Poder de Policia

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PODER DE POLÍCIA 
 
O TEMA PODER DE POLÍCIA COLOCA EM CONFRONTO DOIS ASPECTOS: 
DE UM LADO O CIDADÃO, QUERENDO EXERCER PLENAMENTE SEUS 
DIREITOS; DE OUTRO, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, QUE TEM POR 
INCUMBÊNCIA CONDICIONAR O EXERCÍCIO DAQUELES DIREITOS AO 
BEM-ESTAR COLETIVO, USANDO, PARA ATINGIR ESSE FIM, O PODER DE 
POLÍCIA. 
 
CONCEITO 
 
NA CONCEPÇÃO DE MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: 
“PODER DE POLÍCIA É A ATIVIDADE DO ESTADO CONSISTENTE EM 
LIMITAR O EXERCÍCIO DOS DIREITOS INDIVIDUAIS EM BENEFÍCIO DO 
INTERESSE PÚBLICO” 
 
PARA HELY LOPES MEIRELLES: 
“PODER DE POLÍCIA É A FACULDADE DE QUE DISPÕE A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA CONDICIONAR E RESTRINGIR O USO E 
GOZO DE BENS, ATIVIDADES E DIREITOS INDIVIDUAIS, EM BENEFÍCIO DA 
COLETIVIDADE”. 
 
O VOCABULÁRIO JURÍDICO AINDA UTILIZADO EM NOSSO ORDENAMENTO, 
OU SEJA, PODER DE POLÍCIA, ENCONTRA-SE ULTRAPASSADO, SENDO 
UTILIZADO NA MAIORIA DOS PAÍSES EUROPEUS A TITULAÇÃO DE 
“LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS À LIBERDADE E À PROPRIEDADE”. 
ENTRE NÓS, CONTUDO, ESTA TERMINOLOGIA AINDA É LARGAMENTE 
UTILIZADA. DAÍ PORQUE CONTINUAREMOS A NOS SERVIR DELA, 
TRATANDO DO TEMA SOB ESTA MESMA RUBRICA. 
 
SENTIDO AMPLO E SENTIDO ESTRITO DO PODER DE POLÍCIA: 
 
SENTIDO AMPLO – ATIVIDADE ESTATAL DE CONDICIONAR A LIBERDADE E 
A PROPRIEDADE, AJUSTANDO-AS AOS INTERESSES COLETIVOS, 
ABRANGENDO OS ATOS DO EXECUTIVO E DO LEGISLATIVO. 
 
SENTIDO ESTRITO - RELACIONA-SE UNICAMENTE COM AS 
INTERVENÇÕES, QUER GERAIS E ABSTRATAS, COMO REGULAMENTOS, 
QUER CONCRETAS E ESPECÍFICAS, COMO AUTORIZAÇÕES E LICENÇAS, 
DO PODER EXECUTIVO DESTINADAS A ALCANÇAR O MESMO FIM DE 
PREVENIR E OBSTAR AO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES 
PARTICULARES CONTRASTANTES COM INTERESSES SOCIAIS. 
 
RAZÃO E FUNDAMENTO DO PODER DE POLÍCIA 
 
A RAZÃO DO PODER DE POLÍCIA É O INTERESSE SOCIAL E O SEU 
FUNDAMENTO ESTÁ NA SUPREMACIA GERAL QUE O ESTADO EXERCE EM 
SEU TERRITÓRIO SOBRE TODAS AS PESSOAS, BENS E ATIVIDADES. 
SUPREMACIA ESTA QUE SE REVELA NOS MANDAMENTOS 
CONSTITUCIONAIS E NAS NORMAS DE ORDEM PÚBLICA, 
CONCRETIZADAS ATRAVÉS DE ATOS DA ADMINISTRAÇÃO. 
 
OBJETO E FINALIDADE DO PODER DE POLÍCIA 
 
O OBJETO DO PODER DE POLÍCIA É TODO BEM, DIREITO OU ATIVIDADE 
INDIVIDUAL QUE POSSA AFETAR A COLETIVIDADE, EXIGINDO, DESSA 
FORMA, REGULAMENTAÇÃO, CONTROLE E CONTENÇÃO PELO PODER 
PÚBLICO. 
 
A FINALIDADE DO PODER DE POLÍCIA É A PROTEÇÃO AO INTERESSE 
PÚBLICO. NESSE INTERESSE DA COMUNIDADE ENTRAM NÃO SÓ OS 
VALORES MATERIAIS COMO, TAMBÉM, O PATRIMÔNIO MORAL E 
ESPIRITUAL DO POVO. 
 
