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FÁRMACOS BLOQUEADORES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA ● diminuição de angiotensina II ● ECA também degrada bradicinina (bradicinina vai ter papel de vasodilatação; estimula células endoteliais a produzir óxido nítrico e prostaglandinas → atuam no músculo liso e promove vasodilatação) ● Inibidores da ECA (IECA), antagonistas dos receptores AT1 de Angiotensina II - (BRA) e Inibidor de renina ● Captopril - é um fármaco inibidor da ECA que promove diminuição plasmática da angiotensina II. Como angiotensina II possui ação vasoconstritora, o captopril vai inibir a conversão de angiotensina I em angiotensina II, através da inibição da enzima ECA, e, assim, diminuir a PA. INIBIDORES DA ECA (IECA) ● todos terminam em “PRIL” (captopril, enalapril, lisinopril, benazepril, ramipril, fosinopril, cilazapril, perindopril, imidapril, moexipril, quinapril) ● pró-droga: fármacos que precisam ser ativados após metabolismo de primeira passagem (fígado) ● grande maioria possui excreção predominantemente renal → atentar se o paciente tem problema renal ● captopril precisa ser administrado 1 hora antes da refeição, pois a alimentação interfere na absorção do medicamento ● diminui a produção de angiotensina II ● ações da redução do nível de angiotensina II ○ vasodilatação indireta → angiotensina II atua no vaso e se diminui sua produção, vasodilata; vasos de capacitância e resistência - reduzem a carga cardíaca ○ aumentam a eficácia dos diuréticos → pois não estimula aldosterona e não há reabsorção de sódio e água; ○ aumenta o potássio plasmático → há aumento da excreção de sódio e água, e, consequentemente, aumenta potássio plasmático (hipercalemia) → IECA não pode ser associado com BRA, pois os dois podem causa hipercalemia e, assim, potencializar esse efeito ○ menor hipertrofia e hiperplasia miocárdica → diminui pré e pós carga (trabalho cardíaco), reduz possibilidade de hipertrofia e hiperplasia miocárdica ● Usos ○ anti hipertensivos em pacientes jovens e de pessoas de meio idade ○ após IAM, com o objetivo de reduzir pós carga e não desenvolver uma hipertrofia ventricular → reduz morbidade e mortalidade do paciente ○ Na ICC ■ possui perfusão diminuída → perfusão renal diminuída → ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona → aumenta renina → ECA transforma angiotensina I em angiotensina II → efeito vasoconstritor e aumenta a resistência vascular periférica → aumenta pós carga ■ além de aumentar angiotensina II, aumenta aldosterona → aumenta volume → aumenta pré carga ■ aumento da pré e da pós carga → leva a uma hipertrofia e hiperplasia → ICC vai se acentuando ■ Uso do IECA reduz pré e pós carga, diminuindo risco de hipertrofia e hiperplasia e reduzindo morbidade e mortalidade do paciente ○ Reduz risco de AVE ○ Reduz progressão da nefropatia diabética ■ aumento da bradicinina ■ Angio II - constrição da arteríola eferente → aumenta pressão hidrostática, aumenta a TFG, aumenta a demanda renal. ■ Uso de IECA retarda a progressão da doença já que diminui a contração da arteríola eferente, diminui a TFG e diminui demanda renal → promove melhor perfusão renal ○ Reduz progressão da doença renal crônica ● As diretrizes das sociedades Brasileira, Americana e Européia para tratamento do IAM recomendam que os pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) que apresentam comprometimento moderado a grave da função cardíaca (inferior a 40% pelo ecocardiograma) devem estar em uso de IECA ou BRA por ocasião da alta hospitalar, exceto se apresentarem contra-indicações às duas medicações. ● A partir dessas recomendações