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Traumatismo musculo-esqueletico - primeiros socorros

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Trauma Músculo- Esquelético
· A maioria das lesões ósteo-articulares não causa risco imediato de vida
· A avaliação destas lesões será feita no exame secundário quando faremos a inspeção e palpação.
· Algumas lesões ósteo-articulares podem levar a morte pela perda de grande quantidade de sangue gerando um choque hemorrágico ou choque hipovolêmico. Numa fratura de pelve pode-se perder até 5 litros.
LESÕES COM POTENCIAL DE RISCO DE VIDA
Fratura de fêmur e de pelve podem causar uma grande perda de sangue levando a um choque hipovolêmico (ou hemorrágico).
Lesões em face causam grande perda de sangue já que é um local muito vascularizado.
Fratura de tórax podem ocasionar hemotórax, pneumotórax ou hemo-pneumotórax.
Fraturas de crânio podem causar TCE com consequente déficit cognitivo e/ou físico.
Lesões cervicais são graves porque podem gerar parada respiratória a depender da altura com consequente óbito, além de paraplegia ou tetraplegia.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
É muito comum a vítima se referir a um ruído clássico de fratura que é a crepitação do osso. A vítima informa a queda e que ao cair por cima do antebraço (por exemplo) ouviu fazer CREK.
· História: Ruído de fratura, dor e incapacidade de movimentar-se
· Inspeção: busca de alterações na pele ou membro em observação. Observas deformidades, equimoses (manchas roxas), encurtamentos e protuberâncias nos ossos; comparar uma extremidade a outra (ex: braço direito com esquerdo); verificar sangramentos e lesões na pele.
· Palpação: pulso distal e crepitação
· A palpação do pulso deve ser feita para averiguar uma possível lesão arterial que é grave. O membro que está sendo examinado precisa ser palpado com vigor tocando-se o osso bem como a sua articulação em busca da crepitação que é sinal claro de fratura ou de uma luxação. A palpação deverá ser firme, e não alisando a vitima.
AVALIAÇÃO POR EXAME DE IMAGEM 
Os exames de imagem são muito úteis e fundamentais para confirmação do diagnóstico da lesão. As radiografias são exames simples, baratos e acessíveis, mas só servem para verificar osso, ou seja a presença ou não de fraturas.
As TCs e RMs são exames mais detalhados e caros que permitem visualizar mais estruturas como as chamadas partes moles (tendão, ligamento, músculos, vasos e aponeurose).
A ultrassonografia (USG) é um exame relativamente barato e muito utilizado para avaliar músculo, articulações e tendões. A US é muito útil para verificar estiramentos em atletas.
FRATURA (fechada)
É a interrupção na continuidade do osso
O osso permanece no local de origem embora perde sua continuidade. 
Podemos encontrar fraturas bi-ósseas nos locais onde temos dois ossos juntos que seriam no antebraço e na perna.
FRATURA ABERTA
Na fratura aberta (também conhecida como exposta) existe comunicação do osso com o meio externo. 
Nesta situação o osso pode permanecer para fora (exposto) ou pode fraturar, romper os tecidos (músculo, aponeurose e pele) e retornar à posição inicial. Desta forma a fratura continua sendo exposta, porém o osso não está externalizado. O grande risco e problema de uma fratura exposta é sua complicação (osteomielite).
Qual o cuidado com o osso exposto? 
Primeiro devemos cobrir o osso exposto com um pano limpo e umedecer com SF (Soro Fisiológico, água mineral ou agua limpa) para evitar contaminação (que alguém toque, que pouse um inseto ou caia poeira ou sujeira). Não reintroduzir o osso exposto nunca. Para imobilizar podemos passar uma tala por baixo da fratura, movendo o mínimo possível o membro e depois colocar outra tala por cima para fazer as amarrações.