ESSÊNCIA DO PODER DE POLÍCIA 
 
CARACTERIZAR O PODER DE POLÍCIA COMO POSITIVO OU NEGATIVO 
DEPENDE APENAS PELO ÂNGULO ATRAVÉS DO QUAL SE ENCARA A 
QUESTÃO. COM EFEITO, TANTO FAZ DIZER QUE ATRAVÉS DELE A 
ADMINISTRAÇÃO EVITA UM DANO, QUANTO QUE POR SEU INTERMÉDIO 
ELA CONSTRÓI UMA UTILIDADE COLETIVA. COLOCADA NESTA SEGUNDA 
ASSERTIVA, A ATIVIDADE DE POLÍCIA TERIA DE SER CONSIDERADA 
POSITIVA. EX.: AS LIMITAÇÕES AO DIREITO DE CONSTRUIR FIRMADAS EM 
FAVOR DE UM OBJETIVO URBANÍSTICO ESTÉTICO, TAL A QUE FAVORECE 
PERSPECTIVAS E DIMENSÕES QUE EMBELEZAM UMA ÁREA CITADINA. É 
CLARO QUE TAMBÉM PODERIA DIZER QUE ESTAS MEDIDAS TÍPICAS DO 
PODER DE POLÍCIA EVITARIAM UM PREJUÍZO, CONSISTENTE NO 
ENFEAMENTO DA CIDADE, QUE, À SUA FALTA, SE PRODUZIRIA. NO 
FUNDO, A QUESTÃO SE RESOLVE NO MODO DE ENCARAR O MESMO 
FATO. 
O PODER DE POLÍCIA TEM, CONTUDO, UM SENTIDO REALMENTE 
NEGATIVO, ATRAVÉS DO QUAL O PODER PÚBLICO PRETENDE A 
ABSTENÇÃO DO PARTICULAR, EXIGINDO-SE, NORMALMENTE, UM NON 
FACERE. 
DADO QUE O PODER DE POLÍCIA TEM EM MIRA CINGIR A LIVRE 
ATIVIDADE DOS PARTICULARES, A FIM DE EVITAR UMA CONSEQUÊNCIA 
ANTI-SOCIAL QUE DELA PODERIA DERIVAR, O CONDICIONAMENTO QUE 
IMPÕE REQUER FREQUENTEMENTE A PRÉVIA DEMONSTRAÇÃO DE 
SUJEIÇÃO DO PARTICULAR AOS DITAMES LEGAIS. ASSIM, ESTE PODE SE 
ENCONTRAR NA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER ALGUMA COISA ATÉ QUE A 
ADMINISTRAÇÃO VERIFIQUE QUE A ATIVIDADE POR ELE PRETENDIDA SE 
REALIZARÁ SEGUNDO PADRÕES LEGALMENTE PERMITIDOS. 
 
ATOS ATRAVÉS DOS QUAIS SE EXPRESSA A POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
 
A POLÍCIA ADMINISTRATIVA MANIFESTA-SE TANTO ATRAVÉS DE ATOS 
NORMATIVOS E DE ALCANCE GERAL, QUANTO DE ATOS CONCRETOS E 
ESPECÍFICOS. REGULAMENTOS OU PORTARIAS – COMO AS QUE 
REGULAM O USO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO OU PROÍBEM SOLTAR BALÕES 
EM ÉPOCAS DE FESTAS JUNINAS -, BEM COMO AS NORMAS QUE 
DISCIPLINAM HORÁRIO E CONDIÇÕES DE VENDAS DE BEBIDAS 
ALCOÓLICAS EM CERTOS LOCAIS, SÃO DISPOSIÇÕES GENÉRICAS 
PRÓPRIAS DA ATIVIDADE DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. 
CUMPRE AGREGAR, AINDA, QUE A ATIVIDADE DE POLÍCIA ENVOLVE 
TAMBÉM OS ATOS FISCALIZADORES, ATRAVÉS DOS QUAIS A 
ADMINISTRAÇÃO PREVIAMENTE ACAUTELA EVENTUAIS DANOS QUE 
POSSAM ADVIR DA AÇÃO DE PARTICULARES. ASSIM, A FISCALIZAÇÃO DE 
PESOS E MEDIDAS POR MEIO DA QUAL O PODER PÚBLICO SE ASSEGURA 
DE QUE UNS E OUTROS COMPETENTEMENTE AFERIDOS 
CORRESPONDEM EFETIVAMENTE AOS PADRÕES INDICADOS E, COM 
ISTO, PREVINE EVENTUAL LESÃO AOS ADMINISTRADOS, QUE 
DECORRERIA DE MARCAÇÕES INEXATAS. 
DO MESMO MODO, A FISCALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE DOS 
ESTABELECIMENTOS, VISTORIA DOS VEÍCULOS AUTOMOTORES PARA 
GARANTIR QUE NÃO VENHA CAUSAR PREJUÍZOS A TERCEIROS, A 
FISCALIZAÇÃO DE CAÇA, SÃO, ENTRE OUTRAS, MANIFESTAÇÕES 
FISCALIZADORAS PRÓPRIAS DA POLÍCIA ADMINISTRATIVA. 
 