a Joint Commission International (JCI) adotou a 'Taxa de uso de inibidor da ECA ou BRA na Alta Hospitalar' como um de seus indicadores de qualidade no tratamento do IAM. ● ECA também é importante nos pulmões para degradar a bradicinina → uso do fármaco inibidor de ECA, acarreta o aumento da quantidade de bradicinina disponível. Bradicinina em excesso leva a vasodilatação, causando edema, e também é constritora do músculo liso brônquico, o que leva a tosse. ● Efeitos Adversos ○ Tosse seca (5-20%): acúmulo de bradicinina (edema e broncoespasmo); ○ Eritema ○ Alterações no paladar (disgeusia); ○ Hipotensão (primeira dose) ○ Hipercalemia (excesso de potássio) ○ Edema angioneurótico: nariz, garganta, boca, glote, laringe, lábios, língua (raro) ○ Neutropenia, glicosúria, hepatotoxicidade (raros) ● Contra-indicações ○ Gravidez (2º - 3º trimestres: efeitos no feto como hipotensão, insuficiência renal e má-formação ○ AINEs → provoca vasoconstrição e reduz prostaglandina (vasodilatadora). Se associados, fazem perder eficácia dos fármacos anti hipertensivos ○ Não associar com diuréticos poupadores de potássio ou BRA - risco de hipercalemia ○ Estenose crítica da artéria renal (IECA diminui pressão de perfusão) BLOQUEADORES DE RECEPTORES AT1 ANGIOTENSINA II (BRA) ● A vantagem em relação ao IECA → diminui o efeito colateral de tosse seca; ECA não seria a única enzima capaz de formar ANG II. Portanto, o bloqueio de receptor AT1 é uma vantagem dos BRAs. ● BRAs permitem ativação de receptor AT2 ● ● Todos os fármacos terminados em “SARTANA/ARTANA(O)/SARTAN” (losartana, candesartana, valsartana, irbesartana, olmesartana, telmisartana , eprosartana) ● Bloqueio do receptor AT1 de ANGIO II ● Ações ○ Vasodilatação - reduz o efeito constritor no músculo liso vascular ○ Reduz liberação de vasopressina e reduz sede ○ Reduz liberação de aldosterona - reduz volume ○ Reduz liberação de catecolaminas e seus efeitos ○ Menor hipertrofia e hiperplasia miocárdica ● Usos ○ Anti-hipertensivo jovens/meia idade (pacientes que produzem muita renina) ○ Após IAM (reduz pós-carga e hipertrofia ventricular) ○ Na ICC (2ª escolha) ○ Reduz progressão de IR ○ Reduz progressão da nefropatia diabética ● Efeitos Adversos ○ Cefaléia, tontura ○ Artralgia ou mialgia ○ Fadiga ○ Hipercalemia ○ Incidência de tosse ou angioedema é muito menor ○ Teratogênico ○ Anafilaxia, hepatite, neutropenia, leucopenia, prurido, urticária, hiponatremia e alopecia - raros ● Contra-Indicações ○ Gravidez (2o - 3o trimestres: efeitos no feto como hipotensão, insuficiência renal e má-formação ○ AINEs ○ Não associar com diuréticos poupadores de potássio ou IECA - risco de hipercalemia ○ Estenose crítica da artéria renal (IECA diminui pressão de perfusão) INIBIDORES DE RENINA ● ex: alisquireno ● não tem eficácia melhor que IECA e BRA ● Único da classe atualmente disponível para uso clínico. Dose única diária ● Inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II. ● Boa tolerabilidade ● Capacidade, em monoterapia, de redução da PA: semelhante aos demais anti-hipertensivos. ● Pode ser combinado com IECAs ou BRAs ou hidroclorotiazida (exceto em diabéticos ou renais) ● Não existem, contudo, evidências de seus benefícios sobre morbimortalidade. ● Efeitos Adversos ○ Diarréia, dor abdominal, dispepsia, refluxo gastroesofágico ○ Cefaléia, tontura, fadiga ○ Tosse, angioedema e reações alérgicas graves (raras) ○ Hipotensão ○ Hipercalemia ○ IRA (quando combinado com IECA ou BRA) ○ Eventos vasculares em diabéticos tipo 2 (quando combinado com IECA ou BRA) ○ Teratogênico - contra-indicado na gravidez
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