Conduta: 
Não tocar no osso (risco de ferimento); nunca reintroduzir o osso exposto; suspeitar de lesões de pele próximas a fratura (exposta); cobrir com pano limpo e umedecer; imobilizar; encaminhar com urgência para o hospital 
Fixação externa: procedimento cirúrgico para fixar os segmentos fraturados com as hastes de aço inoxidável que por sua vez são presas a hastes externas.
LUXAÇÃO 
Quando o osso é deslocado de sua cavidade articular. Afeta vasos, nervos e capsula articular. A luxação é uma lesão muito comum nos esportes, acidentes diversos e em algumas pessoas que tem frouxidão ligamentar.
Não é um procedimento de primeiros socorros. A redução será feita por um ortopedista ou outro médico habilitado.
Devemos imobilizar da melhor forma proporcionando conforto, diminuição da dor e favorecendo o transporte da vítima. 
A disjunção é um tipo de luxação que só ocorre na bacia
ENTORSE 
É a lesão dos ligamentos. A entorse é a conhecida popularmente por torção. Muito comum em traumas, no esporte ou em movimentos bruscos e/ou com muita carga.
Os ligamentos são estruturas formadas por feixes de tecido fibroso que ajudam a manter a articulação no seu local fisiológico.
Observar o edema sempre presente na entorse e a equimose e/ou hematoma próximos da articulação comprometida.
O que fazer? Colocar gelo (crioterapia) para fazer vasoconstricção reduzindo assim a dor e o edema. O gelo pode e deve ser usado até 72 horas após a entorse. Depois deste período pode-se usar calor local para fazer vasodilatação promovendo uma maior chegada de sangue com células que irão ajudar a reduzir o edema e a dor.
O gelo deve permanecer por 30 minutos. Esta aplicação pode ser repetida várias vezes (5 ou 6) ao dia.
E no momento da lesão faremos a imobilização da entorse.
DISTENÇÃO 
É a lesão dos músculos e/ou tendões. Pode ser causada por hiperextensão ou por contração violenta
Na distensão muscular as fibras do músculo vão além da sua capacidade e se rompem. No momento a pessoa sente uma dor aguda tipo pontada ou agulhada.
AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA
É um tipo de lesão onde há separação de um membro ou estrutura protuberante do corpo
Nestas fraturas pode-se perder um volume representativo de sangue trazendo alterações hemodinâmicas (batimentos cardíacos e tensão arterial) que se não for compensada e tratada poderá acarretar um choque hemorrágico.
Complicações: lesão de vasos sanguíneos, nervos e vísceras; infecção; hemotórax 
Quando há lesão no nervo, a vítima pode desenvolver: dor, anestesia, paralisia e parestesia 
As lesões nas vísceras ocorrem por causa da(s) fratura(s) das costelas (arcos costais). Podemos ter lesões de pleura, pulmão, estomago, intestino, coração , fígado e baço.
A osteomielite é a infecção do osso que é muito comum nas fraturas abertas. Pode ocorrer nas fraturas fechadas também. É uma infecção de difícil tratamento já que o osso é uma estrutura pouco vascularizada, o que dificulta a chegada do antibiótico por via sanguínea para combater e matar as bactérias. 
IMOBILIZAÇÃO 
As imobilizações para fraturas, luxações e entorses podem ser as mais variadas. Desde improvisações como a utilização de cabos de vassoura até as talas, e outros bem específicos como a tala de tração e tala inflável.
Equipamentos: bandagens (tecidos, ataduras, jaleco, casaco), imobilizador rígido (talas, madeiras e papelão), talas infláveis, ked, tala de tração 
Imobilização com gesso (dois tipos): A tala gessada que é utilizada para as entorses. E o gesso fechado que é utilizado nas fraturas e é realizado um cilindro ao redor do membro imobilizado. Para a retirada do gesso fechado é necessário ter uma serra como na foto.
ORIENTAÇÃO FINAL: Se você fez um atendimento e está na dúvida se existe uma fratura ou não, faça a imobilização! Uma imobilização bem feita e dentro da técnica correta não traz nenhum problema para a vítima além de um pouco desconforto.

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