 
MEIOS DE ATUAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA 
 
ATUANDO A POLÍCIA ADMINISTRATIVA DE MANEIRA PREFERENTEMENTE 
PREVENTIVA, ELA AGE ATRAVÉS DE ORDENS E PROIBIÇÕES, MAS, E 
SOBRETUDO, POR MEIO DE NORMAS LIMITADORAS E SANCIONADORAS 
DA CONDUTAS DAQUELES QUE UTILIZAM BENS OU EXERCEM 
ATIVIDADES QUE POSSAM AFETAR A COLETIVIDADE, ESTABELECENDO 
AS DENOMINADAS LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS. PARA TANTO, O 
PODER LEGISLATIVO EDITA LEIS E OS ÓRGÃOS PÚBLICOS EXECUTIVOS 
EXPEDEM REGULAMENTOS E INSTRUÇÕES FIXANDO AS CONDIÇÕES E 
REQUISITOS PARA O USO DA PROPRIEDADE E O EXERCÍCIO DAS 
ATIVIDADES QUE DEVAM SER POLICIADAS, E APÓS AS VERIFICAÇÕES 
NECESSÁRIAS É OUTORGADO O RESPECTIVO ALVARÁ DE LICENÇA OU 
AUTORIZAÇÃO, AO QUAL SE SEGUE A FISCALIZAÇÃO COMPETENTE. 
ALVARÁ É O CONSENTIMENTO FORMAL DA ADMINISTRAÇÃO À 
PRETENSÃO DO ADMINISTRADO, QUANDO MANIFESTADA EM FORMA 
LEGAL. O ALVARÁ PODE SER DEFINITIVO OU PRECÁRIO. 
LICENÇA – ESPÉCIE DE ALVARÁ, DE CARÁTER DEFINITIVO, EXPEDIDO 
PELA ADMINISTRAÇÃO DIANTE DE UM DIREITO SUBJETIVO DO 
REQUERENTE. EX.: LICENÇA PARA DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR; PARA 
CONSTRUIR, DESDE QUE O PROPRIETÁRIO SATISFAÇA TODAS AS 
EXIGÊNCIAS LEGAIS SOBRE EDIFICAÇÕES. 
AUTORIZAÇÃO – ESPÉCIE DE ALVARÁ, DE CARÁTER PRECÁRIO, QUE A 
ADMINISTRAÇÃO CONCEDE POR LIBERALIDADE, DESDE QUE NÃO HAJA 
IMPEDIMENTO LEGAL PARA SUA EXPEDIÇÃO. EX.: PORTE DE ARMA; USO 
ESPECIAL DE UM BEM PÚBLICO. 
 
