos. Obviamente a prática esportiva fará com o corpo passe a receber hormônios que garantem nossa disposição e bem-estar.
Também favorece a qualidade do sono, e após uma noite bem dormida a chance de ter um dia com mais qualidade é muito maior.
A pratica de atividade física dá suporte emocional proporcionando condições para lidar com as cobranças e expectativas, competitividade, derrotas, vitórias, e as consequências. 
Revista do Departamento de Psicologia. UFF Rev. Dep. Psicol.,UFF vol.19 no.1 Niteroi  2007
ASSUMPÇÃO, L. O. T., DE MORAIS, P. P. e FONTOURA, H. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida: Notas introdutórias. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires ano 8 nº 52, 2002. 
CARVALHO, R. B. C. Perfil de aptidão física relacionada à saúde de pessoas a partir de 50 anos praticantes de atividades físicas, 2003. 197. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas - SP: 2003. 
DAVID et. al.. Incidência da síndrome pré-menstrual na prática de esportes. Revista Brasileira Medicina Esporte, v.15, n. 5, p. 330-333, Set/Out, 2009. 
FECHIO, J. J. & BRANDÃO, M.RF. A influência da atividade física nos estados de humor. in: revista da associação dos professores de educação física de londrina. V. 12, n.2, 1997.

Continue navegando