CARACTERÍSTICAS/ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
 
O PODER DE POLÍCIA APRESENTA ATRIBUTOS ESPECÍFICOS E 
PECULIARES AO SEU EXERCÍCIO, E TAIS SÃO A DISCRICIONARIEDADE, A 
AUTO-EXECUTORIEDADE E A COERCIBILIDADE. 
DISCRICIONARIEDADE – EMBORA ESTEJA PRESENTE NA MAIOR PARTE 
DAS MEDIDAS DE POLÍCIA, NEM SEMPRE ISSO OCORRE. AS VEZES, A LEI 
DEIXA CERTA MARGEM DE LIBERDADE DE APRECIAÇÃO QUANTO A 
DETERMINADOS ELEMENTOS, MESMO PORQUE AO LEGISLADOR NÃO É 
DADO PREVER TODAS AS HIPÓTESES POSSÍVEIS À EXIGIR A ATUAÇÃO 
DO PODER DE POLÍCIA. ASSIM , EM GRANDE PARTE DOS CASOS 
CONCRETOS, A ADMINISTRAÇÃO TERÁ QUE DECIDIR QUAL O MELHOR 
MOMENTO DE AGIR, QUAL O MEIO DE AÇÃO MAIS ADEQUADO, QUAL A 
SANÇÃO CABÍVEL DIANTE DAS PREVISTAS NA NORMA LEGAL. EM TAIS 
CIRICUNSTÂNCIAS, O PODER SERÁ DISCRICIONÁRIO. 
AUTO-EXECUTORIEDADE - A FACULDADE DE A ADMINISTRAÇÃO TEM DE 
DECIDIR E EXECUTAR DIRETAMENTE SUA DECISÃO POR SEUS PRÓPRIOS 
MEIOS, SEM INTERVENÇÃO DO JUDICIÁRIO, É OUTRO ATRIBUTO DO 
PODER DE POLÍCIA. 
A AUTO-EXECUTORIEDADE AUTORIZA A PRÁTICA DO ATO DE POLÍCIA 
ADMINISTRATIVA PELA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO, 
INDEPENDENTEMENTE DE MANDADO JUDICIAL. EX.: QUANDO A 
PREFEITURA ENCONTRA UMA EDIFICAÇÃO IRREGULAR OU OFERECENDO 
PERIGO À COLETIVIDADE, ELA EMBARGA DIRETAMENTE A OBRA E 
PROMOVE SUA DEMOLIÇÃO,SE FOR O CASO, POR DETERMINAÇÃO 
PRÓPRIA, SEM NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL PARA ESSA 
INTERDIÇÃO E DEMOLIÇÃO. 
COERCIBILIDADE – A IMPOSIÇÃO COATIVA DAS MEDIDAS ADOTADAS 
PELA ADMINISTRAÇÃO, CONSTITUI TAMBÉM ATRIBUTO DO PODER DE 
POLÍCIA. REALMENTE, TODO ATO DE PODER DE POLÍCIA É IMPERATIVO 
(OBRIGATÓRIO PARA SEU DESTINATÁRIO), ADMITINDO ATÉ O EMPREGO 
DA FORÇA PÚBLICA PARA SEU CUMPRIMENTO, QUANDO RESISTIDO 
PELO ADMINISTRADO. 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDIDIÁRIA 
 
CONVÉM DISTINGUIR A POLÍCIA ADMINISTRATIVA, QUE NOS INTERESSA 
NESSE ESTUDO, DA POLÍCIA JUDICIÁRIA, ESTRANHA ÀS NOSSAS 
COLOCAÇÕES. 
A PRINCIPAL DIFERENÇA QUE SE COSTUMA APONTAR ENTRE AS DUAS 
ESTÁ NO CARÁTER PREVENTIVO DA POLÍCIA ADMINISTRATIVA E NO 
REPRESSIVO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA. A PRIMEIRA TERÁ POR OBJETIVO 
IMPEDIR AS AÇÕES ANTI-SOCIAIS E, A SEGUNDA, PUNIR OS INFRATORES 
DA LEI PENAL. 
A IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO ENTRE A POLÍCIA ADMINISTRATIVA E 
POLÍCIA JUDICIÁRIA ESTÁ EM QUE A SEGUNDA REGE-SE NA 
CONFORMIDADE DA LEGISLAÇÃO CRIMINAL E A PRIMEIRA PELAS 
NORMAS ADMINISTRATIVAS. 
 
LIMITES E CONDIÇÕES DE VALIDADE 
 
COMO TODO ATO ADMINISTRATIVO, A MEDIDA DE POLÍCIA, AINDA QUE 
SEJA DISCRICIONÁRIA, SEMPRE ESBARRA EM ALGUMAS LIMITAÇÕES 
IMPOSTAS PELA LEI, QUANTO À COMPETÊNCIA E AOS FINS. 
A COMPETÊNCIA DEVE OBEDECER AS NORMAS LEGAIS PERTINENTES. 
QUANTO AOS FINS, O PODER DE POLÍCIA SÓ DEVE SER EXERCIDO PARA 
ATENDER AO INTERESSE PÚBLICO. ASSIM, A AUTORIDADE QUE SE 
AFASTAR DA FINALIDADE PÚBLICA INCIDIRÁ EM DESVIO DE PODER E 
ACARRETARÁ A NULIDADE DO ATO, TORNANDO-O INVÁLIDO. 
ACRESCIDO DESSAS CONDIÇÕES DE VALIDADE, DESTACA-SE, AINDA, A 
PROPORCIONALIDADE DA SANÇÃO E DA LEGALIDADE DOS MEIOS 
EMPREGADOS PELA ADMINISTRAÇÃO. 
A PROPORCIONALIDADE ENTE A RESTRIÇÃO IMPOSTA PELA 
ADMINISTRAÇÃO E O BENEFÍCIO SOCIAL QUE SE TEM EM VISTA, SIM, 
CONSTITUI REQUISITO ESPECÍFICO PARA VALIDADE DO ATO DE POLÍCIA. 
A LEGALIDADE DOS MEIOS EMPREGADOS PELA ADMINISTRAÇÃO 
COMPREENDE A ESCOLHA DO MODO DE EFETIVAR AS MEDIDAS DE 
POLÍCIA, NÃO PODENDO EMPREGAR MEIOS ILEGAIS PARA SUA 
CONSECUÇÃO, MESMO SENDO LÍCITO E LEGAL O FIM PRETENDIDO. 
 
 
SETORES DA POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
 
A POLÍCIA ADMINISTRATIVA MANIFESTA-SE EM DIFERENTES CAMPOS. 
POR RAZÕES DIDÁTICAS, UNICAMENTE TENDO EM VISTA SIMPLIFICAR 
SUAS ÁREAS DE INCIDÊNCIA, PODE-SE DESTACAR OS SEGUINTES 
SETORES: 
POLÍCIA DE CAÇA, DESTINADA À PROTEÇÃO DA FAUNA TERRESTRE; 
POLÍCIA DE PESCA, VOLVIDA À PORTEÇÃO DA FAUNA AQUÁTICA; POLÍCIA 
DE DIVERTIMENTOS PÚBLICOS, VISANDO À DEFESA DOS VALORES 
SOCIAIS SUSCETÍVEIS DE SEREM FERIDOS POR ESPETÁCULOS 
TEATRAIS, CINEMATOGRÁFICOS; POLÍCIA FLORESTAL, DESTINADA À 
PROTEÇÃO À FLORA; POLÍCIA DE PESOS E MEDIDAS, PARA A 
FISCALIZAÇÃO DOS PADRÕES DE MEDIDA, EM DEFESA DA ECONOMIA 
POPULAR; POLÍCIA SANITÁRIA, VOLTADA Á DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA E 
INCIDENTE EM VÁRIOS CAMPOS, TAIS COMO A POLÍCIA DOS 
MEDICAMENTOS, DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE, DOS ÍDICES ACÚSTICOS 
TOLERÁVEIS; POLÍCIA EDILÍCIA, RELATIVA ÀS EDIFICAÇÕES; ETC. 
 
RESUMIDAMENTE, PODE-SE DIZER QUE A POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
PROPÕE-SE A SALVAGUARDAR OS SEGUINTES VALORES: SEGURANÇA 
PÚBLICA; ORDEM PÚBLICA; TRANQUILIDADE PÚBLICA; HIGIENE E SAÚDE 
PÚBLICA; HISTÓRICOS E PAISAGÍSTICOS; MORALIDADE PÚBLICA; 
ECONOMIA POPULAR. 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS 
 
AS TRÊS ENTIDADES JURÍDICAS DE CAPACIDADE POLÍTICA, UNIÃO, 
ESTADOS E MUNICÍPIOS, DESEMPENHAM ATIVIDADES DE POLÍCIA 
ADMINSTRATIVA. O PROBLEMA QUE SE COLOCA É O SABER QUAIS OS 
CAMPOS DE ATUAÇÃO QUE INCIDIRÁ CADA UMA DELAS. 
COMO CRITÉRIO FUNCIONAL, PROCEDE O DIZER QUE É COMPETENTE 
PARA DADA MEDIDA DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA QUEM FOR 
COMPETENTE PARA LEGISLAR SOBRE A MATÉRIA. ASSIM, A UNIÃO 
EXERCERÁ CARÁTER EXCLUSIVO DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA SOBRE O 
QUE ESTIVER ARROLADO NO ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO E 
CONCORRENTEMENTE COM ESTADOS E DISTRITO FEDERAL SOBRE O 
QUE CONSTA DO ARTIGO 24. ESTADOS IRÃO EXERCITÁ-LA EM CARÁTER 
EXCLUSIVO NAS HIPÓTESES ABRIGÁVEIS NA § 1.º DO ARTIGO 25 OU EM 
CONCORRÊNCIA COM A UNIÃO NAS DO ARTIGO 24. MUNICÍPIOS TEM SEU 
CAMPO EXCLUSIVO DA POLÍCIA ADMINISTRATIVA NO QUE COUBER À 
MATÉRIA CITADA NO ARTIGO 30.